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Psicolinguística: antecedentes históricos Professora: Débora Sampaio A psicolinguística se refere a três questões distintas: a aquisição, a compreensão e a produção da linguagem. Linguística e psicologia nunca se integraram com sucesso. Controvérsias sobre a relação entre linguagem e cognição. Piaget: o desenvolvimento cognitivo, incluindo a linguagem, se constrói através das capacidades sensoriais. Função de socialização. Chomsky: linguagem não resulta da lógica geral da cognição humana. É específica. Haveria um módulo responsável por ela. ANTECEDENTES HISTÓRICOS Surgiu no século XX, década de 50, com influencia de pensamentos de filósofos e psicólogos antigos. Segunda Guerra e o surgimento da Teoria da Informação. Três ciências isoladas: Teoria da informação, linguística e psicologia. Disciplina que integrasse as diferentes abordagens da linguagem. Surgiu oficialmente em 1951 e se consolidou em 1953. Von Humboldt, linguista da universidade de Berlin apresentou uma distinção da linguagem entre ergon e energia. Linguagem não como um mero sistema de signos, não como algo objetificável, mas como algo constitutivo da atividade de pensar, como a própria condição de possibilidade dessa atividade. caráter constitutivo da linguagem como o resultado de um processo ou atividade: especificamente, a atividade de falar. A linguagem se torna a garantia da intersubjetividade da comunicação, a condição de possibilidade do entendimento entre falantes. “A linguagem não representa um mundo existente independente dela, mas ela representa o mundo.” Sussure (1916), influenciado por Humboldt, dividiu a linguagem em: “langue”, que fica na esfera do abstrato e corresponde a um sistema existente de linguagem, ou seja, linguagem enquanto produto (ergon). “parole” (energia): capacidade da mente de usar sons articulados para se expressar. Wundt também foi influenciado por Humboldt publicando suas obras que marcaram seus estudos sobre a cognição: “A Lógica” e “A linguagem”. OBJETO E OBJETIVOS DA PSICOLINGÍSTICA Objeto: representações e processos mentais, através dos quais se pretende explicar de que modo diferentes “tarefas cognitivas” são, costumam ser ou podem ser desempenhadas. Objetivo: identificar as variáveis ou fatores que atuam nos processos de produção e compreensão da linguagem, caracterizar seus efeitos e explica-los PORTANTO... A Psicolinguística pode ser definida como uma ciência cognitiva que tem como objeto de investigação os processos mentais dos quais decorrem diferentes formas de desempenho linguístico: a percepção, a produção, a compreensão e a aquisição de linguagem. VISÃO BAHAVIORISTA DA LINGUAGEM Até 1930 tínhamos uma descrição genética da aquisição da linguagem. A linguagem sofria o mesmo descrédito que atingia os estudos sobre o pensamento. Para os teóricos da época não era possível realizar estudos experimentais sobre. Watson: pensar era o mesmo que “falar baixinho”. Chomsky elaborou uma crítica ao trabalho de Skinner sobre a linguagem. Para ele, a linguagem natural tem propriedades que não podem ser descritas pela classe de linguagem formal. Não se pode reduzir a linguagem à E-R. A teoria do condicionamento não leva em conta a propriedade de criatividade da linguagem, nem explica como a criança chega a formular sentenças com gramática. Linguagem=hábito Na década de 60 a psicolinguística rompe com o behaviorismo e passa a sofrer influência definitiva da psicologia cognitiva. Influências das novas teorias da comunicação junto com as teorias computacionais = Inteligência artificial A emergência de um novo paradigma simbólico dentro das ciências cognitivas serviu diversas mudanças nos estudos da psicolinguística. Os debates permaneceram em torna da natureza da linguagem e da natureza da cognição defendidos de um lado pela posição modularista e de outro pela posição interacionista. Kaspar Hauser Ou a fabricação da realidade https://www.youtube.com/watch?v=4SAX-Q19474
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