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Monografia_Plinio_Damião_2014 - Cópia plinio (2)

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CENTRO UNIVERSITÁRIO ÍTALO BRASILEIRO 
 Pós-Graduação em Gestão Econômica, Financeira e Contábil 
 (Lato-Sensu) 
 
 
 
 
 
Plínio Damião Ferreira 
 
 
 
 
 
 
 
 
COMPARATIVO DE GESTÃO FINANCEIRA 
NACIONAL E INTERNACIONAL 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
São Paulo 
2014 
 
 
2 
 
PLÍNIO DAMIÃO FERREIRA 
 
 
 
 
 
 
 
COMPARATIVO DE GESTÃO FINANCEIRA 
NACIONAL E INTERNACIONAL 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
São Paulo 
2014 
Monografia apresentada ao Centro 
Universitário Ítalo Brasileiro de São Paulo 
(UniÍtalo) como pré-requisito para a obtenção 
de Certificado de Conclusão de Curso de 
Pós-graduação (Lato-Sensu), na área de 
Gestão Econômica, Financeira e Contábil. 
 
Orientadora: Profª. Drª. Dirce Encarnacion Tavares. 
 
 
3 
 
FOLHA DE APROVAÇÃO 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
COMPARATIVO DE GESTÃO FINANCEIRA 
NACIONAL E INTERNACIONAL 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Monografia apresentada à banca do Centro Universitário UniÍtalo à 
Av. João Dias, no. 2046, dia: 01/02/2014. 
 
 
 
São Paulo, 02 de Fevereiro de 2014 . 
 
Banca Examinadora 
 
 
Profª. Drª. Dirce Encarnacion Tavares 
 
 
São Paulo 
2014 
Orientadora: Profª. Drª. Dirce Encarnacion Tavares. 
 
 
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DEDICATÓRIA 
Dedico este trabalho em especial , a minha mãe pelo amor incondicional 
Modesta Ferreira Leite 
 
 
5 
 
AGRADECIMENTOS 
Em primeiro lugar ao nosso Senhor Jesus Cristo, por me dar saúde e 
entendimentos para buscar os meus objetivos. 
A minha orientadora Profª Drª Dirce Encarnacion Tavares 
Aos meus colegas de classe ao corpo docente da faculdade diretamente ou 
indiretamente por compartilhar comigo dos seus conhecimentos. 
 
6 
 
EPÍGRAFE 
A gestão financeira , e a arte ou ciência de saber identificar e empregar meios 
disponíveis para atingir determinados valores, porém há oposições , 
obstáculos paradigmas para serem quebrados 
 
7 
 
RESUMO 
 
Os Estados Unidos da América é um dos países que buscou os primeiros estudos 
na área da pesquisa científica, sendo o país que mais investe em pesquisas de 
contabilidade em gestão financeira. Já a Grã-Bretanha, país considerado o berço da 
contabilidade. É um país com tradição de liderança, profissionalismo, transparência 
e organização e exportou seu modelo para vários países: Austrália, Nova Zelândia, 
Hong-Kong, Canadá, Índia, Cingapura, Malásia, Quênia, Nigéria, Nova Guiné, África 
do Sul. Existem países da América do sul de demandam de um estudo comparativo 
de gestão. Na Alemanha, importante país da Europa Continental, juntamente com a 
França, as relações comerciais prestigiam o governo em detrimento aos investidores 
privados, onde há uma necessidade da contabilidade estar aderente com critérios 
fiscais. No Comparativo de gestão econômica contábil nacional e internacional diz 
que a contabilidade e seu ambiente no Brasil até a década de 70, foi marcada pela 
forte influencia fiscal. O presente trabalho tem por objetivo principal dar uma visão 
geral sobre o comparativo da gestão financeira nacional e internacional pela análise 
das situação econômicas e financeiras, com a descrição dos indicadores através de 
um estudo comparativo. A metodologia da pesquisa utilizada foi comparativa, 
extraída de pesquisas na internet, livros e artigos científicos sobre contabilidade 
internacional. No Comparativo de gestão econômica contábil nacional e 
internacional. Com os dados obtidos, pode-se concluir que o método comparativo 
entre a economia nacional e as principais economias mundial mostrou-se bastante 
eficaz para o entendimento do modelo nacional. 
 
 
Palavras-chave: Comparações; Gestão Financeira; nacional e internacional 
 
 
 
 
 
 
8 
 
ABSTRACT 
 
The United States is one of the countries that sought the first studies in the field of 
scientific research, being the largest investor in research in financial accounting 
management. Have Britain, the country considered the birthplace of accounting. It is 
a country with a tradition of leadership, professionalism, transparency and 
organization and its model exported to many countries: Australia, New Zealand, 
Hong Kong, Canada, India, Singapore, Malaysia, Kenya, Nigeria, New Guinea, South 
Africa There countries of South America require a comparative study of 
management. In Germany, important country in continental Europe, along with 
France, trade relations prestige to the government rather than to private investors, 
where there is a need to be adhered to tax accounting criteria.Comparative national 
and international economic management accounting view say that following: 
Accounting and its environment in Brazil until the 70s was marked by strong fiscal 
influences. This work has as main objective to give an overview of the comparative 
national and international financial management by the analysis of economic and 
financial situation, with the description of the indicators through a comparative 
study. The research methodology used was comparative, drawn from research on 
the internet, books and scientific articles on international accounting. Comparative 
national and international economic management accounting. With the data 
obtained, it can be concluded that the comparative method between the national 
economy and major global economies proved to be very effective for understanding 
the national model 
 
 
 
 
 
 
Keywords: Comparative of Financial Management 
 
 
 
 
 
9 
 
Sumário 
1 INTRODUÇÃO ................................................................................................................................... 11 
1.1 Justificativa ...................................................................................................................................... 13 
1.2 Problema ......................................................................................................................................... 13 
1.3 Objetivos ............................................................................................. Erro! Indicador não definido. 
1.3.1 Gerais .............................................................................................. Erro! Indicador não definido. 
1.3.2 Específicos ...................................................................................... Erro! Indicador não definido. 
1.4 Hipótese ............................................................................................. Erro! Indicador não definido. 
2 METODOLOGIA ................................................................................................................................. 16 
3 REVISÃO BIBLIOGRÁFICA ............................................................................................................... 17 
3.1 Fusões entre empresas no Brasil.................................................................................................... 17 
3.2 Comparativo de gestão ................................................................................................................... 18 
3.3 A Contabilidade Frente Às Mudanças ............................................................................................. 18 
3.4 Demonstrações Contábeis, Especificamente O Balanço Patrimonial ............................................ 193.4.1 Na escrituração contábil ............................................................................................................... 19 
3.4.2 Na elaboração e publicação das Demonstrações Contábeis ...................................................... 20 
3.5 Balanço Patrimonial ........................................................................................................................ 20 
3.6 Primazia da essência sobre a forma ............................................................................................... 22 
3.6.1 Aspectos Positivos ....................................................................................................................... 22 
3.7 A credibilidade da Contabilidade brasileira .................................................................................... 23 
3.8 A educação contábil no Brasil. ........................................................................................................ 24 
3.9 Sistema financeiro brasileiro ........................................................................................................... 27 
3.10 Dados gerais sobre a economia ................................................................................................... 28 
3.10.1 Rateio dos impostos no Brasil .................................................................................................... 32 
3.10.2 Créditos e financiamentos .......................................................................................................... 41 
3.10.3 Bolsas de mercadoria e futuros ................................................................................................. 45 
4 CONCLUSÕES .................................................................................................................................. 48 
5 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ................................................................................................... 50 
 
 
 
10 
 
 
Lista de Figuras 
 
Figura 1 Moedas do Real, retirada do site// www.bcb.gov.br/) ............................................................. 37 
Figura 2 Organograma do Sistema Financeiro Nacional ...................................................................... 44 
Figura 3 Organograma da Comissão de Valores Mobiliários .............................................................. 46 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
11 
 
1 INTRODUÇÃO 
 
Os Estados Unidos da América é um dos países que buscou os primeiros 
estudos na área da pesquisa científica, sendo o país que mais investe em pesquisas 
de contabilidade em gestão financeira. 
A Grã-Bretanha, país considerado o berço da contabilidade. É um país com 
tradição de liderança, profissionalismo, transparência e organização e exportou seu 
modelo para vários países: Austrália, Nova Zelândia, Hong-Kong, Canadá, Índia, 
Cingapura, Malásia, Quênia, Nigéria, Nova Guiné, África do Sul. Existem países da 
América do sul de demandam de um estudo comparativo de gestão. Na Alemanha, 
importante país da Europa Continental, juntamente com a França, as relações 
comerciais prestigiam o governo em detrimento aos investidores privados, onde há 
uma necessidade da contabilidade estar aderente com critérios fiscais. 
Na França há uma dualidade de demonstrações financeiras: Plano contábil 
fortemente legalista. O plano foi inspirado no modelo alemão durante a ocupação 
nazista, continua tendo o mesmo modelo de controle. 
No Japão, até a Segunda Guerra Mundial, o controle da gestão financeira 
japonesa era feita pelos “Zaibatsu” controlavam a economia japonesa. Após a 
invasão americana, foi feita uma reforma estrutural na gestão financeira econômica 
japonesa, houve a criação da lei antimonopólio. Com a retirada americana, 
entretanto, voltaram os “Keiretsu”, então voltou a prática dos antigos “Zaibatsu”, 
porém com uma moderna e sofisticada em termos de conglomerados. 
Já a Holanda é um país pequeno, mas se destacou na economia mundial na 
história do passado por ter sido notável em desenvolvimentos de atividades 
marítimas. 
O principio da contabilidade no Brasil, surgiu da escola italiana ate a década 
de 70,que no nosso pais teve a tendência do modelo baseado da Europa 
continental, tinha como França ,Alemanha, Itália, Japão, Bélgica, Espanha, países 
comunistas (EUROPA ORIENTAL), tendo em vista, que maioria dos países da 
América do Sul utilizava deste modelo de gestão nas suas contabilidades. Porém, 
haveria a necessidade de uma regulamentação das demonstração contábil, no 
nosso país, pois a escola italiana tem uma teoria que diz tudo é permitido, 
especialmente se é proibido, vale ressaltar que o Japão também utilizar do modelo 
anglo-saxão, a Holanda, mesmo sendo próxima da Alemanha, tende a utilizar mais o 
 
12 
 
modelo britânico, países escandinavos, tem luz própria não sendo classificáveis num 
ou noutro grupo segundo afirma Walton (2003). 
A contabilidade é uma ciência social aplicada, sendo fortemente 
influenciada no ambiente em que atua. Sendo “linguagem dos negócios”, é utilizada 
pelos agentes econômicos que buscam informações para avaliação dos riscos e 
oportunidades. 
Relatórios contábeis devem ser cada vez mais globalizados, mais a 
linguagem não é homogênea pois cada pais tem suas praticas contábeis própria a 
visão de Niyama(2005). 
Porém após a década de 70 a origem da contabilidade nacional passou a 
adotar o modelo de influência da escola norte americana isto ocorreu principalmente 
após a criação da lei nº 6.404/76). 
Década de 80: Queda do regime militar, nova Constituição Federal e a 
criação dos bancos múltiplos.Plano Real de 1994- impactos no sistema Financeiro 
Nacional, havendo a necessidade de uma nova adquadação no mercado financeiro 
nacional, pais com uma instabilidade monetária, inflação em alta desemprego, um 
pais sem credibilidade internacional, 
 regulamentação editada por organismos governamentais como CVM, BC, SUSEP, 
ANATEL, ANEEL, entre outros. 
A influência dos órgãos de classe ou institutos representativos da profissão é 
relativamente fraca na definição de normas contábeis no Brasil. 
Historicamente a contabilidade brasileira mostra forte vinculação com 
escrituração como consequência da formação da educação constituída por cursos 
de nível secundário (técnicos) e, a partir de 1946 superior. 
A expressão “ princípios contábeis”constou originalmente da circular 179/72 
do BC e da resolução 321/72 do CFC,mas ninguém definiu o que e quais são tais 
princípios. 
O ambiente da gestão financeira no Brasil, desenvolvimento histórico é 
recente, referente a contabilidade de gestão financeira no Brasil (década de 70): 
 Obrigatoriedade de auditoria independente para as companhias abertas; 
 Padronização do Banco Central do Brasil a estruturação das demonstrações 
contábeis; 
 Influencia da escola Norte-americana /76. 
 
13 
 
A análise da evolução da história da contabilidade brasileira, norte 
americana e internacional se fez importante, para se identificar quais os fatos, 
eventos, pessoas,organizações, entre outros, que tiveram influência na evolução 
histórica do pensamento contábil e da profissão contábil,chegando ao atual estágio 
da contabilidade, a fim de verificar os pontos importantes que contribuem para o 
pensamento contábil atual. 
 
1.1 Justificativa 
 
O intuito deste projeto de pesquisa científica, é apresentar um trabalho baseado em 
pesquisas, já elaboradas por gestores, em outras universidades nacionais e 
internacionais, as quais desenvolveram conceitos fundamentados em análises 
financeiras. Uma das preocupações é fazer uma observaçãocriteriosa nestes 
trabalhos já elaborados por estes gestores, que por sua vez já tem até mesmo 
artigos publicados acerca de gestão financeira. Buscou-se fazer uma mesclagem 
entre estas pesquisas já realizadas por outras instituições. 
1.2 Problema 
 
Os negócios envolvendo fusões e aquisições no Brasil totalizaram R$ 52,6 bilhões 
no primeiro semestre, volume 36,4% menor do que no mesmo período de 2011, 
segundo a Anbima (Associação Nacional das Entidades do Mercado de Capitais). 
A queda é atribuída, em parte, a readaptação do mercado à criação em maio do 
novo Cade (Conselho Administrativo de Defesa Econômica), além das 
consequências da crise internacional. A avaliação da Anbima é que na nova lei 
trouxe a maior segurança jurídica na área de defesa da concorrência, mais a 
ampliação do seu escopo e a introdução da análise prévia ao anúncio das 
operações geraram algumas incertezas, especialmente em relação aos prazos para 
a aprovação das negociações é a efetivação das operações. 
 
O problema: 
Quais os riscos das fusões, cisões e incorporações? 
Pode-se perceber que: Quando no início da crise do mercado internacional, houve 
 
14 
 
uma grandes formação de fusões, cisões e incorporações principalmente no 
mercado brasileiro o problema estava, na maneira como estas empresas estavam 
usando de estratégia para se libertarem dos seus comprometimentos de ordens 
municipais, estaduais e federais porque ao fazerem estes tipos de negociações, 
estas empresas, muitas vezes, até mesmo declaravam falências para com isto 
estarem negativando ou negando de pagarem funcionários, fornecedores, e órgãos 
de outras competências legais que estas empresas deixavam de honrarem seus 
compromissos, então ouve uma grande demanda das empresas internacionais em 
migrarem para o Brasil com este intuito,porque não havia um órgão regulamentado 
neste segmento de negócio. Com a criação do CADE (Conselho Administrativo de 
Defesa Econômica). Pode-se criar uma norma que regulamentasse estes tipos de 
negócios, inibindo então estas posturas que muitas vezes estes negócios eram 
realizados somente para as empresas não honrarem com seus compromissos, desta 
maneira ouve uma contribuição para uma estabilidade econômica e não uma 
especulação por isto houve uma diminuição nestes tipos de negociações, não 
havendo mais negociação sem haver uma lei de regulamentação. 
 
1.3 Objetivos 
 
O presente trabalho tem por objetivo principal dar uma visão geral sobre o 
comparativo da gestão financeira nacional e internacional pela análise das situação 
econômicas e financeiras, com a descrição dos indicadores através de um estudo 
comparativo. 
 
1.3.1 Gerais 
 
 Visualizar de uma forma geral a Gestão Financeira Comparativa entre 
a Gestão Nacional e Internacional; 
 
 Analisar a estrutura comparativa entre as duas gestões 
 
1.3.2 Especificos 
 
15 
 
 
 
 Verificar o comparativo da gestão financeira nacional e internacional; 
 
 Distinguir entre a gestão comparativa; 
 
 Definir os países escolhidos para o estudo comparativo. 
 
1.4 Hipotese 
 
Este trabalho tem por hipótese a viabilidade da comparação entre as gestões 
financeiras nacional e internacional. 
 
 
16 
 
 
2 METODOLOGIA 
 
A metodologia da pesquisa utilizada foi comparativa, extraída de pesquisas 
na internet, livros e artigos científicos sobre contabilidade internacional. No 
Comparativo de gestão econômica contábil nacional e internacional conforme mostra 
Niyama (2005), A contabilidade e seu ambiente no Brasil até a década de 70, foi 
marcada pela forte influencia fiscal. 
Em 1976, foi criada CVM e editada a lei nº 6.404/76.crescimento econômico 
x inflação crescente marcaram essa década ao final, a maxi-desvalirizaçao cambial 
trouxe efeitos danosos para a contabilidade brasileira. 
Observando partes da contabilidade internacional Niyama (2005), serão 
citados os itens de suma importância para o aprendizado de pesquisa cientifica 
comparativa. Sistema financeiro brasileiro Na Década de 80 e 90: a CVM editou a Instrução 
84, que determina a elaboração de demonstrações financeiras em moeda constante 
e o CFC editou a solução 750 estabelecendo os princípios fundamentais de 
contabilidade. 
 A evolução histórica da contabilidade nos Estados Unidos da América será a 
primeira a ser discutida, pois apresenta a história mais longa e com fatos marcantes 
que influenciaram não só a contabilidade naquele pais, mais que tiveram 
repercussão nos demais países; além de ser o primeiro pais onde surgiu a 
discussão e emissão de uma Estrutura Conceitual de contabilidade financeira, objeto 
deste trabalho, comparativo de gestão financeira nacional e internacional. 
 
 
17 
 
3 REVISÃO BIBLIOGRÁFICA 
 
3.1 Fusões entre empresas no Brasil 
 
No Comparativo de gestão econômica contábil nacional e internacional a 
vista de Niyama (2005), diz o seguinte: A contabilidade e seu ambiente no Brasil até 
a década de 70, foi marcada pela forte influencia fiscal. 
Em 1976, foi criada CVM e editada a lei nº 6.404/76.crescimento econômico 
x inflação crescente marcaram essa década ao final, a maxidesvalorização cambial 
trouxe efeitos danosos para a contabilidade brasileira. 
Ainda Niyama (2005), o estudo da contabilidade internacional é de suma 
importância para o aprendizado de pesquisa cientifica comparativa. 
Na Década de 80 e 90: a CVM editou a Instrução 84 determinando a 
elaboração de demonstrações financeiras em moeda constante e o CFC editou a 
solução 750 estabelecendo os princípios fundamentais de contabilidade. 
 Os negócios envolvendo fusões e aquisições no Brasil totalizaram R$ 52,6 
bilhões no primeiro semestre, volume 36,4% menor do que no mesmo período de 
2011, segundo a Anbima (Associação Nacional das Entidades do Mercado de 
Capitais). 
A queda é atribuída, em parte, a readaptação do mercado à criação em maio 
do novo Cade (Conselho Administrativo de Defesa Econômica), além das 
consequências da crise internacional. 
A avaliação da Anbima é que na nova lei trouxe a maior segurança jurídica 
na área de defesa da concorrência, mais a ampliação do seu escopo e a introdução 
da análise prévia ao anúncio das operações geraram algumas incertezas, 
especialmente em relação aos prazos para a aprovação das negociações é a 
efetivação das operações. Onde pode-se questionar por exemplo: quais os riscos 
das fusões,cisões e incorporações? 
Como exemplo, quando no início da crise do mercado internacional, 
houveram grandes fusões, cisões e incorporações, principalmente no mercado 
brasileiro, o problema estava na maneira como estas empresas estavam usando de 
estratégia para se libertarem dos seus comprometimentos de ordens municipais, 
 
18 
 
estaduais e federais porque ao fazerem estes tipos de negociações, estas 
empresas, muitas vezes declaravam falências, para com isto estarem negativando 
ou negando o pagamento dos funcionários, fornecedores, e órgãos de outras 
competências legais que estas empresas deixavam de honrar seus compromissos. 
Então ouve uma grande demanda das empresas internacionais no sentido de 
migrarem para o Brasil com este intuito, porque não havia um órgão 
regulamentado neste segmento de negócio. Com a criação do CADE(Conselho 
Administrativo de Defesa Econômica) foi possível criar uma norma que 
regulamentasse estes tipos de negócios, inibindo então estas posturas que muitas 
vezes estes negócios eram realizados só para as empresas não honrarem com 
seus compromissos, desta maneira ouve uma contribuição para uma estabilidade 
econômica e não uma especulação e comisto houve uma diminuição destes tipos 
de negociações 
 
3.2 Comparativo de gestão 
 
 Com a internacionalização da economia e a perspectiva de um único 
mercado, tem evidenciado a necessidade de desenvolver um sistema de informação 
que harmonize as práticas contábeis e que seja compatível para seus diversos 
usuários e interesses. Foi nesse ambiente que os padrões internacionais de 
contabilidade foram fortalecidos, e a busca pela convergência das praticas contábeis 
brasileiras pelas praticas contábeis internacionais se fez necessária. 
 
3.3 A Contabilidade Frente Às Mudanças 
 
A Contabilidade caminha junto com o mercado econômico, por isso está 
sempre em constante mudança, em decorrência da mundialização dos mercados. 
No entanto, sua principal finalidade ainda permanece, conforme Ludícibus (2000, p. 
20): “sua finalidade é prover os usuários dos demonstrativos financeiros com 
informações que os ajudarão a tomar decisões”. No entanto, a Contabilidade já não 
 
19 
 
é só considerada como mero instrumento decisório, mas como informações que 
possam ser vistas e entendidas internacionalmente. 
Assim com a aprovação da Lei 11638/07, é que de fato se consagrou a 
convergência, pois a mesma veio para alinhar as práticas contábeis do Brasil ao 
cenário internacional, de forma que a divulgação das demonstrações contábeis 
sejam padronizadas, em linguagem especificas e fácil, dentro de uma estrutura 
transparente direcionada aos interessados 
As mudanças que a Lei 11638/07, introduziu no país seguem os padrões do 
IASB (International Accounting Standards Board), órgão internacional que emite 
normas e pronunciamentos internacionais de Contabilidade, que são as IFRS 
(International Financial Reporting Standards), contudo compete aos Órgãos 
Nacionais a normalizar de forma mais detalhadas de tais regras. Deste modo as 
principais modificações ocorreram nas: 
Há Demonstrações Contábeis, especificamente na estrutura do Balanço 
Patrimonial e no critério de avaliação da contas patrimoniais em relação a “primazia 
da essência sobre a forma”. 
3.4 Demonstrações Contábeis, Especificamente O Balanço Patrimonial 
 
3.4.1 Na escrituração contábil 
 
Após a elaboração das demonstrações contábeis, deverão ser feitos alguns 
ajustes para atender ao fisco, fazendo registros em livros auxiliares. Conforme a 
CVM, em Comunicado ao mercado2 em janeiro deste ano (2008), “Foi criada uma 
nova possibilidade, além da originalmente prevista em lei societária, de segregação 
entre a escrituração mercantil e a escrituração tributária,....”. Conforme o artigo 177, 
parágrafo 2º inciso II da Lei 11638/07: 
II – no caso da elaboração das demonstrações para fins 
tributários, na escrituração mercantil, desde que sejam 
efetuados em seguida lançamentos contábeis adicionais que 
assegurem a preparação e a divulgação de demonstrações 
financeiras com observância do disposto no caput deste artigo, 
 
20 
 
devendo ser essas demonstrações auditadas por auditor 
independente registrado na Comissão de Valores Mobiliários. 
 
3.4.2 Na elaboração e publicação das Demonstrações Contábeis 
 
A Lei nº11638/07, ampliou a abrangência da Lei nº. 6404, estendendo às 
sociedades de grande porte, questões relativas à elaboração e divulgação das 
demonstrações contábeis, bem como da obrigatoriedade de auditoria independente 
por auditor registrado na CVM. 
Deste modo foi incluída no rol das demonstrações obrigatórias para 
publicação a Demonstração do Fluxo de Caixa (DFC) em substituição da 
Demonstração de Origem e Aplicação de Recursos (DOAR), e a Demonstração do 
Valor Adicionado (DVA), para as Sociedades Anônimas de capital aberto. No 
entanto, em relação às Sociedades Anônimas de capital fechado não estão 
obrigadas a elaborar a Demonstração do Valor Adicionado. 
Destacamos que: “Excepcionalmente, para o exercício de 2008, a 
Demonstração de Fluxo de Caixa e a Demonstração do valor adicionado, poderão 
ser divulgadas sem a indicação de valores correspondente ao ano anterior.” 
 
3.5 Balanço Patrimonial 
 
O Balanço Patrimonial foi segregado em circulante e não circulante, já 
regularizado pela instrução da CVM nº 488. E que sofreu alterações em sua 
estrutura, principalmente no Ativo Permanente e no Patrimônio Líquido. 
A CVM (Comissão de Valores Mobiliário) criada em 1976 e editada a Lei nº 
6.404/76.O objetivo da CVM Comissão de Valores Mobiliário, esse convenio foi 
criado para estreitar o relacionamento Institucional entre a CVM e o MPF (Ministério 
Público Federal) e dar maior agilidade e efetividade as ações tanto na prevenção e 
apuração como na repressão as praticas ao mercado de capitais, antes e 
reconhecida pelo mercado e seus agentes como um ”xerife”, em razão de seu 
trabalho de fiscalização e punição de irregularidade no âmbito administrativo . 
 
21 
 
Em relação ao Ativo Permanente, no que se refere à estrutura, sofreu um 
deslocamento dos bens intangíveis, que antes eram classificados na categoria de 
Ativo Imobilizado, agora estão em categoria própria, em “Ativo Intangível”, conforme 
artigo 178, parágrafo 1º, alínea “c”, da Lei 116383 porém já regulada pela 
deliberação da CVM nº488/2005. 
O Patrimônio Liquido sofreu maiores mudanças, a conta de “reservas de 
reavaliação” foi extinta, criou-se a conta de “ajustes de avaliação patrimonial”, que 
agruparão as contrapartidas referentes a aumentos ou diminuições de valor tanto do 
Ativo quanto do Passivo em decorrência de avaliações a preço de mercado; já a 
conta de “lucros e prejuízos acumulados” para “prejuízos acumulados”, não 
desapareceu totalmente, apenas deixou de permanecer no Balanço Patrimonial, de 
modo que todo o resultado deverá ser destinado; houve também a inclusão das 
“ações em tesouraria”. Além dessas alterações a lei 11638/07, criou também a 
“Reserva de Incentivos Fiscais”, que poderá ser realizada por parcela do lucro 
líquido que decorrer de doações ou subvenções governamentais para investimentos, 
 
22 
 
conforme o artigo 195-A da referida podendo assim ser excluída da base de cálculo 
dos dividendos obrigatórios. 
A nova lei das sociedades por ações em relação aos critérios de avaliação do 
ativo estão disciplinados no artigo 183 da Lei 11638/07, em relação ao Ativo 
Financeiro, mas precisamente os títulos e valores mobiliários, devem ser avaliados 
pelo valor de mercado ou de aquisição. Já o passivo, especificamente as 
obrigações, encargos e riscos classificados no passivo exigível a longo prazo 
deverão ser ajustados a valor presente. 
 
3.6 Primazia da essência sobre a forma 
 
Embora já estivesse mencionada nos Princípios Fundamentais de 
Contabilidade e pela Deliberação nº488/05 da CVM, veio de forma mais atuante 
frente à nova lei. Assim, para se classificar um item como Ativo, Passivo ou 
Patrimônio Liquido deverá levar em consideração a essência das transações para 
que ela se sobreponha à sua forma legal. 
De acordo com o Comitê de Pronunciamentos Contábeis, no Pronunciamento 
Conceitual (item 51, p.16-17): Ao avaliar se um item se enquadra na definição de 
ativo, passivo ou patrimônio liquido, deve-se atentar para a sua essência e realidade 
econômica e não apenas sua forma legal. 
 
3.6.1 Aspectos Positivos 
 
A alteração legal levará a uma harmonização entre as normas contábeis 
nacionais com as internacionais, e deste modo o “grau de transparência” nas 
demonstrações contábeis permitirá uma maior credibilidade entre os mercados, pois 
refletirá a real situação econômica das empresas. Assim, uma mesma prática 
contábil, sendo aplicada em vários mercados, possibilitará que a divulgação sobre a 
situaçãopatrimonial e financeira seja mais compreensível, ou seja, tornará mais fácil 
o entendimento pelos diversos usuários. Desta forma, a divulgação de 
demonstrações transparentes, conforme Madeira (2004), “Aumentam o nível de 
 
23 
 
confiança do público em geral, e essa é uma questão essencial no mercado de 
capitais”, pois assim reduz as incertezas fortalecendo o mercado interno e servira de 
estímulo para o ingresso de recursos externos no país. 
A CVM, em comunicado ao mercado, considera que: “... a Lei 11638/07, ao 
possibilitar essa convergência internacional, irá permitir, no futuro, o beneficio do 
acesso das empresas brasileiras a capitais externos a um custo e a uma taxa de 
risco menor”. 
Com a adoção de normas padronizadas o custo das transações internacionais 
será reduzido, pois serão confeccionadas uma única demonstração atendendo tanto 
o mercado interno como o externo. Na educação profissional de Contabilidade 
tenderá a reestruturação, em face da Lei 11638/07, enquadrando as novas normas 
contábeis ao processo educacional. Contudo, conforme estudo, acredita-se na 
valorização do profissional de Contabilidade em face da adoção da lei, tendo em 
vista às novas tendências e procedimentos que o mesmo terá que adotar e deste 
modo, conforme, Eliseu Martins, em entrevista feita ao Jornal Valor Econômico 
 
 3.7 A credibilidade da Contabilidade brasileira 
 
 Diante desse novo cenário econômico-social que estamos vivendo, com suas 
novas exigências, e principalmente com o advento da Lei 11638/07, percebe-se a 
mudança de foco da Contabilidade brasileira com o abandono da normalização 
Norte-Americana para o ingresso das normas contábeis internacionais que é de 
origem Europeia. 
Em relação ao Balanço Patrimonial, foco do presente estudo, com sua nova 
estrutura e métodos de avaliação visou a transparência e a essência dos fatos, pois 
as normas de contabilidade brasileira são muito formais, deste modo não retratando 
de maneira tão evidente sobre a realidade patrimonial e financeira de uma entidade 
quanto pela norma internacional, por isso ser internacionalmente aceita. 
Entendendo desta forma, que a profissão do Contador passa a ser mais 
respeitada, pois deste modo, reduz a objetividade que estamos acostumados e 
aumentando a boa formação de julgamentos por parte dos Contadores. 
 
24 
 
Do mesmo modo, com a obrigatoriedade de publicação de novas 
demonstrações contábeis, como o DVA e o DFC, que também aumenta o nível de 
transparência e confiabilidade, características essenciais no mercado de capitais 
Considera-se que as alterações que a Lei 11638/07 trouxe benefícios a esse 
mercado e a classe contábil, mas que de certa forma, as empresas enfrentarão 
muitos desafios durante a sua implementação. 
3.8 A educação contábil no Brasil. 
 
Entendemos que a influência a qualidade da educação da informação e o 
sistema contábil, como contabilidade forte x países sem essa tradição: contabilidade 
fraca conforme (KATSUMI, 2005). 
A principio, pode-se iniciar com uma abordagem de Severino (2007), sobre 
Educação Superior, buscando entender melhor, como que e feito um trabalho de 
pesquisa científica, na pós graduação. Observando partes do livro serão 
mencionando alguns itens de grande importância para os iniciantes em pesquisa de 
Metodologia Cientifica, em parte da universidade, em se tornar ciência e formação 
acadêmica. As condições específicas do ensino superior é que constituem o 
contexto para o desenvolvimento do trabalho científico. 
O ingresso no curso superior implica uma mudança substantiva na forma 
como professores e alunos devem conduzir os processos de aprendizagem. 
Mudança muito mais de grau do que de natureza, pois todo ensino e toda 
aprendizagem, em qualquer nível e modalidade, depende das mesmas condições. 
No entanto, embora sendo essas condições comuns a todo ato de 
ensino/aprendizagem, a sua implementação no ensino superior precisa ser 
intencionalmente assumida e efetivamente praticada, sob pena de comprometer o 
processo, fazendo o perder sua consistência e eficácia. 
O ensino superior, tal qual se consolidou historicamente, na tradição 
ocidental, visa atingir três objetivos,que são obviamente articulados entre si. O 
primeiro objetivo é o da formação de profissionais de diferentes área aplicadas, 
mediante o ensino/aprendizagem de habilidades e competências técnicas. 
O segundo objetivo é o da formação do cientista mediante a disponibilização 
dos métodos e conteúdos de conhecimento das diversas especialidades do 
 
25 
 
conhecimentos; 
O terceiro objetivo é aquele referente a formação do cidadão, pelo estímulo 
de uma tomada de consciência, por parte do estudante, do sentido de sua existência 
histórica, pessoal e social. Neste objetivo está em pauta levar o aluno a entender 
sua inserção não só em sua sociedade concreta mais também no seio da própria 
humanidade. Trata se de despertar no estudante uma consciência social, o que se 
busca fazer mediante uma série de meditações pedagógicas presentes nos 
currículos escolares e na interação educacional que, espera-se, ocorra no 
espaço/tempo universitário. 
Ao se propor atingir esses objetivos, a educação superior expressa sua 
destinação ultima que é contribuir para o aprimoramento da vida humana em 
sociedade. A universidade, em seu sentido mais profundo, deve ser entendida como 
uma entidade que, funcionária do conhecimento, destina –se a prestar serviço a 
sociedade no contexto da qual ela se encontra situada... 
Esse compromisso da educação, em geral, e da Universidade, em particular, 
com a construção de uma sociedade na qual a vida individual seja marcada pelos 
indicadores da cidadania, e a vida coletiva pelos indicadores da democracia, tem 
sua gênese e seu fundamento na exigência ética-política da sociedade que deve 
existir entre os homens e a própria dignidade humana que exige que garanta a todos 
eles o compartilhar dos bens naturais, dos bens sociais e dos bens culturais. O que 
se espera é que no limite, nenhum ser humano seja degradado no exercício do 
trabalho, seja oprimido em suas relações sociais ao exercer sua sociabilidade ou 
seja alienado no usufruto dos bens simbólicos, na vivencia cultural. 
Para dar conta desse compromisso, a Universidade desenvolve atividades 
especificas, quais sejam, o ensino, a pesquisa e a extensão. Atividades essas que 
devem ser efetivamente articuladas entre si, cada uma assumindo uma perspectiva 
de prioridade nas diversas circunstâncias histórico-sociais em que os desafios 
humanos são postos. No entanto, no âmbito universitário, dada a natureza 
especificada de seu processo, a educação superior precisa ter na pesquisa o ponto 
básico de apoio e de sustentação de suas outras duas tarefas,o ensino e a 
extensão, 
 De modo geral, a educação pode ser mesmo conceituada como o processo 
mediante o qual o conhecimento se produz ,se reproduz, se conserva, se 
sistematiza, se organiza, se transmite e se universaliza, disseminando seus 
 
26 
 
resultados no seio da sociedade. Esse tipo de situação se caracteriza então, de 
 modo radicalizado, no caso da educação universitária. No entanto, a tradição 
cultural brasileira privilegia a condição da universidade como lugar de ensino, 
entendido e sobre tudo praticado como transmissão de conteúdos acumulados de 
produtos do conhecimento. Mas apesar da importância dessa função, em nenhuma 
circunstância pode –se deixar de entender a Universidade igualmente como lugar 
priorizado da produção do conhecimento. A distinção entre as funções de ensino, de 
pesquisa e de extensão, no trabalho universitário, é apenas umaestratégia 
operacional, não sendo aceitável conceber-se os processos de transmissão da 
ciência e da socialização de seus produtos, desvinculados de seu processo de 
geração. 
 É assim que a própria extensão universitária deve ser entendida como o 
processo que articula o ensino e a pesquisa, enquanto interagem conjuntamente, 
criando um vinculo fecundante entre a Universidade e a sociedade, no sentido de 
levar a esta a contribuição do conhecimento para sua transformação. Ao mesmo 
tempo que a extensão, enquanto ligada ao ensino, enriquece o processo 
pedagógico, ao envolver docentes, alunos, e comunidade num movimento comum 
de aprendizagem, enriquece o processo político ao se relacionar com a pesquisa, 
dando alcance social à produção do conhecimento. 
 Na Universidade, ensino, pesquisa e extensão efetivamente se articulam, mais 
a partir da pesquisa, ou seja: só se aprende, só se ensina, pesquisando; só se 
presta serviços à comunidade, se tais serviços nascerem e se nutrirem da pesquisa. 
Observando parte da nova padronização da contabilidade internacional 
(gestão financeira), dentro do comparativo de gestão financeira, pude com isto ter 
um amplo horizonte no que diz respeito a transparência das demonstrações 
financeiras, assim como fica mais fácil visualizar situações de impairment test, 
contabilização do GoodWill, Capital Intelectual, Notas Explicativas, Ativos intangíveis 
entre outros, todas estas maneiras de buscarmos estes conhecimentos ficou mais 
acessíveis com a padronização internacional, principalmente após a lei 11638/07,Há 
uma tendência de valorização dos profissionais contadores, gestores, e controleis, 
pude observar que há um caminho mais fácil para ser percorrido para quem atua 
nestas área de negócios. 
 
 
27 
 
3.9 Sistema financeiro brasileiro 
 
Formado por mais de 2.300 instituições financeiras em funcionamento, entre 
as quais, pelo menos, 150 bancos múltiplos e comerciais, com ativos totais 
superiores a R$ 3 trilhões e 85 milhões de contas movimentadas, o sistema 
financeiro brasileiro tem a estabilidade entre suas mais relevantes características. 
Adaptados as normas prudenciais mais rígidas que o padrão mundial, os bancos do 
País conseguiram atravessar crises financeiras internacionais com indicadores 
saudáveis. Entre setembro de 2008 e setembro de 2010, por exemplo, o volume 
total de crédito do sistema cresceu 39,8%. Novas injeções de capital e bons níveis 
de lucro mantiveram o setor em uma posição confortável de solvência, mesmo com 
a ampliação dos financiamentos .A solidez do sistema financeiro brasileiro é, em boa 
parte, resultado de uma gestão macroeconômica comprometida com a estabilidade. 
O País está empenhado há anos em manter a inflação sob controle e 
executar políticas econômicas equilibradas. Entre estas políticas podem ser citadas: 
a consolidação dos sistemas de metas para a inflação e de câmbio flutuante, a 
acumulação de reservas internacionais, um sistema de supervisão eficiente por 
parte das autoridades governamentais e a prática de uma política fiscal responsável. 
Desde 2003, o Banco Central do Brasil (BCB) vem cumprindo as metas de 
inflação fixadas pelo CMV. No mesmo período, as reservas em moedas fortes do 
País quadruplicaram e ultrapassam a faixa dos US$ 250 bilhões. No final de 2007, o 
Brasil passou de devedor a credor líquido internacional e seguiu como um dos 
principais destinos de investimentos estrangeiros entre as economias emergentes, 
apesar da instabilidade nos mercados internacionais. A produção sistemática de 
superávits primários nas contas públicas vem permitindo a manutenção da dívida 
pública interna em trajetória sustentável e tendência de que dano longo prazo. Seu 
perfil também melhorou, reduzindo a exposição do País a riscos externos. A 
estrutura atual é também resultado de um processo de fortalecimento institucional e 
regulatório. A formação do sistema financeiro brasileiro começou em 1808, através 
da fundação da primeira instituição financeira nacional, o Banco do Brasil – na 
época, uma das poucas instituições da espécie no mundo, ao lado do Ricks Banck, 
da Suécia (1694) e do Banco de França (1800). Nas décadas de 1950, 1960 e 1970, 
novas instituições e estruturas de regulação foram criadas, como o Banco Nacional 
de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), hoje entre as maiores agências 
 
28 
 
de fomento do mundo, e o Sistema Financeiro de Habitação (SFH), dedicado a 
financiamentos imobiliários. Também foram instituídos o Conselho Monetário 
Nacional (CMN), órgão federal superior responsável pela fixação das diretrizes da 
política monetária brasileira, o Banco Central, encarregado de sua execução, além 
da regulação e supervisão do sistema financeiro, e a Comissão de Valores 
Mobiliários (CVM), dedicada à regulação e supervisão do mercado de capitais. O 
presente texto traz informações sobre a estrutura do Sistema Financeiro do Brasil, 
suas principais normas de funcionamento e seu sistema de supervisão. Também 
oferece uma breve descrição das políticas públicas recentes que levaram o Brasil a 
reduzir suas vulnerabilidades externas e fortalecer seu mercado financeiro interno. 
 
3.10 Dados gerais sobre a economia 
 
A moeda corrente do nosso país é o real, porém esta mesma moeda já se 
utilizou de vários nomes no decorrer de sua existência. Tiveram nomes como Reis, 
Cruzados Cruzeiro, Cruzeiro novos conversões como URVs até chegar no Real, 
entre outros nomes já utilizados. O Real hoje se encontra como uma moeda forte 
com grande poder de compra no mercado internacional, devido as providência 
tomadas pelo governo brasileiro em se empenhar cada vez mais para que o nosso 
pais possa gozar deste privilegio, da nossa moeda se tornar cada vez mais forte a 
níveis de padrão internacional. 
A moeda Real (símbolo R$) coeficiente de gini: 0,55 (2009) principais indústrias: 
aço, minério de ferro, carvão, máquinas, armamento, têxteis vestuário, petróleo, 
cimento, produtos químicos, fertilizantes, produtos de consumo, incluindo calçados, 
brinquedos e eletrônicos; transformação de alimentos, equipamentos de transporte, 
incluindo automóveis, veículos ferroviários e locomotivas, navios e aeronaves; 
eletrônica; equipamento de telecomunicações, imóveis, turismo Principais produtos 
agrícolas produzidos: café, laranja, cana de- açúcar (produção de açúcar e álcool), 
soja, tabaco, milho, mate. Principais produtos da pecuária: carne bovina, carne de 
frango, carne suína Principais minérios produzidos: ferro, alumínio, manganês, Magnesita 
e estanho. Comércio Exterior: Países de quem o Brasil mais importou (2010): China, 
Argentina e Estados Unidos. Países para onde o Brasil mais exportou (2010): a 
 
29 
 
China, Estados Unidos e Argentina. Principais produtos exportados pelo Brasil 
(2010): minério de ferro, ferro fundido e aço; óleos brutos de petróleo; soja e 
derivados; automóveis; açúcar de cana; aviões; carne bovina; café e carne de 
frango. Principais produtos importados pelo Brasil (2010): petróleo bruto; circuitos 
eletrônicos; transmissores/receptores; peças para veículos, medicamentos; 
automóveis, óleos combustíveis, gás natural e motores para aviação. 
O Ministério da Fazenda é o órgão que formula e executa a política 
econômica brasileira. Sua área de atuação abrange assuntos diversos, dentre os 
quais se destacam: moeda, crédito e instituições financeiras; política e administração 
tributária; administração financeira e contabilidade pública; dívida pública; 
negociações econômicas internacionais; preços em geral; tarifas públicas e 
administradas; fiscalização e controle do comércio exterior; e acompanhamento da 
conjunturaeconômica. Além dos órgãos de assistência direta e imediata, o 
Ministério da Fazenda do Brasil é composto por cinco secretarias: Tesouro Nacional 
(STN), Receita Federal do Brasil (SRFB), Política Econômica (SPE), 
Acompanhamento Econômico (SEAE) e Assuntos Internacionais (SAIN). 
O Tesouro Nacional é o órgão central do Sistema de Administração 
Financeira Federal e do Sistema de Contabilidade Federal, tendo como principais 
missões a gestão eficiente do caixa da União e a transparência do gasto público. 
Dentre outras funções, cabe ao Tesouro Nacional gerenciar a Conta Única, que 
acolhe todas as disponibilidades financeiras da União; subsidiar a formulação da 
política de financiamento da despesa pública; administrar os haveres financeiros e 
mobiliários; além de administrar a dívida pública federal. No contexto atual de metas 
fiscais para receitas e despesas da União, a programação financeira busca, entre 
outros objetivos, compatibilizar o ritmo de execução das despesas aos níveis 
projetados e realizados de receitas. No âmbito da programação financeira, um dos 
principais instrumentos de controle das finanças públicas é a Conta Única do 
Tesouro Nacional, mantida no Banco Central do Brasil. Ela foi criada para substituir 
mais de cinco mil contas bancárias governamentais, permitindo o controle mais 
eficaz do fluxo de caixa do Governo. Com isso, é possível acompanhar todas as 
movimentações financeiras federais, integrando cinco mil unidades gestoras, com 
cerca de 34.000 usuários, executores de despesas dos orçamentos Fiscal e de 
Seguridade Social O Tesouro Nacional também é responsável pelo controle e 
administração da dívida pública federal, seja mobiliária (em títulos) ou contratual, 
 
30 
 
interna ou externa, centralizando em uma única unidade governamental a 
responsabilidade pelo gerenciamento de todos os compromissos do Governo 
Federal. Para gerir a dívida pública mobiliária federal e a dívida externa, o Tesouro 
Nacional possui uma estrutura institucional de gerenciamento de dívida pública em 
linha com as melhores práticas internacionais. A estrutura é distribuída em três 
coordenações sob a supervisão da Subsecretaria da Dívida Pública do Tesouro 
Nacional. As coordenações - CODIV - Coordenação Geral de Controle da Dívida 
Pública; COGEP – Coordenação Geral de Planejamento Estratégico da Dívida 
Pública; e CODIP - Coordenação Geral de Operações da Dívida Pública – separam 
as atribuições do órgão por funções, dados os diferentes objetivos e 
responsabilidades dos gestores de dívida pública. Dentre os instrumentos 
divulgados pelo Tesouro Nacional com objetivo de dar transparência e 
previsibilidade à gestão da dívida pública, destacam-se: Plano Anual de 
Financiamento da Dívida Pública (PAF), Relatório Anual da Dívida Pública (RAD), 
Relatório Mensal da Dívida Pública (RMD) e o Cronograma Mensal de Leilões. 
O PAF estabelece claramente as diretrizes a serem seguidas e as metas a 
serem alcançadas ao longo do ano, referentes à administração da dívida pública 
interna e externa. O documento contém os objetivos gerais, a estratégia de gestão e 
os instrumentos de atuação da dívida pública, permitindo aos agentes econômicos 
obterem maior grau de informação para que possam tomar suas decisões de 
investimento. 
O objetivo estabelecido para a gestão da Dívida Pública Federal é suprir de 
forma eficiente as necessidades de financiamento do governo federal, ao menor 
custo de financiamento no longo prazo, respeitando se a manutenção de níveis 
prudentes de risco. Adicionalmente, busca-se contribuir para o bom funcionamento 
do mercado de títulos públicos brasileiro. 
O RAD e o RMD são documentos elaborados com o objetivo de prestar 
contas à sociedade em geral. O RAD apresenta uma retrospectiva do gerenciamento 
da dívida pública ocorrido no ano anterior, confrontando os resultados alcançados 
com as metas estipuladas no PAF. O RMD, por sua vez, é divulgado mensalmente, 
contendo o balanço do gerenciamento da dívida pública. Por sua vez, o Cronograma 
Mensal de Leilões, divulgado no último dia útil do mês anterior, define as 
características gerais dos leilões da dívida interna, tais como a data e o tipo 
(emissão, troca ou resgate antecipado), além de estipular o montante máximo 
 
31 
 
agregado a ser emitido ao longo do mês. O Tesouro Direto é um programa de venda 
de títulos públicos a pessoas físicas desenvolvido pelo Tesouro Nacional, em 
parceria com a Bolsa de Valores, Mercadorias e Futuros (BMF&BOVESPA). O 
programa tem como objetivo democratizar o acesso a investimentos em títulos 
federais, incentivar a formação de poupança de longo prazo e facilitar o acesso às 
informações sobre a administração e a estrutura da dívida pública federal brasileira. 
Por meio do Tesouro Direto o investidor pode comprar os títulos públicos 
diretamente do Tesouro Nacional, reduzindo seus custos. Com apenas R$ 100,00, 
qualquer pessoa pode iniciar uma aplicação, sem precisar sair de casa, pois as 
transações podem ser feitas pela Internet. Os títulos têm baixo custo, alta 
rentabilidade e liquidez semanal. Sempre que precisar, o investidor poderá resgatar 
os títulos antes do vencimento pelo seu valor de mercado, uma vez que o Tesouro 
Nacional garante a recompra dos títulos todas as quartas-feiras. No Tesouro Direto, 
o próprio investidor gerencia seus investimentos, que podem ser de curto, médio ou 
longo prazo. Assim, ele pode adequar as suas necessidades de acordo com as 
diversas possibilidades de prazos e de tipos de título, obtendo rentabilidades 
prefixadas, atreladas à inflação ou à taxa de juros Selic. 
O rendimento da aplicação em títulos públicos é bastante competitivo se 
comparado com as outras aplicações financeiras de renda fixa existentes no 
mercado. As taxas de administração e de custódia são baixas e o Imposto de Renda 
só é cobrado no momento da venda ou vencimento do título. A consolidação do 
programa pode ser observada pelo número de investidores cadastrados, que já 
ultrapassou a marca de 190.000, além do crescente volume de vendas, 
evidenciando o sucesso deste importante instrumento que democratiza a formação 
da poupança. É a instituição responsável pela arrecadação e fiscalização da maior 
parte dos tributos de competência da União, incluindo os previdenciários, os que 
incidem sobre o comércio exterior e uma parte significativa das contribuições sociais. 
O órgão também auxilia o Governo Federal na formulação da política tributária, além 
de atuar na prevenção e combate à sonegação fiscal, ao contrabando, descaminho, 
à pirataria, à fraude comercial, ao tráfico drogas e de animais em extinção e outros 
atos ilícitos relacionados ao comércio internacional. A Receita Federal do Brasil é 
composta por unidades distribuídas por todo o território nacional. As informações 
fiscais dos contribuintes, que no Brasil estão constitucionalmente protegidas por 
sigilo, ficam armazenadas em sistemas informatizados seguros, que permitem o 
 
32 
 
cruzamento de dados, facilitando não apenas a fiscalização, mas também o 
desempenho da economia através da arrecadação tributária. Dentro da meta de 
profissionalização e transparência de sua atuação, a Receita Federal conta com um 
quadro funcional bastante especializado, selecionado a partir de concursos públicos. 
Aduana é o nome dado às unidades da Secretaria da Receita Federal do Brasil que 
exercem a fiscalização e o controle das mercadorias e viajantes no momento da 
entrada ou saída do território nacional. A atuação da Aduana visa promover 
simultaneamente o comércio internacional, bem como garantir a proteção da 
economia brasileira contra a concorrência desleal, que tenta se utilizar de ilícitoscomo o contrabando e o descaminho para obter vantagem comercial. No Brasil, 
parte das receitas arrecadadas pela União é repassada aos Estados, ao Distrito 
Federal e aos Municípios. 
 
3.10.1 Rateio dos impostos no Brasil 
 
O rateio da receita proveniente da arrecadação de impostos entre os entes 
federados representa um mecanismo fundamental para amenizar as desigualdades 
regionais, na busca incessante de promover o equilíbrio socioeconômico entre 
Estados e Municípios. Cabe ao Tesouro Nacional efetuar as transferências desses 
recursos aos entes federados, nos prazos legalmente estabelecidos. Dentre as 
principais transferências da União para os Estados, o DF e os Municípios, previstas 
na Constituição, destacam-se: o Fundo de Participação dos Estados e do Distrito 
Federal (FPE); o Fundo de Participação dos Municípios (FPM); o Fundo de 
Compensação pela Exportação de Produtos Industrializados (FPEX) ; o Fundo de 
Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica e de Valorização dos 
Profissionais da Educação (Fundeb); e o Imposto sobre a Propriedade Territorial 
Rural (ITR). No Brasil, existem também as transferências voluntárias, que e 
Municípios em decorrência da celebração de convênios, acordos, ajustes ou outros 
instrumentos similares cuja finalidade é a realização de obras e/ou serviços de 
interesse comum e coincidente às três esferas do Governo. Criado em 2006, o 
Simples Nacional é um regime tributário bastante simplificado que favorece as 
microempresas e as empresas de pequeno porte. A microempresa (ME) é aquela 
 
33 
 
que, no ano anterior, obteve receita bruta igual ou inferior a R$ 240.000,00. Já a 
empresa de pequeno porte (EPP) é aquela que no ano anterior, teve receita bruta 
superior a R$ 240.000,00 e igual ou inferior a R$ 2.400.000,00. Na prática, o regime 
previsto na Constituição Federal visa incentivar os pequenos empreendedores 
simplificando e facilitando suas obrigações com os fiscos de todas as esferas de 
governo. 
O pequeno empresário faz um recolhimento único que compreende tributos 
federais estaduais e municipais. A mesma lei que instituiu o regime também 
estabeleceu que as microempresas e as empresas de pequeno porte fossem 
privilegiadas nas licitações públicas quando oferecem igualdade de condições 
comerciais na oferta de bens e serviços. A iniciativa governamental do Simples 
Nacional tem contribuído de maneira bastante considerável para a redução da 
economia informal e para a melhoria do ambiente de negócios no país. A Lei de 
Responsabilidade Fiscal (LRF) estabelece uma série de normas fiscais para os três 
entes da federação brasileira. Entre várias determinações, a Lei criou restrições para 
endividamento de estados e municípios, limitou a ação do Banco Central no 
financiamento do déficit público e impôs o controle dos gastos públicos, 
condicionando-os à capacidade de arrecadação. Com isso, a LRF provocou uma 
mudança substancial na maneira como é conduzida a gestão financeira dos três 
níveis de governo. A lei obriga ainda que as finanças sejam apresentadas 
detalhadamente ao Tribunal de Contas (da União, do Estado ou do Município). Tais 
órgãos podem aprovar as contas, ou não. Em caso das contas serem rejeitadas, é 
instaurada uma investigação em relação ao Poder Executivo em questão, podendo 
resultar em multas ou mesmo na proibição de tentar disputar novas eleições. 
Embora seja o Poder Executivo o principal agente responsável pelas finanças 
públicas e, por isso, o foco da Lei de Responsabilidade Fiscal, os Poderes 
Legislativo e Judiciário também são submetidos à norma. Compete à Secretaria de 
Política Econômica (SPE) a assessoria do Ministro da Fazenda na formulação, 
proposição, acompanhamento e coordenação da política econômica. Dentre outras 
funções, a SPE também propõe diretrizes de curto, médio e longo prazo para a 
política fiscal e o acompanhamento de sua evolução. Elabora também propostas de 
políticas públicas nas áreas agrícola, tributária, cambial, comercial, tarifária e de 
crédito, previdência complementar, seguros, níveis de emprego e renda. Também é 
de responsabilidade da SPE o acompanhamento da evolução dos indicadores 
 
34 
 
econômicos nacionais, incluindo a definição dos parâmetros macroeconômicos 
utilizados na elaboração do Orçamento Geral da União. A SPE dispõe em sua 
página na internet de um anuário estatístico, periodicamente atualizado contendo os 
principais dados sobre a economia brasileira. O Orçamento público federal brasileiro 
é único e anual. Assim como em vários países, ele não é uma peça fixa e 
obrigatória, e pode ser alterado, mediante autorização do Congresso Nacional, que 
possui uma Comissão Especial, formada tanto por deputados como senadores, 
apenas para tratar do assunto. No Brasil, a preparação do orçamento federal 
começa com a proposição do Plano Plurianual (PPA), um planejamento de longo 
prazo (quatro anos) dos projetos prioritários para o País. Por ser uma peça de prazo 
maior, ela ultrapassa mandatos presidenciais, perdendo validade no segundo ano 
após a posse de cada presidente da República. Após a aprovação do PPA pelo 
Congresso, o governo tem até o dia 15 de abril de cada ano para enviar aos 
deputados e senadores a proposta de Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO), peça 
de validade anual que determinará os projetos prioritários do período e que tem 
como função balizar o orçamento financeiro como um todo. O parlamento tem até o 
dia 17 de julho para aprovar a proposta. O Projeto de Lei Orçamentária Anual 
(PLOA) é o orçamento financeiro do Brasil. Pela Constituição Federal, ele tem que 
ser encaminhado pelo governo federal para o Congresso Nacional até o dia 31 de 
agosto, ou quatro meses antes do final do ano. O documento estima o volume das 
receitas federais para o ano e fixa as despesas, podendo os parlamentares incluírem 
novas despesas desde que comprovem recurso disponível dentro do orçamento. 
Além dos gastos com o funcionamento da máquina pública, o orçamento federal 
brasileiro também inclui o orçamento de investimentos e o orçamento da seguridade 
social. O Congresso tem até o último dia do ano para aprovar a Lei orçamentária. 
Em seguida, o documento segue para sanção presidencial, onde ainda pode ser 
alterado antes de ser oficializado. A cada dois meses, o governo federal é obrigado 
a anunciar o acompanhamento da execução do orçamento para a população. No 
Brasil, cada ente federativo tem total independência para elaborar seu próprio 
orçamento local, com base no modelo federal, e seguindo as regras da Lei de 
Responsabilidade Fiscal É de responsabilidade da Secretaria de Acompanhamento 
Econômico (SEAE) propor, coordenar e executar as ações do Ministério relativas à 
gestão das políticas de regulação de mercados, de concorrência e de defesa da 
ordem econômica. Nesse sentido, dentre outras funções, ela emite pareceres 
 
35 
 
econômicos relativos a atos de concentração, realiza análises econômicas de 
práticas ou condutas limitadoras da concorrência, bem como investigações de atos 
ou condutas limitadores da concorrência. Dentre suas principais atribuições 
encontra-se o acompanhamento e a implantação dos modelos de regulação e 
gestão desenvolvidos pelas agências reguladoras, pelos ministérios setoriais e pelos 
demais órgãos afins. 
A SEAE tem autoridade para se manifestar, dentre outros aspectos, sobre os 
reajustes e das revisões de tarifas de serviços públicos e de preços públicos, sobre 
processos licitatórios que envolvam a privatização de empresas pertencentes à 
União, e sobre a evolução dos mercados, especialmente no caso de serviços 
públicos sujeitos aos processos de desestatização e de descentralização 
administrativa.A SEAE também procura promover o funcionamento adequado do 
mercado, acompanhando e analisando a evolução de variáveis de mercado relativas 
a setores e produtos, bem como a execução da política nacional de tarifas de 
importação e exportação, com autoridade para tomar medidas pertinentes caso 
considere necessárias. Além disso, propõe, avalia e analisa a implementação das 
políticas de desenvolvimento setorial e regional, e formula representação, perante o 
órgão competente, quando identificada norma ilegal ou inconstitucional que tenha 
caráter não competitivo. A Secretaria de Assuntos Internacionais acompanha o 
andamento das negociações econômicas e financeiras com governos e entidades 
estrangeiras ou internacionais. Também é de sua responsabilidade a análise das 
políticas dos organismos financeiros internacionais e das instituições internacionais. 
Também participa e avalia as negociações comerciais do país relativas ao 
MERCOSUL e demais blocos econômicos, como a Organização Mundial do 
Comércio (OMC). O Banco Central do Brasil (Bacen) é uma autarquia vinculada ao 
Ministério da Fazenda, constituindo-se no principal executor das diretrizes do 
Conselho Monetário Nacional, sendo responsável por assegurar o poder de compra 
da moeda nacional e a estabilidade do sistema financeiro. Possui autonomia de 
atuação e seu presidente possui status de autoridade ministerial. O Banco Central 
funciona como o “banco dos bancos”. Ele é a entidade criada para atuar como órgão 
executivo central do Sistema Financeiro Nacional (SFN). É responsável pela 
formulação, a execução e o controle das políticas monetária, cambial, de crédito e 
de relações financeiras com o exterior. 
 
36 
 
O Bacen também é o responsável pela organização, disciplina e fiscalização 
do Sistema Financeiro Nacional; pela gestão do Sistema de Pagamentos Brasileiro e 
dos serviços do meio circulante. Cabe ainda ao Banco Central a administração das 
reservas internacionais. A Constituição Federal de 1988 estabeleceu dispositivos 
importantes para a atuação do Banco Central, dentre os quais destacam-se a 
competência exclusiva da União para emitir moeda e a exigência de aprovação 
prévia, pelo Senado Federal, dos nomes indicados à instituição. No caso brasileiro, o 
Banco Central possui funções adicionais, como a administração das reservas 
internacionais do País e a condução da política cambial. Além dessas, o BACEN é o 
banco do Tesouro Nacional, que ali mantém a chamada Conta Única. Todavia, o 
Banco Central é proibido, pela Constituição Federal. 
 A partir de 1999 o Banco Central passou a seguir o regime de Metas para a 
Inflação. Desde então, as decisões do Comitê de Política Monetária (Copom), 
colegiado composto pelos diretores e pelo presidente do BC, têm como objetivo 
cumprir as metas estabelecidas pelo taxa básica de juros (taxa Selic). O Sistema de 
Pagamentos Brasileiro (SPB) é um conjunto de procedimentos, regras, instrumentos 
e operações integrados que, por meio eletrônico, dão suporte à movimentação 
financeira entre os diversos agentes econômicos do mercado brasileiro, tanto em 
moeda local quanto estrangeira, visando a maior proteção contra rombos ou quebra 
em cadeia de instituições financeiras. No Brasil, são utilizadas as mais avançadas 
tecnologias para acompanhar o fluxo de pagamentos nacional. O país participa do 
seleto grupo de países que monitoram, em tempo real, as reservas de seus bancos. 
Dessa forma, evita turbulências que possam dificultar o funcionamento do sistema 
financeiro e da economia, reduzindo os riscos das transações para todos aqueles 
que recebem pagamentos e transferências em geral. Um dos destaques do sistema 
de pagamentos é denominado Transferência Eletrônica Disponível (TED). Por meio 
dessa forma de pagamento, o cidadão comum tem a possibilidade de transferir 
recursos de sua conta corrente para a conta de outra pessoa em banco diferente do 
seu, em agência de qualquer localidade do país, sendo o recurso imediatamente 
disponibilizado para o destinatário. A liquidação em tempo real, operação por 
operação, é utilizada inclusive nas operações com títulos públicos federais. 
Atualmente, o volume de recursos que circula eletronicamente no SPB é tão grande 
que, a cada dois meses, é equivalente ao Produto Interno Bruto (PIB) do país. Assim 
como em vários países, o Banco Central do Brasil tem entre suas atribuições a 
 
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regulamentação do mercado de câmbio e o monitoramento de suas operações. O 
Banco Central divulga por meio de sua página na internet, e em publicações, 
diversas informações referentes ao mercado de câmbio, tais como cotações de 
moedas, volume de ingressos, volume de saídas, dados dos recursos e 
investimentos brasileiros no exterior e outras. Para exercer essa função, o Banco 
Central dispõe de competências estabelecidas em lei e na Constituição Federal. Há 
também regulamentações do mercado de câmbio que exigem diretrizes 
estabelecidas e aprovadas pelo Conselho Monetário Nacional (CMN). Assim como 
em vários países, o Banco Central do Brasil tem entre suas atribuições a 
regulamentação do mercado de câmbio e o monitoramento de suas operações. O 
Banco Central divulga por meio de sua página na internet, e em publicações, 
diversas informações referentes ao mercado de câmbio, tais como cotações de 
moedas, volume de ingressos, volume de saídas, dados dos recursos e 
investimentos brasileiros no exterior e outras. Para exercer essa função, o Banco 
Central dispõe de competências estabelecidas em lei e na Constituição Federal. Há 
também regulamentações do mercado de câmbio que exigem diretrizes 
estabelecidas e aprovadas pelo Conselho Monetário Nacional (CMN). A Figura 1 
mostra as cédulas de moedas do Real. 
 
 
Figura 1 Moedas do Real 
Visando à transparência da atuação do Banco Central para a sociedade, 
todos os meses a instituição divulga quatro notas econômico financeiras à imprensa: 
a Nota de Política Fiscal, a Nota do Setor Externo, a Nota de Política Monetária e 
 
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Operações de Crédito e a Nota de Mercado Aberto, as três primeiras inclusive por 
meio de entrevistas coletivas. Na Nota de Política Fiscal, a sociedade tem acesso a 
dados contábeis do setor público não financeiro (governo central, governos regionais 
e empresas estatais). Assim, as informações divulgadas informam o grau de 
endividamento dos entes públicos, a evolução e gerenciamento da dívida pública. 
Na Nota do Setor Externo são descritas todas as transações financeiras 
internacionais do País. O documento detalha informações sobre investimentos 
estrangeiros diretos feitos no País, remessas de recursos para o exterior, saldos da 
balança comercial, transferências unilaterais, entre outros. O nível das reservas 
internacionais e a composição da dívida externa também fazem parte do relatório. A 
Nota de Política Monetária e Operações de Crédito do Sistema Financeiro agrega os 
resultados sobre operações de crédito, os quais permitem dimensionar o mercado 
de crédito no País, apresentando, para as diversas modalidades de empréstimos, 
dados referentes às taxas médias de juros, spreads, volumes negociados, prazos e 
inadimplência. Neste documento, também é avaliada a liquidez da economia, por 
intermédio da avaliação do volume de moeda em circulação na economia e das 
origens de sua expansão. Adicionalmente, o Banco Central também publica, 
mensalmente, a Nota de Mercado Aberto, com informações detalhadas sobre as 
operações de mercado aberto conduzidas por essa Autarquia em sua função de 
gerenciar a liquidez da economia e sobre a negociação de títulos públicos federais 
no mercado secundário. Confiabilidade das Estatísticas A qualidade técnica das 
estatísticasbrasileiras é atualmente reconhecida como uma das mais sofisticadas, 
transparentes e confiáveis entre o grupo dos países em desenvolvimento. O país 
está posicionado no topo do ranking criado pelo International Institute of Finance 
(IIF), que avalia a qualidade das informações oferecidas aos investidores. A lista 
contém 38 indicadores, e o Brasil está incluído em todos eles. A liderança foi obtida 
após as áreas de relações com investidores do Tesouro Nacional e do Banco 
Central atenderem a 100% dos 44 requisitos de transparência do IIF. O ranking 
consolidou ainda mais a tradição do Brasil em qualidade de estatísticas, o que gerou 
um crescimento do número de visitas de outros governos ao País para conhecerem 
os sistemas utilizados e também as metodologias empregadas. Hoje,esses sistemas 
permitem um elevado grau de planejamento de receitas e despesas nacionais em 
níveis financeiros, monetários, mobiliários e econômicos. Também propiciam um 
maior grau de transparência e contato com investidores e com a sociedade em 
 
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geral, além da mídia, que tem acesso a todos os dados disponibilizados com, no 
máximo, 30 dias de defasagem e participa de entrevistas coletivas periódicas com 
analistas responsáveis, habilitados a elucidar todas as solicitações de informações. 
É comum ouvir de analistas e investidores internacionais que as estatísticas 
brasileiras constituem um valioso ativo institucional. Além da evolução e dos 
investimentos nas instituições oficiais para melhorar a qualidade das estatísticas 
nacionais, os altos padrões que o Brasil tem hoje são também conseqüência de um 
passado de crises financeiras e econômicas, que funcionaram como um incentivo 
para o desenvolvimento de sistemas especiais para monitorar e controlar a 
economia durante os períodos difíceis. Atualmente, estes sistemas permitem ao 
País um sofisticado planejamento econômico-financeiro. Há três fontes principais de 
dados institucionais no país: o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), 
a Secretaria do Tesouro Nacional (STN) e o Banco Central do Brasil (Bacen). 99 
Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (www. ibge.gov.br) - São mais de 
cem índices calculados pelo Instituto. Entre eles, destacam-se os do Produto Interno 
Bruto, Inflação, Censo, Pesquisa de Orçamento Familiar, Safra Agrícola, Produção 
Industrial, Formação Bruta de Capital Fixo, Exportação, Importação e Carga 
Tributária. 
O IBGE integra hoje os principais conselhos mundiais e fóruns internacionais 
nas áreas de geociências e estatísticas, como o Instituto Pan-americano de 
Geografia e História (vinculado à Organização dos Estados Americanos) e a Divisão 
de Estatísticas das Nações Unidas (ONU). A autonomia do trabalho do instituto é 
comprovada e a independência para a realização das pesquisas e a divulgação dos 
dados é total. As informações de conjuntura, por exemplo, são comunicadas ao 
governo federal com apenas duas horas antes de serem comunicadas à imprensa e 
à sociedade. A Secretaria do Tesouro Nacional é responsável por todos os dados 
fiscais e relativos à dívida pública federal, divulgados mensalmente. Além disso, 
disponibiliza online e em tempo real o resultado de cada leilão de títulos do Tesouro. 
As estatísticas são detalhadas ao público por meio da Coordenadoria de 
Planejamento Estratégico da Dívida. O Banco Central do Brasil produz 
mensalmente milhares de estatísticas financeiras, monetárias, cambiais e 
macroeconômicas, entre dados individuais, séries temporais e informações 
comparativas. Informações detalhadas sobre o mercado financeiro e de capitais, o 
balanço de pagamentos, dados de conjuntura, reservas internacionais estão entre 
 
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elas, que ficam disponíveis à sociedade pela página na internet. O relacionamento 
constante com investidores propicia o constante aprimoramento do sistema de 
estatísticas da instituição. Outro produto inovador é a pesquisa Focus, que 
semanalmente divulga uma média das expectativas do mercado sobre várias 
indicadores da economia, tais como inflação e crescimento. Feita por meio de um 
sistema específico de levantamento de informações junto aos investidores e 
analistas de mercado, teve sua metodologia aplicada em países como Argentina, 
Colômbia, México, Chile e China. Atualmente, o sistema financeiro brasileiro conta 
com cinco bancos públicos, que são utilizados pelo governo para auxiliar a 
implementação financeira das políticas públicas, principalmente as sociais. Fundado 
em 1808, o Banco do Brasil é uma instituição financeira constituída na forma de 
sociedade de economia mista, com participação da União em pouco mais de 60% 
das ações. A empresa possui mais de 15 mil pontos de atendimento distribuídos 
pelo país, entre agências e postos, sendo que 95% de suas agências possuem salas 
de autoatendimento (são mais de 40 mil terminais), que funcionam além do 
expediente bancário. Além das opções de acesso via internet, telefone e telefone 
celular, o Banco do Brasil também está presente em mais de 21 países estrangeiros. 
A instituição não atua apenas como banco múltiplo tradicional. É também o principal 
operador da política oficial de crédito rural do governo federal, e é o responsável 
pelo pagamento e suprimentos necessários à execução do Orçamento Geral da 
União, pela aquisição e financiamento dos estoques de produção exportável e pelo 
agenciamento dos pagamentos e recebimentos feitos fora do País. É o principal 
recebedor dos créditos do Tesouro Nacional e de quaisquer entidades federais. O 
Banco do Brasil é, atualmente, o maior banco da América Latina. A CEF é o principal 
instrumento financeiro do governo para políticas públicas sociais. Em paralelo, a 
instituição também é autorizada a atuar nas áreas de atividades relativas a bancos 
comerciais, sociedades de crédito imobiliário e de saneamento e infraestrutura 
urbana, além de prestação de serviços de natureza social, delegada pelo Governo 
Federal. Suas principais atividades estão relacionadas à captação de recursos em 
cadernetas de poupança, em depósitos judiciais e a prazo, e a sua aplicação em 
empréstimos vinculados substancialmente à habitação. A CEF é também a 
depositária do Fundo de Garantia por Tempo de Serviço (FGTS), uma poupança 
mensal obrigatória a todos os trabalhadores brasileiros que serve, principalmente, 
para ajudar a custear a compra da casa própria. Dentro da CEF, esses recursos são 
 
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direcionados, quase em sua totalidade, para as áreas de saneamento e 
infraestrutura urbana. A Caixa é responsável pelas operações dos jogos lotéricos no 
Brasil desde 1961, através da divisão de Loterias. São 10 modalidades de jogos: 
Loteca, Mega-Sena, Lotofácil, Loteria Federal, Lotogol, Lotomania, Quina, Loteria 
Instantânea, Dupla Sena e a Time que, desses, R$ 2,56 bilhões foram repassados 
para projetos sociais e instituições subordinadas ao Governo Federal atuando na 
área de esportes, seguridade social, educação, cultura e segurança penitenciária. As 
loterias, administradas pela Caixa, são patrocinadoras do Comitê Paraolímpico 
Brasileiro (CPB) e patrocinadora oficial da Delegação Paraolímpica Brasileira nos 
Jogos Paraolímpicos de Pequim 2008. Além disso, a Caixa também foi 
patrocinadora oficial dos Jogos Pan-americanos Rio 2007 e das seleções de 
Atletismo e de Ginástica Artística, Rítmica e Trampolim O Banco Nacional de 
Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) é uma empresa pública federal, que 
funciona como instrumento de financiamento de longo prazo para a realização de 
investimentos em todos os segmentos da economia, em uma política que inclui as 
dimensões social, regional e ambiental. Desde a sua fundação, em 1952, o BNDES 
se destaca

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