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Geografia B

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Inclusão Para a Vida Geografia B 
 
Pré-Vestibular da UFSC 1 
UNIDADE 1 
 
CARACTERÍSTICAS GERAIS DO TERRITÓRIO BRASILEIRO 
 
O TERRITÓRIO BRASILEIRO 
 
O Brasil, possuindo um território de 8.514.876,599 Km2, costuma ser considerado um ‘país continental'. De fato, com uma 
das maiores extensões territoriais do mundo (quinto lugar), inclui-se entre os seis países que têm mais de 7 milhões de km2. 
A extensão do território brasileiro corresponde a uma parcela aproximada de 1,66% da superfície terrestre (cerca de 6% das 
terras emersas do globo). 
 
Localização 
O território brasileiro é cortado por dois círculos imaginários – o 
Equador, que passa pela embocadura do rio Amazonas, e o Trópico de 
Capricórnio, que corta os estados do Mato Grosso do Sul, Paraná e de 
São Paulo. 
O Brasil tem seu território assim distribuído: 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Fronteiras 
Temos 15.719 quilômetros de fronteiras, feitas principalmente por rios e serras; o maior trecho é com a Bolívia – 3.126 km, 
e o menor com o Suriname – 593 km. O Chile e o Equador não têm fronteiras com o Brasil. No Leste, o país tem 10.959 
Km de fronteira com o Oceano Atlântico. Observe estas e outras características do território visualizando o mapa abaixo: 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Fusos Horários 
Devido à sua grande extensão longitudinal, o território brasileiro é 
atravessado por quatro fusos horários, sendo neles a hora atrasada em 
relação à Hora de Greenwich. Entretanto, em junho de 2008, houve 
uma nova padronização do fuso brasileiro e, desde então, o país 
estabeleceu apenas dois fusos continentais e um oceânico. No 
segundo fuso horário brasileiro (menos três horas em relação a 
Greenwich), temos a “Hora Oficial do Brasil” (Hora de Brasília). 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
100% No hemisfério Oeste. 
93% No hemisfério Sul. 
7% No hemisfério Norte. 
93% Na Zona Intertropical. 
7% Na Zona Temperada Sul 
(subtropical). 
Pontos mais altos - 2007 Localização Altitude (m) 
 
Pico da Neblina Serra Imeri (Amazonas) 2.993,8 
Pico 31 de Março Serra Imeri (Amazonas) 2.972,7 
Pico da Bandeira Serra do Caparaó (Espírito Santo/Minas Gerais) 2.892,0 
Pedra da Mina Serra da Mantiqueira(São Paulo/Minas Gerais) 2.798,4 
Inclusão Para a Vida Geografia B 
 
Pré-Vestibular da UFSC 2 
Exercícios de Sala � 
 
1. (PUC-RS) No dia de hoje, sabemos que Porto Alegre 
se encontra no horário de verão. Que horas marcará um 
relógio na capital gaúcha, quando em Londres forem 13 
horas? 
a) 11 horas 
b) 10 horas 
c) 9 horas 
d) 11 horas e 30 min 
e) 10 horas e 30 min 
 
2. (PUC-MG) O conceito de posição geográfica permite 
desenvolver uma análise espacial que extrapola a simples 
localização geográfica de um lugar. São afirmativas que 
definem a posição geográfica do Brasil, exceto: 
a) A posição de país periférico nas relações Norte-Sul é 
desfavorável às suas relações econômicas. 
b) A posição de país subtropical restringe a 
biodiversidade e a potencialidade dos seus recursos. 
c) A posição de país com ampla costa atlântica favorece 
suas relações transnacionais com os países centrais. 
d) A posição de país ocidental facilita que receba 
influências culturais das nações capitalistas 
dominantes. 
 
 
3. (UEPG) A linha do Equador e o trópico de 
Capricórnio cortam o território brasileiro. Considerando 
a posição do Brasil em relação a esses dois círculos, 
assinale o que for correto. 
01. Os estados brasileiros a leste de Brasília estão 
localizados no hemisfério oriental, enquanto os 
estados a oeste da capital se localizam no hemisfério 
ocidental. 
02. O ponto extremo norte do Brasil e o ponto extremo 
norte do estado do Paraná encontram-se no 
hemisfério norte, enquanto os pontos extremos sul, 
do país e do estado do Paraná, estão no hemisfério 
sul. 
04. Os estados brasileiros localizados entre o Equador e 
o trópico de Capricórnio estão na zona temperada do 
sul, totalmente ou em parte. 
08 Uma pequena parte do território brasileiro está 
localizada no hemisfério norte, e a maior parte, no 
hemisfério sul. 
16. O Paraná, que é atravessado na sua parte norte pelo 
trópico de Capricórnio, tem a maior parte do seu 
território localizada na zona subtropical. 
 
 
UNIDADE 2 
 
OS CLIMAS DO ESPAÇO BRASILEIRO 
 
 
 
Fonte: SIMIELLI, M.E. GEOATLAS. São Paulo: Ática, 2003 
Inclusão Para a Vida Geografia B 
 
Pré-Vestibular da UFSC 3 
O CLIMA DO BRASIL 
 
Entre os fatores que influenciam o clima, são destacados 
como influência direta: 
- a latitude, pois o Brasil possui uma extensão Norte-
Sul superior a 4.300 Km, tendo aproximadamente 
92% do território na faixa intertropical e o restante na 
área subtropical; 
- a altitude, característica de algumas áreas, 
especialmente do sul e do sudeste, onde há áreas 
com altitudes mais elevadas, o que faz as 
temperaturas oscilarem com maior frequência que o 
restante do país; 
- as massas de ar, pois o Brasil recebe influências da 
massa Equatorial continental (eMc), massa 
Equatorial atlântica (mEa), massa Tropical 
continental (mTc), massa Tropical atlântica (mTa) e 
massa Polar atlântica (mPa) 
 
Tipos Climáticos 
 
 
FONTE: VESENTINI, J.W. 
Geografia do Brasil. São Paulo: 
Ática, 2001. 
 
Tropical Atlântico 
 
 
FONTE: VESENTINI, J.W. 
Geografia do Brasil. São Paulo: 
Ática, 2001. 
 
 
FONTE: VESENTINI, J.W. 
Geografia do Brasil. São Paulo: 
Ática, 2001. 
 
- Tropical Semi-Árido: 
 
VESENTINI, J.W. Geografia do 
Brasil. São Paulo: Ática, 2001. 
 
Tropical de Altitude: na região da Serra da Mantiqueira 
e Serra do Mar, entre os estados de SP, MG e RJ, esse 
clima tem suas temperaturas amenizadas pela altitude, 
aproximando-se das características subtropicais do 
Brasil. 
Subtropical: é o clima característico da região ao Sul do 
Trópico de Capricórnio (Sul de SP, PR, SC e RS). Ela 
sofre ação direta da mPa. É o clima mais regular do 
Brasil e o único que apresenta as estações claramente 
definidas, com verão muito quente e invernos rigorosos. 
 
FONTE: VESENTINI, J.W. 
Geografia do Brasil. São Paulo: 
Ática, 2001. 
 
 
 
Inclusão Para a Vida Geografia B 
 
Pré-Vestibular da UFSC 4 
Exercícios de Sala � 
 
1. (UFES) Brasil: massas de ar 
 
 
FONTE: SENE, E.; MOREIRA, J. C., 1998 (adaptação). 
Legenda: 
 
1 - Equatorial continental 
2 - Equatorial atlântica 
3 - Tropical continental 
4 - Tropical atlântica 
5 - Polar atlântica 
 
Para responder a esta questão, analise as figuras 
anteriores. Qual a alternativa que NÃO descreve os 
movimentos das massas de ar que atuam no território 
brasileiro? 
 
a) No Inverno, a Massa Polar Atlântica pode penetrar no 
território brasileiro até as imediações do norte do 
País, mas não provoca queda na temperatura, já que 
esta região está sob domínio da Massa Equatorial 
Continental, quente e úmida. 
b) A Massa de ar Equatorial tem sua função atenuada 
durante o Inverno, devido ao avanço das massas 
polares. 
c) A Massa Equatorial Continental, a despeito de se 
originar sobre o continente Sul-Americano, é quente 
e úmida. 
d) Durante o Inverno, a Massa Equatorial Atlântica tem 
sua atuação restringida devido ao avanço da Massa 
Tropical Atlântica, que se desloca em função do 
avanço da Massa Polar Atlântica. 
e) No Brasil predominam os climas quentes e úmidos, 
uma vez que este país possui 92% de seu território na 
zona intertropical do planeta, sob forte influência das 
massas de ar oceânicas. 
 
2. (UFSC) A latitude é um dos fatores que influenciam 
os climas no Brasil, uma vez que o território brasileiro 
apresenta quase 40° de variação latitudinal. Sobre a 
atuação dos fatores climáticos no Brasil eem Santa 
Catarina, assinale a(s) proposição(ões) correta(s). 
 
01. Em todos os estados das Regiões Norte e Nordeste, a 
duração dos dias e das noites varia muito ao longo do 
ano, por isso o horário de verão é adotado. 
02. A grande variação de latitude altera a obliquidade, 
isto é, a inclinação dos raios solares que incidem 
sobre o território brasileiro. 
04. Cuiabá, capital do Mato Grosso, possui maior 
amplitude térmica em relação a Vitória (Espírito 
Santo). 
08. Infere-se, a partir da análise do mapa apresentado na 
questão anterior, que mais de 75% do território 
brasileiro localiza-se na zona temperada do sul. 
16. Devido a sua posição latitudinal, Santa Catarina sofre 
forte influência, principalmente no inverno, da massa 
equatorial continental. 
32. Devido à continentalidade, as capitais dos estados de 
Mato Grosso e Goiás apresentam como tipo climático 
o tropical semi-úmido. 
64. A proximidade do paralelo de 0° confere a toda a 
extensão dos estados do Nordeste o clima tropical 
úmido.
 
UNIDADE 3 
 
GEOLOGIA E RELEVO DO BRASIL 
 
FORMAÇÃO GEOLÓGICA 
 
A formação geológica no território brasileiro é muito antiga (formada nas eras Arqueozoica e Proterozoica) e constituída 
por terrenos cristalinos (rochas magmáticas e metamórficas) e terrenos sedimentares. 
Nos terrenos cristalinos da era Arqueozoica, destacam-se os dois grandes ressaltos, ou “escudos”, conhecidos 
como Guiano e Brasileiro. Nesses terrenos o aproveitamento econômico é pequeno. Já nos terrenos Proterozoicos, que 
afloram em cerca de 4% do país (em meio ás áreas Arqueozoicas), estão as nossas principais jazidas minerais. 
Os terrenos sedimentares são predominantes no Brasil, boa parte recobrindo a base de rochas cristalinas. Esses 
terrenos são conhecidos como Bacias Sedimentares, sendo as principais: Amazônica; Litorânea ou Costeira; Pantanal; 
Sanfranciscana; Paranaica; Recôncavo Baiano e Maranhão-Piauí. Nessas áreas são encontrados carvão, petróleo e xisto. 
 
UNIDADES DE RELEVO 
 
O relevo brasileiro é de formação muito antiga e bastante erodida. Assim, predomina um terreno de altitude modesta (com 
média de 900 metros). Ele é moldado apenas por agentes externos, uma vez que a atuação dos agentes internos é 
Inclusão Para a Vida Geografia B 
 
Pré-Vestibular da UFSC 5 
praticamente inexistente em nosso território. Esquematicamente, o geógrafo Jurandir Ross dividiu o relevo brasileiro da 
seguinte forma: 
- Planaltos – terrenos irregulares (com acentuados aclives e declives) e com altitudes superiores a 200 metros; 
- Planícies – terrenos com certa regularidade (sem declives e aclives acentuados) onde prevalecem altitudes que variam 
de 0 a 200 metros; 
- Depressões – terrenos com certa regularidade, mas localizados em altitudes que variam de 200 a 500 metros. 
Essa classificação, concluída em 1995, foi fundamentada com as pesquisas do Projeto Radambrasil. Segundo essa 
classificação, o relevo brasileiro está dividido em 11 Planaltos, 11 Depressões e 6 Planícies. 
Perfil do Relevo Leste-Oeste das Regiões Centro-
Oeste e Sudeste Brasil 
 
UNIDADES DE RELEVO DO BRASIL 
 
FONTE: ROSS,J.L.S.(Org.), Geografia do Brasil. 2.ed. São Paulo: Edusp, 
1998. 
Inclusão Para a Vida Geografia B 
 
Pré-Vestibular da UFSC 6 
Exercícios de Sala ���� 
 
1. (UFSM) O relevo corresponde às formas assumidas 
pelo terreno após serem moldadas pela atuação de 
agentes internos e externos sobre a crosta terrestre. Sobre 
o relevo brasileiro, é correto afirmar: 
 
01. Nunca houve atividade vulcânica no território 
brasileiro, considerando que não há nenhum vulcão 
em atividade. 
02. Apresenta escudos cristalinos de formações rochosas 
antigas datadas do Pré-Cambriano. 
04. Em decorrência da pouca diversidade de formação 
geológica do território brasileiro, há um predomínio 
de planaltos e planícies. 
08. Há pouca incidência de processos erosivos, 
considerando que o relevo brasileiro é, em sua 
maioria, de formação geológica antiga. 
16. A distância do território brasileiro dos limites da 
Placa Tectônica Sul-Americana garante-lhe maior 
estabilidade geológica. 
 
2. (UFRS) O território brasileiro possui grande 
diversidade de formas de relevo, como serras, escarpas, 
planaltos, planícies, depressões e outras. 
 
Na coluna 1, são citadas cinco formas de relevo 
brasileiro; na coluna 2, são apresentadas características 
de três delas. Associe-as adequadamente. 
 
Coluna 1 
1 - cuesta 
2 - planalto 
3 - depressão 
4 - planície 
5 - serra 
 
Coluna 2 
( ) É uma área predominantemente plana em que os 
processos de sedimentação superam os de erosão. 
( ) É uma forma de relevo que possui um lado com 
escarpa abrupta e outro com declive suave. 
( ) É um relevo aplainado, rebaixado em relação ao 
seu entorno e com predominância de processos erosivos. 
 
A sequência correta de preenchimento dos parênteses, de 
cima para baixo, é 
a) 3 - 5 - 4. 
b) 4 - 1 - 3. 
c) 1 - 5 - 2. 
d) 3 - 2 - 1. 
e) 4 - 3 - 2. 
UNIDADE 4 
 
DOMÍNIOS MORFOCLIMÁTICOS DO BRASIL 
 
Os Domínios Morfoclimáticos Brasileiros são regiões com diferenças gritantes entre as características climáticas, 
botânicas, pedológicas, hidrológicas e fitogeográficas demarcadas pelo geógrafo brasileiro Aziz ab’Saber. Essa 
classificação relativamente recente, feita em 1970, divide o extenso território brasileiro em seis partes muito distintas umas 
das outras. 
DOMÍNIOS MORFOCLIMÁTICOS (Azis Ab’Saber) 
 
FONTE: MOREIRA, I. O Espaço Geográfico – Geografia Geral e do Brasil. São Paulo: Ática, 2003. 
Inclusão Para a Vida Geografia B 
 
Pré-Vestibular da UFSC 7 
Exercícios de Sala ���� 
 
1. (UFPel) O Brasil apresenta em seu território uma 
dinâmica dos ambientes naturais resultante da ação 
combinada de vários elementos que o compõem: clima, 
relevo, estrutura geológica, hidrografia, solo e vegetação. 
Observe o mapa dos domínios morfoclimáticos 
brasileiros. 
 
 
Marque a alternativa que relaciona corretamente os 
domínios morfoclimáticos numerados no mapa. 
a) 1, domínio amazônico; 2, faixa de transição; 3, 
domínio do cerrado; e 5, domínio das araucárias. 
b) 3, domínio de mares e morros; 7, faixa de transição; 4, 
domínio da caatinga; e 6, domínio das pradarias. 
c) 2, domínio das pradarias; 4, domínio do cerrado; 7, 
domínio da caatinga; e 5, domínio das araucárias. 
d) 1, domínio amazônico; 3, faixa de transição; 4, 
domínio do cerrado; e 2, domínio da caatinga. 
e) 7, domínio de mares e morros; 1, domínio amazônico; 
3, faixa de transição; e 6, domínio das pradarias. 
 
2. (UFSC) Com base nos seus conhecimentos e a partir 
da interpretação do mapa do Brasil ("Domínios 
morfoclimáticos"), assinale a(s) proposição(ões) 
correta(s). 
 
 
01. Devido a sua localização geográfica, o Domínio 
identificado com o número 5 possui 
predominantemente o tipo climático subtropical 
úmido. 
02. Os Domínios paisagísticos identificados com os 
números 4 e 7 caracterizam os cenários de Dois 
irmãos, de Milton Hatoum. 
04. No Domínio identificado com o número 2, nos vales 
fluviais eram comuns as matas galerias, mas parcela 
significativa foi desmatada para dar lugar à 
agricultura. 
08. O Domínio paisagístico identificado com o número 3 
abriga atualmente as maiores densidades 
demográficas do Brasil. 
16. O Domínio morfoclimático identificado com o 
número 6 é uma região semi-árida em toda a sua 
extensão. 
32. O Domínio paisagístico identificado com o número 1 
é formado, principalmente, por terras baixas e 
paupérrima rede hidrográfica. 
 
UNIDADE 5 
 
RECURSOS HÍDRICOS E OUTROS RECURSOS NATURAIS NO BRASIL 
 
O Brasil possui a maior reserva mundial de recursos hídricos. Abriga em seu território uma das maiores redes hidrográficas 
do planeta– metade de toda a água disponível da América do Sul -, além de extensas reservas de água subterrâneas. Apesar 
de todo esse potencial, o país não está livre do problema da escassez de água. 
O uso predatório dos recursos hídricos, poluição, assoreamento dos rios e desperdício são os principais 
responsáveis pela escassez de água. 
 
Bacias hidrográficas brasileiras 
O Brasil, dada a sua grande extensão territorial e a predominância de climas úmidos, tem uma extensa rede 
hidrográfica. As bacias hidrográficas brasileiras oferecem, em muitos trechos, grandes possibilidades de navegação. Apesar 
disso, o transporte hidroviário é pouco utilizado no país. Em outros trechos, nossos rios apresentam um enorme potencial 
hidrelétrico, bastante explorado no Centro-Sul do país em decorrência da concentração urbano-industrial, mas sub-utilizado 
em outras regiões, como a Amazônia. 
Tecnicamente, a hidrografia brasileira apresenta os seguintes aspectos: 
- Não possui lagos tectônicos, pois as depressões tornaram-se bacias sedimentares. Em nosso território, só há lagos 
de várzea (temporários, muito comuns no Pantanal) e lagoas costeiras, como a dos Patos (RS) e a Rodrigo de 
Freitas (RJ), formadas por restingas. 
- Todos os rios brasileiros, com exceção do Amazonas, possuem regime pluvial. Uma pequena quantidade da água 
do rio Amazonas provém do derretimento de neve na cordilheira dos Andes, caracterizando um regime misto 
(nival e pluvial). 
Inclusão Para a Vida Geografia B 
 
Pré-Vestibular da UFSC 8 
- Todos os rios são exorreicos. Mesmo os que correm para o interior têm como destino final o oceano, como o 
Tietê, afluente do rio Paraná, que por sua vez deságua no mar (estuário do Prata). 
- Há rios temporários apenas no Sertão nordestino, onde o clima é semi-árido. No restante do país, os rios são 
perenes. 
- Predominam rios de planalto em áreas de elevado índice pluviométrico. A existência de muitos desníveis no 
terreno e o grande volume de água possibilitam a produção de hidreletricidade. 
- Com exceção do rio Amazonas, que possui foz mista (delta e estuário), e do rio Parnaíba, que possui foz em delta, 
todos os rios brasileiros que deságuam livremente no oceano formam estuários. 
 
As principais bacias hidrográficas brasileiras são: 
 
 
 
 
Aquífero Guarani, um mar potável subterrâneo 
Denominam-se aquíferos as reservas de água subterrâneas, que representam uma alternativa estratégica ao problema de 
falta de água. No Brasil, o principal deles é o aquífero Guarani, maior reserva de água doce da América do Sul. (...) 
Esse verdadeiro mar potável subterrâneo estende-se por cerca de 1,2 milhão de Km2, dois terços dos quais em território 
brasileiro, onde atinge oito estados do centro-sul do país (MT, MS, GO , MG, SP, PR, SC e RS). O restante prolonga-se por 
Uruguai, Argentina e Paraguai. (...) 
Adaptado de Aureliano Biancarelli para o jornal Folha de São Paulo, 19 de maio de 1996. 
 
 
 
 
 
 
 
 
Inclusão Para a Vida Geografia B 
 
Pré-Vestibular da UFSC 9 
UNIDADE 6 
 
CONSUMO E DISPONIBILIDADE DE OUTROS RECURSOS NATURAISDO ESPAÇO BRASILEIRO 
 
 
Os materiais e condições da natureza que são 
economicamente úteis para os seres humanos são 
chamados de recursos naturais. É conforme o tratamento 
dado pelo homem que os recursos naturais podem 
transformar-se em riquezas – associando-se a eles os 
recursos culturais: planejamento, tecnologia, emprego 
de capitais, etc. 
A retirada dos recursos naturais do meio em 
que foram formados ocorre com o extrativismo, que 
pode ser vegetal, mineral ou animal. 
No Brasil, realiza-se desde a extração dos produtos 
feitos com as próprias mãos (”coleta”), até o uso de 
máquinas e técnicas avançadas (extrativismo 
propriamente dito). 
Recursos Naturais Vegetais 
As formações vegetais brasileiras apresentam grande 
variedade de produtos aproveitados economicamente. No 
entanto, sua extração emprega menos de 2% da 
população economicamente ativa e sua participação na 
renda interna tem um percentual ainda menor. 
O extrativismo vegetal destaca-se principalmente nas 
regiões menos desenvolvidas, onde a agricultura 
comercial é pouco expressiva. Caracteriza-se por ser 
quase sempre feito sem nenhum critério, provocando 
a degradação ambiental, causada pelo enorme 
desperdício e pelas precárias condições sócio-
econômicas da população que se dedica à coleta. 
Recursos Naturais Minerais 
A produção mineral é uma atividade que exige obras de 
infraestrutura extremamente caras (ferrovias, rodovias, 
portos, etc), e o retorno do capital aplicado nem sempre é 
rápido ou viável. 
Além disso, envolve grandes riscos, pois os 
preços dos minérios oscilam no mercado muito mais em 
função dos interesses das grandes empresas 
internacionais atuantes no setor, do que dos custos de 
produção. As empresas que não dispõem de capital de 
risco, como as do setor privado brasileiro, têm poucas 
chances de sobreviver na atividade. Tal fato explica a 
grande participação do Estado e do capital estrangeiro no 
processo de crescimento da produção mineral do Brasil. 
Minerais são massas inorgânicas naturais de 
composição química definida, encontrados normalmente 
na crosta terrestre. Em geral são sólidos – somente a 
água e o mercúrio se apresentam no estado líquido. 
Minérios são minerais ou associações de 
minerais que podem ser explorados comercialmente, 
sendo utilizados na composição de metais. É o caso do 
mineral bauxita, do qual é extraído o minério alumínio, 
ou da hematita (mineral), da qual se extrai o ferro 
(minério). 
Juntamente com os Estados Unidos, Canadá, 
Rússia, Austrália e China, o Brasil forma o grupo de 
países com os maiores e melhores recursos naturais 
minerais do mundo. Vejamos os mais importantes, 
conforme o volume de consumo interno e o valor das 
exportações
Exercícios de Sala � 
 
1. (UFPE) "As características físicas do Brasil, em especial 
a grande extensão territorial e a existência de rios 
caudalosos, aliadas às dimensões relativamente reduzidas 
das reservas de combustíveis fósseis, foram determinantes 
para a implantação de um parque gerador de energia elétrica 
de base predominantemente hidráulica." 
 
A leitura do texto nos leva a afirmar, corretamente,que: 
( ) o conhecimento do potencial hidrelétrico brasileiro é 
de grande importância para o desenvolvimento das 
atividades de planejamento da expansão dos sistemas 
elétricos. 
( ) os rios de planalto, no Brasil, são os que melhor se 
prestam à produção de energia elétrica, como, por exemplo, 
o rio Paraná. 
( ) o principal problema da produção de energia elétrica 
de base hidráulica, no Brasil, é que a maioria dos rios de 
planície possui um regime pluvional. 
( ) os rios São Francisco e Paraná possuem um grande 
potencial para a produção de energia porque são 
amplamente meandrantes e atravessam faixas de rochas 
semelhantes. 
( ) a exploração do potencial hidrelétrico brasileiro é 
exclusivamente efetuada por grandes empresas estatais, pois 
os custos de produção são elevadíssimos. 
 
2. (UFSC) "Nunca comemos tão bem. Peixes, os mais 
variados, de sabor incomum, cobriam a mesa: costela de 
tambaqui na brasa, de tucunaré frito, pescada amarela 
recheada de farofa." 
"Dias e noites no quarto, sem dar um mergulho nos igarapés, 
nem mesmo aos domingos, quando os manauaras saem ao 
sol e a cidade se concilia com o Rio Negro. [...] O pai 
tampouco entendia por que ele renunciava à juventude, ao 
barulho festivo e às serenatas que povoavam de sons as 
noites de Manaus. " 
 HATOUN, Milton."Dois Irmãos". São Paulo: Companhia das 
Letras, 2004, p. 32; 163. 
 
A partir da leitura dos trechos anteriores, assinale a(s) 
proposição(ões) correta(s) sobre o quadro físico e 
socioeconômico do Domínio Morfoclimático Amazônico.01. Costuma-se dividir as águas fluviais da Amazônia em 
dois tipos: os rios de águas claras e os de águas escuras. 
02. As elevadas altitudes compreendem toda a extensão do 
Domínio Amazônico. 
Inclusão Para a Vida Geografia B 
 
PRÉ-VESTIBULAR DA UFSC 
 
10
04. Os rios de águas escuras da Amazônia são ricos em 
sais minerais dissolvidos e apresentam pouca matéria 
orgânica. 
08. A piscosidade dos rios amazônicos é, em geral, elevada. 
16. Os igarapés são os braços de água que ligam dois rios ou 
um rio e um lago. 
32. No século XIX, o ciclo do algodão deu novo impulso à 
ocupação do Domínio Amazônico. Algumas cidades 
como Manaus e Rio Branco cresceram vertiginosamente. 
 
3. (UEPG) A respeito da rede hidrográfica brasileira, 
assinale o que for correto. 
01. A Bacia Amazônica, a mais vasta do mundo, tem 
potencial hidrelétrico, mas apresenta o inconveniente de 
que, em função de a maioria de seus rios serem de 
planície, o represamento deles provocará a inundação de 
vastas áreas cobertas de florestas. 
02. As Bacias do Rio Paraná e do Rio São Francisco, nas 
quais predominam rios de planalto, têm elevado poder 
hidrelétrico. Neles está instalada a maior parte das usinas 
hidrelétricas do país. 
04. Os rios de planície da Bacia Amazônica têm como 
funções principais o transporte fluvial e o sustento das 
populações ribeirinhas, por causa da abundância da 
pesca. 
 08. As Bacias Platina, Amazônica e do São Francisco são 
genuinamente brasileiras, pois seus rios formadores, seus 
afluentes e subafluentes banham apenas território 
brasileiro. 
16. A construção de usinas hidrelétricas em regiões da Bacia 
Amazônica provocaria, além do afogamento de áreas de 
florestas, a realocação de povos indígenas das áreas 
inundadas e prejuízos à rica fauna. 
 
 
UNIDADE 7 
 
DEMOGRAFIA BRASILEIRA 
 
Projeção da População Brasileira - 2010 e 1050 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
IBGE: EXPECTATIVA DE VIDA SOBE 3,4 ANOS EM UMA DÉCADA 
 
A Síntese de Indicadores Sociais 2008 do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) aponta que houve um 
aumento de 3,4 anos na expectativa de vida do brasileiro de 1997 para 2007. A expectativa de vida passou de 69,3 para 72,7 
anos. 
http://noticias.uol.com.br/ultnot/infografico/2008/09/24/ult3224u92.jhtm 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Inclusão Para a Vida Geografia B 
 
PRÉ-VESTIBULAR DA UFSC 
 
11
A Densidade Demográfica do Brasil 
 
 
FONTE: IBGE. Atlas Geográfico Escolar. 2ed. IBGE: Rio de Janeiro, 2004. 
 
 
 
 
 
Inclusão Para a Vida Geografia B 
 
PRÉ-VESTIBULAR DA UFSC 
 
12
 
 
PNAD, 2007. (Estadao.com.br) 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Inclusão Para a Vida Geografia B 
 
PRÉ-VESTIBULAR DA UFSC 
 
13
 
PNAD, 2007. (Estadao.com.br) 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Exercícios de Sala � 
 
1. Comparando as três pirâmides etárias do Brasil, podemos 
afirmar que: 
 
 
 
 
 
 
 
a) Houve uma forte queda de natalidade a partir dos anos 40. 
b) O crescimento vegetativo aumentou na última década. 
c) A revolução sanitária da globalização provocou drástica 
queda da mortalidade e o consequente aumento do 
crescimento vegetativo. 
d) O estreitamento da base indica diminuição percentual da 
população jovem. 
e) O afunilamento do topo verificado no final do século XX 
indica aumento de expectativa de vida. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Inclusão Para a Vida Geografia B 
 
PRÉ-VESTIBULAR DA UFSC 
 
14
2. O mapa a seguir demonstra: 
 
 
 
a) A marcha da industrialização brasileira. 
b) Fluxo de migrações no século XX. 
c) Extrativismo mineral. 
d) As frentes pioneiras da agricultura brasileira. 
e) A nova expansão industrial do século XX. 
 
 
 
 
 
 
3. Os mapas indicam o IDH no Brasil, por estado, em dois 
momentos. 
 
Está correto afirmar que, nesse período, o IDH 
 
a) melhorou em todo o país e elevou a posição do Brasil na 
classificação mundial. 
b) permaneceu baixo em estados do Nordeste, apesar da 
implementação de programas sociais. 
c) estagnou nas áreas mais ricas do país, resultado de uma 
política de distribuição de renda. 
d) cresceu nas áreas de maior concentração urbana do Brasil, 
depois da diminuição do fluxo migratório. 
e) continuou baixo na Amazônia, mesmo com a expansão da 
fronteira agrícola, baseada no cultivo da soja. 
 
UNIDADE 8 E 9 
 
A DIVISÃO REGIONAL DO ESPAÇO BRASILEIRO E A REGIÃO SUL DO BRASIL 
 
AS REGIÕES DO BRASIL 
 
A divisão regional do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) identifica cinco regiões no Brasil: Norte, Nordeste, 
Sudeste, Sul e Centro-Oeste. 
 
Além dos fatores naturais, humanos e econômicos, essa divisão considera os limites dos estados. 
 
Inclusão Para a Vida Geografia B 
 
PRÉ-VESTIBULAR DA UFSC 
 
15
REGIÕES GEOECONÔMICAS 
 
Região geoeconômica é a porção territorial que apresenta um mesmo quadro sociocultural e econômico, quase sempre como 
consequência de um quadro físico comum. 
No caso das regiões geoeconômicas brasileiras, são consideradas a presença de três grandes complexos regionais no 
país: Amazônia, Nordeste e Centro-Sul. Tal divisão leva em conta os aspectos físicos, humanos e econômicos, desprezando os 
limites estaduais e privilegiando os aspectos geográficos mais marcantes na definição de tais áreas: o quadro natural na Amazônia, 
o aspecto social nordestino e o quadro econômico no Centro-Sul. 
 
 
 
ASPECTOS SOCIOECONÔMICOS DA REGIÃO SUL 
 
A Região Sul do Brasil, definida pelo IBGE, consta dos Estados do Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul. Ela representa 
6,8% do território nacional e possui, em uma densidade demográfica de 41 hab./km2, 15% do total da população do país. 
As características do clima subtropical não favoreceram o povoamento especulativo nessa região, como ocorreu na fachada 
atlântica do país. A ocupação iniciou-se com a criação de gado para a produção de charque e de couro, mas só se efetivou com a 
imigração europeia do século XIX, principalmente de italianos, alemães e eslavos, que introduziram formas novas de 
aproveitamento econômico do espaço: pequena propriedade, o policultivo, a associação agricultura-pecuária e a exploração 
direta da terra. 
A produção agropecuária é muito diversificada: trigo e soja plantados no planalto; arroz e lã, no RS; couro e carne na 
Campanha Gaúcha; milho, feijão, batata, fumo e outros produtos. 
Entre 1970 e 2000, a participação da região no total da produção industrial brasileira subiu de 11% para 18%. No Paraná, 
o principal parque industrial localiza-se em torno da capital, com indústrias alimentícias, madeireiras, indústrias químicas, de 
material elétrico, de transporte e automobilística. A produção industrial do Rio Grande do Sul está concentrada na região 
metropolitana de Porto Alegre, secundada pela área de Caxias do Sul, importante pólo metal-mecânico. Em Santa Catarina, a 
indústria alimentícia e de vestuário, que atuam desde o início de século XX, modernizaram-se graças aos capitais agroindustriais; 
indústrias mecânicas e de material elétrico também foram atraídas pelo estado. Diferente dos outros estados do Sul, em Santa 
Catarina, o parque industrial não se concentra na capital, mas está disperso pelas áreas de colonização alemã, sobretudo Blumenau 
e Joinville. 
Nos últimos anos, tem ocorrido um maior desenvolvimento das atividades primárias e secundárias, em virtude da 
proximidade com países do Mercosul. 
InclusãoPara a Vida Geografia B 
 
PRÉ-VESTIBULAR DA UFSC 
 
16
Exercícios de sala ���� 
 
1. (UFRS) Alguns tipos de poluição das águas têm causas 
naturais, mas a maioria é causada pelas atividades humanas. 
O mapa a seguir mostra áreas em que ocorrem problemas 
que afetam os recursos hídricos dos Estados do Rio Grande 
do Sul e de Santa Catarina. 
 
Com base nos dados apresentados no mapa, preencha as 
lacunas do texto a seguir. 
As áreas do mapa em que os recursos hídricos são 
contaminados por efluentes com agrotóxicos derivados das 
lavouras de arroz são as de número.......... ; as contaminadas 
pelos resíduos provenientes de abatedouros de porcos e aves 
são as de número.........; e as contaminadas pelos rejeitos 
oriundos de atividades mineradoras são as de número 
.............. 
A alternativa que preenche corretamente as lacunas do texto, 
na ordem em que aparecem, é 
a) 1, 2 e 3. 
b) 1, 3 e 2. 
c) 2, 1 e 3. 
d) 2, 3 e 1. 
e) 3, 2 e 1. 
 
2. (G1) O Complexo Regional do Centro-Sul possui áreas 
que se individualizam em virtude do seu desenvolvimento 
econômico. Associaram-se incorretamente as unidades 
desse Complexo às suas respectivas atividades econômicas 
em: 
a) Porção sul de Goiás - cultivo de arroz e de soja. 
b) Quadrilátero Ferrífero - exploração de minério de 
manganês. 
c) Triângulo Mineiro - fabricação de automóveis e produtos 
químicos. 
d) Norte do Rio de Janeiro e Espírito Santo - extração de 
petróleo. 
3. (G1) A região Sul representa 6,5% do território nacional, 
possui 15% da população brasileira e faz parte do Complexo 
Regional do Centro-Sul. 
 
Referindo-se a essa região, é correto afirmar que 
a) a grande propriedade e a monocultura transformaram essa 
área em um dos grandes esteios agrícolas do País. 
b) o meio ambiente subtropical favoreceu o povoamento 
especulativo como ocorreu na fachada atlântica do País. 
c) a expansão da fronteira agrícola, nos últimos anos, 
aumentou sua produção agropecuária e sua participação 
na economia nacional. 
d) a criação de uma significativa rede de transportes e a 
proximidade com o Sudeste contribuíram para o 
desenvolvimento do seu parque industrial. 
 
4. Analise as alternativas que se referem às atividades 
econômicas da Região Sul do Brasil. Identifique a 
alternativa incorreta. 
a) A área industrial da região metropolitana de Porto Alegre 
é a mais recentemente implantada, destacando-se a 
refinaria Presidente Vargas e as indústrias 
automobilísticas. 
b) Dos Estados do Sul, destaca-se Santa Catarina na 
produção de carvão mineral, com 70% da produção 
nacional. 
c) A agricultura do Sul é a mais próspera do país, devido ao 
clima, à topografia favorável, à mecanização e à técnica 
d) O talco é explorado no Paraná, que é o maior produtor 
nacional. A área de exploração situa-se próxima a Ponta 
Grossa em Itaiacoca. 
e) A região Sul possui o maior rebanho de ovinos do país e o 
maior parque frigorífico para abate e industrialização de 
aves. 
 
 
 
 
 
UNIDADE 10 
 
INDUSTRIALIZAÇÃO NO BRASIL 
 
O processo de concentração industrial no Brasil 
As primeiras indústrias a surgir no Brasil foram as de bens 
de consumo não-duráveis – alimentícias e têxteis. Essas 
atividades, com máquinas movidas à energia elétrica, 
surgem no final do século XIX. 
A economia agroexportadora cafeeira teve 
contribuição decisiva na geração de capital necessário para 
sustentar o processo de industrialização, que surgia ao 
mesmo tempo em que o Estado fomentava a vinda de 
imigrantes para o trabalho livre. 
A partir da década de 1930, além das indústrias de 
bens não-duráveis, instalaram-se paulatinamente os setores 
de bens de consumo duráveis, de bens intermediários e de 
bens de capital. O Estado passou a atuar como agente 
planejador da economia, formulando políticas específicas 
para favorecer a instalação dos diferentes setores industriais 
– com uma política energética e de financiamento. 
Inclusão Para a Vida Geografia B 
 
PRÉ-VESTIBULAR DA UFSC 
 
17
A partir de 1950, por meio dos investimentos das 
multinacionais, a industrialização brasileira se expandiu. 
Com a participação do capital externo, coube ao Estado o 
investimento em infra-estrutura de energia, transporte e 
comunicações, e implantação de indústrias pesadas 
(siderúrgica, metalúrgica, petróleo, eletricidade e 
mineração), a modernização da agricultura e a formulação 
de políticas de desenvolvimento regional. 
Esse processo promoveu uma concentração 
industrial na Região Sudeste do Brasil, o qual prosseguiu até 
por volta de 1970. A atividade industrial aproveitou uma 
série de condições favoráveis criadas em São Paulo pelo 
café: mão de obra, mercado consumidor, eletricidade, 
transportes e excelente sistema bancário. Minas Gerais, 
Paraná e até Santa Catarina ganharam com essa 
concentração industrial, ampliando as sua infraestrutura e 
atividades econômicas. 
 
Fatores fundamentais para impulsionar o 
desenvolvimento industrial do Brasil: 
- a ocorrência da Primeira e Segunda 
Guerras Mundiais; 
- ampliação e reequipamento do parque 
industrial após a Segunda Guerra Mundial; 
- instalação da CSN (Companhia 
Siderúrgica Nacional) de Volta Redonda, em 1946; 
- Plano de Metas (governo de Juscelino 
Kubitscheck) para o setor de energia e transporte. 
Desconcentração Industrial 
Por volta de 1970, começou a ocorrer uma relativa 
desconcentração industrial no Brasil, com decréscimo 
relativo de São Paulo e crescimento maior em outras 
unidades da Federação (Rio Grande do Sul, Santa Catarina, 
Bahia, Minas Gerais, Goiás, Amazonas, Mato Grosso e 
outras). É importante ressaltar que não foi tanto uma 
regressão da atividade industrial em São Paulo, mas um 
maior crescimento em outros estados. Entre os fatores que 
contribuíram para essa deseconomia de escala, podemos 
citar: 
- custos elevados de impostos; 
- terrenos demasiadamente caros; 
- congestionamentos frequentes no trânsito; 
- elevados custos para moradia, transporte e alimentação (o 
que implica maiores salários); 
- incentivos de outros estados e municípios para atrair 
empresas (lotes baratos, infraestrutura, isenção de impostos, 
etc). 
Graças a sua proximidade geográfica e a densa rede de 
transporte e comunicações, a Região Sul foi beneficiada com 
o processo de desconcentração industrial do Sudeste. O setor 
secundário foi o que mais se desenvolveu ao longo das 
últimas décadas. Atualmente, várias empresas nacionais e 
estrangeiras têm sido atraídas para a região, interessadas no 
amplo mercado dos países do Cone Sul. O eixo Porto 
Alegre-Caxias do Sul e o parque industrial de Curitiba são 
destaque nesse processo. Em Santa Catarina, as indústrias 
tradicionais se modernizaram, atraindo empresas dos setores 
mecânicos e elétrico por quase todo o estado. 
No Nordeste houve a expansão das indústrias de bens 
intermediários dos setores químicos (Recife), petroquímico 
(Bahia) e de material elétrico, bem como a modernização 
das indústrias de bens de consumo. 
A agroindústria é o destaque na Região Centro-Oeste. No 
eixo Campo Grande-Goiânia-Brasília, há destaque para as 
indústrias madeireira, farmacêutica, de borracha e de papel. 
Na Região Norte, a expansão da Zona Franca de Manaus foi 
responsável pelo crescimento da atividade industrial, com 
destaque para as indústrias do setor de eletroeletrônicos, do 
setor óptico e as atividades industriais extrativas ligadas à 
riqueza mineral do Pará. 
 
Exercícios de Sala 
 
1. (Fatec) Analise o gráfico para responder à questão. 
 
 
A leitura do gráfico e os conhecimentos sobre o contexto 
econômico nacional permitem afirmar que: 
 
a) a globalização econômica e a abertura dos mercados 
brasileiros às importações industriais reduziram o 
mercado de trabalho no Sudeste.b) a internacionalização da economia a partir da década de 
1970 foi um fator determinante para a estagnação do 
mercado de trabalho nas regiões Sudeste e Nordeste. 
c) a abertura das fronteiras agrícolas para as áreas centrais 
do país reduziu os investimentos industriais e, portanto, a 
demanda de trabalhadores. 
d) a descentralização industrial promovida pelas políticas do 
Estado exerceu forte influência sobre o remanejamento 
da produção e do emprego. 
e) as sucessivas crises econômicas durante os anos de 
1980 e 90 foram responsáveis pela migração do 
emprego do Sudeste para outras regiões brasileiras. 
Inclusão Para a Vida Geografia B 
 
PRÉ-VESTIBULAR DA UFSC 
 
18
2. (UECE) No que se refere à industrialização brasileira, 
assinale o incorreto. 
 
a) Após a Segunda Guerra Mundial, a queda na capacidade de 
importação, em virtude da dificuldade cambial e das crises 
no comércio internacional, leva a industrialização 
brasileira a inaugurar o processo de substituição de 
importações. 
b) Além da crise econômica mundial, um dos fatores que 
contribuíram para o impulso da atividade industrial foi a 
subordinação ao capital açucareiro paulista que, no início 
do século XX, dominava a pauta das exportações. 
c) A crescente diferenciação intrarregional, sobretudo entre o 
Nordeste e as demais regiões brasileiras, ensejou um 
projeto de industrialização de base autônoma proposto 
pelo GTDN/SUDENE. 
d) O capital industrial, originado ainda no final do século 
XIX, foi uma consequência da acumulação do capital no 
setor cafeeiro. 
3. (UFC) A interiorização da indústria no Nordeste brasileiro 
tem contribuído para eliminar gradativamente a separação 
entre cidade e campo, propiciando a unificação destes espaços. 
Assinale a alternativa que indica de modo correto um fator 
associado à industrialização do campo que contribui para esta 
unificação. 
 
a) Presença do trabalhador assalariado do campo - boia-fria - 
na periferia da cidade. 
b) Melhoria significativa dos salários dos trabalhadores do 
campo e da cidade. 
c) Fim das práticas agrícolas em áreas próximas a grandes 
centros urbanos. 
d) Aumento das associações conjuntas de trabalhadores 
urbanos e rurais. 
e) Expansão de indústrias de sede local nas áreas rurais. 
 
UNIDADE 11 
 
AGROPECUÁRIA DO BRASIL 
 
BRASIL, CELEIRO FUTURO DO MUNDO? 
 
Sob o comando do mercado internacional, agronegócio se expande e reorganiza os espaços produtivos no território brasileiro 
 
 A agropecuária está na origem de uma cadeia produtiva ligada a um 
conjunto de atividades industriais e de serviços que se denominam agronegócio. Se 
a atividade agropecuária é responsável por aproximadamente 10% do PIB do 
Brasil, o agronegócio é responsável por um terço do PIB, 35% dos empregos e 
40% das exportações. 
Nos últimos anos, o Brasil se tornou um dos maiores produtores e 
exportadores de commodities agropecuárias do mundo. Atualmente é líder mundial 
na exportação de açúcar, café, suco de laranja, soja, tabaco, carne bovina e frango. 
Está entre os maiores produtores de álcool, algodão e milho. Embora o volume de 
produção seja crescente, os produtos exportados são, em grande parte, de baixo 
valor agregado. Por isso, a participação do Brasil no mercado mundial de bens 
agrícolas é de apenas 4%. 
As vantagens 
comparativas do Brasil, 
especialmente nos aspectos 
naturais, são enormes. Vastas 
áreas de relevo pouco acidentado, condições edáficas e climáticas favoráveis, 
recursos hídricos abundantes. Segundo a Organização das Nações Unidas para a 
Agricultura e Alimentação (FAO), o Brasil possui um estoque de 300 milhões de 
hectares de terras a serem utilizadas. Gigantes territoriais como Rússia, Estados 
Unidos, Índia, China, Austrália e Canadá possuem extensões bem menores de terras 
disponíveis 
Existe também um contexto internacional favorável para o Brasil nos 
próximos anos. Há um cenário de aquecimento da demanda por alimentos por conta 
do crescimento econômico global e da população mundial, especialmente da China, 
grande importador do Brasil, e da Índia, um mercado promissor. 
Mas nem tudo são flores, pois um leque de obstáculos externos e internos 
limita a expansão das exportações. Os primeiros abrangem, antes de tudo, os vários 
tipos de protecionismo (subsídios, cotas, barreiras tarifárias e não-tarifárias) 
utilizados especialmente pelos países mais desenvolvidos. Mas incluem até um 
possível aumento da produção agrícola de vários países africanos que ainda 
possuem expressivos estoques de terras disponíveis. 
Inclusão Para a Vida Geografia B 
 
PRÉ-VESTIBULAR DA UFSC 
 
19
 Internamente, os maiores entraves estão ligados à precariedade da 
infraestrutura viária (rodovias, ferrovias, portos). Pelo menos metade da 
produção agropecuária é transportada por rodovias – e cerca de 75% delas estão 
em péssimo estado. Apesar de melhorias parciais, as ferrovias são quase sempre 
precárias e os portos, geralmente ineficientes. Resultado: o preço dos produtos 
exportados fica menos competitivo. 
A asfixiante carga tributária e o baixo financiamento da produção e 
investimento em pesquisas são também obstáculos importantes. Além disso, a 
valorização do real perante o dólar encareceu as exportações. Há, ainda, a 
questão do controle fitossanitário que, nos últimos anos, foi negligenciado, o 
que abriu caminho para o ressurgimento de focos de febre aftosa. Em 2005, 
dezenas de países impuseram embargo à carne brasileira. Mais do que as 
qualidades e o crescimento da concorrência internacional, são as deficiências 
internas que sabotam o sonho de transformação do Brasil no “celeiro do 
mundo”. 
A evolução espacial da produção agropecuária no Brasil apresenta três grandes movimentos simultâneos: o deslocamento da 
pecuária e das culturas de grãos e algodão para a área dos cerrados e região amazônica; a intensificação de novas tecnologias nas 
regiões mais desenvolvidas; o crescimento das áreas “conquistadas” pela irrigação em porções do semi-árido nordestino. 
A expansão nas áreas de cerrado só foi possível pelas transformações tecnológicas que permitiram a incorporação produtiva 
dessas áreas. A criação de infraestruturas e os incentivos fiscais do governo foram fatores importantes para essa evolução. Nesse 
processo, foi determinante a ação da Embrapa (Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária), trabalhando conjuntamente com 
universidades e centros de pesquisas. Hoje, a região dos cerrados, que tem nas regiões Centro-Oeste e Nordeste sua maior extensão, 
está cada vez mais especializada na produção de grãos (especialmente soja), algodão e pecuária bovina. 
O dinamismo nessas duas regiões tem implicações 
econômico-sociais e ambientais. A expansão da produção em 
padrões modernos e em regiões de baixa densidade demográfica 
exerce um forte efeito econômico sobre as atividades urbanas, 
impulsionando a demanda de insumos, máquinas, equipamentos 
e serviços em geral. 
Do ponto de vista ambiental, a expansão da produção 
acelerou a destruição do ecossistema do cerrado, que hoje só possui 
cerca de 20% de sua cobertura original. Este processo de conquista 
de novos espaços, especialmente em Mato Grosso, “empurrou” as 
atividades agropecuárias do cerrado para áreas florestais das franjas 
meridional e oriental da Amazônia, gerando uma extensa área de 
terras degradadas – o “arco do desmatamento” – que se estende do 
oeste do Maranhão ao leste do Acre. O processo contribuiu para 
que, hoje, mais de 17% da vegetação florestal original tenha sido 
destruída. 
Ao mesmo tempo, mudanças estruturais aconteceram na 
agropecuária no Centro-Sul. Um dos melhores exemplos é São Paulo, que perdeu participação na produção de grãos, mas apresentou 
forte crescimento na produção de cana-de-açúcar, laranja e fruticultura, indicando uma opçãopelos cultivos de maior valor agregado. 
Na Região Nordeste, dois fenômenos mais ou menos recentes modificaram o panorama regional: a expansão de grãos nos 
cerrados da Bahia, Maranhão e Piauí e o desenvolvimento de projetos de irrigação em regiões do semi-árido. No caso da agricultura 
irrigada, destacam-se os que se verificam no médio vale do São Francisco (pólo fruticultor de Petrolina-Juazeiro) e nos vales do Açu 
(RN), Acaraú (CE) e Parnaíba (PI). 
Nessas áreas, a atividade de maior expressão é a fruticultura com destaque para uva, manga, mamão. A produção é realizada 
ao longo de todo o ano, por conta do clima quente e seco, o que permitiu não só o aumento das exportações como também o 
abastecimento regular do mercado interno, antes sujeito às variações sazonais da oferta. Aos efeitos positivos sobre a geração de renda 
e emprego nessas áreas somam-se as novas possibilidades de integração produtiva com a indústria. 
FONTE: MAGNOLI , Demétrio. Disponível em: < http://www.clubemundo.com.br/noticia_show.asp?id=1042&prod=1> Acessado em 05 de março de 2009. 
 
Exercícios de Sala 
 
1. (G1) O uso indiscriminado de produtos químicos na agricultura brasileira vem crescendo, conforme divulgação do IBGE, e tem 
acarretado consequências, como 
 
a) poluição das águas e contaminação dos alimentos. 
b) eliminação total das pestes e elevação da temperatura do ar. 
c) redução das áreas aráveis e aumento da poluição atmosférica. 
d) expansão das terras irrigadas e alteração na camada de ozônio. 
 
Inclusão Para a Vida Geografia B 
 
PRÉ-VESTIBULAR DA UFSC 
 
20
2. (G1) O processo de modernização das atividades agrárias 
no Brasil, a partir da década de 1970, 
a) proporcionou significativa queda na produção, reduzindo as 
exportações agrícolas. 
b) restringiu o uso de agrotóxicos na agricultura intensiva, 
para preservar o meio ambiente. 
c) privilegiou os pequenos e médios proprietários rurais, 
favorecendo-lhes aquisição de terra. 
d) incorporou uma nova dinâmica nas relações trabalhistas, 
introduzindo a mão de obra assalariada nas áreas rurais. 
 
 
 
3. (UFT) A modernização na agricultura tem estreitado as 
diferenças entre o campo e a cidade no Brasil. Tomando como 
exemplo os boias-frias em São Paulo e as manifestações, do 
MST nas principais cidades de todas as regiões do país, é 
incorreta a compreensão de que: 
a) Há um "novo" rural no Brasil. 
b) As lutas dos movimentos sociais no campo, a partir da 
Nova República, têm se constituído como relações arcaicas 
de produção e estão percorrendo o caminho inverso ao 
desenvolvimento da agricultura moderna brasileira. 
c) O governo federal não consegue avançar nas realizações de 
políticas públicas em favor dos pequenos agricultores. 
d) O espaço urbano se transforma em lugar de visibilidade 
para as lutas dos camponeses pela reforma agrária. 
 
UNIDADE 12 
 
A URBANIZAÇÃO DO BRASIL 
 
A urbanização corresponde à transferência de populações originárias das zonas rurais em direção às cidades. A urbanização só ocorre 
quando a população das cidades cresce mais que a rural, como resultado da migração campo-cidade. O crescimento urbano, por sua 
vez, diz respeito ao aumento da população que vive nas cidades e resulta apenas do crescimento natural ou vegetativo da população 
urbana. 
A aceleração do processo de urbanização no Brasil ocorre a partir de 1940. Em 1970, a maior parte da população já vivia na 
zona urbana, o que refletiu a modernização econômica e o grande desenvolvimento industrial, possível graças à entrada em grande 
escala de capital estrangeiro no país. 
Entretanto, ao mesmo tempo em que acelerou o ritmo do desenvolvimento econômico do país, a introdução de indústrias 
baseadas num padrão tecnológico típico dos países desenvolvidos criou problemas sociais. A modernização da economia atraiu mais 
trabalhadores do que as novas atividades conseguiam absorver, resultando em desemprego e em graves problemas sociais nas 
principais cidades do Brasil. 
 
 
 
Hierarquia Urbana - Esse conceito está baseado na noção de rede urbana, um conjunto integrado de cidades que 
estabelecem relações econômicas, sociais e políticas entre si. A hierarquia urbana brasileira produz duas formas de avaliação: 
Modelo Industrial ou tradicional – Quanto maior o centro urbano, mais diversificada é sua infraestrutura econômica e 
maiores as possibilidades de coordenar os principais fluxos de mercadorias e serviços, influenciando as outras cidades de sua rede. 
Temos, nesse modelo, as metrópoles globais, regionais e os centros regionais. 
Inclusão Para a Vida Geografia B 
 
PRÉ-VESTIBULAR DA UFSC 
 
21
Modelo Informacional – A implantação de modernos sistemas de transporte e de comunicações reduziu as distâncias e 
possibilitou a fragmentação das atividades econômicas, que se difundiram por todo o país e hoje são coordenadas a partir de diretrizes 
produzidas nos grandes centros nacionais e internacionais. Nesse modelo, as cidades não se relacionam apenas com os centros 
maiores aos quais se subordinavam na antiga hierarquia urbana, havendo uma ruptura com a hierarquia urbana tradicional. 
REGIÕES METROPOLITANAS BRASILEIRA 
 
Os problemas sociais das grandes cidades 
Um dos problemas mais graves das grandes aglomerações 
urbanas é a habitação. Nas últimas décadas, multiplicaram-se 
os cortiços e as favelas (80% em regiões metropolitanas), 
onde as condições de salubridade são precárias e o terreno é 
sujeito a deslizamentos e enchentes. Em muitos casos, a 
alternativa foi procurar áreas mais afastadas, o que resultou na 
ampliação da área urbanizada e das distâncias no interior das 
grandes cidades. Soma-se a esse fato, o desemprego, a 
deterioração dos serviços populares de assistência médico-
hospitalar, falta de transportes coletivos e de infraestrutura 
urbana, como pavimentação, luz, água e coleta de esgotos. 
Outro problema comum nas grandes cidades 
brasileiras é a violência. Os acidentes de trânsito, com 
milhares de feridos e mortos a cada ano, têm índices bem altos 
no Brasil. Tal número se deve ao descaso das autoridades, a 
abusos e impunidade dos motoristas e desrespeito dos/aos 
pedestres e ciclistas. A violência policial, especialmente sobre 
a população mais pobre, também é frequente no Brasil. Ao 
mesmo tempo, cresce cada vez mais o número de assaltos e 
assassinatos, frutos do crescimento do desemprego, da ação do 
tráfico de drogas e da falta de assistência às famílias pobres e 
vítimas da violência. 
Para amenizar essas questões urbanas, cada vez mais 
ouvimos falar em planejamento urbano, entretanto, se não 
houver uma participação democrática dos moradores, essas 
iniciativas não serão suficientes. 
 
 
 
Exercícios de Sala 
 
1. (PUC-RS) INSTRUÇÃO: Para responder à questão, analise 
os mapas e as afirmativas referentes ao aumento das cidades 
com mais de 500 mil habitantes no Brasil, preenchendo os 
parênteses com V para verdadeiro e F para falso. 
 
 
 
 
Quanto às cidades brasileiras com mais de 500 mil habitantes, 
afirma-se: 
 
Inclusão Para a Vida Geografia B 
 
PRÉ-VESTIBULAR DA UFSC 
 
22
( ) A maior concentração de cidades desse porte ocorre na 
região Norte do Brasil. 
( ) Dentre as causas para o aumento das cidades desse porte 
no país, é correto citar o êxodo rural. 
( ) Esse aumento vincula-se à oferta de empregos no setor 
industrial, favorecido pela migração de indústrias dos grandes 
centros para essas cidades. 
( ) Suas vantagens competitivas em relação às grandes 
cidades, como isenção de impostos municipais e oferta de 
mais infraestrutura, facilitam o aumento dos ganhos sobre o 
capital investido, contribuindo para o aumento do número 
destas cidades. 
 
A sequência correta de preenchimento dos parênteses é: 
a) V - F - F - F 
b)F - F - F - V 
c) V - V - V - F 
d) F - V - V - V 
e) V - V - V - V 
 
2. (UECE) A tradição nos estudos de geografia urbana no 
Brasil privilegiou a análise das áreas metropolitanas e o 
crescimento das grandes cidades. Recentemente, observa-se 
um crescente interesse pela compreensão das cidades médias e 
suas articulações no contexto regional e nacional. Assinale o 
correto. 
a) No contexto da rede urbana, as cidades médias constituem-
se como nós articuladores entre as pequenas cidades e seus 
distritos. 
b) As cidades médias estão vinculadas, apenas, ao 
adensamento populacional uma vez que, na nova 
hierarquia urbana, o tamanho da população é mais 
importante que a posição da cidade. 
c) As cidades médias são centros que oferecem bens e 
serviços com certo grau de especialização para o contexto 
regional em que estão localizados. 
d) As cidades médias se caracterizam pela presença de 
inúmeros problemas ambientais, o que não ocorre com os 
centros metropolitanos. 
 
3. (UFSC) "Com poucas palavras, Yaqub pintava o ritmo de 
sua vida paulistana. A solidão e o frio não o incomodavam; 
comentava os estudos, a perturbação da metrópole, a seriedade 
e a devoção das pessoas ao trabalho. De vez em quando, ao 
atravessar a praça da República, parava para contemplar a 
imensa seringueira. Gostou de ver a árvore amazônica no 
centro de São Paulo, mas nunca mais a mencionou." 
 (HATOUM, Milton. "Dois irmãos". São Paulo: Companhia das 
Letras, 2006. p. 44.) 
 
A partir de expressões constantes no excerto acima, que são de 
uso corrente na Geografia, e com base nos seus 
conhecimentos, assinale a(s) proposição(ões) correta(s). 
 
01. As formações de seringais são típicas do Sudeste 
brasileiro, principalmente nas áreas de ocorrência do clima 
temperado continental. 
02. O crescimento e a expansão de algumas cidades deram 
origem às metrópoles. São consideradas metrópoles 
globais: São Paulo, Londres e Tóquio. 
04. As inversões térmicas ocorrem bastante no sul do Brasil e 
em São Paulo, principalmente no período do inverno. 
08. As metrópoles regionais brasileiras polarizam extensas 
regiões como Porto Alegre, Recife e Blumenau. 
16. O individualismo da sociedade contemporânea, assim 
como ocorre em São Paulo e na maioria das áreas urbanas 
do Brasil, é apontado como a única causa da violência e 
agressividade dos seus elementos. 
 
 
 
 
GABARITO 
 
Unidade 1 
1) a 
2) b 
3) 24 
 
Unidade 2 
1) a 
2) 38 
 
 
 
Unidade 3 
1) 18 
2) b 
 
Unidade 4 
1) b 
2) 13 
 
 
 
 
Unidade 5 e 6 
1) V V F F F 
2) 09 
3) 23 
4) d 
 
Unidade 7 
1) d 
2) b 
3) b 
 
Unidade 8 e 9 
1) a 
2) c 
3) d 
4) a 
 
Unidade 10 
1) d 
2) b 
3) a 
 
Unidade 11 
1) a 
2) d 
3) b 
 
Unidade 12 
1) d 
2) c 
3) 6

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