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Aula 3 Fisiologia dos Nervos Cranianos Profa Silvia Nishida

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29/02/16 
1 
NEUROANATOMIA E 
NEUROFISIOLOGIA CLÍNICA: 
BASES PARA COMPREENSÃO DO 
EXAME NEUROLÓGICO 
 
 Aula 3 
Fisiologia dos Nervos Cranianos 
e os reflexos mediados pelo Tronco 
Encefálico 
 
Silvia Mitiko Nishida 
Depto de Fisiologia – Instituto de Biociências 
nishida@ibb.unesp.br 
Pares de Nervos cranianos 
Ponte Bulbo Medula 
0. Vomero-nasal 
I.  Olfatório 
II.  Optico 
III.  Oculo-motor 
IV.  Troclear 
V. Facial 
VI. Abducente 
VII. Facial 
VIII. Vestibulo-coclear 
IX. Glossofaríngeo 
X. Vago 
XI. Acessório 
XII. Hipoglosso 
 
Exame dos nervos cranianos 
Para que serve? 
 
Estimular os receptores e verificar a resposta motora. 
Avaliar a integridade funcional (e anatômica) do 
circuito neural que envolve estes nervos (sensorial e 
motor). 
 
Importante: testar cada nervo sensitivo com duas 
respostas motoras diferentes e cada nervo motor, com 
duas formas diferentes de inervação sensitiva. 
Verificar se as respostas em ambos os lados são 
simétricas. 
29/02/16 
2 
O que um neonato de mamífero necessita, 
imediatamente, para sobreviver ?? 
 
Obter e ingerir o leite materno 
 
Para isso precisa dos órgãos efetuadores 
funcionais e uma base neurológica para 
controlar os movimentos de mamar e deglutir. 
A avaliação clinica (exame) será sempre necessária 
mas conheça a fisiologia dos nervos cranianos 
antes! Tudo ficará mais fácil de entender porque de 
cada procedimento. 
Mamíferos herbívoros 
Ungulados monogástricos e ruminantes 
 
Filhotes precociais 
Após o nascimento, levanta-se primeiro 
(medula, tronco e cerebelo), depois 
caminha, procura o teto, mama e deglute 
(tronco encefálico) 
 
Mamíferos carnívoros e onívoros 
Canídeos, felinos, ursídeos, roedores 
 
Filhotes altriciais 
Após o nascimento, levanta a cabeça, 
procura e agarra o mamilo com a boca e 
mamar (tronco encefálico) 
 
Nas primeiras seis horas, o vinculo materno-
filial é estabelecido por meio da olfação, 
lambidas, vocalizações . 
http://www.bigdumptruck.com/cowbaby/index.htm 
Apto para comer alimento sólido. No caso de um gato... 
 
Cheira (I), vê (II, III, IV, VI) e ouve (VIII) uma presa tentando-se esconder. 
Caminha-se para ele. O reflexo de acomodação (III) e o nistagmo vestibular 
(VIII, III, IV e VI), proporcionam ao gato focalizar nitidamente o rato na retina 
mesmo que a cabeça esteja em movimento para o golpe fatal. O gato caminha 
e mantém o seu corpo estável, em equilíbrio dinâmico. 
 
Finalmente captura o rato , abre a boca (V), projeta a língua (XII), saliva (VII), 
mastiga (V), move a língua (XII) e deglute (IX, X e XI). 
29/02/16 
3 
VIA OLFATÓRIA 
Estimulo: substâncias químicas 
 
Causa reações motoras (reflexa): lamber 
o focinho com a língua, espirrar 
Células 
Olfatórias 
Células 
Mitrais Uncus e Giro para-hipocampal 
Hipotálamo 
(Projeção homolateral) 
Córtex piriforme : projeção 
Córtex entorrinal (uncus): associação 
Olfatório (I) 
 
VIA OLFATORIA 
 
2- Nervo olfatório 
3- Bulbo olfatório 
4- Pedúnculo olfatório 
5- Trato olfatório medial 
6- Trato olfatório lateral 
7- Lobo piriforme 
 
http://vanat.cvm.umn.edu/neurLab3/telenceph.html 
Olfatório (I) 
Percepção 
olfatória 
Significado 
emocional 
e visceral 
Memória 
Lamber 
VIA OLFATÓRIA Olfatório (I) 
29/02/16 
4 
O trato óptico destina suas fibras: 
 
a)  Tálamo (CGL) → Córtex visual (P/ enxergar) 
b)  Área pré-tectal (Mesencéfalo) (Reflexo pupilar: miose e midriase; acomodação visual) 
c)  Coliculo superior (Mesencéfalo, ponte) (reflexos oculares) 
VIA VISUAL 
Estimulo: estímulos visuais móveis 
 
Resposta reflexa: movimentos oculares que 
acompanham o estimulo visual 
Óptico (II) 
Reflexo fotomotor direto 
Reflexo fotomotor consensual 
luz 
Estimulo: aumento da intensidade luz 
Resposta reflexa autonômica 
parassimpática: constrição pupilar no olho 
estimulado (miose) e no olho não-estimulado. 
Óptico (II e III) 
Ilumina o olho E 
Miose ipsi e contralateral (consensual) 
29/02/16 
5 
Midriase 
 
Estimulo: redução da intensidade da luz 
Resposta reflexa (autonômica simpática): 
dilatação pupilar de ambos os olhos. 
 
Óptico (II) 
Estrabismo 
desvio do globo ocular 
Oculo-motor (III) 
Troclear (IV) 
Abducente (VI) 
Vias somestésicas (dor, 
temperatura, tato e 
propriocepção): penetram 
pelos pares V, IX e X 
V par (trigêmeo) 
Ramos oftálmico, maxilar e 
mandibular: sensoriais 
- face 
-  conjuntiva ocular 
-  mucosa bucal e nasal 
-  dentes 
-  2/3 anteriores da língua 
-  dura-mater craniana 
- Fusos musculares dos músculos 
da mastigação 
Ramo mandibular: motor 
 -músculos mastigadores 
VIA SOMESTESICA 
Somestesia 
Nervo Trigêmeo (V) 
Inervação 
Motora 
29/02/16 
6 
http://137.222.110.150/calnet/H+N/page3.htm 
Ramo mandibular 
 
Músculos da 
mastigação 
Temporal (V) 
Masseter (V) 
Digástrico (V e VII) 
Pterigoide (V) 
 
Lesão motora: 
Mandíbula caída 
Nervo Trigêmeo (V) 
Nervo Facial (VII) 
Inervação visceral 
Inervação visceral especial 
Ramo auriculo-palpebral 
Ramo bucal 
Ramo cervical 
Nervo Facial (VII) 
Assimetria facial 
Onde está a topografia da lesão? 
29/02/16 
7 
Paralisia do lado D Lado Normal 
Lesão periférica do N. facial direito 
PACIENTE CHORANDO 
Paralisia do lado E Lado Normal 
PACIENTE RINDO 
Reflexo córneo palpebral 
Estimulo: estimulo mecânico sobre a pálpebra ou 
córnea (via ramo oftálmico do trigemio) 
 
Resposta reflexa: Fechamento bilateral da 
pálpebra (expressão do facial). 
 
Nervo Trigêmeo (V) & Facial (VII) 
29/02/16 
8 
Estimulo tátil 
Fechamento da 
Pálpebra 
(m. orbicular do olho) 
Piscar Inconsciente 
Reflexo córneo palpebral 
Piscar consciente Fechamento da pálpebra ao reflexo de ameaça 
(Projeção homo e contralateral) 
Células 
Ciliadas 
Neurônios 
Aferentes 
VIII 
Núcleos 
Cocleares 
Oliva 
Superior 
TALAMO 
Coliculo 
Inferior 
CÓRTEX AUDITIVO 
VIA AUDITIVA Nervo vestíbulo-coclear (VIII) 
29/02/16 
9 
Células 
Ciliadas 
Neurônios 
Aferentes 
VIII 
Núcleos 
Vestibulares 
ARQUICEREBELO Trato vestibulo-cerebelar- 
a) Via inconsciente p/ Cerebelo 
CÓRTEX VESTIBULAR Talamo- 
b)Via consciente p/ Cérebro 
Nistagmo 
vestibular 
Inclinação 
 da cabeça Aumenta 
o tônus 
extensor 
 Tálamo 
 
Cerebelo 
 Núcleos 
motores 
do III, IV e VI 
 Fascículo 
Longitudinal 
medial 
 Neurônios 
motores do 
pescoço 
 Neurônios 
motores dos 
membros 
Nervo VIII 
 
 Núcleos Vestibulares Mediais 
 Núcleos Vestibulares Laterais 
Postura do corpo 
Movimenta os olhos Coordena os movimentos Percepção 
Trato vestibulo 
espinal 
Postura da cabeça 
Informações sensoriais: vestibular (movimento da cabeça); propriocepção (estiramento muscular, 
variação de comprimento e tensão do músculo, posição das articulações) e visão (menos nos 
quadrúpedes) 
 
Órgãos efetuadores: músculos extensores que agem contra a gravidade e estabiliza as articulações 
do pescoço e dos membros. Cada espécie apresenta postura típica de sustentação. 
 
Coordenação sensorial e motora: circuitos neurais que integram as informações aferentes e 
produzem comandos motores para os músculos esqueléticos (Tronco Encefálico). 
Equilíbrio Postural do Corpo 
29/02/16 
10 
Se as informações vestibulares não estão balanceadas bilateralmente, seja 
por causa de lesões do labirinto, ou do nervo vestibular ou dos núcleos 
vestibulares haverá manifestações neurológicas típicas. 
Síndrome vestibular: 
 
Inclinação da cabeça: para o lado da lesão 
Tropeços, quedas e rolamentos: em 
direção à lesão 
 
Nistagmopatológico: ocorre 
espontaneamente com a cabeça parada. A 
fase lenta do nistagmo “olha” a lesão. 
VIA GUSTATIVA 
Os neurônios aferentes (viscerais especiais) originam fibras do 
VII par (2/3 anterior) 
IX par (1/3 posterior) 
X par (epiglote) 
Células 
Gustativas 
Neurônios 
Aferentes 
VII, IX e X 
NTS 
(Projeção homo e contralateral) 
Tálamo Córtex Gustativo 
Nervos VII, IX e X 
Nervos IX e X 
Núcleo ambíguo 
N. Motor do VII 
29/02/16 
11 
O núcleo ambíguo é motor (origina fibras motoras dos 
nervos IX, X e XI). Inerva a musculatura do palato mole, 
laringe (vocalização) e faringe (reflexos de deglutição, tosse e 
vomito). Integra várias funções viscerais. O nervo XI possui 
fibras motoras que se originam na medula cervical 
(movimenta o pescoço). 
Nervos IX, X e 
XI originam-se 
no Núcleo 
ambíguo 
No e Nome Região do SNC Função Exame clinico 
I. Olfatório Cérebro Olfação Reflexo de lamber focinho 
II. Óptico Diencéfalo Visão Ameaça 
III. Oculo-motor Mesencéfalo Mov. Ocular; miose Mov ocular horizontal; reflexo 
pupilar 
IV. Troclear Mesencéfalo Mov. ocular Extender a cabeça 
V. Trigêmeo Ponte Somestésica facial 
Mastigação 
Reflexo córneo palpebral 
Mov mastigatórios 
VI. Abducente Bulbo Mov ocular lateral Mov. ocular 
VII. Facial Bulbo Expressão facial 
Gustação (ant) 
Reflexo córneo palpebral 
No e Nome Região do 
SNC 
Função Exame clinico 
VIII. Vestibulo-
coclear 
Bulbo Equilíbrio e Audição Mov oculares horizontais e verticais 
IX. Glossofaríngeo Bulbo Língua e faringe Reflexos faríngeos (deglutição, vomito) 
X. Vago Bulbo Faringe, laringe, órgãos 
torácicos e abdominais 
Reflexos faríngeos (vomito, deglutição) 
Vocalização 
XI. Acessório Bulbo Músculos do trapézio e 
pescoço 
Movimento do pescoço 
XII. Hipoglosso Bulbo Músculos da lingua Movimento da língua 
29/02/16 
12 
Manobra Nervo 
sensitivo 
Nervo 
motor 
Resposta esperada Região 
Testada 
Ameaça II VII Piscadela Cérebro 
Bulbo 
Reflexo pupilar II III Miose Mesencéfalo 
Reflexo palpebral V VII Piscadela Ponte e bulbo 
Retração ocular V VI RETRAÇÃO 
OCULAR 
Ponte e bulbo 
 
Olho de boneca VIII III, IV e VI 
 
Divergência 
ocular 
Tronco 
cerebral 
deglutição IX ou X IX ou X Deglutição Bulbo 
Palpação do 
m. temporal 
- V Tônus simétrico Ponte 
Posição dos olhos 
em repouso 
VIII III, IV e VI posição conjugada 
normal 
Bulbo 
Nistagmo posicional VIII 
 
III, IV e VI ausência de 
movimento ocular 
Bulbo 
cerebelo 
Exame da língua V XII Mov. normal sem 
atrofia 
Bulbo 
FENNER (1985). 
Mas....deve-se testar cada nervo sensitivo com duas respostas motoras diferentes e 
cada nervo motor, com duas formas diferentes de inervação sensitiva. 
SINAIS Suspeitas diagnósticas 
Anisocoria Inervação autonômica do olho 
(simpatico ou parassimpático) 
Estrabismo Inervação dos m. extrínsecos do olho 
(III, IV e VI) 
Mandíbula caída Inervação motora do V 
Alteração na sensação facial Inervação sensorial do V 
Paralisia labial, orelha e queda 
palpebral 
VII 
Disfagia IX, X 
Megaesofago X 
Paralisia laríngea X, XI 
Paralisia da língua XII 
Inclinação da cabeça, nistagmo 
patologico 
Sistema vestibular 
Surdez Sistema auditivo (periférico) 
As alterações de respostas dos exames sugerem suspeitas de disfunção

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