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VALIDAÇÃO DE MÉTODOS ANALÍTICOS E BIOANÁLICOS 1 Qualidade • Conceito subjetivo • Contextualização: - na ótica do produto - na ótica do cliente - na ótica da produção - na relação custo:benefício • Fases: - era da inspeção - era do controle estatístico - era da qualidade total - ERA DA VALIDAÇÃO2 O CQM – destaca pelo nº e variedade de técnicas analíticas e bioanalítica. 3 Validação de Métodos Analíticos e Validação de Métodos Analíticos e BioanalíticosBioanalíticos ↑ com desenvolvimento de novos produtos Necessário ≠s Técnicas. Validação Analítica/Bioanalítico Validação Analítica/Bioanalítico - Definição- Definição “É o processo pelo qual é estabelecido, por estudos de laboratório, que as características executadas do método satisfazem os requisitos para as aplicações analíticas praticadas.” United States Pharmacopeia/USP 4 “É uma documentação exigida pela LEGISLAÇÃO para comprovação que determinado processo ou método é adequado.” RDC 899/2003GUIA PARA VALIDAÇÃO DE MÉTODOS ANALÍTICOS E BIOANALÍTICOS - RDC Nº 27/2012 - MS Validação Analítica/Bioanalítico Validação Analítica/Bioanalítico - Definição- Definição Processo que busca assegurar a obtenção de resultados confiáveis, válidos pelo uso de determinado válidos, pelo uso de determinado método analítico. É um item essencial do PROGRAMA DE SEGURANÇA DE QUALIDADE.” 5 Objetivo Atender exigências legais. Comprovar desempenho do método nas condições de uso. Obter reais características de performance do método. ... em outras palavras: (é o processo de demonstração de que um método analítico “funciona”). 6 Por quê Validar um Método Por quê Validar um Método Analítica/BioanalíticoAnalítica/Bioanalítico?? Validação de Métodos Validação de Métodos Analítica/BioanalíticoAnalítica/Bioanalítico Métodos normalizadosMétodos normalizados (farmacopéicos) já são métodos validados e não é necessário proceder ao processo completo de validação desde que não ocorram alterações significativas dos mesmos e quando o produto em questão é o indicado na monografia. A conformidade dos métodos usados deve ser verificada sob condições reais de uso. 7 Etapas pré-Validação Etapas pré-Validação Analítica/BioanalíticoAnalítica/Bioanalítico 1. Investimento em Laboratório; 2. Investimento em Equipamentos; 3. Capacitação de Pessoal; 4. Validação. 8 ETAPAS CRÍTICAS DO PROCEDIMENTO ANALÍTICO e BIO Amostragem Preparo da amostra (61% do tempo gasto em um método e 30% das causas de erros) Quantificação 9 RE nº 899, de 29 de maio de 2003 RDC n.º 27, de 17 de maio de 2012 VALIDAÇÃO10 Passos para a ValidaçãoPassos para a Validação 11 1. Classificação do método de análise; 2. Conhecer a legislação; 3. Estabelecer e identificar os parâmetros de validação a serem empregados ao método analítico; 4. Determinar os critérios de aceitação; 5. Desenvolver e executar o protocolo de validação; 6. Emitir relatório da validação e completar a documentação. Passos para a ValidaçãoPassos para a Validação 12 1. Delineamento experimental 2. Padronização analítica 3. CQ dos resultados No caso de metodologia analítica não descrita em não descrita em farmacopéias farmacopéias ou formulários oficiais, devidamente reconhecidos pela ANVISA, a metodologia será considerada validada, desde que sejam avaliados os parâmetros relacionados a seguir: - Especificidade e Seletividade Especificidade e Seletividade - Linearidade Linearidade - IntervaloIntervalo - Precisão Precisão - Limite de detecção (sensibilidade) Limite de detecção (sensibilidade) - Limite de quantificação Limite de quantificação - Exatidão Exatidão - Robustez Robustez Resolução RE nº 899, de 29 de maio de 2003 13 Parâmetros analíticos de Parâmetros analíticos de validaçãovalidação 14 Classificação dos Testes segundoClassificação dos Testes segundo sua finalidadesua finalidade Resolução RE nº 899, de 29 de maio de 2003 Parâmetros l ll lll lV Quantitativo Ensaio limite Especificidade SIM SIM SIM * SIM Linearidade SIM SIM NÃO * NÃO Precisão de Repetibilidade SIM SIM NÃO SIM NÃO Intermediária ** ** NÃO ** NÃO Sensibilidade (LD) NÃO NÃO SIM * NÃO Sensibilidade (LQ) NÃO SIM NÃO * NÃO Exatidão SIM SIM * * NÃO Robustez SIM SIM SIM NÃO NÃO 15 Ensaios necessários para VMAEnsaios necessários para VMA •*Pode ser necessário, dependendo da natureza do teste especificado •**se houver comprovação da reprodutibilidade não é necessária a comprovação da Precisão Especificidade/SeletividadeEspecificidade/Seletividade O termo especificidade, muitas vezes utilizado como sinônimo de seletividade, define a capacidade do método em detectar o analito de interesse na presença de outros componentes da matriz. Já a seletividade refere-se à capacidade de detecção de substâncias. Quando um método é específico ?Quando um método é específico ? É capaz de avaliar uma determinada substância em uma mistura complexa (impurezas, produtos de degradação ou compostos químicos relacionados), sem que estas interfiram no resultado. 16 É a capacidade de medir exata e especificamente o fármaco na presença de outros constituintes da amostra.” United States Pharmacopeia/USP Métodos para especificidadeMétodos para especificidade Identificação Testes devem ser capazes de discriminar entre compostos compostos de estruturas parecidas que podem estar presentesde estruturas parecidas que podem estar presentes; Deve ser aplicado a materiais estruturalmente similares ao analito para confirmar que a resposta positiva não é obtida. Doseamento e testes de impurezas Para procedimentos cromatográficos e outras técnicas de separação. Teor Quantidade do analito 17 Concordância (C%): Depende de padrão C% = Padrão x 100 Amostra Obs: Valores > 100% = interferentes contribuindo no sinal do analito. 18 Métodos para especificidadeMétodos para especificidade ExpressãoExpressão Linearidade É a capacidade de uma metodologia analítica de demonstrar que os resultados obtidos são diretamente resultados obtidos são diretamente proporcionais à concentração do analito na amostraconcentração do analito na amostra, dentro de um intervalo especificado (80% a 120%). Recomenda-se que a linearidade seja determinada pela análise de, no mínimo, 5 concentrações diferentes.5 concentrações diferentes. Os Os resultadosresultados dos testes devem ser avaliados por dos testes devem ser avaliados por métodos estatísticos como pelo cálculo da métodos estatísticos como pelo cálculo da regressão linear pelo método dos quadrados regressão linear pelo método dos quadrados mínimos.mínimos. Critério de aceitação: a curva deve ser linear com r2 (coeficiente de correlação) de pelo menos 0,99 . 19 A avaliação da curva de calibração, recomendam o uso: 5 a 8 determinações que correspondem ao intervalo entre o valor superior e inferior da substância em exame, que atendam aos requisitos de precisão, exatidão e linearidade. Pennickx et al., 1996; Shan et al., 1992; Hill et al., 1992; Metha, 1898; Massart et al., 1998 e Hartmann et al., 1998. LinearidadeLinearidade 21 LinearidadeLinearidade 22 Julga-se satisfatória a linearidade do gráfico quando o coeficiente de correlação da reta obtida não é estatisticamente diferente da unidade. No caso, considera-se: R = 1 Correlação perfeita 0,91 < R < 0,99 Correlação fortíssima 0,61 < R < 0,91 Correlação forte 0,31 < R < 0,60 Correlação média 0,01 < R < 0,30 Correlação fraca R = zero Correlação nula ExatidãoExatidão Representa o grau de concordância/proximidade entre grau de concordância/proximidade entre os resultados obtidos e um valor aceitoos resultados obtidos e um valor aceito como referência. Casos: - aplicação do procedimento analítico na análise de um analito de pureza conhecida (ex.: padrão de referência); - aplicação do procedimento analítico na análise de uma mistura sintética dos componentes do produto ou a produtos de degradação à qual foi adicionada quantidades conhecidas da substância a ser analisada; 23 ExatidãoExatidão Cálculo da % de recuperação: 24 • Representa o grau de concordânciaconcordância entre os resultados das análises individuais quando o procedimento é aplicado/repetido mais de uma vez em uma amostra homogênea, em idênticas condições de teste. • Reflete a dispersão dos vários resultados individuais do doseamento em relação ao valor médio estando ou não próximos do valor verdadeiro. PrecisãoPrecisão 25 Estatisticamente aEstatisticamente a *Repetibilidade Expressa a precisão sob as mesmas condições operacionais dentro de um precisão sob as mesmas condições operacionais dentro de um mesmo ensaiomesmo ensaio. É também denominada precisão intra-ensaio: variação do resultado das medidas observada no mesmo ensaio. Precisão intermediária Expressa variações dentro do laboratório: dias diferentes, diferentes dias diferentes, diferentes analistas, equipamento diferenteanalistas, equipamento diferente, etc.. É também denominada precisão inter-ensaio: variação do resultado das medidas observada para a mesma amostra dosada em diferentes ensaios. Reprodutibilidade Expressa a precisão entre laboratórios precisão entre laboratórios (estudos colaborativos, usualmente aplicados para padronizar um procedimento analítico, de forma a permitir sua inclusão em farmacopéias). A Precisão está associada:A Precisão está associada: 26 Expressão da PrecisãoExpressão da Precisão O O Desvio Padrão, Coeficiente de Variação (CV) e os intervalos de confiança Desvio Padrão, Coeficiente de Variação (CV) e os intervalos de confiança devem ser devem ser relatadosrelatados para cada tipo de precisão avaliada; para cada tipo de precisão avaliada; O desvio padrão relativo deve ser O desvio padrão relativo deve ser < 1,0% < 1,0% em análises realizadas no mesmo em análises realizadas no mesmo dia e dia e inferiores a 2% inferiores a 2% em análises realizadas em dias diferentes, por diferentes em análises realizadas em dias diferentes, por diferentes analistas e em equipamentos distintos.analistas e em equipamentos distintos. 27 CV% = Desvio-Padrão x 100 Média Em (a) os resultados são exatos porque, em média, estão próximos do valor verdadeiro, mas não são precisos porque há certa dispersão. • Em (b) a situação ideal, resultados precisos e exatos. • Em (c) temos a pior situação, isto é, resultados nem precisos nem exatos • Em (d) os resultados são precisos porque estão próximos entre si, mas não são exatos porque estão distantes do valor verdadeiro. Exatidão Exatidão ee Precisão Precisão 28 Precisão e Exatidão Exatidão Ruim Precisão Boa Exatidão Boa Precisão Boa Exatidão Ruim Precisão Ruim Exatidão Boa Precisão Ruim Limite de detecçãoLimite de detecção É a menor quantidade de um analito em uma amostra que pode ser detectado, porém não quantificado, sob as condições estabelecidas. Limite de quantificaçãoLimite de quantificação É a menor quantidade do analito que pode ser determinada com precisão e exatidão aceitáveis, sob as condições estabelecidas. 30 SensibilidadeSensibilidade Robustez/ResistênciaRobustez/Resistência Capacidade que um método apresenta Capacidade que um método apresenta em se manter inalterado e fornecer resultados fornecer resultados seguros seguros quando sujeito a pequenas pequenas modificações modificações em seus parâmetros. - Fatores: - a mudança da coluna - fluxo da fase móvel em HPLC - mudança dos analistas - pH - Temperatura 31 IMPORTANTE!IMPORTANTE! Um método analítico deve: - ser exato para fornecer resultado real, - ser preciso para fornecer em um menor número de análises este resultado real, - ser seletivo para que a exatidão não desvie com os potenciais interferentes, - ser sensível ou capaz de determinar concentrações baixas, as menores possíveis, - responder de forma linear, ao longo de ampla faixa de concentração. 32 Validação x POPValidação x POP 33 Definição de POP Procedimento Operacional Padrão Segundo a RDC 134 (2001), “POP’s são procedimentos escritos e autorizados que dão instruções detalhadas para a realização de operações específicas na produção de produto farmacêutico e outras atividades de natureza geral” Manual de qualidade da Empresa (BASE DA QUALIDADE) 34 Objetivo principal do POP Cumprir BPFs Muito importante no CQ Segurança das análises. Segurança dos analistas. 35 Estruturação dos POPsEstruturação dos POPs Cabeçário: logomarca da empresa; título do procedimento a ser descrito; data de emissão do POP; data de revisão: normalmente feita após 12 meses; número de páginas do POP descrito; e edição: número de revisões já feitas 36 Estruturação dos POPsEstruturação dos POPs Objetivo: deve descrever a que se destina o POP. Âmbito de Aplicação: define em qual setor será realizado o POP. Responsabilidades: descreve as responsabilidades dos farmacêuticos e/ou funcionários que executarão o POP descrito. Documentos de Referência: define os materiais que servirão de consulta e apoio. 37 Estruturação dos POPsEstruturação dos POPs Procedimento: descreve detalhadamente de forma numerada todas as etapas e procedimentos para a execução da atividade a ser realizada. Manutenção preventiva: define quando deverá ser realizada a manutenção dos equipamentos relacionados à execução do processo. Roteiro para soluções de problemas: descreve quais problemas podem acontecer durante a realização da atividade, qual a causa e a possível solução a ser tomada. O final da primeira página de cada POP deverá conter os nomes dos responsáveis pela elaboração, revisão e aprovação do POP 38 39 Exemplos de POPs de algumas das Exemplos de POPs de algumas das áreas teoricamente existentes nas áreas teoricamente existentes nas empresasempresas40 41 Exemplos de POPs de algumas das Exemplos de POPs de algumas das áreas teoricamente existentes nas áreas teoricamente existentes nas empresasempresas Slide 1 Slide 2 Slide 3 Slide 4 Slide 5 Slide 6 Slide 7 Slide 8 Slide 9 Slide 10 Slide 11 Slide 12 Slide 13 Slide 14 Slide 15 Slide 16 Slide 17 Slide 18 Slide 19 Slide 20 Slide 21 Slide 22 Slide 23 Slide 24 Slide 25 Slide 26 Slide 27 Slide 28 Slide 29 Slide 30 Slide 31 Slide 32 Slide 33 Slide 34 Slide 35 Slide 36 Slide 37 Slide 38 Slide 39 Slide 40 Slide 41
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