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* Enfermagem em Centro Cirúrgico Profº. Marcelo Mota Nogueira Matéria: Bisturi Elétrico * Bisturi Elétrico É um aparelho que tem a propriedade de transformar a corrente elétrica alternada de baixa freqüência (60 HZ) em corrente de alta freqüência. Tem a finalidade de: Eletrocoagulação: oclusão dos vasos sangüíneos, por meio da solidificação das substancias protéicas e retração dos tecidos. Eletrodissecção: secção dos tecidos por meio da dissolução da estrutura moléculo-celular destes, havendo desidratação e fusão das células próximas ao eletrodo positivo. Fulguração: consiste na coagulação superficial, indicada para eliminar pequenas proliferações celulares cutâneas e remover manchas. * Os bisturis elétricos mais utilizados são o ATERRADO e o com sistema REM (monitorização do eletrodo de retorno). A corrente elétrica do bisturi elétrico é devolvida ao fio terra após ter atravessado o corpo do paciente. No bisturi elétrico com sistema REM, a corrente elétrica retorna para o gerador. Nesse tipo, se a placa desconectar-se durante o uso do aparelho, o gerador deixa de enviar a corrente, evitando, com isso, queimaduras no paciente. Este só funciona com a placa apropriada. A placa é descartável e há diferentes tamanhos. Deste modo, em hipótese alguma devem ser feitas improvisações, como cortar a placa, pois isso levaria alterações no funcionamento do aparelho. * Vantagens no uso do Bisturi Elétrico Reduzir o risco cirúrgico e anestésico; Diminuir o gasto de material de sutura e tempo de coagulação; Diminuir o tempo de cirurgia; Diminuir o risco de infecção da ferida cirúrgica. * Cuidados na utilização do bisturi elétrico: É de responsabilidade do circulante de sala cirúrgica a colocação da placa dispersiva no paciente; Colocar a placa dispersiva em área de massa muscular (panturrilha, face posterior da coxa, glúteos) próxima ao sitio cirúrgico; Colocar a placa dispersiva afastada de próteses metálicas, Evitar as superfícies pilosas, com pele escarificada, saliências ósseas que diminuem o contato da placa com o corpo do paciente; * Limpe bem a pele com álcool a 70%; Fazer tricotomia se necessário; Colocar a placa após o posicionamento do paciente, cuidar para que não haja deslocamento da mesma quando houver mudança de posição do paciente; Utilizar gel para aumentar a condutibilidade entre a placa e o corpo do paciente; * Manter o paciente sobre superfície seca, sem contato com partes metálica da mesa de cirurgia; Atentar para o risco de combustão, quando houver uso de substancias inflamáveis como anti-sépticos e anestésicos; Recomenda-se cuidado especial com pacientes portadores de marca passo para evitar a interferência do bisturi nesses pacientes. Quando não for possível utilizar instrumentos bipolares, colocar placa de retorno do paciente o mais próximo possível do local da cirurgia; * Em algumas instituições, existe um profissional técnico que monitoriza a programação do marca passo e o retorno às condições iniciais de funcionamento; Manter um desfibrilador pronto para uso; O plug do cabo da placa não deve ficar sob o corpo do paciente para não causar lesão de pele devido à pressão. Ao remover a placa metálica faça-o suavemente, para evitar lesão cutânea; * Certifique-se de que a placa esteja toda aderida a pela; Verificar a integridade do aparelho; Manter sempre distante o carrinho de anestesia e monitor cardíaco para evitar interferência; Manter sempre o aparelho aos pés do paciente; Desligar após a cirúrgia (geral e tomada) Colocar todos os botões em zero; Limpar a caneta e o eletrodo com água pura ou água oxigenada. * Manejo É usado no campo operatório pelo cirurgião (caneta) e o controle da intensidade é feita pelo circulante de sala de cirurgia de acordo com a solicitação médica. A ponta do bisturi é composta por: eletrodo, caneta, fio que é a parte esterilizada da unidade. * Acessórios Pedal ( próximo ao cirurgião; Placa dispersiva (placa neutra) com fio longo. * As placas adesivas (placa dispersiva)- São eletrodos dispersivos para uso com qualquer bisturi elétrico, tendo como principal função evitar queimaduras eletrocirurgicas provocadas por mal contato da placa de retorno; são fabricadas com material especial de espuma impermeável de polietileno que protege a área condutiva de fluidos; Metálica com adesivo acrílico que adere a pele e conduz a corrente de radiofreqüência de forma dispersiva sobre a área da placa; bordas com adesivos hipoalergênico, assegurando a fixação do eletrodo ao paciente e minimizando o perigo de deslocamento acidental da placa. São altamente flexíveis e possuem grande adaptabilidade à topografia da região a ser aplicada, oferecendo mais conforto e segurança ao paciente. * Intensidade Eletrocoagulação – 40 Eletrodissecção – 40 As intensidades podem ser modificadas ( aumentadas ou diminuídas), mas sempre deverão ser alteradas juntas. * Locais comuns de colocação da placa Região glútea; Panturrilha; Face anterior e posterior da coxa; Face anterior e posterior do braço. Complicações no uso do bisturi elétrico O choque (macrochoque), explosões e incêndios, causados pela combustão, conseqüente do faíscamento gerado peo bisturi elétrico e as substancias inflamáveis utilizadas como anti-sépticos ou anestésicos, como riscos a que estão sujeitos os operadores. Para o paciente, além das queimaduras pode ocorrer parada cardíaca por micro ou macrochoque. O risco de queimadura relaciona-se, principalmente, à colocação incorreta da placa dispersiva e instalações elétricas inadequadas. * Observar medidas de segurança relacionadas ao uso do aparelho de eletrocirurgia, quais sejam: Revisar aparelhos, bem como instalações elétricas e o fio terra da sala de cirurgia; Manter aparelhos limpos e em ordem; Testar sempre todos os aparelhos e seus comandos; Colocar o bisturi elétrico o mais distante possível do monitor cardíaco, pra evitar intercorrência; Usar canetas esterilizadas.
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