Buscar

Introducao a Macroeconomia

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você viu 3, do total de 35 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você viu 6, do total de 35 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você viu 9, do total de 35 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Prévia do material em texto

Clique para editar o estilo do título mestre
Clique para editar o estilo do subtítulo mestre
*
*
*
Introdução à Macroeconomia
Renata Pedretti Morais Furtado
*
*
*
Macroeconomia
A macroeconomia estuda a economia como um todo, analisando a determinação e o comportamento dos grandes agregados, tais como: renda e produtos nacionais, nível geral de preços, emprego e desemprego, estoque de moeda, taxas de juros, balanço de pagamentos e taxa de câmbio.
*
*
*
Exportações e importações batem recordes no ano até abril
De janeiro a abril, as exportações somaram US$ 71,4 bi e as importações atingiram US$ 66,4 bi
 02 DE MAIO DE 2011
Os números recordes apresentados pela balança comercial, tanto em abril quanto no primeiro quadrimestre deste ano, motivaram a elevação da projeção do governo para as exportações brasileiras este ano, para US$ 245 bilhões. A nova meta foi anunciada nesta tarde pelo ministro de Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC), Fernando Pimentel, e supera em 7,5% a meta anterior, de US$ 228 bilhões. 
De acordo com o MDIC, a média diária das exportações em abril, de US$ 1,061 bilhão, foi recorde. Do lado das importações, no entanto, tanto o volume total quanto a média diária também foram os maiores já registrados, ficando em US$ 18,310 bilhões e US$ 963,7 milhões, respectivamente. A corrente de comércio no mês passado atingiu um montante também recorde de US$ 38,483 bilhões.
No período de 12 meses até abril, tanto as exportações (US$ 218,9 bilhões) quanto as importações (US$ 195,8 bilhões) e a corrente de comércio (US$ 414,8 bilhões) foram recordes históricos. No primeiro quadrimestre, as exportações somaram US$ 71,4 bilhões, as importações atingiram US$ 66,4 bilhões e a corrente de comércio, US$ 137,8 bilhões. No quadrimestre, os valores também são recordes. "Os dados demonstram a pujança do comércio exterior, tanto em abril quanto no primeiro quadrimestre do ano", disse a secretária de Comércio Exterior do MDIC, Tatiana Lacerda Prazeres, que também estava presente na entrevista coletiva para comentar os dados.
Um dos pontos que chamam atenção nos dados divulgados hoje é o aumento de 47,2% da média diária das importações de bens de consumo em abril na comparação com igual mês do ano passado, superior ao aumento de 38,9% da média diária das importações de forma geral. "O governo tem feito um monitoramento diário das importações de bens de consumo", disse o secretário-executivo do MDIC, Alessandro Teixeira. O avanço de 38,8% da média diária das importações de bens de capital, segundo ele, resulta de um processo de modernização das empresas. "Nem todos os bens de capital nós fabricamos aqui", lembrou Teixeira. "Temos tido aumento da produção e da produtividade."
Já as importações de petróleo e derivados, por sua vez, aumentaram 25% no primeiro quadrimestre deste ano em comparação com igual período do ano passado. Segundo o secretário, esse crescimento resultou do aumento da demanda, gerado pelos setores que produzem combustível.
A média diária das exportações de produtos básicos cresceu 54,8% em abril deste ano em comparação com igual período do ano passado, muito acima do avanço de 25,4% das exportações de industrializados e do de 40,1% da soma das exportações.
Teixeira também disse que o governo já leva em conta a possibilidade de estabilização dos preços das commodities de maneira geral. "Estaríamos preocupados se houvesse queda", afirmou, acrescentando que a equipe do ministério "tem certeza de que este ano a balança comercial será superavitária".
*
*
*
Mercado eleva projeção para juro e inflação em 2011
Na pesquisa semanal Focus, a estimativa para a taxa Selic neste ano aumentou de 12,25% para 12,50% ao ano
02 DE MAIO DE 2011
 Depois da ata da última reunião do Comitê de Política Monetária (Copom), o mercado financeiro elevou de 12,25% para 12,50% a projeção para a taxa básica de juros (Selic) no final de 2011 e de 11,75% para 12%, no final de 2012. Atualmente, a Selic está em 12% anuais, ou seja, o mercado trabalha com mais duas altas de 0,25 ponto porcentual no juro este ano e um processo mais lento de queda no ano que vem. 
Pelos dados disponíveis no site do BC, a coleta de dados no mercado indica que haveria mais uma alta de 0,25 ponto porcentual na reunião de junho e outra desta mesma magnitude em outubro. Em 2012, a mediana tem a primeira queda em fevereiro, para 12,38%, recuando para 12,25% em março, e permanecendo nesse nível até outubro, quando cai para 12%. 
Com as mudanças nas taxas previstas para os finais de ano, a expectativa para a taxa média também foi alterada. Para 2011, a projeção para a Selic média subiu de 12,06% para 12,16%, enquanto para 2012, de 12,13% para 12,25%. 
*
*
*
PIB
PIB
A projeção do mercado financeiro para o crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) em 2011 ficou estável em 4%, mas para 2012 subiu de 4,21% para 4,25%. Para a produção industrial, a expectativa de expansão este ano recuou de 4,06% para 4,04%, enquanto para 2012 cedeu de 4,65% para 4,58%. 
*
*
*
Macroeconomia
A teoria macroeconômica propriamente dita preocupa-se mais com aspectos de curto prazo. Especificamente, trata de questões como o desemprego, que aparece sempre que a economia está trabalhando abaixo de seu máximo de produção, e da estabilização do nível geral de preços. Em outras palavras, a análise de curto prazo avalia fundamentalmente questões conjunturais, como o desemprego e a inflação.
*
*
*
Macroeconomia
A parte da teoria econômica que estuda questões de longo prazo é denominada teoria do desenvolvimento e crescimento econômico. Analisa também os grandes agregados, mas com um enfoque diferenciado, preocupando-se com a trajetória de longo prazo da economia. Ressalta as questões estruturais, que não envolvem apenas a utilização de instrumentos de política econômica, mas também fatores institucionais, sociais, tecnológicos, como qualificação da mão-de-obra, progresso tecnológico, qualidade de vida da população, distribuição de renda.
*
*
*
Objetivos de Política Macroeconômica
Alto nível de emprego;
Estabilidade de preços;
Distribuição de renda socialmente justa;
Crescimento econômico.
*
*
*
Alto nível de emprego
Antes da crise mundial a partir de 1929 não havia grande preocupação com os níveis de desemprego, havia a crença na mão invisível de Adam Smith.
Com a contribuição de Keynes a partir de 1936, fincaram-se as bases da moderna teoria macroeconômica, e da intervenção do Estado na economia de mercado.
 A corrente dos economistas liberais (neoliberais) prega que, na economia, o governo deve cuidar apenas da política monetária enquanto outras correntes são favoráveis ao maior grau de atuação do Estado na atividade econômica (keynesianos, desenvolvimentistas.)
*
*
*
Estabilidade de Preços
Inflação: aumento contínuo e generalizado dos preços.
Por que a inflação é um problema?
A inflação acarreta distorções, principalmente sobre a distribuição da renda, sobre as expectativas dos agentes econômicos e sobre o balanço de pagamentos.
Aceita-se a inflação como parte dos ajustes de uma sociedade dinâmica, em crescimento.
Mesmo em países desenvolvidos o controle da inflação é uma preocupação, quanto maior a atividade econômica, a utilização dos recursos produtivos tende a atingir sua capacidade máxima, gerando tensões inflacionárias.
*
*
*
Distribuição eqüitativa de renda
No Brasil, os anos de crescimento econômico significaram também anos de maior concentração de renda, principalmente entre os anos de 1967 e 1973, devido a uma política deliberada do governo de primeiro crescer para depois distribuir (a chamada teoria do bolo).
A posição oficial era de que certo aumento na concentração de renda seria inerente ao próprio desenvolvimento capitalista , dadas as transformações estruturais que ocorrem nesse processo: êxodo rural, com trabalhadores de baixa qualificação, aumento da proporção de jovens, entre outros.
*
*
*
Crescimentoeconômico
Trata-se de uma discussão recente e tem seu foco em três itens básicos:
Acumulação de capital;
Crescimento da população;
Progresso tecnológico.
A expansão da análise do processo de crescimento econômico desenvolveu-se de tal forma que pode-se considerar um dos campos mais significativos da teoria econômica.
*
*
*
Teoria do Crescimento ótimo: o problema central é o de se definir certos objetivos de longo prazo para a economia. Trata-se de um método matemático e tem suas limitações.
Análise do Resíduo: a discussão está centrada na análise do crescimento da economia norte-americana durante o século XX. A grande parcela da explicação deste processo de crescimento se deve ao progresso tecnológico.
Economias subdesenvolvidas: trata-se de uma análise específica de cada país, e ganhou espaço a partir da década de 50.
*
*
*
A questão do desenvolvimento econômico, no entanto, é mais ampla e envolve um aumento da produção acompanhado de modificações nas disposições técnicas e institucionais, isto é mudanças nas estruturas produtivas e na alocação de insumos pelos diferentes setores de produção.
Para que haja desenvolvimento é necessário que haja crescimento.
São indicadores importantes do processo de desenvolvimento econômico:
PNB, produto nacional per capita;
diminuição dos níveis de pobreza, desemprego, desigualdade;
melhoria de condições de saúde, nutrição, educação, moradia, transporte.
*
*
*
O debate sobre o desenvolvimento tem avançado vigorosamente nas últimas duas décadas. A concentração de renda, a saúde, a expectativa de vida, a educação estão evidenciando a importância da Política de rendas que tem papel importante e efetivo na questão da redistribuição de renda.
Essa questão também traz à tona a questão do papel do Estado no planejamento e no aumento efetivo dos padrões de qualidade de vida da população.
Há necessidade de um Estado diferente, regulador, normativo e indutor de crescimento e desenvolvimento.
*
*
*
Políticas do Governo
Política Monetária: Gestão da moeda e do crédito. Atuação, via moeda, na vida econômica, organizando sistemas monetário e bancário que respondam às necessidades da Economia;
Política Fiscal: Define e aplica impostos e taxas sobre os agentes econômicos; com base na Receita fiscal, define os gastos do Governo; influi na pol. monetária, em especial no fluxo de caixa e na concessão de crédito dos agentes econômicos;
Política Cambial: Define o valor externo da moeda; controla os fluxos de moeda estrangeira; impacta o valor interno da moeda;
Política de Rendas: Controla os fatores de produção, como salários,encargos, distr. de resultados da atividade econômica, sistemas de preços.
*
*
*
Instrumentos de política macroeconômica
MOEDA E POLÍTICA MONETÁRIA
Moeda é uma convenção social, aceito pelo público;
Possui curso legal e poder liberatório;
Se outras sociedades a aceitam torna-se conversível e se torna reserva de valor;
Principais características da Moeda: raridade,durabilidade, transferibilidade, homogeneidade, divisibilidade, facilidade de manuseio.
*
*
*
A moeda e suas Funções:
Intermediária de trocas;
Medida de valor;
Reserva de valor;
Função liberatória;
Padrão de pagamentos;
Instrumento de poder econômico;
Meios de Pagamento:são o total de haveres possuídos pelo setor não-bancário, que podem ser utilizados para liquidação de dívidas.Sua composição se faz pelo: papel-moeda em poder do público e depósitos a vista em bancos(moeda escritural, não inclui depósitos interbancários)
*
*
*
A Política Monetária
Definição: consiste no controle da oferta de moeda e das taxas de juros, no sentido de que sejam atingidos os objetivos de política econômica global do governo.Contribui para:
Expansão econômica e pleno emprego;
Minimizar a inflação;
Equilibrar a balança de pagamentos.
O Estado pode através da Política monetária:
controlar a expansão da moeda para manter a atividade econômica em crescimento;
suplementar a quantidade de moeda em circulação para estimular a atividade econômica;
contrair a oferta de moeda sempre que surgirem tendências para a sua desvalorização;
avaliar a moeda em relação a outras moedas como instrumento de política de comércio exterior.
*
*
*
Instrumentos de Pol. Monetária
Os instrumentos de Política Monetária se destinam basicamente a influenciar a oferta de moeda e a taxa de juros na economia. São eles:
Emissão de Moeda: visa o controle da base monetária;
Recolhimento Compulsório: visa a fixação da taxa de reserva técnica, e conter a expansão do crédito;
Redesconto Bancário: visa injetar reservas suplementares nos bancos comerciais, através de empréstimos de liquidez;
Open market: visa o controle instantâneo (diário) da liquidez do sistema.
*
*
*
Política cambial
MERCADO CAMBIAL
Como cada país possui sua própria moeda, com valores diferentes, há necessidade de um ponto de encontro dos compradores de moedas com os respectivos vendedores. Esse ponto de encontro é o Mercado Cambial.
mercado cambial pode ser livre ou controlado pelo governo.
*
*
*
A TAXA E A LEI DA OFERTA E DA PROCURA
A taxa é exatamente o preço da moeda, e, portanto, está sujeita a lei de oferta e procura.
A taxa é produto do mercado e serve para corrigir as distorções do momento. No Brasil, o dólar paralelo é exemplo de como se forma uma taxa somente pelas leis do mercado.
As mesmas forças que, no mercado, alteram o preço das mercadorias também afetam a taxa cambial. Por exemplo:
especulação: especular como moedas é fácil, pois têm grande liquidez;
governos: eles interferem com maior freqüência no mercado cambial. No Brasil, por exemplo, o Banco Central, intervém com freqüência no mercado cambial, assim ele fixa a taxa de câmbio que deveria ser teoricamente livre.
taxas de juros: elas provocam migrações de capitais, que se movimentam de um país para outro à procura de lucro maior. Um exemplo recente foi a elevada taxa de juros no Brasil que provocava a entrada de capitais externos devido a remuneração elevada e portanto gerava estabilidade da taxa de câmbio.
*
*
*
A TAXA DE CÂMBIO COMO INSTRUMENTO DE POLÍTICA ECONÔMICA:
A taxa cambial passou a ser um instrumento de política econômica tal como a taxa de juros.
Na verdade, as taxas de câmbio desempenham um papel de importância crucial no comércio Internacional, uma vez que suas variações alteram a escala de preços entre os países.
Ellsworth, em seu livro sobre Economia Internacional cita um exemplo que ocorre comumente entre o Brasil e a Argentina. Quando a moeda da Argentina está irrealmente valorizada, há um fluxo de argentinos para o Brasil, porque, para eles, os preços aqui estão baixos, quando ocorre o contrário, isto é , a moeda brasileira está irrealmente valorizada, há um fluxo de brasileiros para a Argentina.
*
*
*
Quando a moeda está muito valorizada
A sobrevalorização cambial equivale a um subsídio às importações, em detrimento dos produtores nacionais. (Roberto Campos)
Se a causa da sobrevalorização da moeda nacional frente a estrangeira é conjuntural (passageira) o governo não deve desvalorizar a moeda já que pode haver problemas financeiros com empresas que levantaram empréstimos em moedas estrangeiras aumentos do custo dos insumos importados e portanto risco de incremento da inflação.
Entretanto, se a causa é estrutural e, portanto, permanente, a decisão deve ser tomada imediatamente devido principalmente:
problemas na exportação e turismo do exterior para o país, isso porque para o estrangeiro nossos produtos tornam-se muito caros;
estimula a importação e o turismo do país para o exterior, porque, o cidadão no exterior tudo fica mais barato;
cria um processo recessivo, porque desestimula a criação de empregos, tanto no setor industrial como no de turismo.
*
*
*
Quando a moeda está muito desvalorizada
Quando é estrutural, a curto prazo:
estimula a exportação e o turismo do exterior para o país, porque, para oestrangeiro, nossos produtos e serviços tornam-se muito baratos;
desestimula as importações e o turismo do pais para o exterior porque para o cidadão, no exterior tudo é caro;
há criação de novos empregos, decorrentes do aumento da produção (maior exportação e menor importação) e aumento do fluxo de turistas do exterior.
A longo prazo:
o parque produtivo nacional fica protegido da competição externa. Isso traz um processo de acomodação, o que o torna obsoleto, produzindo com altos custos e baixa qualidade. Há perda das exportações porque as mercadorias nacionais já não são mais aceitas no exterior.
a moeda nacional desvalorizada encarece a importação de matéria-prima. Assim, toda exportação que dependa de algum componente importado fica bastante onerada e, conseqüentemente, haverá perda de mercados externos.
*
*
*
ÂNCORA CAMBIAL E O PLANO REAL
Durante o início do Plano Real o governo brasileiro manteve altas taxas de juros internos, essa medida provocou o ingresso de capitais estrangeiros que vinham em busca de rentabilidade maior que as aplicações em outros países. Como conseqüência dessas entradas, passamos a ter superávits em nossos Balanços de Pagamentos. 
Os superávits dos Balanços de Pagamentos permitiram a manutenção de taxa baixa para as moedas estrangeiras, como isso, cresceu a importação, fazendo com que o mercado doméstico ficasse bastante abastecido, o que proporcionou um efeito importante: a estabilidade de preços.
A estabilidade dos preços impediu o crescimento da inflação. Por isso, o êxito do Plano Real foi, em parte, devido às taxas baixas das moedas estrangeiras, o que ficou conhecido como âncora cambial.
*
*
*
Política de rendas
A política de rendas refere-se à intervenção direta do governo na formação de renda (salários, aluguéis) com o controle e congelamento de preços.
Alguns tipos de controle exercidos pelas autoridades econômicas podem ser considerados dentro do âmbito das políticas monetária, fiscal ou cambial. Por exemplo: controle das taxas de juros e da taxa de câmbio.
*
*
*
Estrutura de análise macroeconômica
Tradicionalmente, a estrutura básica do modelo macroeconômico compõe-se de cinco mercados:
Mercado de bens e serviços;
Mercado de trabalho;
Mercado monetário;
Mercado de títulos;
Mercado de divisas
Parte real da economia
Parte monetária da economia
*
*
*
Mercado de bens e serviços
A determinação do nível geral de preços e do nível agregado de produção está condicionada pela evolução do nível de demanda e oferta agregadas de bens e serviços. A demanda agregada depende fundamentalmente da evolução da demanda dos quatro grandes setores ou agentes macroeconômicos:
Consumidores;
Empresas;
Governo;
Setor externo.
*
*
*
Por outro lado, a oferta ou produção agregada depende da evolução do nível de emprego e da capacidade instalada na economia. A condição de equilíbrio do mercado é dada por:
Oferta agregada de bens e serviços = demanda agregada de bens e serviços
As variáveis determinadas nesse mercado são:
Nível de renda e produto nacional; nível de preços, consumo agregado, poupança agregada, investimentos agregados, exportações totais e importações totais.
*
*
*
Mercado de trabalho
A demanda ou procura de mão-de-obra depende de dois fatores básicos: da taxa de salário real (ou custo efetivo da mão-de-obra para as empresas) e do nível de produção desejado pelas empresas. A oferta de mão-de-obra depende do salário real (custo efetivo da cesta básica de consumo para os trabalhadores) e da evolução da população economicamente ativa. As variáveis determinadas são: nível de emprego e taxa de salários monetários
*
*
*
Mercado monetário
Nesse mercado, supõe-se a existência de uma demanda de moeda (em função da necessidade de transações dos agentes econômicos, ou seja, da necessidade de liquidez) e de uma oferta de moeda, determinada pelo Banco Central e pela atuação de bancos comerciais. A demanda e a oferta de moeda determinam a taxa de juros. As variáveis nesse mercado são: taxa de juros, estoque de moeda (meios de pagamentos).
*
*
*
Mercado de títulos
Normalmente os mercados monetário e de títulos são analisados conjuntamente e podem ser chamados de mercado financeiro, dada sua grande interdependência. A taxa de juros é determinada pro esses dois mercados.
Analisa-se nesse mercado o papel dos agentes econômicos superavitários e deficitários.
*
*
*
Mercado de divisas
Como a economia mantém transações com o resto do mundo, existem mercados de divisas ou de moeda estrangeira. A oferta de divisas depende das exportações e da entrada de capitais financeiros, enquanto a demanda de divisas é determinada pelo volume de importações e saída de capital financeiro.Assim, a condição de equilíbrio é dada por: oferta de divisas = demanda de divisas.
*
*
*
Mercado de divisas
O Banco Central pode interferir no mercado de divisas fixando antecipadamente a taxa de câmbio (regime de taxas de câmbio fixas) ou deixando a taxa flutuar ( regime de taxas de câmbio flutuantes ou flexíveis), mas praticamente determinando a taxa de equilíbrio, pois ele atua tanto na compra com na venda de divisas (o que é chamado de “flutuação suja”) ou dirty floating.
Na análise macroeconômica, os gastos do governo e a oferta de moeda são exógenos, isto é, não são determinados nesse mercado, mais sim de forma autônoma pelas autoridades.

Outros materiais