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resenha sicko- sos saúde

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Filme documentário: SICK SOS Saúde.
Cinema independente/ Drama.
Duração: 2h
Data de lançamento: 7 de março de 2008 (Brasil)
Direção: Michael Moore
Roteiro: Michael Moore
O documentário de Michael Moore retrata sobre o sistema de saúde dos Estados Unidos e sobre as empresas de plano de saúde privado que negam a devida assistência aos pacientes em prol do lucro. 
O filme aborda em uma duração de duas horas o perfil de alguns cidadãos vítimas do sistema de saúde precário, as interações políticas envolvidas ao longo dos anos sobre o assunto, e a visita em alguns países onde a assistência de saúde é totalmente diferente e eficiente, como Canadá, França e Cuba. 
Primeiro, é mostrado o testemunho de algumas pessoas que sofreram de alguma forma com o sistema de saúde privado, onde muitos planos acabavam não cobrindo a assistência, negando o tratamento por motivos inexplicáveis, fazendo com que muitas pessoas perdessem seus entes ou até mesmo afetassem suas situações financeiras restando uma situação precária de vida para conseguirem bancar algum medicamento ou tratamento negado pelo plano. Logo em seguida é denunciado o que estava por trás disto, com alguns relatos de médicos que em alguma fase da vida participaram do esquema onde a empresa “dava” dinheiro aos médicos conveniados que negassem o tratamento para os pacientes, mesmo ele sendo necessários, fazendo com que, assim, a empresa obtenha um lucro bastante alto.
O sistema político que em algum dia esteve a favor de um programa de sistema único de saúde, foi criticado e condenado distorcendo todo o seu propósito e fazendo com que muitos cidadãos não aceitassem a proposta, sem saber que tudo não passava de uma tática da oposição para que o sistema não fosse levado à frente e levando as empresas privadas e a indústria farmacêutica a triplicar seus lucros, devido à precária condição do sistema de saúde atual.
O autor também visitou alguns países como Canadá onde os moradores têm direito à uma assistência médica eficiente e rápida e escolher o médico e ter acesso aos medicamentos sem pagar nada por isso, mostrando uma cidadã americana ir ilegalmente atrás de um tratamento se fazendo de moradora do Canadá, situação que para ela era necessária. Além disso, muitos tem que tomar uma precaução antes de ir passear nos Estados Unidos, onde alguns Canadenses que adoeceram por lá tiveram que gastar um grande dinheiro para ser atendido. Na França o sistema de saúde oferece pessoas para ajudar as famílias em suas casas com assistência domiciliar além de não terem que pagar por nada e nos hospitais ganharem dinheiro para voltar para casa. Na Inglaterra os profissionais têm incentivos na intervenção primária, quando a população assistida apresenta menos fatores de riscos de doenças, uma vez que isso demonstra que os profissionais conseguirem evitar o adoecimento.
Por fim, ao descobrir que muitos trabalhadores voluntários do maior atentado terrorista dos Estados Unidos estão ainda sofrendo efeitos à longo prazo e que não receberam nenhuma assistência completa e os prisioneiros do atentado tinham todo o direito semanal e toda a assistência cirúrgica medicamentosa, o autor juntou à essas pessoas e outras mais e foram em busca de uma resposta na prisão, não tendo nenhum retorno. Foram para Cuba onde esses Americanos encontraram consolo com um devido tratamento e diagnóstico e acesso aos medicamentos com preço acessível. 
O documentário no geral nos faz refletir em como um país com grande porte e com um uma grande economia apresenta uma falha tão grande, onde as pessoas podem ser facilmente descartadas e desconsideradas quando em condições enfermas. É importante também vermos a eficiência de um sistema de saúde preventivo, onde também assim os médicos têm uma condição boa de vida trabalhando de forma limpa. Foi importante também o relato de um dos entrevistadores dos países com condição boa de saúde que dizia que os cidadãos iam para a rua atrás dos seus direitos e que o governo acabava “tendo medo” dos moradores, enquanto nos EUA os próprios cidadãos têm medo do governo. É importante abrir os olhos para esse sistema em que uma pessoa cria uma dívida devido á falta de assistência básica (educação, saúde) e acaba procurando emprego e ficando presa a esse emprego, criando assim um transtorno psicológico e ficando dependente de medicamentos e da indústria farmacêutica, sem ter direito à um descanso futuro ou à aposentadoria. Um sistema de saúde deve nos proporcionar uma atenção igualitária e proteger sobre o risco de desenvolvimento de doenças, sem nos sentirmos surpresos ao deparar com locais onde tudo isso é de graça, como mostrado no filme.
Esse filme deve ser levado em discussão ao se abordar do Estado que deve entrar como um agente da promoção da saúde e proteção social, onde sem isso o sistema de saúde cai e se fragiliza como o que acontece nos Estados Unidos onde esse modelo simplesmente é inexistente. Discutir em meio ao caso brasileiro de saúde onde embora seja muito bom, ainda precise ser melhorado.

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