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silvic modulo10 mudaspropagavegetativa20 09 16

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UNIVERSIDADE 
PAULISTA 
Campus de Jaboticabal 
 
MÓDULO 10 
 
 
Departamento de Produção Vegetal 
DISCIPLINA: 
TEMA: 
 
AUTORES: 
 
 
EDIÇÃO: 03 
Silvicultura 
Produção de Mudas Florestais por 
Propagação Vegetativa 
Rinaldo César de Paula 
Sérgio Valiengo Valeri 
Robson Luis Silva de Medeiros 
Atualizada e ampliada 
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1. INTRODUÇÃO 
O que é propagação vegetativa? 
A propagação vegetativa é uma reprodução assexuada que ocorre em plantas que 
possuem estruturas vegetativas, como gemas basais de caules, em que algumas células 
contêm informações genéticas necessárias para a reprodução de uma planta toda, cuja 
propriedade é chamada de totipotência (ONO; RODRIGUES, 1996). 
Na propagação assexuada, ocorre divisão celular por mitose ou vegetativa, 
proporcionando que o número de cromossomos permaneça inalterado, enquanto na 
propagação sexuada o número de cromossomos é reduzido à metade na meiose para 
formar os gametas, para que depois possa ocorrer a fusão de dois desses gametas 
durante a fecundação, quando ressurge uma célula diplóide, que passará por numerosas 
mitoses comuns até formar um novo indivíduo cujas células serão, também, diplóides, 
com base em Fachinello et al. (1995). 
 
Quais são os objetivos de produzir mudas por propagação vegetativa? 
Com base no conceito acima, a propagação vegetativa pode ocorrer de forma 
natural, principalmente em espécies arbóreas que têm alta capacidade de se 
regenerarem vegetativamente por meio da brotação de gemas basais do caule. 
A propagação vegetativa é uma técnica que vem sendo muito usada para produzir 
uma planta genotipicamente idêntica à planta mãe, denominada comumente por clone. 
Essa técnica é viável para várias espécies com sucesso, como eucalipto, pinus, mogno-
africano. Para isso, a técnica é feita em laboratórios de micropropagação vegetativa e 
em viveiros florestais para produção de mudas comerciais e para pesquisas de 
programas de conservação e melhoramento genético das espécies e híbridos. 
 
Quais as vantagens e limitações da técnica? 
 Como vantagens em relação á propagação sexuada destacam-se a reprodução 
de uma planta idêntica à planta matriz, permitindo a conservação de características 
desejáveis, permite a produção de grande quantidade de mudas de qualidade desejada 
e com maior rapidez, garante maior uniformidade e crescimento das mudas, com base 
em Fachinello et al. (1995); Zuffellato-Ribas; Rodrigues, 2001). Entretanto, esse 
procedimento pode trazer algumas desvantagens como a transmissão de doenças, 
mutação das gemas e danos generalizados na área de produção (FACHINELLO et al., 
1995). 
 
unesp 
FACULDADE DE CIÊNCIAS AGRÁRIAS E VETERINÁRIAS
 
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2. ENXERTIA 
 Enxertia é a técnica de unir partes de uma planta em outra que lhe sirva de suporte 
e de estabelecimento de comunicação com o sistema radicular, de forma que as duas 
partes da planta diferentes passem a constituir apenas uma, embora cada uma delas 
mantenha a integridade de suas características genotípicas, com base em Xavier et al. 
(2009). 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Esquema de rejuvenescimento pela técnica da enxertia seriada, visando a restauração 
da competência do enraizamento adventício de estacas de Pinus taeda L. (XAVIER et 
al., 2009). Após cerca de 5 enxertias sucessivas ocorre rejuvenescimento de material de 
Pinus com características de boa resposta ao enraizamento. 
 A técnica de enxertia é muito usada para propagar espécies do gênero Pinus para 
formar bancos e pomares clonais para produção de sementes. Como as espécies de 
Pinus de modo geral não apresentam capacidade de brotação de touças, atualmente a 
técnica de enxertia seriada tem sido usada para rejuvenescer propágulo vegetal (galhos 
obtidos da copa de árvores adultas), como ilustrado na figura anterior. Após uma série de 
enxertias sucessivas, cerca de cinco, as plantas emitem brotações de material mais 
juvenil que podem produzir estacas com boa capacidade de enraizamento. 
 Em eucalipto, a enxertia tem sido usada atualmente para propagar partes adultas 
de árvores no viveiro, para antecipar florescimento e facilitar a polinização artificial e 
formar híbridos, que posteriormente possam ser propagados em grande quantidade por 
estaquia. 
 3 
3. PRODUÇÃO DE MUDAS POR ESTAQUIA 
 3.1. Macroestaquia de Eucalipto 
• Obtenção dos brotos de touças de árvores ou plantas em condições de 
campo. 
• Preparo das estacas de 8 a 12 cm de comprimento e de um a dois pares de 
folhas cortadas ao meio: uso de ácido indolbutírico – AIB. 
• Estaquia 
• Fases do processo: enraizamento e maturação 
Produção de mudas de eucalipto por estaquia: 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 (ALFENAS et al., 2004). 
 
 
 
 
 
 
 
 
A. Matiz superior 
selecionada – MS; 
B. Obtenção de 
estacas de 
brotações basais de 
eucalipto; 
 
C. Estacas contendo 
um par de folhas 
seccionadas ao 
meio; 
D. Estacas tratadas 
com ácido 
indolbutírico - AIB; 
 
E. Fase de 
enraizamento sob 
nebulização 
intermitente; 
F. Aclimatação à 
sombra com tela de 
50% da redução da 
luz solar 
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JARDIM CLONAL 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Fonte: Alfenas et al. (2004) 
Esquema de Jardim Clonal adensado (espaçamento reduzindo entre plantas). o jardim 
clonal é feito a partir do corte raso das plantas com 2 a 4 meses de idade a cerca de 
20-30 cm do solo, para brotação das touças (ou cepas). Após o surgimento das 
brotações, estas são podadas, deixando-se um ou mais ramos alimentadores por cepa 
("pulmões"), permitindo a realização de fotossíntese e a garantia de sobrevivência da 
mesma. Ao longo do tempo vão surgindo novas brotações na cepa e, cerca de 10 a 20 
dias elas atingem de 10 a 20 cm de comprimento, quando os "pulmões" são 
eliminados, pois tornam-se drenos que imobilizam nutrientes das novas brotações 
epicórnicas. Após 30-40 dias da remoção dos drenos, as novas brotações podem ser 
colhidas para estaquia em tubetes. De forma seletiva e contínua, são coletadas 
periodicamente as brotações a cada 7-15 dias quando atingem tamanho adequado de 
colheita. As brotações menores garantem a sobrevivência das cepas e a coleta seletiva 
e contínua a tornam mais duráveis e possibilita a produção de brotações 
fisiologicamente mais aptas ao enraizamento. Assim, o Jardim Clonal produz Estacas. 
 5 
 
ETAPAS DA PRODUÇÃO DE MUDAS DE EUCALIPTO POR ESTAQUIA 
(cerca de 95 dias) 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Fonte da Imagem: Alfenas et al. (2004) 
 
 
 
 
 
Fase 1. Jardim Clonal para produção de 
estacas com 8 a 12 cm de comprimento. 
 
Fase 2. Preparo da Estaca Caulinar com 
um par de folhas cortadas ao meio para 
evitar perda de água, tratamento com 
ácido indolbutírico (AIB) para estimular o 
enraizamento em ambiente protegido que 
ocorre entre 25 a 35 dias. a manutenção 
de um a dois pares de folhas na estaca 
caulinar estimula o enraizamento, por 
meio do fornecimento de carboidratos e 
fitormônios. O carboidrato matem a 
sobrevivência da estaca e promove 
condições fisiológicas de enraizamento. O 
hormônio auxina produzido nas folhas são 
transportados para a base da estaca pelo 
movimento polar basípeto e estimula o 
enraizamento (Xavier et al., 2009). 
 
Fase 3. Fase de aclimatação sob proteção 
de tela com redução da luminosidade 
(30%) e rustificação a pleno sol, 
totalizando cerca de 60 dias. 
 6 
 3.2. Miniestaquia de Eucalipto• Obtidas a partir de mudas de macroestacas 
• Enraizamento em casa-de-vegetação (15 dias) 
• Casa-de-sombra para aclimatação (10 dias) 
• Rustificação (maturação a pleno sol 50 - 60 dias) 
PRODUÇÃO DE MUDAS DE EUCALIPTO POR MINIESTAQUIA 
(Fases de A a F) 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
A- Preparo da estaca para enraizamento. B– Minicepa contendo brotações no ponto de 
coleta. C- Minijardim clonal e coleta de brotações para miniestaquia. D- Minijardim em 
sistema hidropônico. E- Miniestacas mantidas em casa de enraizamento. F- Aclimatação 
das mudas à sombra (ALFENAS et al., 2004). 
Continua... 
 
 7 
Continuação... 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Minijardim clonal de eucalipto, constituído por canaletas suspensas de alvenaria (telha 
calhetão), preenchidas com brita nº 2 no fundo e areia lavada até a borda, a pleno sol, do 
viveiro Camará Mudas Florestais e coleta de niniestacas, Ibaté – SP. Fotografado em 16-
06-2014. 
 
Arquitetura de minicepa para produzir o máximo de brotos. São feitas de 5 a 7 coletas de 
brotos por mês, selecionando os brotos mais desenvolvidos, assim a coleta é seletiva. 
De acordo com Souza et al. (2013), a irrigação e fertilização mineral do minijardim clonal 
ppode ser efetuada com o uso de sistema automatizado de fertirrigação por gotejamento, 
acionado de três a quatro vezes por dia, de acordo com a temperatura do dia, variando 
de 0 mm m-2 em dias frios a 7 mm m-2 dia-1 em dias muito quentes, por um período de 6 
minutos. A solução nutritiva é composta por nitrato de cálcio (0,92 g L-1), cloreto de 
potássio (0,24 g L-1), nitrato de potássio (0,14 g L-1), fosfato monoamônio (0,10 g L-1), 
sulfato de magnésio (0,36 g L-1), hidroferro (0,04 g L-1), ácido bórico (2,80 mg L-1), sulfato 
de zinco (0,48 mg L-1), sulfato de manganês (1,12 mg L-1), sulfato de cobre (0,10 mg L-1) 
e molibdato de sódio (0,04 mg L-1). O excesso da solução nutritiva pode ser drenado 
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para o fundo da canaleta e retornar por meio de um sistema de tubulações para a caixa 
de armazenamento de solução, monitorada regularmente e trocada a cada sete dias. 
Diariamente, a Ec (condutividade elétrica) e o pH da solução devem ser monitorados, 
visando manter a Ec entre 1,0 e 1,5 mS cm-1 e o pH da solução entre 5,5 e 6,5. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
São feitas de cinco a sete coletas de brotos de minicepa por mês e as estacas são 
transportadas em bandejas com espuma fenólica umidecida até o galpão de preparo e 
estaqueamento. Viveiro Camará Mudas Florestais, Ibaté – SP. Fotografado em 16-06-
2014. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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Preparo de miniestaca de cerca de 10 cm de comprimento e de 2 a 3 pares de folhas 
inteiras, sem a necessidade de regulador de crescimento para induzir o enraizamento, 
pois a miniestaca tem juvenilidade adequada. 
 
Operação de “estaqueamento” de niniestacas de eucalipto em tubetes de 50 cm3 no 
viveiro Camará Mudas Florestais, Ibaté – SP. O substrato pode ser a base de 35% 
Casca de arroz carbonizada, 35% vermiculita e 30% fibra de coco, substrato comercial 
Carolina Soil® a base de turfa, musgo e esfágno (Sphagnum) canadense, casca de arroz 
carbonizada e vermiculita. Viveiro Camará Mudas Florestais, fotografado em 16-06-2014. 
Quando se usa substrato composto por 50% de vermiculita e 50% de casca de arroz 
carbonizada, a adubação de base pode ser a seguinte: 7,0 kg m-³ de superfosfato 
simples, 0,695 kg m-³ de sulfato de amônio, 0,208 kg m-³ de cloreto de potássio, 0,014 kg 
m-³ de sulfato de zinco, 0,014 kg m-³ de sulfato de cobre, 0,014 kg m-³ de sulfato de 
manganês e 0,021 kg m-³ de ácido bórico (SOUZA et al., 2013). 
 
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Processo de enraizamento das miniestacas em casa de vegetação climatizada (umidade 
relativa do ar 80% e temperatura em torno de 27 °C) durante cerca de 20 dias. Viveiro 
Camará Mudas Florestais, Ibaté – SP, fotografado em 16-06-2014. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Casa de sombra, com tela de 50% de redução da luminosidade, para aclimatação 
durante 11 dias. Duratex, unidade de Lenções Paulista, fotografado em 07-04-2014. 
 
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Área a pleno sol até completarem de 60 a 90 dias de idade, respectivamente no verão e 
inverno. Sistema em barra de irrigação e fertirrigação. Viveiro Camará Mudas Florestais, 
fotografado em 16-06-2014. Nas condições de crescimento a pleno sol, as mudas 
passam a receber adubação de cobertura, via água de irrigação, com macro e 
micronutrientes: NKS - 1,3 g L-1; Ca (NO3)2 – 2,1 g L
-1; MAP – 0,9 g L-1; Uréia – 0,9 g L-1; 
(NH4)2 SO4 – 1,5 g L
-1; MgSO4 – 1,3 g L
-1; Tenso Fe – 12,5 mg L-1; H3BO3 – 11 mg L
-1; 
ZnSO4 – 0,06 mg L
-1; MnSO4 – 2,4 mg L
-1; CuSO4 – 0,15 mg L
-1; e Na2MoO4 – 0,05 mg 
L-1 (FREITAS et al., 2006).
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
A. Minijardim clonal de 
Pinus taeda: 
 
B. Detalhe da 
minicepa com 
brotações para coleta 
de miniestacas. 
 
C. Miniestacas 
 
(XAVIER et al, 2009). 
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D. enraizamento de miniestacas de Pinus taeda em casa 
de vegetação. 
 
E. Enraizamento adventício das miniestacas. 
(XAVIER et al, 2009). 
 
 3.3. Microestaquia (Micropropagação) de Eucalipto 
• O que é micropropagação? O que é microestaca? 
 
Micropropagação: é a técnica de cultivo “in vitro”. 
 Consiste no cultivo asséptico de pequenos segmentos da planta, que 
são estimulados a se multiplicar e, posteriormente, colocados a 
enraizar, regenerando a planta. 
Microestaca: propágulos de 3 a 4 cm de tamanho provenientes de 
mudas de micropropagação. 
• Quais são os objetivos da micropropagação? 
 
 Atender programa de melhoramento genético e conservação de material 
genético. 
 Propagar material com dificuldade de enraizamento de estacas ou de 
miniestacas. 
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• Quais são as fases da micropropagação? 
O MATERIAL DE CULTIVO:
• MERISTEMA (TALO) 
(TALO) 
 
 
FASES DA MICROPROPAGAÇÃO: 
Estabelecimento,
inoculação
ou indução.
1. INICIAL:
Para se obter exemplares
livres de contaminação
 
Fonte: Ianelli et al. (1996) 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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3. ALONGAMENTO
 
 
 
 
 
 
 
 
 
4. ENRAIZAMENTO:
Brotações de Eucalipto são
transferidas para enraizamento
em tubetes, durante 15 dias 
na casa de vegetação.
 
 
Fonte: Ianelli et al. (1996) 
5. CASA DE SOMBRA: Eucalipto - 10 dias, até atingir altura de 10 cm. 
6. PLENO SOL: Eucalipto – até completar 75-85 dias. 
 
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Muda micropropagada, 
pronta para a poda.
Iannelli, C.; Xavier,A.; Comércio, 
J. Micropropagação de Eucalyptus
spp na Champion. Silvicultura, 
n.66, 1996.
 
 
 
Microcepa que emitirá novas brotações.
 
Fonte: Ianelli et al. (1996) 
 
 
 
 
 
 
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Microestacas de 3 a 4 cm.
 
 
Fonte: Ianelli et al. (1996) 
 
 
Jardim Clonal de Microestacas
 
 
 
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Coleta de Microestacas
 
 
 
 Síntese das etapas de microestaquia (Micropropagação) de eucalipto: 
• Obtenção do Talo, Estabelecimento, inoculação do talo ou 
indução, multiplicação e Alongamento “in vitro” 
• Enraizamento em casa-de-vegetação (15 dias) 
• Casa-de-sombra (10 dias) 
• Rustificação (maturação) 
• Obtenção das microestacas: enraizamento(15 dias) – casa-de-
sombra (15 dias) – maturação a pleno sol (50 a 60 dias) 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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Microporpagação in vitro e enraizamento de microestacas: A- Microporpagação em 
condições controladas de luz e temperatura; B- Repicagem de explantes em condições 
axênicas (multiplicação); C- Enraizamento in vitro de explantes micropropagados 
(Alongamento in vitro); D- Enraizamento ex vitro de explante micropropagado; e E- 
Aspecto do sistema radicular de microestaca enraizada (ALFENAS et al., 2004). 
 
 
 
Estacas de eucalipto enraizadas: emissão de brotações 
 
 
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VALERI, S.V.; AGUIAR, I.B.; DENARDI, M.A. Influência do tamanho de sementes de 
Eucalyptus saligna Sm. no desenvolvimento de mudas produzidas através dos métodos 
de semeadura direta e repicagem. In: SIMPÓSIO INTERNACIONAL: MÉTODOS DE 
PRODUÇÃO E CONTROLE E QUALIDADE DE SEMENTES E MUDAS FLORESTAIS, 
Curitiba, UFPR/IUFRO, 1984. p.109-121. 
XAVIER, A.; WENDLING, I.; SILVA, R. L. Silvicultura clonal: princípios e técnicas. 
Viçosa, MG: UFV, 2009. 272 p. 
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ZUFFELLATO-RIBAS, K. C.; RODRIGUES, J. D. Estaquia: uma abordagem dos 
principais aspectos fisiológicos. Curitiba: UFPR, 2001. 39 p. 
 
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QUESTIONÁRIO 
 
1. Qual gênero tem mais sucesso de enxertia? Pinus ou Eucalyptus? 
2. Qual gênero tem mais sucesso de estaquia? Pinus ou Eucalyptus? 
3. Qual é o procedimento para aumentar o pegamento de enxerto em Pinus? É 
através de rejuvenescimento de propágulo? Como é feito esse 
rejuvenescimento? 
4. Quais são os principais objetivos da enxertia para espécies arbóreas no Brasil? 
5. O que é estaca, miniestaca e microesta para o setor florestal brasileiro? 
6. O que é jardim clonal, minijardim clonal e microjardim clonal para o setor 
florestal brasileiro? 
7. O que é microporpagação? 
8. Porque é usada a técnica de microporpagação no processo de produção de 
mudas de clones de eucalipto? 
9. Quais são as fases da micropropagação? 
10. A micropropagação rejuvenesce propágulo e facilita o enraizamento de estaca? 
Justifioque. 
11. Em que tipo de recipiente ocorre o enraizamento de microestaca de eucalipto? 
12. Quais são as vantagens da miniestaquia em relação a estaquia? 
 
 
 
Teste de Asserção e Razão 
Responda as questões de 1 a 15, preenchendo os espaços entre parênteses do quadro 
final de respostas com as letras: 
 (A) Se as duas proposições (P1 e P2) forem corretas e a segunda justifica a primeira; 
 (B) Se as duas proposições (P1 e P2) forem corretas e a segunda não justifica a 
primeira; 
 (C) Se a primeira proposição (P1) for correta e a segunda (P2) incorreta; 
 (D) Se a primeira proposição (P1) for incorreta e a segunda (P2) correta; 
 (E) Se a primeira (P1) e a segunda (P2) proposiçõesforem incorretas. 
 
1. (P1) A juvenilidade do material vegetal para propagação vegetativa cresce da base 
para o ápice da árvore. (P2) Brotação de minicepa é mais juvenil do que brotação de 
cepa. 
2. (P1) Estaca de eucalipto apresenta de 8 a 12 cm de comprimento e é retirada de touça 
de árvore ou planta em condições de campo. (P2) Estaca de eucalipto necessita de 
aplicação de ácido indolbutírico para facilitar o enraizamento. 
3. (P1) Na fase de enraizamento, as estacas recebem irrigação por gotejamento ou 
aspersão. (P2) Nessa fase, as folhas precisam permanecer úmidas, pois não há raízes de 
absorção. 
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4. (P1) A miniestaquia consiste em enraizamento de miniestacas obtidas de mudas que 
anteriormente foram obtidas a partir de macroestacas originadas de brotações de cepas 
ou touças em campo. (P2) A miniestaca é obtida de brotações de minicepas em 
minijardim clonal. 
5. (P1) Minijardim clonal de eucalipto pode ser a céu aberto quando mudas provenientes 
de estacas são plantadas em canaletas (telha calhetão) para produção de brotos. (P2) 
São feitas de 5 a 7 coletas seletivas de brotos por mês. 
6. (P1)Miniestaca de eucalipto não necessita de ácido indolbutírico – AIB para induzir o 
enraizamento. (P2) Minicepa de eucalipto apresenta juvenilidade e os brotos respondem 
bem ao enraizamento. 
7. (P1) Ramos coletados de árvores de Pinus apresenta boa resposta à enxertia. (P2) 
Não é possível enraizar miniestacas de Pinus. 
8. (P1) Cerca de cinco enxertias sucessivas rejuvenesce propágulo de Pinus taeda com 
boa resposta ao enraizamento de miniestaca. (P2) Minijardim clonal de Pinus taeda 
produz brotos com características juvenis. 
9. (P1) No Estado de São Paulo o enraizamento de miniestacas deve ocorrer em estufa 
climatizada (umidade relativa do ar 80% e temperatura em torno de 70 °C) e sistema de 
nebulização. (P2) É preciso fertirrigação na fase de enraizamento de eucalipto. 
10. (P1) O enraizamento de miniestacas de eucalipto ocorre em casa aclimatizada. (P2) A 
aclimatação de estacas de eucalipto enraizadas ocorre sob tela com 50% da redução da 
luz solar num período de aproximadamente 11 dias. 
11. (P1) A fertirrigação com macro e micronutrientes é necessária na fase de crescimento 
a pleno sol de mudas de miniestas de eucalipto durante 30 a 50 dias. (P2) O período 
médio de produção mudas de eucalipto provenientes de miniestacas é de 60 e 90 dias de 
idade, respectivamente, no verão e inverno. 
12. (P1) Microestaca de eucalipto é usada para clones que apresentam dificuldade de 
enraizamento de estacas ou miniestacas. (P2) A micropropagação rejuvenesce propágulo 
de eucalipto. 
13. (P1) Enraizamento de microestacas de eucalipto ocorre em 15 dias, a aclimatação em 
casa-de-sombra ocorre de 10 a 15 dias e a maturação a pleno sol de 50 a 60 dias. (P2) 
Microestaca de eucalipto é um propágulo de 3 a 4 cm de comprimento com 1 a 2 pares de 
folhas de tamanho proveniente de mudas de micropropagação. 
14. (P1) Microcepa produz microestaca em microjardim clonal. (P2) A micropropagação 
visa atender programa de melhoramento genético e conservação de material genético. 
15. (P1) A sequência do processo de micropropagação é nesta ordem: estabelecimento, 
inoculação ou indução do talo sem contaminação; multiplicação; alongamento 
enraizamento in vitro. (P2) A multiplicação é a formação de brotações adventícias que se 
multiplicam exponencialmente, pois são coletados inúmeros brotos de um propágulo 
original e transferidos para outros recipientes que vão originar inúmeros brotos 
sucessivamente, in vitro. 
 
 
Quadro de Respostas 
 
1. ( ) 2. ( ) 3. ( ) 4. ( ) 5. ( ) 
6. ( ) 7. ( ) 8. ( ) 9. ( ) 10. ( ) 
11. ( ) 12. ( ) 13. ( ) 14. ( ) 15. ( ) 
 
ATENÇÃO: Quando as duas alternativas são corretas, procure responder as questões 
colocando um porque entre as afirmativas P1 e P2 para verificar se a segunda justifica a 
primeira. Só consulte o gabarito, na página seguinte, após preencher o quadro de 
respostas acima. 
 
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Gabarito 
 
1. ( D ) 2. ( B ) 3. ( D ) 4. ( B ) 5. ( B ) 
6. ( A ) 7. ( C ) 8. ( B ) 9. ( C ) 10. ( A ) 
11. ( B ) 12. ( A ) 13. ( B ) 14. ( B ) 15. ( B ) 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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