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AUDITORIA CONCORRENTE 1 Aula 01: Elementos Básicos da Auditoria Concorrente ................................................................. 0 Aula 1: Elementos básicos da auditoria concorrente .................................................................... 2 ............................................................................................................................. 2 Introdução ................................................................................................................................ 3 Conteúdo Prontuário médico ............................................................................................................. 3 Prontuário eletrônico do paciente ................................................................................. 4 Prontuários Eletrônicos e Registros Eletrônicos de Saúde ........................................ 5 Contratos ............................................................................................................................. 6 Cadastramento das entidades médicas ........................................................................ 7 Anexos do contrato ........................................................................................................... 7 Confidencialidade e autorização .................................................................................... 9 A auditoria concorrente ................................................................................................. 11 Aumento da competitividade da área de saúde ........................................................ 11 A análise dos pacientes internados .............................................................................. 12 Informações requeridas em uma auditoria ................................................................ 13 Elementos importantes no atendimento do paciente internado .......................... 13 Fases do atendimento ao paciente internado ........................................................... 14 Complementação do atendimento ............................................................................. 16 ......................................................................................................... 18 Exercícios de fixação Chaves de resposta ..................................................................................................................... 21 ..................................................................................................................................... 21 Aula 1 Exercícios de fixação ....................................................................................................... 21 AUDITORIA CONCORRENTE 2 Introdução Auditoria concorrente ou concomitante é um exame sistemático em pacientes internados em hospitais e casas de saúde, durante todo o período de internação, buscando garantir a atenção aos cuidados de saúde, e a conformidade com os aspectos comerciais definidos em contrato de credenciamento firmados com aquela instituição de saúde, salvaguardando os direitos e obrigações, a ética profissional e a correta confecção do faturamento dos valores de materiais e medicamentos efetivamente utilizados e definidos em contrato firmado. Objetivo: 1. Informar os principais elementos contidos em um processo de auditoria concorrente; 2. Apresentar a importância do processo de auditoria concorrente para as operadoras de saúde, seguros em saúde e cooperativas médicas. AUDITORIA CONCORRENTE 3 Conteúdo Prontuário médico O prontuário do paciente é definido pelo Conselho Federal de Medicina, Resolução nº 1.638/2002, “[...] Como o documento único constituído de um conjunto de informações, sinais e imagens registradas, geradas a partir de fatos, acontecimentos e situações sobre a saúde do paciente e a assistência a ele prestada, de caráter legal, sigiloso e científico, que possibilita a comunicação entre membros da equipe multiprofissional e a continuidade da assistência prestada ao indivíduo”. De acordo com o Conselho de Enfermagem (COFEN), nº 272/2002, Artigo 3º, a sistematização da Assistência de Enfermagem (SAE) deverá ser registrada formalmente no prontuário do paciente, cliente, usuário, devendo ser composta por histórico de enfermagem, exame físico diagnóstico de enfermagem, prescrição da assistência de enfermagem, evolução da assistência de enfermagem, relatório de enfermagem. O prontuário tem uma importância especial para a organização médica que presta cuidados ao paciente, para o médico, para o corpo de enfermagem, tendo ainda uma contribuição importante para o ensino e a pesquisa, sendo também o documento legal para qualquer comprovação em juízo. E por esses motivos é o principal documento utilizado pelos médicos e enfermeiros auditores nas visitas realizadas para constatação dos cuidados a saúde prestada aos pacientes. Ele é atualizado com frequência pelos serviços de saúde, sendo autorizada a sua substituição por elementos de maior durabilidade dos registros, como os informatizados, por exemplo, após 10 anos, contados da data em foi feito o último registro de atendimento do paciente, assegurando com isso a completa reprodução dos dados contidos nesse tão importante documento. AUDITORIA CONCORRENTE 4 O prontuário médico apresenta, portanto, um conjunto de informações e documentos organizados cronologicamente seguindo padrões preestabelecidos, objetivando o registro dos cuidados profissionais prestados ao paciente pelos serviços de saúde, tanto públicos como privados. Prontuário eletrônico do paciente “A estrutura de um prontuário, independente de ser eletrônico ou em papel, deve seguir as orientações e determinações da Resolução CFM Nº 1638/2002 que define prontuário médico e torna obrigatória a criação da Comissão de Revisão de Prontuários nas instituições de saúde. O prontuário em papel apresenta diversas limitações, sendo ineficiente para o armazenamento e organização de grande volume de dados, apresentando diversas desvantagens em relação ao prontuário eletrônico”. Limitações do prontuário em papel “A informação do prontuário em papel está disponível somente a um profissional. Ao mesmo tempo, possui baixa mobilidade e está sujeito a ilegibilidade, ambiguidade, perda frequente da informação, multiplicidade de pastas, dificuldade de pesquisa coletiva, falta de padronização, dificuldade de acesso, fragilidade do papel e a sua guarda requer amplos espaços nos serviços de arquivamento” (MANUAL DE PRONTUÁRIO ELETRÔNICO DO CONSELHO FEDERAL DE MEDICINA). Um Prontuário Eletrônico do Paciente (PEP) é uma versão digital de uma carta de papel que contém toda a história médica do paciente a partir de uma prática. Um PEP é usado principalmente por centros de diagnóstico e tratamento. Benefícios do Prontuário Eletrônico do Paciente Um Prontuário Eletrônico do Paciente é mais benéfico do que os registros em papel, pois permite que hospitais, clínicas e centros de tratamento: AUDITORIA CONCORRENTE 5 • Controlem os dados ao longo do tempo; • Identifiquem os pacientes que necessitam de visitas preventivas e exames; • Monitorem como os pacientes evoluem, medindo certos parâmetros, tais como pressão arterial, batimentos cardíacos e temperatura; • Melhorem a qualidade geral do atendimento como uma prática. As informações armazenadas em Prontuários Eletrônicos são facilmente compartilhadas com prestadores externos. Prontuários de um paciente podem até precisarem ser impressos e entregues porcorreio para especialistas e outros membros da equipe de cuidados. Prontuários Eletrônicos e Registros Eletrônicos de Saúde Suas diferenças são: Um Prontuário Eletrônico contém os dados médicos e clínicos padrões reunidos no hospital. Prontuários Eletrônicos podem ir além dos dados coletados no hospital e incluir uma história mais abrangente do paciente, facilitando as ações de tratamento. Por exemplo, Prontuários Eletrônicos são projetados para conter e compartilhar informações de todos os profissionais envolvidos no cuidado do paciente. Dados de Registros Eletrônicos de Saúde (RES) podem ser criados, gerenciados e consultados por hospitais, operadoras de saúde, funcionários autorizados e por mais de uma organização de saúde, facilitando o fluxo de informações. Ao contrário de PEP, os RES também permitem registro de saúde de um paciente para mover-se com eles, para outros profissionais de saúde, especialistas, hospitais, lares de idosos, e até mesmo entre os Estados. Vamos iniciar a seguir os contratos realizados na área de saúde. AUDITORIA CONCORRENTE 6 Contratos Contrato entre Operadoras de Saúde, Seguradoras e Cooperativas Médicas e os Prestadores de Saúde: A Agência Nacional de Saúde tem consciência da importância desse instrumento como um elemento que balize as relações de mercado e crie um equilíbrio comercial para que todos possam se beneficiar de uma relação mais justa entre os que buscam atuar de forma profissional no seguimento de saúde. O mais prejudicado neste processo é o cliente, que muitas vezes não compreende os aumentos de seu plano e ou seguro de saúde, que tecnicamente é chamado por um produto de atendimento médico hospitalar. Para que possamos ter uma visão mais objetiva e técnica desse importante instrumento vamos apresentar algumas considerações gerais. As Operadoras de Saúde, as Seguradoras e as Cooperativas de Médicos (pagadores de Serviços), possuem critérios técnicos e comerciais para credenciamento de seus diversos prestadores, mas no seguimento de clínicas e hospitais a negociação é mais abrangente por se tratar do maior custo que atinge suas planilhas de resultados, obrigando-os a um estudo mais profundo e mais claro para ambas as partes. Quando surge o interesse pelo credenciamento é feita uma visita preliminar para que possam ser definidos todos os elementos que deverão ser registrados em um contrato comercial. São analisadas as acomodações, as diversas áreas de atendimento, o centro cirúrgico, a UTI para adultos e Neonatal, e todos os demais consultórios e centros de diagnósticos. O processo de negociação tem inicio com a definição das tabelas praticadas pelo hospital, que serão estudadas com profundidade pelas pagadoras de serviços para que se estabeleça uma proposta de fechamento do contrato. AUDITORIA CONCORRENTE 7 As tabelas irão prever as diversas taxas e os diversos valores que nortearão, a partir de sua assinatura toda a relação comercial. Cadastramento das entidades médicas A Portaria Ministerial nº 376, de 3 de outubro de 2000, do Ministério da Saúde, a quem a Agência Nacional de Saúde está ligada, implica no cadastramento das entidades médicas conforme preceitua seu Artigo 2º: Determinar o recadastramento de todos os Estabelecimentos de Saúde prestadores de serviço ao SUS, o cadastramento dos Estabelecimentos de Saúde Hospitalares não contratados/conveniados com o SUS e dos estabelecimentos ambulatoriais, pessoas jurídicas, não vinculadas ao SUS, que realizam procedimentos de: • Patologia Clínica; • Radiologia; • Terapia Renal Substitutiva; • Radioterapia; • Quimioterapia; • Ressonância Magnética; • Medicina Nuclear; • Radiologia Intervencionista; • Tomografia Computadorizada. A partir desses elementos teremos um controle mais efetivo da relação comercial entre esse segmento do mercado, de importância especial para grande parte da população. Anexos do contrato Anexos ao contrato de prestação de serviços médicos e hospitalares com os pagadores de serviços: AUDITORIA CONCORRENTE 8 São anexados ao contrato diversos tipos de tabelas para facilitar a relação entre as partes, define-se, por exemplo, que os medicamentos e materiais serão pagos de acordo com a tabela materiais e medicamentos. Um dos grandes problemas é a diferença de nomenclatura de alguns materiais usados em procedimentos. Veja o exemplo a seguir. Exemplo: SCALP/BUTTERFLY/BORBOLETINHA Faz-se necessário uma padronização solicitada tanto pela ANVISA (Agência Nacional de Vigilância Sanitária, bem como pela ANS (Agência Nacional de Saúde).Existe uma Resolução Normativa de nº 305 da ANS, que estabelece o Padrão obrigatório de Troca de Informação na Saúde Suplementar (TISS). Veja a tabela TUSS, isso facilita o processo de auditoria e traz mais conforto para todos que militam nessa atividade. Os diversos pagadores de serviços estabelecem suas tabelas e alguns até as divulgam, como é o caso do SUS (SIGTAP - Sistema de Gerenciamento da Tabela de Procedimentos, Medicamentos e OPM do SUS), tudo para que o processo se torne mais transparente. Anexamos as diversas tabelas para que você possa ter uma ideia da complexidade dessa atividade para os diversos profissionais que nela atuam. Acredito que muitos dos alunos que participam desse curso, se não estiverem atuando, tem intenções de fazê-lo no futuro. Apenas para deixar claro o objetivo, relacionamos as tabelas mais utilizadas em auditoria junto aos prestadores de serviços médicos e hospitalares, veja a seguir. • Tabela de Material e Medicamentos; • Tabela de Órteses, Próteses, Materiais Especiais - OPME; • Tabela de Medicamentos (brasíndice); • Tabela de procedimentos de enfermagem; AUDITORIA CONCORRENTE 9 • Tabela Terminologia Unificada da Saúde Suplementar - TUSS; • Tabela de Honorários médicos Associação Medica Brasileira - AMB; • Tabela de Honorários médicos Classificação Brasileira Hierarquizada de Procedimentos; • Médicos CBHPM; • Tabelas de Despesas Hospitalares: Tabelas de Diárias e Taxas (negociada entre as partes). Todos esses elementos acompanham os profissionais e fazem parte de seu material de trabalho, claro que hoje com os equipamentos eletrônicos disponibilizados, como notebooks, tablets e até mesmo alguns smartphones, tudo fica mais disponível de ser pesquisado e encontrado com facilidade para que o trabalho se torne mais objetivo. O trabalho da auditoria concorrente facilita em muito o trabalho complementar de análise de contas médicas feito na sede das empresas pagadoras de serviços, por diversos técnicos que tomam por base as informações lançadas pela equipe de auditoria concorrente e realiza o processo de fechamento de contas e o crédito dos valores para os prestadores de serviços. Entre os elementos que serão utilizados pela análise da equipe de auditoria teremos informações do pedido inicial da internação e a justificativa apresentada pelo médico que assiste o paciente, além dessa informação importante para avaliar o processo de internação teremos dados da ficha médica do paciente na operadora e outras possíveis internações e ou tratamentos a que o paciente foi submetido. Confidencialidade e autorização Todas as partes de uma auditoria de faturamento devem cumprir as leis federais e estaduais e os acordos contratuais referentes à confidencialidade das informações do paciente. Todas as organizações pagadoras de serviços, de auditoria e de prestadores ou envolvidas com auditoriasde faturamento devem AUDITORIA CONCORRENTE 10 ter disposições em seus códigos de ética delineando sua obrigação de proteger a confidencialidade das informações do paciente. Além disso, essas organizações devem ter políticas e procedimentos explícitos que protegem a confidencialidade de todas as informações do paciente na sua posse e disposição dessas informações. A liberação do prontuário requer autorização do paciente. Deve ser fornecida essa autorização na admissão do paciente. Na ausência de tal declaração será exigida uma autorização para uma auditoria de faturamento. A autorização não precisa ser específica para a seguradora ou auditor na realização da auditoria. Essa autorização deve ser obtida pela empresa de auditoria de faturamento ou pagador e deve incluir pelo menos as seguintes informações: • Paciente, nome completo, endereço e data de nascimento; • Objetivo para liberar a obtenção das informações; • Data em que o consentimento é assinado; • Assinatura do paciente ou representante legal. Atribuições de benefícios de um paciente devem incluir uma presunção de autorização para revisar os registros. O representante coordenador de auditoria ou registros médicos deve confirmar para o representante de auditoria que uma condição da declaração de admissão está disponível para a auditoria especial que necessita de agendamento. O fornecedor informará ao solicitante, em tempo hábil, se existem quaisquer leis federais ou estaduais que proíbem ou restringem revisão do prontuário médico e, se houver políticas de confidencialidade e procedimentos institucionais que afetam a revisão, essas políticas de confidencialidade AUDITORIA CONCORRENTE 11 institucionais não devem ser orientadas especificamente, a fim de retardar uma auditoria no local. A auditoria concorrente A auditoria concorrente refere-se às avaliações realizadas em nome de pacientes que ainda estão em fase de cuidados. Ela inclui a avaliação do paciente à beira do leito em relação aos critérios predeterminados, entrevistando o pessoal responsável por esse cuidado e analisando o registro de pacientes e planos de cuidados médicos. O objetivode uma auditoria é detectar fraudes, erros técnicos e erros de princípio. No entanto, o reconhecimento na jurisprudência que é razoável esperar que os auditores para detectar todos os aspectos da fraude, mesmo que exercida com habilidades e cuidados satisfatórios, significa que este não é agora um objetivo primordial. Ao longo dos últimos anos a profissão de auditor tem procurado ampliar seu papel (por exemplo, com relação custo-benefício, auditorias operacionais.) Aumento da competitividade da área de saúde Instituições de saúde operam em ambiente de alta volatilidade. A atual tendência de mudança está levando a um aumento da competitividade da área de saúde, um aumento de cuidados com a saúde, bem como um aumento das expectativas de pacientes e pagadores. Situação nos mercados globais, que estão mudando de forma dinâmica o campo da medicina, serviços incluídos, fazem os gestores, forçadamente, buscar constantemente novos métodos e ferramentas de gestão eficaz. Os conhecimentos básicos da gestão devem ser fornecidos por informações de custo. A informação obtida a partir de contabilidade de custos tradicionais - contabilidade de custos total e custo variável -, agora é insuficiente. Por isso, é AUDITORIA CONCORRENTE 12 importante aplicar um processo de custeio modelo, que ajudaria a fornecer informações úteis sobre o tipo e a quantidade de utilização de recursos e possibilidades de redução. A análise dos pacientes internados Os valores pagos hoje em dia pelas empresas pagadoras de serviços de saúde estão abaixo do que deveriam estar. Foram perdendo no tempo sua capacidade de remunerar de forma justa os hospitais, clínicas e demais serviços de atendimento médico-hospitalar. Em razão das exigências maiores da Agência Reguladora, em especial com o sentido protecionista dado aos clientes em geral, ocorreu por parte das pagadoras de serviços uma redução significativa dos valores, quando analisados sob aspectos inflacionários. Nos últimos anos tivemos um aumento significativo na inflação médica, que infelizmente não entra nos cálculos de ajuste das mensalidades por parte da agência reguladora, em especial no que diz respeito aos clientes individuais, o reflexo disso é que a maioria das pagadoras de serviços está deixando de comercializar os produtos individuais e apenas comercializa os produtos corporativos ou planos de adesão que tem juridicamente a mesma constituição. Os pacientes passam vários dias em hospitais para se submeter a alguns exames para os quais algumas horas seriam suficientes, mas é rentável para o hospital manter o paciente por vários dias. As enfermeiras dizem que ninguém conta o custo com outras atividades administrativas, relatórios que elas precisam preparar e o custo do fato de que quando estão digitando, elas não estão com os pacientes. Todas essas discussões, procedures, reclamações são possíveis, porque o custo de atividades individuais, procedimentos, dias no hospital por pacientes, horas passadas pela enfermeira na frente do computador são de fato completamente desconhecidos. AUDITORIA CONCORRENTE 13 Existem parâmetros estabelecidos pelas operadoras para os diversos tipos de atendimento, nos diversos hospitais e clínicas da região em que está sendo realizada a auditoria, que tem por objetivo ajudar nos processos de auditoria estabelecendo práticas que podem ser apresentadas e debatidas com as equipes de cada prestador sem ferir a suscetibilidade. São, por exemplo, o tempo médio de internação para cada patologia cirúrgica, e no caso de patologias de internação clínica o processo é um pouco mais complexo. Informações requeridas em uma auditoria Continuando a análise dos pacientes internados temos algumas informações que normalmente são requeridas em uma auditoria, O “registro do paciente", “entrevista e exame físico" e o "estudo de imagem (por exemplo, Ultrassonografia, Raio X). Outros elementos adicionais como, por exemplo, a patologia, medicações ministradas durante a internação etc. A equipe de enfermeiros auditores se atém mais aos aspectos de procedimentos, medicamentos e materiais utilizados e os médicos analisam os aspectos clínicos do paciente e o tratamento que vem sendo realizado. ` Elementos importantes no atendimento do paciente internado Preparação para a cirurgia O paciente é levado para uma área de preparação de cirurgia. Aqui, como em todas as etapas do atendimento médico que se seguem, quase todos os que lidam com o paciente gravam suas atividades em um papel ou alimentam um sistema de informações eletrônico. Essas notas serão usadas para gerar a conta. O tratamento médico começa com pelo menos uma enfermeira fazendo uma avaliação para ter certeza de que a condição do paciente não mudou desde os testes de pré-avaliação. Um anestesista e um assistente irão avaliar a saúde do paciente e iniciar a preparação do paciente para dormir. Enquanto isso, o AUDITORIA CONCORRENTE 14 cirurgião, e os demais profissionais começam a sua preparação, enquanto enfermeiros, técnicos e assistente de um médico preparam o paciente, muitas vezes, raspando uma parte do corpo, anexando monitores, a inserção de um cateter, verificação de sinais vitais, e iniciando para administrar anestésicos e medicamentos. Acompanhe a seguir as fases dos procedimentos de auditoriaem cada etapa da internação do paciente. Fases do atendimento ao paciente internado 1. Cirurgia Embora o número de médicos, enfermeiros e técnicos varie de acordo com o porte da cirurgia, os administradores do sistema de saúde estimam que normalmente em torno de 8 pessoas estejam na sala de cirurgia. O cirurgião realiza a operação, e o anestesista e o assistente do anestesista muitas vezes cobram dos pacientes separadamente, a menos que o cirurgião seja empregado pelo hospital. Todos eles registram suas ações e os equipamentos utilizados no prontuário do paciente, que passa a fazer parte dos documentos que serão auditados. Além disso, as medicações dispensadas pela equipe clínica adicional - muitas vezes enfermeiros e técnicos - serão incluídas na conta do hospital. 2. Recuperação O paciente é normalmente transferido para um quarto de recuperação, conhecido como uma unidade de recuperação pós-anestésica, para recuperar com segurança a consciência e receber cuidados pós-operatórios. O paciente é monitorado de perto, com verificações frequentes de pulso, pressão arterial, temperatura e os níveis de oxigênio no sangue. O pessoal do hospital, como enfermeiros, técnicos e demais profissionais que atendem ao paciente, deve observar o tempo gasto na sala de recuperação e tratamento prestados. Os cuidados com o paciente estão primariamente nas mãos de até três enfermeiros principais, de acordo com as mudanças de turno. Além disso, uma AUDITORIA CONCORRENTE 15 pessoa da equipe da unidade na recepção é geralmente responsável por organizar e monitorar o atendimento ao paciente, mesmo que o paciente nunca possa ver ou falar com essa pessoa. Na farmácia do hospital, um farmacêutico e técnico separam medicamentos e fazem o registro. Atenção Como a recuperação progride, a condição do paciente é verificada pelo anestesista, cirurgião e, muitas vezes, em um hospital de ensino, pelos residentes, os quais podem visitá-lo. 3. Erros que podem ocorrer nos processos de atendimento Durante a cirurgia, cada membro da equipe que entra em uma nota no gráfico deve garantir que as anotações sejam isentas de erro. Qualquer detalhe que falta ou excesso de tratamento previsto pode mudar o significado do que foi feito e, portanto, afetar a auditoria. Se as notas de um médico ou enfermeiro não transmitirem a informação médica mais correta e completa, a pagadora de serviços pode questionar se o tratamento era necessário. Além disso, essas notas podem indicar que um processo mais grave foi realizado, fazendo com que as taxas aumentem. 4. Transferência para um quarto O tratamento inicia-se quando o doente estabilizado é transferido para um quarto. O paciente é movido da sala de recuperação para uma sala de internamento. Um funcionário administrativo chamado para essa missão pode afetar as condições contatuais de internação, especialmente se a pessoa comete um erro e o paciente acaba em um quarto mais caro do que o seguro vai cobrir, o que é chamado de “upgrade”, nesse caso poderemos ter alterações significativas, pois, todas as taxas podem ser cobradas em dobro assim como os honorários AUDITORIA CONCORRENTE 16 da equipe médica sem cobertura por parte do pagador dos serviços, essa norma é internacional reconhecida e por esse motivo todos devem ter muita atenção quando autorizam a internação em um hospital, até mesmo os pacientes e seus familiares, para não terem uma surpresa desagradável. Complementação do atendimento A maior parte da assistência ao paciente - e, portanto, mais chances de erros que afetam uma auditoria - ocorrem durante a estadia hospitalar. A gravidade da condição do paciente determina o número de pessoas que prestam cuidados. A lista de pessoas que entram no quarto a cada dia fazendo anotações no gráfico "poderia ser interminável". Vários executivos do hospital estimam que 30 pessoas por dia ou mais, ao longo de uma estadia de quatro dias, prestam cuidados que mais tarde tornam-se parte da auditoria. Algumas dessas pessoas se tornam rostos familiares ao paciente, enquanto outros - como o pessoal da farmácia, técnicos de laboratório e funcionários administrativos - nunca podem ser vistos. As pessoas que não são responsáveis pela entrada de gráfico, mas fazem parte do preço do quarto incluem os trabalhadores de serviços de alimentação, zeladores e serventes. O preço do quarto também inclui fontes que não podem ser faturadas separadamente, como travesseiros e lâmpadas, e as despesas gerais para o pessoal de enfermagem. Os enfermeiros são a base do tratamento de um paciente. Eles executam uma variedade de funções, tomada de pressão arterial para mudar ligaduras para dar a medicação. Com as mudanças de turno, haverá, pelo menos, três enfermeiros principais por dia, 12 no total, com atenção a um paciente. E há muitos outros no corpo clínico que prestam assistência ao paciente. Em um hospital de ensino, isso vai incluir estudantes de medicina - dois por dia para um total de oito; estudantes de enfermagem - dois por dia para um total AUDITORIA CONCORRENTE 17 de oito; residentes - dois por dia para um total de oito; e estagiários - dois por dia para um total de oito. Haverá também médicos assistentes da unidade - dois por dia para um total de oito; o médico do paciente - um por dia para um total de quatro; quatro especialistas ou os seus colegas - duas vezes por dia, cada um para um total de 32; o cirurgião ou um colega - um por dia para um total de quatro. Há também um grande elenco de apoio, incluindo os profissionais de enfermagem - três por dia para um total de 12; fisioterapeutas - três por dia para um total de 12; terapeutas ocupacionais - um por dia para um total de quatro; um fonoaudiólogo - duas vezes durante a estadia; assistentes sociais ou especialistas de gestão de processos - um por dia para um total de quatro; e médicos assistentes - dois por dia para um total de oito. Se o paciente tiver picos de febre ou uma contagem baixa de glóbulos brancos, os especialistas podem chamar uma equipe de cerca de quatro pessoas por especialidade para ajudar. Por exemplo, a equipe de doenças infecciosas pode ser chamada em uma febre causada por uma infecção ou uma equipe de oncologistas pode rever uma contagem baixa de glóbulos brancos se houver suspeita de leucemia. Gerentes das unidades supervisionam atendimento clínico de um paciente - dois por dia para um total de oito. Um farmacêutico hospitalar e um par de técnicos dispensam atenção e fazem registo de medicação todos os dias - três pessoas por dia para um total de 12. Nos bastidores, especialistas e técnicos para lerem raios-X, exames de sangue e outros testes, pelo menos dois por dia para um total de oito. AUDITORIA CONCORRENTE 18 Cada pessoa faz entradas no prontuário em papel e/ou eletrônico, fornecendo o detalhe que o pessoal do departamento de faturamento vai precisar se traduzindo em códigos e valores faturáveis. Outros que desempenham um papel nessa fase incluem um especialista em documentação ou gerenciamento de utilização especialista clínico (o nome varia dependendo do hospital, mas em geral, um é atribuído para controlar cada paciente.) Essa pessoa realiza comentários continuamente no prontuário médico de um paciente - a garantia de que existe documentação adequada para entradas e que elas são precisas e refletem o tratamento de que um paciente está recebendo. Essa pessoa frequentemente fala com um representante do plano de saúde e os médicosdo hospital ou outros membros do corpo clínico, dois por dia para um total de oito. Alguns hospitais têm um médico disponível para auxiliar o especialista em documentação em realizar perguntas ao pessoal médico. Material complementar Para saber mais sobre a Tabela Terminologia Unificada da Saúde Suplementar – TUSS, tabela de honorários médicos leia os textos disponíveis em nossa biblioteca virtual. Exercícios de fixação Questão 1 O prontuário médico tem grande importância para todos os profissionais que atuam na área médica, e seus dados devem ser preservados sempre para que possam estar em condições de pesquisa e estudos, sendo assim, a legislação permite que após um prazo decorrido o mesmo possa ser substituído por uma AUDITORIA CONCORRENTE 19 forma mais duradoura de armazenamento como os meios informatizados. Qual seria esse prazo? a) Cinco anos b) Doze anos c) Dez anos d) Trinta anos e) Oito anos Questão 2 Qual destas vantagens não diz respeito ao prontuário eletrônico? a) Controla os dados ao longo do tempo. b) Identifica os pacientes que necessitam de visitas preventivas e exames. c) Monitora como os pacientes evoluem, medindo certos parâmetros, tais como pressão arterial, batimentos cardíacos e temperatura. d) Melhora a qualidade geral do atendimento como uma prática. e) Reduz o custo dos pacientes com as internações. Questão 3 Considerando as diferenças entre o prontuário eletrônico e registros eletrônicos de saúde, você deverá analisar as alternativas abaixo e escolher a opção correta. I – Prontuários devem conter e compartilhar informações de todos os profissionais, internos ou externos, envolvidos no cuidado do paciente. II - Dados de Registros Eletrônicos de Saúde (RES) podem ser criados, gerenciados e consultados por hospitais, operadoras de saúde, funcionários autorizados, por mais de uma organização de saúde, facilitando o fluxo de informações. III – O prontuário eletrônico pode ser visto por outros profissionais de saúde, especialistas, hospitais, lares de idosos, e até mesmo por outros Estados. a) As afirmativas I e II estão corretas b) Apenas a afirmativa I está correta c) As afirmativas I e III estão corretas AUDITORIA CONCORRENTE 20 d) Apenas a afirmativa II está correta e) As afirmativas II e III estão corretas Questão 4 Quando se inicia a negociação para credenciamento de um hospital e ou clínica por uma operadora de saúde, quais os primeiros elementos que são considerados? a) Visita de reconhecimento ao credenciado. b) Definição de tabelas praticadas pelo hospital. c) Apresentação das tabelas praticadas pela operadora. d) Definição dos serviços que deverão ser contratados. e) Cadastro do prestador de serviços. Questão 5 A Portaria Ministerial nº 376, de 3 de outubro de 2000, do Ministério da Saúde, a quem a Agência Nacional de Saúde está ligada, implica no cadastramento das entidades médicas conforme preceitua seu Artigo 2º: “Determinar o recadastramento de todos os Estabelecimentos de Saúde prestadores de serviço ao SUS, o cadastramento dos Estabelecimentos de Saúde Hospitalares não contratados/conveniados com o SUS e dos estabelecimentos ambulatoriais, pessoas jurídicas, não vinculadas ao SUS, que realizam procedimentos de:” Qual dos citados abaixo não faz parte desta Portaria e, portanto, não está sujeito ao recredenciamento? a) Patologia clínica b) Radiologia c) Terapia ocupacional d) Radioterapia e) Quimioterapia AUDITORIA CONCORRENTE 21 Aula 1 Exercícios de fixação Questão 1 - C Justificativa: Por ser um dos principais instrumentos de trabalho, você deverá conhecer todas as normas e regulamentos que acompanham o uso do prontuário médico. Questão 2 - C Justificativa: Por ser um dos principais instrumentos de trabalho você deverá conhecer todas as normas e regulamentos que acompanham o uso do prontuário médico, assim como as variações técnicas de sua utilização. Questão 3 - B Justificativa: Você deverá ter a noção exata dos dois instrumentos que registram as informações sobre os pacientes para que possam utilizar de forma correta na sua prática de mercado. Questão 4 - B Justificativa: Você deverá ter a noção exata dos dois instrumentos que registram as informações sobre os pacientes para que possam utilizar de forma correta na sua prática de mercado. Questão 5 - C Justificativa: Você deverá ter a noção exata dos dois instrumentos que registram as informações sobre os pacientes para que possam utilizar de forma correta na sua prática de mercado.
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