Igualdade e Liberdade

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Introdução:
O texto a seguir do Norberto Bobbio, mostra como o termo Igualdade é aplicada em uma sociedade, exemplificando todos os tipos de igualdades, desde a igualdade e liberdade até o ideal da igualdade, mostrando seu conceito sobre a igualdade de fato no mundo em um todo.
Contexto
Igualdade e Liberdade: 
Igualdade e liberdade são dois termos que sempre caminham juntos nas reivindicações dos povos. Assim como liberdade e igualdade tem na linguagem politica um significado emotivo positivo, ou seja, designa algo que se deseja embora não faltem ideologias e doutrinas autoritárias que valorizam mais a autoridade do que a liberdade, como também ideologias e doutrinas igualitárias que valorizam mais a desigualdade do que a igualdade.
Igualdade e Justiça: 
Segundo o autor, liberdade e igualdade são termos diferentes em diversos âmbitos, embora apareçam articulados com frequência nas ideologias. Porem, igualdade e justiça mal tem distinção de conceitos e valores na maioria de suas acepções, e como prova disso, Bobbio demostra que liberdade e justiça são frequentemente utilizadas como equivalente da expressão liberdade e igualdade. 
Fazendo uma referencia a Aristóteles, Norberto coloca os dois possíveis conceitos de justiça explicandos pelo filósofo, onde o primeiro identifica justiça com legalidade, e o segundo como igualdade. E para exemplificar este ultimo, coloca justiça como igualdade pelo que se diz justa uma ação, justo um homem, justa uma lei que institui ou respeita uma vez instituída, uma relação de igualdade. 
Sendo assim, por fim, relaciona lei e igualdade e afirma que em todas as constituições há sempre uma ideia como todos os homens são Iguais perante a lei, ou, a lei é igual perante todos.
As Situações de Justiça:
Dizer que duas coisas sejam iguais entre si, não é nem justo e nem injusto, ou seja, não tem nenhum valor em si mesmo, nem social nem politicamente. Enquanto a justiça é ideal, e a igualdade é um fato. Não é em si mesmo nem justo e nem injusto que duas bolas de brilhar, sejam perfeitamente iguais entre si. A aplicação da justiça ou da igualdade social e politicamente relevante é a das relações sociais, ou dos indivíduos ou grupos entre si, ou dos indivíduos com grupo e vice-versa. O problema da igualdade se apresenta como problema de equivalência de coisas. (Oque se dá deve ser equivalente ao que se tem, oque se recebe ao que se tem), o problema da equiparação de pessoas (trata-se, por exemplo, de equiparação, na relação entre cônjuges, à mulher ao marido, ou, na relação de trabalho, os operários aos empregados).
As duas situações correspondem a dois tipos fundamentais de relação que podem ser encontrados em todo o sistema social, as relações de troca e as relações de convivência. Querendo das um nome as suas situações de justiça pode-se falar no primeiro caso de justiça retributiva e no segundo, de justiça atributiva.
Os critérios de Justiça:
Nesse ponto o problema da Igualdade refere-se ao problema dos chamados Critérios de justiça, ou seja, aqueles critérios que permitam estabelecer, situações por situação, em que duas coisas ou duas pessoas devem ser iguais, assim deque sua liberdade possa ser considerada justa, e podem ser iguais em vários aspectos, não necessariamente em um só. Não há teoria de justiça que não debata e discuta os principais critérios de justiça, que habitualmente são apresentados como especificações da máxima generalíssima e vazia: “A cada um, o seu”. Embora haja situações nas qual um é mais aplicado do que o outro: Na sociedade familiar, por exemplo, o critério é o da necessidade, já na escola, quando houver finalidade de seleção, o critério é do mérito, e assim segue, dependendo do contexto inserido.
A regra de justiça:
A igualdade tem haver com a justiça também em outro sentido, ou seja, em relação á chamada regra de justiça. 
Por regra de justiça, entende-se a regra segundo o qual se devem tratar os iguais de modo igual e os desiguais de modo desigual. A importância que essa regra assume em face da determinação da justiça concebida como o valor que preside a conservação da ordem social, a regra de justiça não diz qual seja o melhor tratamento, mas se limita a exigir a aplicação igual de um determinado tratamento, qualquer que seja ele, é chamado também de justiça formal, na medida em que prescinde completamente de qualquer consideração sobre o conteúdo. 
Igualdade de todos:
Pode-se constar que no debate politico, a igualdade constitui um valor, até mesmo um dos valores fundamentais em que se inspiram as filosofias e as ideologias politicas de todos os tempos. Uma da máxima politicas mais carregada de significado emotivo é a que proclama a igualdade de todos os homens, cuja formulação mais coerente é a seguinte: Todos os homens (ou nascem) iguais. A ideia que a máxima expressa é que os homens devem ser considerados iguais e tratados como iguais com relação àquelas qualidades que, segundo as diversas concepções do homem e da sociedade, constituem a essência do homem, ou da natureza dos outros seres, tais como o livre uso da razão, a capacidade jurídica, a capacidade de possuir, a dignidade social.
Igualdade Diante da Lei:
Segundo o autor, igualdade diante da lei dá varias determinações históricas da máxima, que proclama a igualdade de toso os homens, afirmando que os homens são iguais perante a lei, ou, com outra formulação, a lei é igual para todos. Possibilitando que de todas as pessoas poderem pleitear pelos direitos, serem detentores de direito (principio da legalidade).
Igualdade Jurídica:
É necessário diferenciar de modo mais complexo a igualdade perante a lei da igualdade de direito, da igualdade nos direitos e da igualdade jurídica. A igualdade de direito é usada em contraposição a igualdade de fato, corresponde quase sempre á contraposição dessa igualdade. A igualdade no direito significa algo mais que a simples igualdade perante a lei, enquanto exclusão de qualquer discriminação não justificada.
A igualdade das oportunidades:
É a equivalência de condições entre os indivíduos que não se assemelham socialmente, proporcionando a todos os participes da sociedade a possibilidade de emergir a partir de um ponto comum.
Igualdade de Fato:
Igualdade de fato é bastante claro, entende-se a igualdade com relação aos bens materiais, ou igualdade econômica.
Os bens da igualdade, se define em bens com relação as necessidades que eles tendem a satisfazer, a questão da determinação do que é ou do que não é um bem. Uma vez determinada a natureza dos bens com relação aos quais os homens deveriam ser iguais. É preciso também estabelecer os modos através dos quais os homens entram e permanecem em relação com esses bens.
O Igualitarismo:
O objetivo do igualitarismo é o desenvolvimento harmonioso da comunidade, defendendo a igualdade para o maior numero de homens no maior numero de bens.
Percebe-se que o igualitarismo parcial ou limitado é perfeitamente compatível com uma concepção não igualitária da sociedade como um todo.
Igualitarismo e seu fundamento:
O princípio fundamental do igualitarismo é o que diz que se possível todos os homens devem receber o mesmo tratamento em todos os possíveis bens desejáveis. Mesmo considerando que os homens são mais iguais do que desiguais, não há a necessidade de que todos sejam tratados de forma igual, pois a igualdade entre os homens é apenas desejável. Naturalmente os homens são iguais, mas o que é mais importante é que se tenha a paz na sociedade, mesmo que não haja a igualdade absoluta, o que justifica as posições dos que mandam e dos que obedecem. 
Saber da igualdade natural dos homens não é necessário para que se defenda o igualitarismo, uma vez constatado que a desigualdade é um mal. Porém, algumas formas de desigualdades são até necessárias para se mantiver a ordem social e até mesmo o progresso da civilização. 
As doutrinas igualitárias tendem a modificar o estado em que se encontra a sociedade, enquanto as doutrinas não igualitárias tendema conservá-lo.
Igualitarismo e Liberalismo:
O igualitarismo é totalmente antitético ao não igualitarismo e parcialmente antitético ao liberalismo. No que o não igualitarismo nega que todos os homens devem ser iguais em tudo, dizendo que quase nenhum é igual, o liberalismo, negando a máxima afirmando que todos devam ser iguais, porém somente nos direitos naturais, caracterizando assim uma doutrina parcialmente igualitária, permitindo a liberdade na posse de bens, que dão origem às maiores desigualdades conhecida.
O ideal da igualdade:
A igualdade entendida como equalização dos diferentes é um ideal permanente e perene dos homens vivendo em sociedade. O igualitarismo é que impulsiona o desenvolvimento dos povos. Superar desigualdade discriminatória é progresso da civilização. A igualdade entendida como equalização dos diferentes é um ideal constante dos indivíduos vivendo em sociedade. 
É revolucionário o combate às três fontes principais de discriminação que são a racial, social e a do sexo, que se faz hoje em dia. É extremamente forte a repulsa para aqueles que as praticas ou mesmo tolera.
IDEIA CENTRAL DO TEXTO:
	
O autor coloca a Igualdade como um valor, sendo esse valor enraizado na consideração do homem como pessoa. Segundo ele, ao pensarmos em igualdade devemos considerar igualdade entre quem? Ou igualdade em relação a que? Pois o termo igualdade é vago, é pura e simplesmente um tipo de relação formal que pode ser em varias formas de conteúdo. Mostrando que a igualdade é usada para um aspecto social, e um aspecto da coletividade, mostrando uma sociedade Igualitária, que são valores a ser conquistado por uma população.
CRITICA:
O tema igualdade abordado pelo autor é de grande importância para nós estudantes de Direito. O autor abordou e explorou bastante os significados sobre a igualdade em questão, de maneira muito complexa na tentativa de contemplar todas as acepções do termo igualdade, não deixando nos escapar o entendimento sobre a efetiva aplicação da igualdade no mundo, mostrando para nós que a igualdade é para todos.
Porém no texto falto algumas passagens com mais exemplos para fácil entendimento sobre o assunto para o leitor, dando ao individuo a dificuldade de assimilação do conteúdo. 
VOCABULÁRIO:
BINÔMIO: Expressão algébrica composta de dois membros unidos por sinal positivo ou negativo.
DESPÓTICO: Próprio de déspota. Absoluto; tirânico.
ARBITRÁRIO: Que não é regulado por lei ou praxe, mas só depende do critério ou vontade.
HIPOTÉTICO: Fundado em mera hipótese.
SUCINTAMENTE: De modo sucinto.
SUFRÁGIO: Votação em que todos os cidadãos com capacidade legal podem exercer o direito de voto.
EMINENTES: Que excede aos outros.
DIAMETRALMENTE: Usado para mostrar uma oposição total.
ELUCUBRAÇÕES: O mesmo que Elucubrações.
SATÍRICO: Relativo à Sátira. 
AXIOLOGICAMENTE: Que diz respeito à axiologia.
EQUÂNIME: Moderado/Calmo.
ÔNUS: Aquilo que pesa ou carrega= Carga e peso.
SUPÉRFLUO: Oque é de mais/desnecessário/Inútil.
EQUIPARÁVEIS: Ficar em Igualdade.
IDÔNEO: Oque é apropriado/Útil.
ESTÓICOS: Homem firme, Inabalável.
UNÍVOCO: Que designa vários Objetos distintos, mas do mesmo gênero, com o mesmo sentido.
FUNESTO: Que traz consigo a morte.
INEXORÁVEL: Que não cede a rogos nem a lágrimas; que não tem piedade. = CRUEL, IMPIEDOSO, IMPLACÁVEL, INSENSÍVEL ≠ COMPASSIVO, EXORÁVEL, PIEDOSO.
ATENUAÇÃO: Diminuição de gravidade.
JUSNATURALISTAS: Especialistas em Jusnaturalismo.
UTOPIAS: País imaginário em que tudo está organizado de uma forma superior.
MAJORITÁRIA: Que tem o maior número de deputados na Assembleia da República.
ESTAMENTOS: Congresso/ corte.
PREÂMBULO: Relatório preliminar de uma lei, de um decreto.
TÁCITO: Que não está declarado, mas que se subentende. = IMPLÍCITO SUBENTENDIDO ≠ EXPRESSO, MANIFESTO, PATENTE.
ANTAGÔNICAS: Oposto, ao contrario.
ESTIRPES: Parte do vegetal que se desenvolve dentro da terra.
PERENE: Que dura para sempre. = ETERNO, PERENAL, PERPÉTUO.
INFÂMIA: Calúnia, aleive.