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ATIVIDADE DISCURSIVA DE DIREITO DAS SUCESSÕES

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ATIVIDADE DISCURSIVA DE DIREITO DAS SUCESSÕES
É manifesto o caso Richthofen que abalou a sociedade brasileira, quando, segundo relatado no julgamento, a jovem Suzane von Richthofen participou do homicídio dos próprios pais na data de 31 de outubro de 2002, no bairro Brooklin, em São Paulo/SP, com o objetivo de receber a herança e partilhá-la com seu namorado Daniel Cravinhos e seu irmão Cristian Cravinhos, que foram os executores do crime. O legislador, obviamente, não pode admitir que casos bárbaros como estes permitam que o autor do crime alcance o objetivo patrimonial, de modo que previu a possibilidade de, em casos como esses, excluir a herdeira da partilha dos bens de seus pais.
O texto apresentado faz menção a uma das modalidades de exclusão de um herdeiro da sucessão legítima. Indique quais são essas modalidades e faça uma comparativo entre elas: 
O caso em que tratamos é caso de questionamentos de quais são as modalidades de exclusão de um herdeiro da sucessão legitima, que são duas das modalidades, a indignidade e deserção para a exclusão do herdeiro de sucessão legitima.
Com base e essência no diploma legal da lei 10.406 , sacramentado em seu artigo o Art. 1.814, inciso I, de 10 de Janeiro de 2002 do Código Civil, Suzane Von Richthofen se torna indigna da partilha da herança dos seus pais por ser uma das responsáveis da morte cruel dos seus genitores, e pelo fato de arquitetar e posteriormente concretizar seu plano de matar seus pais, ela se torna indigna, totalmente excluída desse benefício devido seu ato criminoso cometido.
Haja vista, acerca do gozo do direito de herança, é um direito fundamental inerente de cada cidadão, em conformidade com o que está sacramentado no diploma legal em seu artigo 5º, inciso XXX, da Constituição Federal. Ora pois, todos têm direito a herdar, entretanto, haverá algumas situações em que esse direito poderá ser restringido em conformidade com a ou as atitudes do herdeiro.
Considera-se aberta a sucessão no momento da morte do “de cujus”, seja ela presumida ou real, sendo a herança transmitida, desde logo, aos herdeiros legítimos e testamentários, conforme artigo 1.784 do Código Civil.
Indignidade
A modalidade sucessória da Indignidade, é a exclusão da herança por imputação legal e encontra apoio no diploma legal em seu artigo 1.814 do Código Civil. Logo, o legislador considera que o herdeiro não é digno de herdar, diante a prática delituosa e de atos reprováveis contra o autor(s) da herança. Vejamos, se acaso indigno inflija a ordem ética de afeição, acerca e perante o autor da herança, o que atenta contra a moral e a boa-fé nas relações em sociedade, tratando-se a exclusão, nesse caso, de verdadeira punição.
O caso supra de Suzane foi muito polêmico, haja vista todos os artifícios utilizados por ela e os seus comparsas, e o que mais impressionou a todos foi o grau de intensidade da participação da filha na conduta delituosa.
Deserdação
A deserdação é a exclusão do sucessor feita pelo próprio autor da herança. Nesta modalidade, a manifestação de vontade é imprescindível. Apenas podem ser deserdados os herdeiros necessários, e na manifestação expressa, feita normalmente em cédulas testamentárias, deve estar explicando o porquê da deserdação, a causa pelo qual a pessoa faz jus a tal instituto.
Como nos mostram os artigos 1.962 e 1.963, do Código Civil Brasileiro[38]:
Art. 1.962. Além das causas mencionadas no art. 1.814, autorizam a deserdação dos descendentes por seus ascendentes:
I - ofensa física;
II - injúria grave;
III - relações ilícitas com a madrasta ou com o padrasto;
IV - desamparo do ascendente em alienação mental ou grave enfermidade.
Art. 1.963. Além das causas enumeradas no art. 1.814, autorizam a deserdação dos ascendentes pelos descendentes:
I - ofensa física;
II - injúria grave;
III - relações ilícitas com a mulher ou companheira do filho ou a do neto, ou com o marido ou companheiro da filha ou o da neta;
IV - desamparo do filho ou neto com deficiência mental ou grave enfermidade.
Além de suas causas próprias, podem também serem causas de deserdação as mesmas citadas como indignidade. Pois, ante o exposto, todas as causas que geram indignidade, também geram deserdação.
Vale salientar ainda que os ascendentes e descendentes podem ser atingidos pelas causas próprias de indignidade e pelas causas próprias deserdação, contudo o cônjuge somente poderá vir a ser deserdado, caso pratique atos descritos na indignação.
Sendo causas próprias de deserdação para ascendentes e descendentes, lesão corporal, injúria grave, relações ilícitas com madrasta, padrasto, marido ou companheiro do filho/neto, e desamparo do ascendente/descendente em alienação mental ou em grave enfermidade.
Vale frisar que a deserdação deve ser expressa e não há o perdão do deserdado, bem como somente o herdeiro necessário pode ser deserdado. Sabe-se ainda que a deserdação se dá por ato praticado antes da abertura da sucessão, visto que a mesma é solicitada pelo de cujus. Não devendo assim confundir indignidade e deserdação, mesmo diante das semelhanças de ambos institutos, pois há grandes divergências como a vontade, de suas fontes, pois uma decorre de lei e a outra por sanção aplicada pelo autor da herança, bem como a indignidade é dependente da sentença judicial, enquanto que a deserdação se dá pelo testamento.
A principal reflexão da deserdação é a exclusão do herdeiro necessário da herança, mas, se não constatada judicialmente, a causa de deserção não prevalecerá. Ora pois, não acarreta a invalidade do testamente, sendo somente restabelecido a legitima dos herdeiros necessários. Diminuem-se os legados e os quinhões dos herdeiros legítimos ou instituídos, em quanto baste para inteirar a legitima do herdeiro que foi ineficazmente deserdado.

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