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plano analítico problemáticas teórico epistemológicas da antropologia

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Universidade Eduardo Mondlane
Faculdade de Letras e Ciências Sociais - FLCS
Licenciatura em Antropologia
Cadeira: Problemáticas Teórico-Epistemológicas da Antropologia
Docentes: Hélder Nhamaze
0 conhecimento produzido pela Antropologia é objectivo? É possível fazer Antropologia num
contexto pós-Colonial? A escrita antropológica dá voz ao 'nativo' ou é o reflexo da racionalização
do próprio autor? Quão 'participativa' é a "observação participante"? Que Antropologia se pode
fazer no século XXI?
Após ter sido considerada uma das disciplinas impulsionadoras do Colonialismo - por isso
procurando algum nível de reconhecimento social -t a Antropologia inaugurou na segunda
metade do século XX um conjunto de reflexões sobre a sua legitimidade epistemológica e um
debate sobre os procedimentos metodológicos empregues. 0 espectro dessa discussão vai desde
a percepção de uma disciplina metodologicamente aprumada até ao entendimento da
Antropologia como um processo literário e artístico onde o sujeito não passa de um novelista dos
tempos modernos.
0 objectivo desta cadeira é produzir reflexões e debates em torno de alguns aspectos que
definem a Antropologia como área do conhecimento e, sobretudo, como prática científica
particular. Pretende-se que os estudantes estejam familiarizados com os questionamentos
epistemológicos (passados, presentes e futuros) a que se sujeita a disciplina, para além de
poderem reflectir criticamente sobre as potencialidades e os limites do conhecimento produzido
nesse campo.
ESTRUTURA E ORGANIZAÇÃO
As aulas serão divididas entre as magistrais, de apresentação e discussão de conteúdos pelo
docente e as de trabalho prático que versa sobre os materiais expostos. 0 curso adoptará o
formato de seminário pelo que a leitura e compreensão dos textos, como forma de impulsionar
um posicionamento crítico, é fundamental para um desempenho positivo nesta cadeira.
0 curso está organizado em 5 (cinco) módulos cobrindo, cada um deles, temas diferenciados. 0
primeiro módulo é de natureza prática e tem como objectivo a familiarização dos estudantes
com material de natureza etnográfica. Os estudantes iniciarão um exercício de leitura orientada
sobre partes da obra do missionário Suíço Henri Junod.
0 segundo bloco explora as inter-conexões entre a Antropologia e a Epistemologia procurando
mostrar a relevância de uma abordagem desta sobre aquela. 0 terceiro módulo apresenta
discussões que decorrem do trabalho de campo e da escrita que o sucede indagando o
posicionamento físico e metodológico do sujeito do conhecimento e as consequências teóricas
que daí podem advir. É igualmente no terceiro módulo que se abordam questões ligadas à
autoridade da etnografia no campo das ciências.
-jco/vi
2
2
Na quarta parte aborda-se a influência da teoria na produção do conhecimento antropológico, e a
quinta e última parte focaliza os aspectos de natureza social e contextuai nessa mesma produção
ao mesmo tempo que discute o futuro da disciplina. Serão aqui apresentados debates sobre as
"novas" abordagens metodológicas realizadas na Antropologia, a Antropologia chamada "Pós-
Moderna", e os desdobramentos metodológicos e teóricos que podem ocorrer na prática
antropológica ao longo do século XXI.
Os textos de leitura obrigatória serão distribuídos pelos estudantes da turma. Em cada dia de
apresentação serão analisados um ou dois textos a serem apresentados por estudantes indicados
no momento pelo docente. Seguir-se-á um debate aberto com a participação dos demais
grupos/estudantes. A aula seguinte é reservada à síntese teórica das discussões havidas feita
pelo docente da cadeira. Nessa aula o(s) estudante(s) encarregue(s) de fazer o relatório da
anterior têm mais um momento para o enriquecer, antes da sua apresentação na aula prática
seguinte.
AVALIAÇÃO
Para a avaliação serão considerados:
a participação nos debates em aula: medida por i) lista de presenças e ii) anotações do
docente registando os autores das apresentações e de outras intervenções como elemento de
ponderação,
os relatórios das aulas apresentados: que deverão ser depositados em cada aula prática
contendo o relatório das aulas anteriores,
 um exercício e um teste escrito:um exercício escrito que se destina a uma familiarização com
os métodos de avaliação usados na cadeira e um teste escrito com consulta; e
um ensaio individual de 2,000 palavras: fazendo análise crítica de uma das secções da obra
de Henri Junod (1996).
Enquanto o item a) é contínuo (ocorre a cada aula), o b) é semanal (ocorre a cada 7 dias após a
aula prática), o c) deverá ser combinado entre o docente e os estudantes no decorrer da primeira
semana de aulas e o d) deverá ser entregue até ao dia 22 de Maio.
CONTEÚDOS
Semana de 26 de Fevereiro
Introdução: Apresentações e organização do curso
O relato etnográfico: questões e interrogações preliminares
Início da leitura orientada da obra de Henri Junod.
Junod, Henri. 1996. Usos e Costumes dos Bantos: A Vida Duma Tribo do Sul da África. Maputo:
Arquivo Histórico de Moçambique
Castro, Josué., 2008, "Antropologia e África: da visão holística à desconstrução", Revista África e
AfricanidadesAno I, No 1, s/pp.
Semana de 5 de Março
A Antropologia e a Epistemologia: Interrogações e Questionamentos
Godelier, Maurice, 1992, "0 Ocidente Espelho Partido: Uma Avaliação parcial da Antropologia
Social, acompanhada de algumas perspectivas". 168- Reunião Nacional da Associação Nacional de
Pós-Graduação e Pesquisa em Ciências Sociais (ANPOCS), Caxambu, Minas Gerais.
Semana de 12 de Março
Porto, Nuno, 1993, "Reflexões Antropológicas: Um percurso bibliográfico", Revista Crítica de
Ciências Sociais, N° 37, pp 149-157.
Wielewicki, Vera, 2001, "A pesquisa etnográfica como construção discursiva”, Acta Scientiarum,
23(1), pp 27-32.
Semana de 19 de Março
Calado, Virgínia, 2015, "Produção etnográfica e construção do conhecimento científico",
lógicas, No. 13, pp 39-47.
Rapchan, Eliane, 2002, "Relativismo epistémico, relativismo antropológico: reflexões sobre a
produção do pensamento no âmbito das contribuições da antropologia”, Maringá, Vol. 21, N°. 1,
pp 261-270.
Semana de 26 de Março
Trad, Leny, 2012, "Trabalho de campo, narrativa e produção de conhecimento na pesquisa
etnográfica contemporânea: subsídios ao campo da saúde", Ciência & Saúde Colectiva, Vol. 17 (3),
pp 627-633.
Nagami, Isis, 2014, "Do trabalho de campo à escrita etnográfica: breves reminiscências sobre o
fazer antropológico”, XXVSemana de Ciências Sociais, Londrina
Exercício escrito
Semana de 2 de Abril
O trabalho de campo e a escrita: discussões epistemológicas
Viegas, Susana & José Mapril, 2012, "Mutualidade e conhecimento etnográfico", Etnográfica, Vol.
16 (3), Outubro de 2012, pp 513-524.
Taddei, Angela, 2012, "Sobre a Escrita Etnográfica", Aurora, Vol. 5, pp 103-118.
Semana de 9 de Abril
Fabian, Johannes, 2005, "O Tempo e a Escrita sobre o Outro" in Sanches, Manuela, Deslocalizar a
Europa: Antropologia, Arte, Literatura e História na Pós-Colonialidade. Lisboa: Edições Cotovia
Lda, pp 63-102.
Semana de 16 de Abril
Da Rocha, Ana & Cornelia Eckert, 1998, “A interioridade da experiência temporal do antropólogo
como condição da produção etnográfica”, Revista de Antropologia, Vol. 41, No. 2, pp 107-136.
Velho, Gilberto, 1987, "Observando o Familiar” in Nunes, Edson, A Aventura Sociológica, Rio de
Janeiro: Zahar
Semana de 23 de Abril
Clifford, James, 2005, "Sobre a Autoridade Etnográfica" in Sanches, Manuela, Deslocalizar a
Europa: Antropologia, Arte, Literatura e História na Pós-Colonialidade. Lisboa: Edições Cotovia
Lda, pp 101-142.
De Sá, Rodolpho, 2010, '"Sujeitos de saber’ e ‘objectos de observação’: Considerações sobre os
limites da ‘autoridade’ e da ‘consagração discursiva'", Revista pós Ciências Sociais, Vol. 7, No. 14,
pp 105-122.
Marques, Rodrigo, Observação. Subiectividade e Epistemologia: A Renovação das Práticas
Etnográficas
Semana de 30 de Abril
O papel da teoriana produção do conhecimento Antropológico
De Moura, Mariana; Machado, Milena; Machado, Renata, 2016, Trabalho de campo, teoria e
construção da Etnografia
(http://actacientifica.servicioit.d/biblioteca/gt/GT16/GT16 MendesdeMoura FreitasMachado.p
df) 22 de Fevereiro de 2016
Batalha, Luis, 1998, "Emics/Etics Revisitado: 'Nativo' e Antropólogo Lutam Pela Última Palavra",
Etnográfica, Vol 11(2), pp 319-343.
Semana de 7 de Maio
Granjo, Paulo, 2004, "Teoria, tautologia e prática antropológica”, Trabalhamos sobre um barril de
pólvora - homens e perigo na refinaria de Sines. Lisboa: ICS, pp 43-56.
Moreira, Marclin, 2007, "A crise dos paradigmas e a solução da Antropologia", SINAIS - Revista
Electrónica - Ciências Sociais, Vol. 1, No. 1, Abril 2007, pp 45-56.
Semana de 14 de Maio
Os factores sociais e o futuro do conhecimento Antropológico
Jordão, Patrícia, "A Antropologia Pós-Moderna: Uma Nova Concepção da Etnografia e seus
Sujeitos" Comunicação apresentada na 51- Reunião Anual da Sociedade Brasileira para o
Progresso da Ciência, 11 a 16 de Julho de 1999.
Lacerda, Eugênio, 2016, Trabalho de campo e relativismo: A alteridade como crítica da
antropologia íhttp://www.antropologia.com.br/arti/colab/a5-eplacerda.pdf) 22 de Fevereiro de
2016
Semana de 21 de Maio
Gutwirth, Jacques, 2001, “A etnologia, ciência ou literatura?”. Horizontes Antropológicos, Vol.7
N°.16, s/pp.
Ribeiro, Gustavo, 2006, "Antropologias Mundiais: Para um novo cenário global na antropologia",
Revista Brasileira de Ciências Sociais, Vol. 21, N°. 60, s/pp.
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