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RESUMO DE BASES TECNICAS DAS ABORDAGENS CIRURGICAS ABDOMINAIS

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BASES TECNICAS DAS ABORDAGENS CIRURGICAS ABDOMINAIS
O abdômen tem função de abrigar e proteger os órgãos abdominais e realizar força compressiva através de vários músculos para defecação, micção ou para o parto, possuindo morfologia cônica. Seus limites craniais são divididos pelo diafragma, caudal pela cavidade pélvica, dorsal pelas vertebras lombares, musculo sublombar e crura diafragmática, e ventral pelo musculo reto abdominal
O musculo transverso abdominal, obliquo interno e obliquo externo formam a linha alba porem o reto do abdômen não faz parte da linha alba. A fáscia é a aponeurose dos músculos, não é igual ao musculo, ela é mais espessa cranialmente e mais delgada caudalmente. Tem a externa e a interna e ao todo são 4
 Existem algumas aberturas naturais do corpo, como o hiato esofágico, hiato aórtico, forame caval e canal inguinal (anel inguinal profundo formado pelo obliquo interno e anel inguinal superficial formado pelo obliquo externo).
As estruturas presentes na cavidade abdominal são estomago, intestino delgado, fígado, vesícula biliar, pâncreas, baço, ovários, intestino grosso, cordão espermático, útero, bexiga e ureteres rins e adrenais que são retroperitoneais
Na cavidade existe o peritônio parietal que reveste a cavidade e faz flexuras revestindo os órgãos, e o peritônio visceral que fica atrás do peritônio, ele realiza aderência e deve ser incisada parcialmente
O lado esquerdo do ruminante é ocupado pelo rúmen então a rumenotomia desse mesmo lado assim como a cesariana pode ser feito do lado esquerdo para que o rumem segure os intestinos. Do lado direito fica o duodeno descendente ligado ao peritônio, se tracionar para a esquerda consegue expor o rim
A abordagem ao abdômen pode ser feita de forma mediana em pequeno e equinos pela linha mediana ventral, pela paramediana faz paralela a linha alba, pela inguinal pode fazer correção de hérnia, pelo flanco no espaço vazio, para-mamaria para cesariana e para-costal... Realiza-se esses acessos para órgãos e a escolha depende da preferência do cirurgião.
Laparitomia mediana: em pequenos animais são indicadas para cirurgias gastrintestinais, sistema urinário, reprodutivo, endócrino, hematopoiético. Em bovinos pode utilizar para cesariana mas como ele é um animal calmo pode fazer incisão pelo flanco. Em equinos é muito utilizado pois são espécies muito propensas a cólica. A técnica consiste em localizar a cicatriz umbilical, palpar a linha alba, identificar o local da incisão, definir a extensão da incisão, realizar a incisão magistral de pele e SC, eleva a parede abdominal com pinças de Allis (realiza estocada, perfura e corta invertido) e realiza laparotomia na linha alba de forma puncionada (só abre um buraquinho e desliza da direita pra esquerda para ver se não tem aderência e então corta). Em machos e fêmeas caninos o corte é diferenciado, em machos o corte inicia para-peniana só pele e subcutâneo, desviando do pênis de lado e faz a incisão normal, em fêmeas só segue s linha umbilical, se for antes da linha é chamado de pré umbilical, se for depois é chamado de retro-umbilical, se for em toda a extensão é pré-retroumbilical. Para realizar a sutura do abdômen é chamado de laparorrafia ou celiorrafia, sendo que no primeiro plano pega musculatura fáscia e peritônio, o segundo plano consiste no subcutâneo e o terceiro plano é a pele. Para a mesma usa fio multi ou monofilamentar, a sutura pode ser continua ( causa um pouco de tensão mas é mais rápido) ou interrompida, com distância das bordas e entre os pontos de 0.5 em pequenos e 1cm em grandes, sendo que o número de pontos depende do tamanho da incisão, deve ser o suficiente para fechar a incisão, em pequeno usa fio 3-0 ou 2-0 e em grandes de 2 a 3. A sutura mais comumente utilizada para o subcutâneo é o zig-zag para diminuir o espaço morto.
Laparotomia pelo flanco em pequenos animais é pouco utilizado mas pode ser para adrenais, rins, ovários, gastrotomia ou gastrocentese. Em grandes animais é mais utilizado em bovinos sendo que do lado esquerdo se encontra o rúmen, baço, retículo, diafragma, reprodutor, bexiga, rim esquerdo (muito usado para deslocamento de abomaso) e do lado direito está o abomaso, intestino delgado e grosso, reprodutor, bexiga e rins, pode ser feito em estação o que dispensa anestesia geral, só sedação e anestesia local. Deve localizar a última costela e os processos transversos, pode incisar a musculatura dorsoventral dando amplo espaço, ou afastar as fibras em grade para chegar no local tendo espaço pequeno para trabalhar. A laparorrafia pode ser feita em 3 ou 4 planos com fio absorvível sendo que o primeiro plano é feito com o peritônio e transverso do abdômen, o segundo plano é feito com o obliquo interno e externo e o terceiro subcutâneo e pele. Em equinos é pouco utilizado, mais para colón menor, torção uterina, neoplasias, exposição abdominal limitada ou dor devido s queda, pode fazer em estação necessitando somente de sedação e anestesia local. A laparorrafia realiza em cinco planos com fio absorvível 0, 1-2 onde o primeiro plano é composto pelo peritônio e o transverso do abdômen, o segundo plano é o oblíquo interno, o terceiro plano é o obliquo externo com fio 1 ou 2, o quarto é composto por subcutâneo e o quinto por pele.
Laparotomia para-mediana é pouco indicado em pequenos animais, pode ser usado em criptorquidismo abdominal por exemplo. Em grandes animais no caso de bovinos é feito pelo lado direito para acesso ao abdômen e retículo, e pelo lado esquerdo para realizar cesariana ou em animais debilitados. Porém a para mamaria é mais difícil causa maiores problemas pós operatórios. Em equinos é pouco utilizado mais para reintervenções pois não é bom abrir no mesmo lugar da primeira cirurgia.
Laparotomia Inguinal em pequenos animais é pouco utilizado, podendo ser no caso de hérnias inguinais ou escrotais. Em grandes animais também é pouco utilizado, em equinos pode usar em hérnia inguino escrotal.
Laparotomia Paracostal em pequenos animais é pouco utilizado podendo usar para adrenalectomia, nefrectomia, lobectomia hepática, vesícula biliar, é muito traumático e mais trabalhoso. Em bovinos também é pouco utilizado, é feito do lado direito para acesso ao abomaso, necessita de anestesia geral, colocar o animal em decúbito lateral, realiza a incisão e a divulsão
Os cuidados pós operatórios são a utilização de antibioticoterapia avaliando a real necessidade da mesa, só faz profilaxia, só faz a antibioticoterapia caso a cirurgia seja potencialmente contaminada ou com tempo de duração maior que 90 minutos. Analgesia ajuda no processo de cicatrização. Nutrição adequada. Cuidados com ferida cirúrgica tem bastante diferença entre pequenos e grandes animais. Restrição de atividades, ou seja, o paciente operado não pode fazer muito esforço. Ambiente limpo e seco
As complicações pós operatórias podem ser hematoma por manipulação excessiva, seroma devido a não diminuir o espaço morto, edema por manipulação bruta, infecção por deiscência, evisceração ou hérnia incisional.

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