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1 ESTABILIDADE DAS CONSTRUÇÕES I – “VIGAS ISOSTÁTICAS” Prof. Aiello Giuseppe Antonio Neto / Profa. Tatiana Aiello CAPÍTULO 01: “VIGAS ISOSTÁTICAS” 1. Objetivo: O objetivo básico da cadeira de Estabilidade das Construções I é a determinação dos esforços que atuam numa estrutura, com o intuito de se executar obras que sejam estáveis. Como Estrutura, entendemos o conjunto de elementos resistentes de uma construção que em princípio serão considerados como indeformáveis. Assim, dada a estrutura abaixo composta por pilares AB e CD e por uma viga BC, submetida às cargas indicadas, deveremos como finalidade principal da Estabilidade, determinar os Esforços Internos Solicitantes e Externos Reativos. P1 P2 H B C A D Uma vez determinados os Esforços, o estágio seguinte é o Dimensionamento das diversas peças componentes da estrutura, seguindo rotinas específicas do material que será executada a obra. Assim, se a estrutura acima for de concreto armado, ela será dimensionada segundo sistemática de concreto armado, e assim por diante se o material utilizado for de madeira, aço, alumínio, etc.. 2. Definições Gerais e Convenções de Sinais: Seja um corpo rígido solicitado por forças externas. Este elemento tem apoios cujas Reações são capazes de equilibrar as forças externas aplicadas. A determinação dos Esforços Reativos se faz aplicando-se as Condições de Equilíbrio, como já visto em Resistência dos Materiais. Estando o sistema em equilíbrio, vamos imaginar que este corpo seja seccionado por um plano de modo a obtermos duas partes. F1 F2 F3 F4 VI MII MI VII RA RB Vamos imaginar que se faça um corte imaginário no elemento acima, subdividindo-o em duas partes I e II. I II 2 ESTABILIDADE DAS CONSTRUÇÕES I – “VIGAS ISOSTÁTICAS” Prof. Aiello Giuseppe Antonio Neto / Profa. Tatiana Aiello 3. Definições dos Esforços Internos Solicitantes e Convenções de Sinais: Seja um corpo rígido solicitado por forças externas. Assim: Esforço Normal ( N ) é a soma das projeções sobre a tangente ao eixo da barra (eixo x) de todas as forças situadas à esquerda ou à direita da seção analisada. Convenções de Sinais: - compressão - - tração + Força Cortante ( V ) é a soma das projeções perpendiculares ao eixo da barra (eixo x) de todas as forças situadas à esquerda ou à direita da seção analisada. Convenções de Sinais: - sentido horário + - sentido anti-horário - Momento Fletor ( M ) é a soma dos momentos produzidos por todas as forças situadas à esquerda ou à direita da seção analisada. Convenções de Sinais: - tração na fibra superior - - tração na fibra inferior + Momento Torçor ( Mt ) é a soma dos momentos torçores situados à esquerda ou à direita da seção analisada. Convenções de Sinais: - sentido horário + - sentido anti-horário - 4. Aparelhos de Apoio ou Vínculos: (vide esquemas na apostila) Chamamos de Vínculo, o elemento de ligação de uma estrutura com o meio externo, cuja função é impedir movimentos. Existem quatro tipos de aparelhos de apoio: a-) Aparelho de Apoio Móvel: impede apenas um movimento (perpendicular ao apoio) deixando livre os outros dois. Na prática temos os seguintes Aparelhos de Apoio Móveis: roletes metálicos; aparelhos de Neoflon ; pêndulos. RV RV b-) Aparelho de Apoio Fixo: impede dois movimentos (vertical e horizontal) permitindo apenas a livre rotação. Na prática temos os seguintes Aparelhos de Apoio Fixos: apoios fixos metálicos; articulação Freyssinet; articulação Mesnager. RH RV 3 ESTABILIDADE DAS CONSTRUÇÕES I – “VIGAS ISOSTÁTICAS” Prof. Aiello Giuseppe Antonio Neto / Profa. Tatiana Aiello c-) Aparelho de Apoio Engastado: impede três movimentos: as translações e a rotação. Na prática temos os seguintes Aparelhos de Apoio Engastados: marquises; muros de arrimo; vigas engastadas em pilares de grande largura. M RH RV d-) Aparelho de Apoio Semi-Móvel: permite deslocamentos simultâneos nas duas direções, rotações de apoio, absorção de cargas verticais e horizontais de pequena duração. Na prática trata-se do Neoprene. 5. Classificação das Estruturas: ( vide esquemas na apostila ) a.) Quanto ao número de Vínculos: as estruturas podem ser: Estruturas Isostáticas: quando o número de reações é igual ao número das Equações de Equilíbrio da Estática, portanto igual a 3. Estruturas Hipostáticas: quando o número de reações é menor que o número das Equações de Equilíbrio da Estática. Estruturas Hiperestáticas: quando o número de reações é maior que o número das Equações de Equilíbrio da Estática. b.) Quanto à Forma: as estruturas podem ser: Estruturas Barriformes: formadas por barras, que são elementos onde uma dimensão predomina com relação às outras duas. Estruturas Superficiais: são estruturas em que há a predominância de duas dimensões em relação à terceira. Estruturas Volumétricas: são estruturas que possuem as 3 dimensões da mesma ordem de grandeza. 6. Esforços nas Estruturas: Os esforços considerados numa estrutura são basicamente: a.) Esforços Externos Ativos: são esforços representados pelas cargas atuantes, classificadas em: Cargas Permanentes: peso próprio, revestimentos, paredes, etc. Cargas Acidentais Dinâmicas: cargas que produzem impactos. Cargas Acidentais Estáticas: pessoas, sobrecargas de cofres, arquivos, etc. 4 ESTABILIDADE DAS CONSTRUÇÕES I – “VIGAS ISOSTÁTICAS” Prof. Aiello Giuseppe Antonio Neto / Profa. Tatiana Aiello b.) Esforços Externos Reativos: são as reações de apoio, que no caso de estruturas isostáticas determinamos seus valores utilizando das 3 Equações de Equilíbrio da Estática. c.) Esforços Internos Solicitantes: tendo sido obtido os esforços externos ativos e os externos reativos, poderemos obter todos os esforços internos solicitantes em qualquer seção de uma estrutura. 7. Análise Geral de uma Estrutura: A análise geral de uma estrutura envolve as seguintes etapas: Determinação dos esforços externos ativos (cargas); Obtenção dos esforços externos reativos (reações); Determinação das equações dos esforços internos solicitantes; Traçado dos diagramas. 88-- VViiggaass eemm BBaallaannççoo:: Traçar os diagramas de M.F. e F.C. das vigas isostáticas abaixo esquematizadas: 1-) 20 KN/m Trecho AB : A B C D 2,0 2,0 2,0 M = - (20. x).x/2 x = 0 MA = 0 40 KN x = 2 MB= -40 KN.m V = - 20. x x = 0 VA = 0 M.F. x = 2 VB= -40 KN -- - F.C. Trecho BC : 40 40 40 M = - (20. x).x/2 + 40.(x-2) x = 2 MB= -40 KN.m x = 4 MC= -80 KN.m V = - 20. x + 40 x = 2 VB= 0 x = 4 VC= -40 KN Trecho CD : M = - (20. 4).(x-2) + 40.(x-2) x = 4 MC= -80 KN.m x = 6 MD= -160 KN.m V = - (20. 4) + 40 x = 4 VC = -40 KN x = 6 VD= -40 KN 5 ESTABILIDADE DAS CONSTRUÇÕES I – “VIGAS ISOSTÁTICAS” Prof. Aiello Giuseppe Antonio Neto / Profa. Tatiana Aiello 2-) 20 KN/m Respostas: MC = 0 A B C MB = - 13,3 KN.m 2,0 2,0 MA = 0 40 KN VC = 0 VB = 20 KN VA = 0 3-) 30 KN/m 30 KN/m Trecho AB: A B C 3,0 3,0 M = - (p”.x). x 20 KN 2 3 x = 0 MA = 0 x = 3 MB= -45 KN.m M.F. V = - (p”.x) x = 0 VA = 0 2 x = 3 VB= - 45 KN F.C. Trecho BC : M = - (3. 3).(x-1) + 20.(x-3) – p´.(x-3).(x-3) x = 3 MB= -45 KN.m 2 2 3 x = 6 MC= -165 KN.m V = - (3. 3) + 20 – p´.(x-3) x = 3 VB= -25 KN 2 2 x = 6 VC= -70 KN 6 ESTABILIDADE DAS CONSTRUÇÕES I – “VIGAS ISOSTÁTICAS” Prof. Aiello Giuseppe Antonio Neto / Profa. Tatiana Aiello 4-) 100 KN Trecho CD: 200 KN.m 10 KN/m M = 200.x – 10.x.(x/2) A B C D x = 0 MD = 0 2,0 2,0 1,0 x = 1 MC= 195 KN.m 200 KN V = -200 + 10.x x = 0 VD = -200 KN x = 1 VC= -190 KN M.F. Trecho BC : M = 200.x – (10.1).(x-0,5) - 100.(x-1) x =1 MC= 195 KN.m F.C. x = 3 MB= 375 KN.m V = -200 + (10.1) + 100 = - 90 (KN) Trecho AB: M = 200.x – (10.1).(x-0,5) - 100.(x-1) – 200 x=3 MB=175 KN.m x=5 MA= 355 KN.m V = -200 + (10.1) + 100 = - 90 (KN) 99 -- VViiggaass BBii--AAppooiiaaddaass:: 1º. CASO: q VA = q.L VB = - q.L A L B 2 2 M.F. RA = VA RB = - VB + + + F.C. - x = L/2 q.L 2 q.L 2 q.L 2 8 7 ESTABILIDADE DAS CONSTRUÇÕES I – “VIGAS ISOSTÁTICAS” Prof. Aiello Giuseppe Antonio Neto / Profa. Tatiana Aiello 2º. CASO: p VA = p.L VB = - p.L A L B 6 3 M.F. RA = VA RB = - VB + + + F.C. - x = 0,577.L 3º. CASO: P VA = P.b VB = - P.a A a b B L L M.F. RA = VA RB = - VB + + F.C. - 4º. CASO: M VA = - M VB = - M . A a b B L L M.F. RA = VA RB = - VB - VA = VB + F.C. - p.L 6 p.L 3 p.L 2 3 27 P.b L P.a L P.a.b L M . L M.a L M.b L 8 ESTABILIDADE DAS CONSTRUÇÕES I – “VIGAS ISOSTÁTICAS” Prof. Aiello Giuseppe Antonio Neto / Profa. Tatiana Aiello Traçar os diagramas de M.F. e F.C. das vigas isostáticas abaixo esquematizadas: 1-) 4 tf/m 2 tf/m A B 8,00 M.F. F.C. RA = VA VA = qxL + pxL VA = 10,67 tf RA = 10,67 tf 2 6 RB = - VB VB = - qxL - pxL VB = -13,33 tf RB = 13,33 tf 2 3 Vão AB: M = VA .x – (2.x). x – (p´.x) .x 2 2 3 V = VA – (2.x) – (p´.x) 2 Mmáx. V=0 2-) 60 KN 20 KN/m 20 KN/m A C D B 300 KN.m 4,0 4,0 4,0 M.F. F.C. 9 ESTABILIDADE DAS CONSTRUÇÕES I – “VIGAS ISOSTÁTICAS” Prof. Aiello Giuseppe Antonio Neto / Profa. Tatiana Aiello RA = VA VA = 60x8 + (20x8)x 6,66 - 300 + (20x4) x2 VA = 72,78 KN 12 2 12 12 12 RB = - VB VB = -60x4 - (20x8)x 5,33 - 300 - (20x4) x10 VB = -147,20 KN 12 2 12 12 12 Respostas: MA = 0 ; MC=264,45 KN.m ; VA =72,78 KN ; VC =-7,22 KN 3-) 50 KN.m 20 KN/m A C D B 2,0 4,0 2,0 10 KN M.F. F.C. RA = VA VA = qxL - Pxb - M VA = 71,25 KN 2L L RB = - VB VB = - qxL + Pxa - M VB = -78,75 KN 2 L L 1100 –– VViiggaass BBii--AAppooiiaaddaass cc// BBaallaannççooss:: Traçado dos Diagramas de M.F. e F.C. das vigas abaixo: (“VARAL”) 10 ESTABILIDADE DAS CONSTRUÇÕES I – “VIGAS ISOSTÁTICAS” Prof. Aiello Giuseppe Antonio Neto / Profa. Tatiana Aiello 1-) 10 KN/m 30 KN 20 KN.m 30 KN.m A C D B 2,00 2,00 4,00 1,50 2,00 10 KN Mom. - 20 -10 V O -20 42 -8 -10 c ------ 1,33 1,33 ------ V=V O +c -20 43,33 -6,66 -10 R 63,33 -3,33 30 KN MA = -20KN.m 10KN/m 20 KN.m MB=-10KN.m A C D B M.F. F.C. VoA(dir) = Px b + P’x b’ + M = 42 KN L L L VoA(esq) = - 10 x 2 = - 20 KN ; V o B(dir) = - 10 KN VoB(esq) = + M - P’x a’ - Pxa = - 8 KN L L L Trecho AC: M= VA(dir).x + MA – (10.x).x/2 V = VA(dir) – (10.x) Trecho CD: M= VA(dir).x + MA – (10.2).(x-1) – 30.(x-2) V = VA(dir) – (10.2) - 30 Trecho BD: M= - VB(esq).x + MB V = VB(esq) 11 ESTABILIDADE DAS CONSTRUÇÕES I – “VIGAS ISOSTÁTICAS” Prof. Aiello Giuseppe Antonio Neto / Profa. Tatiana Aiello 2-) 100 Kgf/m 80 Kgf A C B 3,0 4,0 30 Kgf 3,0 2,0 Mom. - 45 -160 V O -45 173,81 -251,19 80 c ------ -16,43 - 16,43 ------ V=V O +c -45 157,38 -267,62 80 R 202,38 347,62 100 Kgf/m MA = -45Kgf.m MB=-160 Kgf.m 30 Kgf/m A C B 30 Kgf M.F. F.C. 3-) 60 KN/m 20 KN.m A C B 40 KN 3,0 3,0 3,0 1,5 1,5 4-) 40 KN 30 KN/m 60 KN/m A C D B 3,0 3,0 2,0 3,0
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