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Pavimento Ferroviário Fabiana Bartalini von der Osten PAVIMENTO FERROVIÁRIO Prof. ª Fabiana Bartalini von der Osten Engenheira Civil (PUCPR) Mestre em Engenharia de Transporte (IME) Pavimento Ferroviário Definição: A função do pavimento ferroviário é proporcionar a circulação ferroviária de uma forma segura, econômica e confortável. (FORTUNATO, 2005) Pavimento Ferroviário Perfil do Pavimento: Pavimento Ferroviário • Infraestrutura - corresponde a terraplenagem e todos as obras situadas abaixo do greide de terraplenagem. • Superestrutura - trilhos, dormentes e lastro. Pavimento Ferroviário Bitola é a distancia entre as faces internas dos boletos dos trilho. Bitolas: • 1,0m (estreita); • 1,435m (internacional); • 1,6m (larga); • Mista. Subleito Definição: Subleito é o terreno de fundação da via permanente. • Compactação aumentar a resistência. • Drenagem Sublastro Definição: É a camada interposta entre o subleito e o lastro. Complementa a camada de lastro nas funções de suporte da grade da via. Sublastro Função: 1. Complementar o lastro distribuindo as tensões provenientes dos dormentes num nível suportável pela plataforma; 2. Evitar que o lastro venha a ter uma espessura excessiva; 3. Servir como camada de apoio ao lastro e apresentar maior capacidade portante que a camada da plataforma subjacente; Sublastro Função: 4. Impedir a interpenetração do lastro no solo da plataforma; 5. Evitar o atrito entre as partículas do lastro e a plataforma, já que a presença de água pode transformar o solo em lama; 6. Servir como camada drenante protegendo a camada de solo das águas de chuva e atuando como filtro, dessa forma, impede a ascensão dos finos do solo para o lastro. Sublastro Bombeamento de Finos: • Processo autoalimentado. • Enrijecimento do lastro posterior ruptura. • Ocorre na presença de solo fino, água e supersolicitação. Sublastro A necessidade da camada ocorre quando: Em função do tipo de solo da plataforma, houver a necessidade de impeder a penetração desse solo no interior do lastro; Quando a altura do lastro for superior a 0,40m; Quando as condições de tráfego forem muito severas. Sublastro Materiais: O sublastro, em geral, é constituído por materiais granulares. – Areias naturais; – Pó de pedra; – Escórias; – Britas. Materiais com espessura entre 0,10 e 0,30m. Sublastro Características mínimas: • IG = 0 • LL ≤ 35% • IP ≤ 6% • CBR ≥ 30% • Expansão ≤ 1% • Material Classe A1 Sublastro Materiais Alternativos: • Solos estabilizados com cal e/ou cimento; • Camadas de concreto asfáltico; • Geotêxtil. Algumas dessas alternativas apresentam desempenho inferior à camada granular. Sublastro Espessura definida em função da: • Qualidade da plataforma; • Cargas solicitantes. Espessuras sugeridas (lastro + sublastro) ‐ 600mm (Stoppato, 1987) ‐ 700mm (Hay, 1982) Referências Bibliográficas BRINA, H. L. Estradas de Ferro. Volume 1. 2 ed. Belo Horizonte, 1988. PAIVA, C. L. Super e Infraestruturas de Ferrovias: Critérios de Projeto. 1 ed. Rio de Janeiro, 2016. Lastro Definição: É a camada constituída por material granular que suporta a grade ferroviária e envolve os dormentes tanto lateral quanto longitudinalmente, impedindo sua movimentação nesses dois sentido. Lastro Principais Funções: • Garantir o escoamento rápido das águas pluviais infiltradas em seu interior e evitar que os dormentes fiquem imersos na água; • Constituir apoio elástico que atue como amortecedor das vibrações provocadas pelas composições e permitir que o tráfego seja suave e confortável; • Constituir apoio firme e estável para os dormente absorvendo a energia da via férrea; Lastro Principais Funções: • Dissipar as pressões vindas dos dormentes de forma uniforme e transmiti-las em valor admissível para o sublastro e plataforma; • Garantir o posicionamento correto dos dormentes impedindo sua movimentação lateral e longitudinal; Lastro Materiais: • Requisitos importantes: – Alta tenacidade; – Elevada resistência ao desgaste e abrasão; – Alta resistência à compressão; – Baixa porosidade; – Adequada distribuição granulométrica. Lastro Materiais: • Pedra Britada; • Pedregulho Britado; • Escórias; Lastro Materiais Alternativos: • Cascalho Lavado; • Cinza; • Areia; • Pó de Pedra; • Terra. Palmilhas – “Undersleeper Pads” • Situada entre o lastro e o dormente; • Compostas de elastômeros; • Espessuras entre 10mm e 20mm; Palmilhas – “Undersleeper Pads” Principal Função: • Diminuir as tensões na interface entre dormentes e lastro e, consequentemente, desacelerar o processo de quebra do lastro. Dormente Definição: Os dormentes são dispostos de forma transversal à via e suportam diretamente os trilhos e o sistema de fixação. Dormente Principais Funções: • Atuar como suporte para os trilhos; • Garantir a bitola; • Atuar como apoio elástico entre os trilhos e o lastro; • Garantir a estabilidade da via permanente. • Distribuir as tensões vindas dos trilhos numa área maior do lastro Dormente Características: • Viabilidade econômica; • Vida útil duradoura; • Resistência aos efeitos do tráfego; • Facilmente manipulado; Dormentes Materiais: • Madeira; • Concreto; • Aço. Outros Materiais: • Plástico; • Material de Reciclagem. Tipos de Dormente Madeira Tipos de Dormente Aço Tipos de Dormente Concreto - Monobloco Tipos de Dormente Concreto – Bi – bloco Tipos de Dormente Plástico • Expectativa de vida 30 a 40 anos; • Não conduz eletricidade; • Resistencia a água, óleo diesel e graxa; • Leve e flexível. Tipos de Dormente Referências Bibliográficas BRINA, H. L. Estradas de Ferro. Volume 1. 2 ed. Belo Horizonte, 1988. PAIVA, C. L. Super e Infraestruturas de Ferrovias: Critérios de Projeto. 1 ed. Rio de Janeiro, 2016. Trilho Definição: Constituem a superfície de rolamento pela qual trafegam os veículos ferroviários e é composta por dois perfis metálicos paralelos fixados aos dormentes. Trilho Principais Funções: • Constituir uma superfície de rolamento dura, lisa e resistente para o tráfego dos veículos; • Transmitir a carga das rodas para os dormentes, reduzindo as tensões para o lastro e a plataforma. • Apresentar a menor resistência possível ao rolamento do veículo; Fabiana Bartalini von der Osten Trilho Principais Funções: • Suportar os esforços da via em razão do tráfego, tais como: carga por eixo, esforços de aceleração e frenagem, tangencial e os esforços produzidos pela variação de temperatura. Fabiana Bartalini von der Osten Trilho Perfil: Perfil básico tipo Vignole Trilho Perfil: Perfil trilho de bonde: Fabiana Bartalini von der Osten Trilho Informações: Definido pela NBR 7590: Acessórios dos Trilhos • Talas de Junção Definição: São sobrepostas ao trilho e posicionadas nas extremidades do mesmo com a finalidade de estabelecer a continuidade dos trilhos. Acessórios dos Trilhos • Talas de Junção Com relação aos dormentes: Acessórios dos Trilhos • Talas de Junção Posição: Acessórios dos Trilhos • Placas de Apoio Definição: Distribuir a tensão do trilho no dormente. Acessórios dos Trilhos • Acessórios de Fixação Definição: • Tem a função de manter o trilho na posição correta e garantir a bitola da via. • Oferecem resistência ao deslocamentohorizontal e longitudinal do trilho. • Podem ser: Rígidas ou Elásticas. Acessórios dos Trilhos • Acessórios de Fixação Rígidos: • São pregos e parafusos que soltam com o tempo devido à vibração, perdendo a capacidade de resistir a esforços longitudinais. Acessórios dos Trilhos • Acessórios de Fixação Elásticos: • Mantém pressão constante sobre o trilho não afrouxando- se com o tráfego. Retensores Definição: Trilhos que apresentam a tendência de caminhamento longitudinal por causa da dilatação dos trilhos ou variação da aceleração dos trens precisam ser equipados com retensores para evitar essa ocorrência. Referências Bibliográficas BRINA, H. L. Estradas de Ferro. Volume 1. 2 ed. Belo Horizonte, 1988. PAIVA, C. L. Super e Infraestruturas de Ferrovias: Critérios de Projeto. 1 ed. Rio de Janeiro, 2016.
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