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TÉCNICAS RADIOGRÁFICAS EXTRABUCAIS São indicadas quando necessitamos de uma exploração radiológica mais ampla, que inclua regiões anatômicas maiores (seios da face, deformidades faciais, fraturas, calcificações, patologias); quando pacientes não apresentam condições para fazer uma radiografia intrabucal como: trismo, náusea, politraumatizados; estudo e acompanhamento do tratamento ortodôntico. As técnicas extrabucais não apresentam tantos detalhes como as intrabucais. FATORES QUE CONTRIBUEM PARA UM BOM RESULTADO RADIOGRÁFICO - Distância focal: pequenas variações na distância focal influenciam em outros fatores, visto que, existe uma relação entre eles que influenciam no resultado radiográfico final. - Quilovoltagem (poder de penetração): depende da espessura a ser radiografada. - Miliamperagem: responsável pela escala de densidade de uma radiografia. - Tempo de exposição – está condicionado a espessura e densidade das regiões radiografadas. - Colimação: sempre tentar trabalhar com feixes de raios-x com menor diâmetro possível, evitando a exposição desnecessária ao paciente. - Filtração: é conseguida utilizando o alumínio na espessura de 2 mm, dá uma filtração total desejada. FILMES RADIOGRÁFICOS E PLACAS INTENSIFICADORAS Os filmes radiográficos extrabucais são chamados de filmes screen, eles devem ser usados juntamente com o chassi e placas intensificadoras; são sensíveis a luz; de cor azul ou verde; tamanhos: cada um para um técnica adequada - 13x18cm, 18x24cm e 24x30cm. GRADES ANTIDIFUSORAS São dispositivos que contem estrias de chumbo, fica localizado entre o paciente e o filme, barrando toda a radiação divergente (secundária). Em alguns aparelhos a grade é fixa, em outros é móvel. APARELHOS EXTRABUCAIS São aparelhos capazes de emitir radiação de alta intensidade (mA) e alta penetração (kV). Antes da exposição devemos ajustar os parâmetros de exposição no painel de controle: o kV, mA e o tempo de exposição. Ex: pessoas magras, idosos, crianças = menor kV, mA e tempo de exposição. (tudo depende da técnica radiográfica que vamos usar). O cefalostato é um dispositivo que posiciona, imobiliza e padroniza a posição da cabeça do paciente; é composto pelas olivas (são fixadas nos ouvidos do paciente) e pelo apoio frontal (apoiado no ponto Násio do paciente). Muito utilizado em telerradiografias, quando é necessário serem feitos os traçados cefalométricos. Nas telerradiografias em norma lateral, muitas vezes é necessário “copiar” o perfil do paciente, ou seja, tecido mole, para isso faz-se o uso de filtros de cobre ou placas de alumínio que diminuem o poder de penetração na radiografia. TÉCNICAS RADIOGRÁFICAS EXTRABUCAIS LATERAL DA MANDÍBULA Usada sempre que houver impossibilidade de radiografias intrabucais; indicada para pesquisar corpos estranhos, delimitação de áreas patológicas, localização de cálculos salivares, terceiros molares inferiores e avaliação de fraturas. Consegue-se fazer com aparelhos intrabucais (tem que adaptar). LATERAL PARA ÂNGULO E RAMO O chassi deve estar encostado na face do paciente, do lado de interesse; feixe de radiação incidindo no ângulo da mandíbula do lado oposto ao que está sendo radiografado. Distância focal: 50 cm, ângulos: vertical - 0º; horizontal – 90º. LATERAL PARA CORPO DE MANDÍBULA Mesma técnica usada para ângulo e ramo, porém, a cabeça fica girada e o nariz e mento encostados no chassi; dessa maneira o corpo da mandíbula fica mais próximo ao filme. TELERRADIOGRAFIA LATERAL (RADIOGRAFIA FEITA A DISTÂNCIA) Indicada para estudo do desenvolvimento e crescimento facial, acompanhamento de tratamento ortodôntico, distúrbios do espaço nasofaríngeo e planejamento de cirurgias ortognáticas. Distância fonte de exposição-filme: 1,52m (quanto mais distante o objeto estiver da fonte de radiação, mais fiel será a imagem). Chassi o mais próximo da face do paciente (para não ter ampliação da imagem); plano sagital mediano paralelo ao plano do chassi e perpendicular ao plano horizontal, e o plano de Frankfurt paralelo ao plano horizontal; coluna e pescoço eretos; ápice nasal 2 cm de distância do filme, base da mandíbula 3 cm da borda inferior do filme; paciente com máxima intercuspidação e lábios relaxados. Para saber se a técnica foi feita corretamente, observar: perfil do paciente, imagem única da sela túrcica e das olivas, plano de Frankfurt paralelo ao plano horizontal, oclusão, coluna ereta, distância da borda mandibular em relação ao filme, espaço nasofaríngeo. POSTERO-ANTERIOR (PA) A radiação incide na porção posterior e sai na porção anterior. Não se usa o apoio frontal e as olivas são giradas, de maneira que o paciente fique de frente para o filme, o filme fica na vertical para que se consiga pegar toda a cabeça. TELERRADIOGRAFIA FRONTAL (PA CEFALOMETRICA) Indicada para análise de seio frontal, verificação de assimetrias faciais, casos de traumas e verificação de patologias. O paciente fica de frente para o filme e a radiação incide por trás da cabeça, é conhecida como técnica do apoio násio, pois o paciente vai apoiar o nariz no filme, plano de Frankfurt paralelo ao plano horizontal e o plano sagital perpendicular ao plano horizontal. Observar: linha média, ângulo e ramo da mandíbula, contorno das orbitas, cavidade nasal (desvio de septo), processos coronóides da mandíbula, dente da áxis (segunda vértebra, chamado de processo odontóide). PA DO SEIO FRONTAL Tem um apoio fronto-nasal, indicada para estudo dos seios frontais, etmoidais e esfenoidais, septo e conchas nasais, cabeça, ramo e parte do corpo da mandíbula. A técnica é semelhante a anterior, porém, o que muda é que tem o apoio da fronte (testa) e do nariz; a linha canto meatal fica paralela ao plano horizontal e a angulação vertical do feixe é 0 e horizontal 90. PA DE MANDÍBULA Conhecida como Towne reversa, indicada para estudo de ângulo e parte do ramo da mandíbula, localização, direção de fraturas, localização de dentes inclusos; a diferença da PA do seio é que o paciente deve abrir a boca, com isso, retira toda a sobreposição da região. PA DE SEIOS DA FACE Para avaliação dos seios da face, principalmente o seio maxilar; o nome mais conhecido é PA de Waters. Indicada para observar seios da face, delimitação de patologias, estudos de dentes inclusos, corpos estranhos. Na radiografia PA convencional há muita sobreposição do processo petroso do osso temporal no seio maxilar, com a modificação da técnica se consegue eliminar toda essa sobreposição. O paciente apoia o mento no centro do filme, afasta o ápice nasal de 3-5 cm do chassi, alinha canto meatal forma um ângulo de 45º com o plano horizontal, e o plano sagital mediano perpendicular ao plano horizontal; se quiser observar o seio esfenoidal, pede para o paciente abrir a boca. ÂNTERO-POSTERIOR A radiação incide na região anterior e sai na posterior, é conhecida também como técnica de Towne; indicada para avaliação da cabeça da mandíbula, fraturas de colo, avaliação do processo estilóide e do ligamento estilo-hióide. O filme fica atrás da cabeça do paciente, plano de Frankfurt 30 graus inclinado para baixo, plano sagital mediano perpendicular ao plano horizontal, o feixe incide a principal mudança é que o côndilo fica mais próximo ao filme. ÍNFERO-SUPERIOR A radiação incide por baixo da cabeça e sai pra cima, conhecida como axial ou Hirtz invertida. Indicada para visualização da base do crânio, seio esfenoidal, parede lateral do seio maxilar, fratura do arco do zigomático, posição e orientação dos côndilos,avaliar fratura da mandíbula. O paciente deita a cabeça totalmente para trás (não pode ser feita em pacientes traumatizados), ficando com o plano sagital mediano perpendicular ao plano horizontal, o plano de Frankfurt também perpendicular ao plano horizontal, a cabeça fica apoiada no chassi. Para uma boa visualização do arco do zigomático deve diminuir o kV do aparelho. SÚPERO-INFERIOR A radiação incide por cima e sai por baixo, conhecida como Hirtz. Não é muito usada, quando indicada é para observar fratura do arco do zigomático e orientação do longo eixo da cabeça da mandíbula. O filme fica na mesa, o paciente senta na cadeira e apoia o mento no chassi. RADIOGRAFIA PANORÂMICA Produz uma única imagem tomográfica das estruturas faciais que inclui ambos os arcos dentários, maxilar e mandibular, e suas estruturas de suporte. As vantagens são ampla visibilidade dos ossos faciais e dentes; baixa dose de radiação; não causa desconforto; possibilidade de ser realizada em pacientes com dificuldade de abertura de boca; curto tempo necessário para realizar a radiografia; facilidade de compreensão das radiografias panorâmicas pelo paciente. As desvantagens é que não são uteis quanto radiografias periapicais para a detecção de pequenas lesões cariosas, detalhes das estruturas periodontais ou doença periapical. Outros problemas também incluem ampliação desigual e distorção geométrica ao longo da imagem. Ocasionalmente, a presença de estruturas sobrepostas, como a coluna cervical, pode mascarar lesões odontogênicas, particularmente na região de incisivos. Para a obtenção de radiografias panorâmicas com qualidade, o técnico deve preparar o paciente com cuidado e posicionar sua cabeça no plano de corte. Retire todos os objetos metálicos na região de cabeça e pescoço. O plano médio sagital deve estar centrado no plano de corte da unidade de raios x. Écrans intensificadores são rotineiramente utilizados em radiografias panorâmicas, pois reduzem significativamente a quantidade de radiação necessária para a exposição adequada de uma radiografia. Todas as radiografias devem ter algum mecanismo para marcar automaticamente os lados direito e esquerdo do paciente na imagem. O cabeçote de raios x e o porta chassi são projetados para realizar uma rotação no plano horizontal, em uma trajetória circular ao redor da cabeça do paciente, com um único centro de rotação. Cada parte diferente do filme é exposta ao feixe de raios x a cada instante, enquanto o equipamento gira ao redor da cabeça. PRINCIPAIS COMPONENTES DO EQUIPAMENTO - O cabeçote de raios x: produz um feixe de raios x estreito e em forma de leque. - Painel de controle. - Dispositivos para o posicionamento do paciente. - Receptor de imagem.
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