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METODOLOGIA DE ENSINO DO HANDEBOL Aula 04 – Técnicas Defensivas Prof.Esp. Chlerismar Abreu Ferreira O resultado final de um jogo de handebol depende diretamente do êxito do jogador de defesa. Os defensores dependem da iniciativa dos atacantes para agir. Ao primeiro movimento ofensivo, os defensores deverão partir com decisão para neutralizar o adversário. Defesa em bloco, pois desta forma, se um falhar sempre terá cobertura. Um bom trabalho defensivo permitirá sempre, bons contra- ataques. Uma boa defesa, forte e vibrante, constitui um suporte moral, favorecendo psicologicamente, estimulando a equipe a ter confiança nas suas próprias forças. Defender significa Cooperação Técnica Defensiva Handebol São os gestos individuais específicos do handebol utilizados para o desenvolvimento do jogo, na defesa. Tática Defensiva Handebol É a ação conjunta ou individual, que se realiza com o intuito de não permitir que o ataque adversário finaliza com sucesso. É a distribuição, de forma organizada, dos jogadores da equipe, na zona de defesa, com o intuito de não permitir que o ataque adversário finalize com sucesso. ZAMBERLAN, 1997 Tática Defensiva Handebol: É a ação conjunta ou individual, que se realiza com o intuito de não permitir que o ataque adversário finalize com sucesso. É a distribuição, de forma organizada, dos jogadores da equipe, na zona de defesa, com o intuito de não permitir que o ataque adversário finalize com sucesso. ZAMBERLAN, 1997 Posição básica defensiva É a postura que deve adotar os jogadores, posicionando-se para intervir na próxima ação defensiva com rapidez. O objetivo principal da posição básica defensiva é buscar uma posição ideal para intervir na ação posterior de maneira eficiente e rápida. ZAMBERLAN, 1997 • Braço/antebraço: estendido para a lateral, cotovelo semi-flexionados, com a borda radial para cima. • Mãos: espalmadas, voltadas p/ frente e à altura do ombro. • Tronco: com leve inclinação à frente. • Pernas: com abertura lateral, paralelas, joelhos levemente flexionados. Posição básica defensiva Deslocamento defensivo É a ação de mudar de um lugar para outro, na zona de defesa, buscando um melhor posicionamento defensivo. É utilizado na zona de defesa, quando o adversário prepara a finalização com os seguintes objetivos: acompanhar a trajetória da bola; posicionar frente o adversário com bola; dar cobertura ao companheiro; fazer a marcação; efetuar o bloqueio. ZAMBERLAN, 1997 Técnicas Defensivas Bloqueio defensivo: É a ação de cortar a trajetória da bola, após ser lançada pelo adversário na direção da baliza, além de evitar, em alguns casos o próprio lançamento. Tipos: a) Alto com apoio b) b) Baixo com apoio c) c) Em suspensão ZAMBERLAN, 1997 Marcação - É a ação de fixar o adversário com o fim de neutralizar seus movimentos, gestos ou jogadas, evitando assim que penetre ou lance a bola em direção à baliza. Objetivos: • Controlar o adversário • Impedir a progressão e penetração • Interceptar a bola • Evitar o arremesso Divisão quanto a execução: • Controle visual • Controle próximo • De impedimento ZAMBERLAN, 1997 Regras básicas para o defensor: • Posicionar-se entre o gol e o atacante; • Observar e marcar o braço de arremesso; • Manter-se na posição básica em equilíbrio; • Observar constantemente seu oponente; • Evitar a penetração; • Observar e acompanhar a trajetória da bola; • Evitar o bloqueio ofensivo; • Marcar o pivô; • Sair no momento oportuno para a marcação ou bloqueio. Fases da defesa Retorno: • após perder aposse de bola no ataque, os jogadores deverão retornar o mais rápido possível e pelo caminho mais curto. • A corrida deverá ser de frente até o centro da quadra, para observar o possível lançamento do contra ataque, de costas após passar o centro da quadra até a linha dos seis metros. Defesa temporária: • É o prolongamento da situação anterior. • O defensor deverá, as vezes atuar fora de sua posição. Fases da Defesa Organização da defesa - Após a defesa temporária, os jogadores devem voltar a posição de origem. Isso ocorrerá: • com uma paralisação do jogo por falta; • pelo árbitro ou contusão de jogador; • quando a bola estiver no lado oposto ao do jogador. METODOLOGIA DE ENSINO DO HANDEBOL Técnicas Defensivas Prof.Esp. Chlerismar Abreu Ferreira “Atacar como podemos e defender como os pumas” Jorge Duhau / Victor Bloise Retorno defensivo - ao pressentir ou verificar a perda da bola no ataque. • impedir o contra ataque • Recuperar a posição defensiva (proteger sua própria baliza) Princípio do Retorno defensivo • Não perder o contato visual • Dificultar contra-ataque • Pressionar o jogador de posse de bola • Leitura do jogo – evitar inferioridade numérica Zona defensiva temporária – Transição entre o retorno defensivo e a defesa organizada • dificultar ações ofensivas • Retomar a organização de seu sistema defensivo Princípio da Zona defensiva temporária • Colaboração entre os defensores • Amplitude de ocupação dos espaços • Observação da bola – evitar inferioridade numérica Defesa organizada ou posicionada – cada jogador assume a sua posição e funções previamente combinadas • estratégias Princípio da Defesa posicionada ou organizada • Proteger a área e a baliza – bloqueios corporais, membros superiores e deslocamentos. • Pressão ao portador da bola • Não permitir defensores em linhas verticais Objetivos da defesa • Não tomar o gol • Recuperar a posse da bola rapidamente • Evitar arremessos de zonas perigosas • Dificultar a ação dos adversários • Incomodar atrapalhar a ação dos adversários • Ajudar o goleiro – levar o ataque para zonas de arremessos mais difíceis Defesa em sistemas: É a aplicação do sistema defensivo estabelecido no momento, de acordo com o ataque adversário. Depende das características do ataque adversário • equipe que só infiltra; • equipe que tem jogador com arremesso de fora; • com jogador bom na finta; • com excelente jogador no arremesso e na finta, além de ser um bom organizador do jogo. Tipos de Sistemas Defesa - Defesa Individual Cada defensor tem um adversário específico definido para marcar e o acompanha de perto durante todo o tempo em que a equipe estiver atuando neste tipo de defesa, procurando não dar ao atacante oportunidade para receber a bola. Defesa Individual - Situações indicadas: • adversário em inferioridade numérica; • contra uma equipe mal preparada fisicamente ou tecnicamente; • final do jogo e inferiorizado no placar; • como fator surpresa. Tipos de defesa: • quadra toda; • meia quadra • 1/3 da quadra. Defesa Individual Vantagens: • Poderá recuperar a bola mais rápido do que a marcação por zona. • Pode ser empregado diante de qualquer sistema de ataque. • Quebra uma jogada combinada. • Dificulta passes e arremessos. Desvantagens: • Enorme desgaste físico.• Favorece a realização de bloqueios ofensivos. • Dificulta a cobertura de outro defensor. • Dificulta a saída para os contra ataques. Defesa por Zona - Cada defensor é responsável por uma determinada faixa de área nos 6 ou 9 metros, preferencialmente os mais altos ocupam as posições centrais. • Posições são fixas; • Não é tão exaustiva como a individual; • Da sentido de responsabilidade coletiva; • Possibilita ajuda a um companheiro; Reduz os arremessos a gol; • Dificulta a movimentação do adversário; • Obriga o adversário a arremessar de meia distância, facilitando a ação da defesa e do goleiro. Defesa combinada ou mista – combinam algumas características da marcação individual, com outras dos sistemas por zona. Enquanto alguns defensores atuam como marcadores individuais outros marcam em suas zona. • SISTEMAS FECHADOS • SISTEMAS ABERTOS / AVANÇADOS BIBLIOGRAFIA Básica http://www.brasilhandebol.com.br/noticias_detalhes.asp ?id=27174 CBHb regras do handebol METODOLOGIA DE ENSINO DO HANDEBOL Aula 04 – Métodos de Ensino Prof.Esp. Chlerismar Abreu Ferreira Aprendizagem Motora Mudanças associadas a prática ou experiência, em processos internos que determinam a capacidade de um indivíduo para executar uma habilidade motora. O nível de aprendizagem motora de um indivíduo aumenta com a prática e é frequentemente inferido pela observação de níveis relativamente estáveis da performance motora da pessoa. Desempenho Motor Mudança temporária no comportamento motor, observados durante algumas sessões de prática. O desempenho também pode ser alterado por fadiga, ansiedade e motivação. Metodologias de Ensino Os processos de ensino – aprendizagem – treinamento (EAT) dos jogos coletivos esportivizados devem ser construídos, segundo Greco e Benda (1998), de uma trilogia. Aprendizagem Ensino Treinamento Planejamento consistente e variado, permitindo sua fixação e possibilitando o aumento do nível de aptidão. FITTS & POSNER - estágios de aprendizagem. estágio cognitivo, estágio associativo, estágio autônomo, Cognitivo Associativo Autônomo Foco na cognitividade orientada ao problema; Importante utilizar Instrução e feedback; Performance sem consistência, presença de muitos erros; Grande dificuldade de identificar erros e realizar ajustes. FITTS & POSNER - 1967 FITTS & POSNER – Estágio Cognitivo Ex: drible , ritmo trifásico Cognitivo Associativo Autônomo Associação de variações ambientais com o movimento; Sucesso na execução da tarefa e consequente aumento da consistência na aprendizagem ; Eventuais erros, sem erros grosseiros; Capacidade de detectar os próprios erros.. FITTS & POSNER - 1967 FITTS & POSNER – Estágio Associativo EX: Arremesso na linha dos 9 m Cognitivo Associativo Autônomo Execução da tarefa com pouca atenção ao movimento; Sucesso na execução da tarefa e máxima consistência; Pouquíssimos erros e nenhum erro grosseiro; Capacidade de identificar e corrigir os próprios erros.. FITTS & POSNER - 1967 FITTS & POSNER – Estágio Autônomo EX: “jogadas ensaiadas” – recepção, quebra de ritmo, ritmo trifásico, arremesso. Metodologia Parcial / Analítica É caracterizada pela repetição de gestos técnicos desenvolvidos em partes, já que a soma das técnicas aprendidas isoladamente resultará na execução do jogo esportivo coletivo. Ex. no handebol : após a parte inicial da atividade, a parte principal tem por objetivo desenvolver a técnica do passe. Metodologia Parcial / Analítica EX: alunos posicionados em duas colunas, uma de frente para a outra, e o primeiro aluno de uma coluna realizará um passe de ombro para o primeiro aluno da outra coluna, enquanto desloca-se para o final de sua coluna, e o aluno que recebeu a bola repetirá o gesto técnico para o aluno que agora se encontra na frente da outra coluna, seguindo a atividade. Em relação a parte tática do jogo, esta é realizada sistematicamente, ou seja, são trabalhados na forma de jogadas ensaiadas. E na parte final, os alunos receberão, como “prêmio”, o jogo formal. Vantagens: • Rápida melhora da técnica, já que a repetição rigorosa de uma destreza leva ao seu aperfeiçoamento (GRECO e BENDA, 1998). • Especificidade na correção E na parte final, os alunos receberão, como “prêmio”, o jogo formal. Desvantagens: • Utilização de respostas mecânicas previamente adquiridas às situações confrontadas no jogo, desconsiderando os sinais relevantes proporcionados pelo caráter imprevisível característico dos jogos esportivos coletivos. Métodologia Global É caracterizada pela intenção de adequar toda a complexidade do jogo esportivo (técnica, regras, conceitos táticos, etc) através da apresentação de uma sequência de jogos recreativos acessíveis a faixa etária e a capacidade técnica do aluno. As formas de jogo prévias (jogos de iniciação, grandes jogos, jogos pré-desportivos) não podem ser mais difíceis que o jogo formal (GRECO e BENDA, 1998). EX: Para desenvolver o arremesso, pode-se iniciar com uma atividade simples, como a queimada. 1ª - Arremessar a bola no corpo do adversário; 2ª - Utiliza-se do jogo de “queimada adaptado”, onde o aluno deve realizar o ritmo trifásico (3 passadas) antes de arremessar a bola. 3ª - Na sequência, um jogo onde o aluno deve arremessar a bola em algum alvo, porém, antes ele deve realizar o ritmo trifásico , necessitando também superar um adversário Vantagens: • Maior contato com a realidade do jogo por atuar com companheiros e adversários; • O aluno aprende a resolver simultaneamente problemas de espaço e tempo; • Maior participação do grupo; • Ampla oportunidade de expressão aos alunos; • Facilita a continuidade na ação e de um exercício a outro; • Melhora rapidamente o ritmo da aprendizagem; • Fácil motivação do alunos. Desvantagens: • O domínio e execução correta da técnica pelo aluno podem ser prejudicados. Nas fases de iniciação esportiva, não há a necessidade de que a técnica seja correta, importando mais o resultado do processo do que a execução da técnica biomecanicamente correta. TAREFA PODE SER: Prática RANDÔMICA: Prática em BLOCOS: Os indivíduos realizam uma variedade de diferentes tarefas sem ordem específica, assim evitando, ou minimizando, repetições consecutivas de qualquer tarefa única. Ex.: Passe, drible, ritmo trifásico, arremesso; Drible, ritmo trifásico, arremesso, passe; Ritmo trifásico, passe, arremesso, drible; Prática RANDÔMICA Os indivíduos treinam repetidamente a mesma tarefa. Ex.: Passe, passe,passe,passe Arremesso, arremesso, arremesso Drible, Drible , Drible , Drible Prática em BLOCOS A performance é bastante satisfatória estágio verbal-cognitivo - fase inicial -(onde os indivíduos, além de precisarem de uma quantidade maior de repetições para reproduzir uma ação com sucesso, estão praticando em um ambiente que é muito estável e previsível);Prática em BLOCOS A aprendizagem a longo prazo não é tão boa (provavelmente por causa da dificuldade que esses indivíduos têm em gerar diferentes planos durante o treinamento de várias tarefas). Prática em BLOCOS ESTRUTURANDO A EXPERIÊNCIA DE APRENDIZAGEM Ex.: Uma pessoa pode na prática em blocos de uma habilidade desempenhar bem uma determinada tarefa,mas quando essa pessoa é levada para uma situação real elas não desempenham tão bem como faziam no treinamento, devido ao contexto (ambiente). Prática Constante Sequencia na qual os indivíduos treinam apenas uma variação de uma dada classe de tarefas durante uma sessão. PRATICANDO VÁRIAS VERSÕES DA MESMA TAREFA Prática Variada Sequencia de práticas variadas de uma mesma classe de tarefas durante uma sessão. Permite que o aprendiz desenvolva competência para parametrizar diferentes dimensões da ação (ex.: independente da distância a pessoa usaria os mesmos parâmetros necessários para conduzir o lançamento desejado (ex.: força, velocidade). PRATICANDO VÁRIAS VERSÕES DA MESMA TAREFA
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