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Classes e Grupos de Contratos 
Contratos Atípicos
(art. 425 do CC) – tipicidade aberta (numerus apertus), diferente dos direitos reais (numerus clausus).
Conceito: são modelos negociais que não têm previsão legal.
Atipicidade é diferente de arbitrariedade (tem que ultrapassar os interesses meramente individuais). (art. 421 do CC).Deve obedeceraos princípios constitucionais (art. 170 da CF)princípios gerais do direito, adimplemento das obrigações, normas de contrato em geral, princípios individuais e sociais dos contratos, deveres gerais de conduta, etc..
Contratos Típicos ou Nominados
Conceito: são os que são reconhecidos formalmente pelo direito, seguindo modelo fixado pelo legislador pátrio (compra e venda, doação, comodato, permuta, empréstimo, fiança, empreitada, locação etc.)
Prática social de criar contratos gera sua positivação pelo legislador, pois esse dificilmente cria contratos.
Obs: não é o nome que qualifica o contrato, mas sim o seu conteúdo.
Obs: no direito privado, fora do direito contratual, mantém-se uma tipicidade taxativa (direito reais, pessoas jurídicas, regimes matrimoniais, testamentos).
Exemplos de contratos típicos: a) alienação: compra e venda; b) contrato de dação de uso, usufruto ou fruto: locação, comodato, empréstimo de consumo; c) contratos de atividade ou serviço: serviços, mandato, hospedagem, depósito; d) contratos de garantia: fiança, caução, dívidas; Contratos extintivos: distrato, transação.
Contratos Bilaterais ou Sinalagmáticos
Conceito: Existem quando a prestação de uma das partes é correspondente á prestação da outra (contraprestação).
Obs: Nos contratos paritários essa equivalência é presumida (negociação das partes). Nos contratos não paritários não existe essa equivalência (aplicação do princípio da equivalência material dos contratos – igualdade de direitos e obrigações).
Obs: Todo contrato é negócio jurídico bilateral (manifestação de vontade de partes distintas), mas a recíproca não é verdadeira. Quando tem a manifestação de vontade de apenas uma das partes é negócio jurídico unilateral (testamento).
Obs: existe contrato unilateral: deveres impostos apenas uma das partes – doador - (ex: doação), mas para se concretizar o contrato se faz necessário a aceitação do donatário.
A grande maioria dos contratos previstos no Código Civil são contratos bilaterais, sendo exceção o contrato de doação, comodato e fiança, pois são contratos unilaterais.
Contratos Aleatórios
Conceito: São contratos bilaterais, nos quais uma das prestações está sujeita a risco, total ou parcial, de vir a existir ou não. São também conhecidos como contratos de risco.
São contratos totalmente opostos aos contratos comutativos, onde já se sabe os deveres e obrigações das partes e não sujeitas a riscos.
Os contratos de seguro, de aposta, de jogo são típicos contratos aleatórios. Todavia, alguns contratos são lícitos e outros ilícitos.
Contrato de futuro é uma pacto entre duas partes, exemplo, comprar e vender uma mercadoria em um determinado tempo no futuro por certo preço, permitindo sua circulação com mudanças de posições de vendedor e comprador.
Os contratos aleatórios podem ser de dois tipos em face do risco: a) emptiospei (esperança e probabilidade em detrimento da coisa) e b) emptio rei speratae( a coisa importa mais que a esperança). Naquele a coisa pode vir a existir no futuro (esperança) podendo ser frustrada (Ex: colheita dizimada por uma praga) Esse trabalha com um risco relativo, pois o contrato só tem valor se a coisa existir em quantidade determinada ou mínima (frustação da safra – colheita menor)
No primeiro paga-se o preço pactuado, independente de produção ou não.
No segundo o preço será pago de acordo com o que foi fixado se a coisa existir em quantidade ou qualidade maior ou menor que o esperado. Porém, se a coisa não existir o contrato não terá efeitos.
Contrato Preliminar (arts. 462 a 466 CC)
Conceito: é o contrato mediante o qual as partes se obrigam a celebrar outro contrato, em caráter definitivo. Ex: Promessa ou Pré-contrato ou Compromisso de Compra e Venda.
Obs: O objeto são as prestações e as obrigações de fazer, mesmo tratando-se de alienação de coisas. É um dever de concluir. Pode ser utilizada em qualquer modalidade de contrato, salvo vedação legal.
Depende da conveniência das partes, bem assim de situações contrárias a vontade das partes que impossibilitem a realização imediata do contrato. Ex: venda de imóvel em processo de Usucapião.
Contrato Preliminar # Negociações Preliminares. (salvo contratos de adesão e consumo, pois a oferta vincula as partes).
Mesmas exigências legais para o contrato definitivo devem constar no contrato preliminar. O artigo 462 do CC manteve a liberdade de forma de contrato preliminar, mesmo o contrato principal ser solene o preliminar pode ser por instrumento particular.
Lei nº. 6.766/79. (arts. 25 e 26) – Necessidade de Registro Público – (art. 221 do CC)
Súmula 239 do STJ: O direito à adjudicação compulsória não se condiciona ao registro do compromisso de compra e venda no cartório de imóveis.
Contratos Mistos
Conceito: são aqueles que fundem diversos contratos típicos ou atípicos com típicos formando um novo contrato (autônomo), ou seja, não há apenas simples união, mas sim mistura ou fusão de diversos contratos.
Obs: Existem algumas misturas de contratos utilizados com tanta frequência que se forma um novo contrato típico; Ex: Contrato de Shopping e Contrato de Hospedagem/pensão e Arrendamento residencial com finalidadede compra (Lei 10.188/2001) e arrendamento mercantil (leasing).
Contratos Coligados:
Conceito: São opostos aos contratos mistos, é dizer, nesses o múltiplo não se configura em uno, ao revés, o múltiplo se integra no múltiplo, pois não existe fusão e sim justaposição. São interdependentes.
Ex: Contrato de Empreitada decorrente de uma licitação – a Empreiteira vencedora se obriga a pactuar vários outros contratos para conclusão daquela obra, constituindo uma união, já que todos se direcionam para a mesma finalidade (consecução da obra).
Caso da Multa de bandeira nos Postos de Gasolina (03 contratos simultâneos – Financiamento do imóvel, comodato de tanques e bombas e promessa de compra e venda para revenda mínima de combustíveis).
Compra de Produtos Financiados – União dos contratos de aquisição do produto e financiamento. Quando se utiliza a alienação fiduciária em garantia, esse se une aos outros dois contatos, sendo eles: a) Contrato de Compra e Venda; b) Contrato de Financiamento; e c) contrato de transferência da propriedade resolúvel do comprador para a instituição financeira.
Também é muito utilizada a forma de pagamento de cartão de crédito, sendo caso de coligação dos contratos (aquisição do produto ou bem e adimplemento daquele).
Obs: mesmo sendo contratos autônomos não afasta a interligação deles.
Contratos Relacionais
Conceito: São contratos suscetíveis de modificação em decorrência de circunstâncias futuras, previsíveis ou não, pois ninguém tem o condão de prever a regularidade do mesmo estado das coisas.
Ex: Contratos de Plano de Saúde; fornecimento de água, luz, fornecimento de crédito para compra de casa própria.
Obs: Nesses contratos se faz presente as adaptações necessárias e constantes para o equilíbrio das suas prestações (desprestígio ao princípio do pacta sunt servanda e prestígio ao princípio da equivalência material dos contratos).
O objeto, via de regra, não são bens ou coisas, mas sim regras de procedimento de atuação, as quais devem se adaptar a certas circunstâncias. Mas nem todos os contratos de execução duradoura são relacionais. (contrato de parcelas diferidas – compra de um eletroeletrônico).
O preço e o modo de cumprimento das obrigações não podem ser fixo, devido às vicissitudes do tempo. Ex: novos procedimentos médicos (horizonte de perspectiva do consumidor) e risco do negócio do fornecedor.
São contratos regidos por uma relação de confiança (contratos bancários). O gerente assume às vezes posição de consultor, pois indicaseguradoras, fianças, aplicações etc..
DIREITO CIVIL E AGRÁRIO. COMPRA E VENDA DE SAFRA FUTURA A PREÇO CERTO. ALTERAÇÃO DO VALOR DO PRODUTO NO MERCADO. CIRCUNSTÂNCIA PREVISÍVEL. ONEROSIDADE EXCESSIVA. INEXISTÊNCIA. VIOLAÇÃO AOS PRINCÍPIOS DA FUNÇÃO SOCIAL DO CONTRATO, BOA-FÉ OBJETIVA E PROBIDADE. INEXISTÊNCIA. CLÁUSULAS ACESSÓRIAS ABUSIVAS. IRRELEVÂNCIA.
- A compra e venda de safra futura, a preço certo, obriga as partes se o fato que alterou o valor do produto agrícola não era imprevisível.
- Na hipótese afigura-se impossível admitir onerosidade excessiva, inclusive porque chuvas e pragas – motivos alegados pelo recorrido para sustentar a ocorrência de acontecimento extraordinário – são circunstâncias previsíveis na agricultura, que o produtor deve levar em consideração quando contrata a venda para entrega futura com preço certo.
- O fato do comprador obter maior margem de lucro na revenda, decorrente da majoração do preço do produto no mercado após a celebração do negócio, não indica a existência de má-fé, improbidade ou tentativa de desvio da função social do contrato.
- A função social infligida ao contrato não pode desconsiderar seu papel primário e natural, que é o econômico. Ao assegurar a venda de sua colheita futura, é de se esperar que o produtor inclua nos seus cálculos todos os custos em que poderá incorrer, tanto os decorrentes dos próprios termos do contrato, como aqueles derivados das condições da lavoura.
- A boa-fé objetiva se apresenta como uma exigência de lealdade, modelo objetivo de conduta, arquétipo social pelo qual impõe o poder-dever de que cada pessoa ajuste a própria conduta a esse modelo, agindo como agiria uma pessoa honesta, escorreita e leal.
Não tendo o comprador agido de forma contrária a tais princípios, não há como inquinar seu comportamento de violador da boa-fé objetiva.
- Nos termos do art. 184, segunda parte, do CC/02, “a invalidade da obrigação principal implica a das obrigações acessórias, mas a destas não induz a da obrigação principal”. Portanto, eventual abusividade de determinadas cláusulas acessórias do contrato não tem relevância para o deslinde desta ação. Ainda que, em tese, transgridam os princípios da boa-fé objetiva, da probidade e da função social do contrato ou imponham ônus excessivo ao recorrido, tais abusos não teriam o condão de contaminar de maneira irremediável o contrato, de sorte a resolvê-lo.
Recurso especial conhecido e provido.
(REsp 783.404/GO, Rel. Ministra NANCY ANDRIGHI, TERCEIRA TURMA, julgado em 28/06/2007, DJ 13/08/2007, p. 364)
AGRAVO REGIMENTAL EM RECURSO ESPECIAL. PROMESSA DE COMPRA E VENDA.MORA DO PROMISSÁRIO COMPRADOR. AUSÊNCIA DE INTERPELAÇÃO.ADIMPLEMENTO E PURGAÇÃO DA MORA. PRESTAÇÃO AINDA ÚTIL PARA O CREDOR.
1. Nos termos da Súmula 76 do STJ, mesmo na falta de registro do compromisso de compra e venda de imóvel, não se dispensa a prévia interpelação para se constituir em mora o devedor.
2. A aplicação de entendimento consolidado na jurisprudência - até mesmo sumulado - a fatos tais como delineados pelo acórdão recorrido, de modo que não se faça interpretação de cláusulas contratuais nem reexame de prova, afasta a incidência das Súmulas 5 e 7 do STJ.
3. Agravo regimental a que se nega provimento.
(AgRg no REsp 1092018/TO, Rel. Ministra MARIA ISABEL GALLOTTI, QUARTA TURMA, julgado em 03/02/2015, DJe 09/02/2015)
DIREITO CIVIL E PROCESSUAL CIVIL. RESCISÃO CONTRATUAL. PROMESSA DE COMPRA E VENDA DE IMÓVEL. ART. 40, § 2º, DA LEI N. 4.591/1964. NÃO INCIDÊNCIA. PARTICULARIDADE DO CASO CONCRETO. INADIMPLEMENTO CONTRATUAL. PARCELAS PAGAS. DEVOLUÇÃO INTEGRAL. DANO MORAL.CABIMENTO. EXCEPCIONALIDADE.
1. Não há ofensa ao art. 535 do Código de Processo Civil quando o Tribunal a quo resolve todas as questões pertinentes ao litígio, afigurando-se dispensável que o órgão julgador examine uma a uma as alegações e os fundamentos expendidos pelas partes.
2. Tendo havido um novo negócio jurídico entre as partes (adquirentes de imóvel da falida Encol e a recorrente) - relação jurídica que, efetivamente, deu ensejo à presente demanda -, a Carvalho Hosken S/A não assume no litígio posição de simples incorporadora ou proprietária do terreno no qual o empreendimento imobiliário seria erguido. Assim, mostra-se inaplicável o art. 40, § 2º, da Lei n. 4.591/1964, que restringe o valor a ser restituído aos promitentes compradores pela incorporadora. Bem por essa razão que o mencionado dispositivo legal não foi prequestionado, motivo por que incide a Súmula n. 211/STJ.
3. Se a rescisão do contrato de compra e venda decorreu do inadimplemento na entrega do imóvel, descabe retenção de percentual pago pelo comprador, devendo a restituição das parcelas ser integral.
4. Muito embora seja sólida a jurisprudência segundo a qual o mero inadimplemento contratual não gera dano moral indenizável, reconhece-se excepcionalmente a possibilidade da condenação, notadamente quando estão em discussão bens jurídicos de especial grandeza, como é o direito a moradia. Precedentes.
5. No caso em exame, o contrato foi firmado no ano de 1994, com ajuste de novo termo de compromisso em 1999, mas até a data do ajuizamento da ação - 2005 -, o inadimplemento persistia e o imóvel não havia sido entregue, circunstância que revela bem mais que mero dissabor e autoriza, de fato, a condenação por dano moral.
(AgRg no AREsp 168.231/RJ, Rel. Ministro LUIS FELIPE SALOMÃO, QUARTA TURMA, julgado em 05/08/2014, DJe 12/08/2014)

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