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1 Machadinho D Oeste RO 2014 JOSÉ WILSON SOUZA SANTOS SISTEMA DE ENSINO PRESENCIAL CONECTADO BACHARELADO EM ADMINISTRAÇÃO ESTRUTURA DE MERCADO DO SETOR SUPERMERCADISTA 2 Machadinho D Oeste RO 2014 ESTRUTURA DE MERCADO DO SETOR SUPERMERCADISTA Trabalho de Administração: Objetivo: Aprofundar os conhecimentos teóricos adquiridos nas disciplinas: Microeconomia e Macroeconomia, Métodos Quantitativos, Ética Política e Sociedade, com base no texto: “Estrutura de mercado do setor supermercadista do Rio Grande do Sul e identificação do seu grau de concentração”. JOSÉ WILSON SOUZA SANTOS 3 SUMÁRIO Agradecimentos...................................................................................4 Introdução............................................................................................5 Microeconomia e Macroeconomia....................................................6/7 Métodos Quantitativos......................................................................8/9 Ética, Política e Sociedade............................................................10/11 Conclusão...........................................................................................12 Referências.........................................................................................13 4 Agradecimentos. Ao meu Deus em primeiro lugar, a Ele Honras e glórias! Aos meus queridos pais, sem eles nada do que sou seria. À Unopar pela disponibilidade de bolsas Prouni. Aos meus filhos e esposa que amo. Aos meus professores: Regina Malassise Marcelo Caldeira Viegas Wilson Sanches Aos meus tutores Eletrônico: Júlio César Ferreira Coutinho De sala: Adilson Lopes dos Santos Meus sinceros agradecimentos! 5 1. INTRODUÇÃO: Este trabalho tem como base para sua execução, o texto: “Estrutura de Mercado do Setor Supermercadista do Rio Grande do Sul e Identificação do seu grau de Concentração”, com o objetivo de estudar a estrutura do setor supermercadista do Rio Grande do Sul, levando também em consideração o seu grau de concentração. Analisando cada estrutura de mercado, tais como: Concorrência Perfeita, Monopólio e Oligopólio. Observa-se que o setor, nesse estado da região sul, tem uma forte tendência para a estrutura de oligopólio, sendo que, nessa estrutura de mercado as poucas empresas que existentes determinam o preço, pelo fato de haver um reduzido número de empresas disputando um grande número de clientes, que nesse caso têm poucas opções em variação de preços para baixo, pois essa variação só ocorre onde há concorrência perfeita, em que nenhum participante tem tamanho suficiente para ter o poder de mercado para definir o preço de um produto homogêneo, o que não acontece numa estrutura oligopolista ou monopolista, onde o consumidor fica à mercê dos cartéis mercadológicos. Caminha-se para um índice de maior concentração, visto que é necessária ainda, a soma do faturamento das 50 maiores empresas do ramo para se obter 60% do mercado. Nesse cenário, a busca por ser mais competitiva faz com que as organizações entrem num corpo a corpo quase mortal, onde sobrevive aquela que tem maior poder de fogo. Nesse corpo a corpo não vence Davi, e sim Golias. As pequenas organizações supermercadistas estão sucumbindo, dando lugar aos grandes empreendimentos do comércio varejista. Se por um lado, a estabilização da moeda, proporcionada pelo Plano Real, trouxe um substancial incremento no faturamento das empresas do setor de supermercados, por outro, impôs a necessidade de implementar mudanças no posicionamento estratégico das empresas. Com isso as grandes redes internacionais de supermercados, com um poder econômico superior às nacionais puderam investir grandes somas em capital no setor, tirando do cenário supermercadista as pequenas redes regionais, pois não puderam suportar a concorrência das gigantes multinacionais. Palavra chave: Estrutura; Setor Supermercadista; Índice de Concentração. 6 DESENVOLVIMENTO Microeconomia e Macroeconomia Diante de tantas definições para a economia, quase todas válidas, pode-se ainda definir a economia como sendo a ciência que estuda a escassez e o comportamento econômico financeiro a nível mundial, e suas oscilações, prevendo com antecedência catástrofes econômicas, oriundas de planos econômicos mal elaborados, e pela falta de uma política econômica eficaz, oferecendo, quando não uma solução, pelo menos a minimização dos impactos causados por esses furos econômicos na economia regional, nacional e até mesmo mundial. Dividindo-se em Microeconomia e Macroeconomia, busca, através de estatísticas, assegurar que demanda e oferta encontrem um ponto de equilíbrio para que não haja demanda em demasia ou escassez de bens ofertados; e como a demanda é inversamente proporcional ao preço; logo, faltando produto no mercado, com certeza os preços subirão a patamares indesejados aos consumidores. Veja abaixo, o gráfico de equilíbrio: Constata-se claramente que, elevando-se o preço, a demanda tende a cair, que ao contrário da demanda, a oferta, quando eleva-se o preço, esta aumenta. O grande desafio da economia é fazer com que haja um ponto de equilíbrio entre demanda e a oferta. No gráfico acima, percebe-se que há um ponto de equilíbrio para o preço R$ 6,00, pois para a quantidade demandada há a mesma quantidade 7 ofertada. Como se trata do setor supermercadista do Rio Grande do Sul, e nesse caso há uma forte tenência para o sistema de oligopólio, a demanda não tem muitas opções de preços no mesmo produto, isto é, não há concorrência, sendo que as redes de supermercados são, muitas vezes, pertencentes ao mesmo grupo. O setor supermercadista gaúcho tende a crescer, e já desponta como um dos maiores do país. Segundo dados da AGAS (Associação Gaúcha de Supermercados), o faturamento do setor em 2013 no Rio Grande do Sul foi bem expressivo chegando a 7,39%, acima da inflação, em relação a 2012, com um faturamento de quase R$ 18 bilhões, ultrapassando a média nacional, que obteve um crescimento real de apenas 5,8% em comparação ao mesmo ano, segundo informou a AGAS. Um dos dados que mais chamam a atenção no levantamento da Agas em 2013 é o crescimento da concentração de mercado no setor. Juntas, as dez maiores empresas supermercadistas obtiveram um faturamento de R$ 12,9 bilhões nesse ano, representando 55,20% do total do setor, sendo que em 2012, as dez maiores empresas atuantes no RS tinham 50,39% do faturamento do setor. Um crescimento de quase 5% em relação a 2012, somente entre as dez maiores empresas, aumentando o índice de concentração no estado. Fonte: http://zh.clicrbs.com.br/rs/noticias/economia/noticia/2014/04/faturamento-de- supermercados-do-rio-grande-do-sul-cresce-7-39-em-2013-4462653.html 8 Métodos Quantitativos Diante de um mundo globalizado, fontes de informações atualizadas, constante e diariamente, faz-se necessário o conhecimento dadisciplina, Métodos Quantitativos, pois através desse conhecimento o futuro gestor será capaz de desenvolver técnicas estatísticas, conhecer métodos numéricos para análises descritivas de dados e utilizar planilhas eletrônicas auxiliando-o na tomada de decisões. As informações estatísticas são concisas, específicas, eficazes e, quando analisadas com ajuda de técnicas formais, de análises estatística, fornecem subsídios imprescindíveis para as tomadas racionais de decisões. Atualmente as informações estatísticas são obtidas, classificadas e armazenadas em meio magnético e disponibilizadas em diversos sistemas de informações abrangentes que fornecem aos pesquisadores e às organizações da sociedade informações estatísticas, inteligentes e necessárias ao desenvolvimento de suas atividades. A origem da palavra, estatísticas está associada à palavra latina, status (Estado). Há indícios de que 3000 A.C, já se faziam censos na Babilônia, China e Egito, e até mesmo o 4º livro do Velho Testamento faz referência a uma instrução dada a Moisés, para que fizesse um levantamento dos homens que estivessem aptos para guerrear. Usualmente, essas informações eram utilizadas para a taxação de impostos ou para o alistamento militar. No mundo atual, qualquer empresa, seja privada, estatal ou governamental, exerce forte influência sobre os rumos da economia em escala mundial. É dentro deste cenário que os administradores são levados a tomar importantes decisões a todo o momento. Com isso, o uso do conhecimento de Métodos Quantitativos vem subsidiar a sua importante tarefa de tomada de decisões, facilitando a direção, organização e o controle das empresas. Neste sentido, o conhecimento e os conceitos estatísticos são constantemente aplicados à gestão empresarial, auxiliando os gestores na tomada de decisões dentro do ambiente organizacional. Assim sendo, faz-se uso das medidas descritivas, composta por: Medidas de Tendência Central - que trabalha com dados numéricos agrupando em torno de um valor central, e indica que algum valor central é a característica dos dados e que o mesmo pode ser usado para representá-los. A Média é a medida mais comum para um conjunto de dados. Vai desde um simples 9 cálculo das notas de um aluno, aos conjuntos de dados mais complexos de informações. A média aritmética amostral é dada pela expressão: Há também a Mediana e a Moda que ainda fazem parte da medida de tendência central. Medidas de dispersão – “Visam descrever os dados no sentido de informar o grau de afastamento dos valores observados em torno de um valor central. Elas indicam se um conjunto de dados é homogêneo ou heterogêneo” (SOUZA, Adriano Mendonça, Departamento de Estatística, UFSM). Para medir a dispersão são usadas mais frequentemente duas medidas: a amplitude e o desvio padrão. As medidas de dispersão servem para indicar a ocorrência de discrepância entre o valor mínimo e o valor máximo de um conjunto de dados. Técnicas de Amostragem Probabilística – “a amostragem probabilística é objetiva, pois não é influenciada pela pessoa que está conduzindo a pesquisa, nesse tipo de amostragem, os elementos da amostra são selecionados aleatoriamente e todos eles possuem probabilidade conhecidas de serem escolhidos. Tal seleção ocorre através de uma forma de sorteio não viciado, como o sorteio em uma urna ou por números gerados por computador” (ANDRÉ MACHADO http://www.andremachado.org/artigos/820/tipos-de-amostragem-2-amostragem- probabilistica.html). As técnicas de amostragem são utilizadas com o intuito de viabilizar a coleta de dados necessários a um determinado estudo, sem a necessidade de analisar todo o universo pesquisado. Números índices – representam medidas estatísticas utilizadas para resumir modificações em variáveis econômicas, ou um grupo de variáveis, facilitando o estudo da evolução de dados quantitativos ao longo do tempo podendo assumir diferentes formas, como números-índices simples ou compostos, estes últimos empregados na análise conjunta de diferentes dados. (Web aula p. 5). Deflação de dados – “por deflação entende-se o processo inverso à inflação, uma diminuição de preço ao consumidor, uma queda de preços. Difere da desinflação pois está é a desaceleração no ritmo do aumento de preços. Quando a inflação reduz-se a 10% ao mês, para 5%, por exemplo, pode se dizer que houve desinflação”. (WIKIPÉDIA, enciclopédia livre, http://pt.wikipedia.org/wiki/Deflação). n xxxx x n ...321 _ 10 Ética, Política e Sociedade – “Se Deus não existe, tudo é permitido” (WALMIR BARBOSA). A Ética pode ser definida como “a ciência ou disciplina que se ocupa da conduta humana”. A reflexão sobre a ética tem uma grande importância para a humanidade independentemente das conjunturas e períodos históricos. Mas, certamente, há conjunturas e períodos históricos nos quais a sua reflexão assume maior relevância. A atual conjuntura e período histórico, profundamente caracterizado pela redução das necessidades materiais e culturais humanas, aos imperativos do mercado pelo avanço do oficialismo estatal, pelo controle e manipulação da informação e pela progressiva imbecilização de uma grande parte da sociedade, exige de nossa parte situar a Ética no centro das nossas ideias e das nossas práticas sociais. Exigência colocada para todos aqueles que reconhecem a pertinência de lutar por um mundo melhor e de avaliar as escolhas e opções realizadas enquanto ator social e individual, e enquanto parte integrantes de atores sociais coletivos. O propósito aqui, é contribuir para uma reflexão a respeito da Ética, em sua relação com a sociedade e a política. E enquanto tal, volta-se prioritariamente para estudantes e jovens ativistas políticos. Com esta linha de raciocínio, luta-se para alcançar dias melhores, uma distribuição de renda mais justa e implantar na sociedade a ética; busca-se uma política mais séria para a sociedade, porque diante de um capitalismo selvagem, que mata esperanças e um socialismo de mentiras e escravidões, precisa entregar-se de corpo e alma para um combate que já se sabe quem são os ganhadores. A fusão dos mercados, a criação de blocos econômicos e a globalização do capital, fortaleceu ainda mais os sistemas de monopólios e oligopólios, deixando a sociedade sem qualquer alternativa para se defender dos monstros capitalistas, que unem-se para formar cartéis e exterminar qualquer possibilidade de concorrência. “A centralidade do capital financeiro do capital, no final do século XX deu origem a diversas teorias da “globalização” e “financeirização do capital” que veem o presente enquanto uma nova e sem precedente fase do desenvolvimento capitalista, suscitando profunda análise no mundo acadêmico. Particularmente os 11 estudiosos têm demonstrado preocupação na identificação ou rotulação de tal fenômeno, popularmente denominado de “globalização financeira”. Esta vem apresentado como uma novidade emersa nos últimos 20 anos do século XX”. (ARRIGHI e SILVER, 2001). (...) “De maneira geral, neste processo os oligopólios mundiais são fortalecidos. A internacionalização crescente da produção, os movimentos de fusão/aquisição que vêm ocorrendo a nível nacional e mundial e as formas de acordo interempresas, resultam na criação e consolidação de oligopólios mundiais. Deve-se ressaltar que o rápido crescimento do investimento direto nos anos 80 e 90 do século passado, esteve assentado no investimento internacional cruzado – reciprocidade entre regiões – com grandes ênfases para as fusões/aquisições”. DUMENIL e LEVY (2005).12 CONCLUSÃO Termina aqui mais um exaustivo estudo sobre “Estrutura de Mercado do Setor Supermercadista” e conclui-se que nos últimos cinco anos a estrutura de mercado oligopolista tem alcançado lugar de destaque na economia gaúcha; esta vem crescendo num ritmo acelerado. O grau de concentração do setor ainda é pouco expressivo, mas já desponta com índices acima da média nacional, e a luta para alcançar um estado de hegemonia, e supremacia total cresce a cada dia através de fusões/aquisições, contribuindo para uma concorrência imperfeita, onde existem poucas chances de um comprador encontrar diferenças no preço do mesmo produto, visto que predominam os grupos, criando uma espécie de cartel. A entrada do capital estrangeiro fortaleceu essa estrutura de mercado, pois, redes internacionais gigantes investiram pesado no setor, obrigando as anãs nacionais a abrir mão de sua independência legal, para tornar-se uma pequena parte daquela gigante multinacional. Com isso muitas de nossas pequenas redes foram sucumbindo ao poderio estrangeiro. Se o índice de concentração continuar crescendo, em pouco tempo já não teremos mais nenhuma pequena concorrente, e o consumidor ficará a mercê dos cartéis mercadológicos nacionais e internacionais onde, somente eles determinam o preço do produto. 13 REFERÊNCIAS http://zh.clicrbs.com.br/rs/noticias/economia/noticia/2014/04/faturamento-de- supermercados-do-rio-grande-do-sul-cresce-7-39-em-2013-4462653.html http://www.iesdecursos.com.br/cursos/ferramentas-para-gestao/metodos- quantitativos-aplicados-a-negocios/6042/ CANECA, Roberta Lira, Universidade Federal de Pernambuco. www.ime.usp.br/~rvicente/mqa.html http://zh.clicrbs.com.br/rs/noticias/economia/noticia/2014/04/faturame nto-de-supermercados-do-rio-grande-do-sul-cresce-7-39-em-2013-4462653.html
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