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O ciclo das rochas

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O CICLO DAS ROCHAS SEDIMENTARES 
 
Intemperismo –> erosão –> transporte –> deposição –> soterramento –> diagênese 
 
 
SEDIMENTOS: 
 
 
ROCHAS SEDIMENTARES: 
 
 
INTEMPERISMO: 
 
 
 
Tipos de intemperismo: 
Intemperismo físico: 
 
 
 
 
Intemperismo químico: 
 
 
 
DEPÓSITOS RESIDUAIS: 
 
 
EROSÃO: 
 
 
TRANSPORTE E DEPOSIÇÃO 
Tipos de transporte: 
Fluxo de detritos (Fluxos gravitacionais): São fluxos plásticos, laminares, ricos em 
sedimentos, onde clastos de grandes dimensões (blocos e matacões) podem ser 
transportados. O fluxo ocorre quando uma grande quantidade de sedimentos é 
mobilizada por liquefação em uma superfície inclinada. Os depósitos gerados são 
pobremente selecionados, compostos por clastos que podem variar de grânulos até 
blocos, separados por uma matriz areno-síltica-argilosa. Por vezes pode-se observar 
uma orientação incipiente dos clastos. 
 
Carga de fundo: Os sedimentos são transportados por correntes trativas, onde cada 
grão movimenta-se individualmente ao longo do substrato. Os grãos maiores são 
transportados por arrasto e rolamento, enquanto os grãos menores deslocam-se por 
saltação. 
 
Carga de suspensão: Partículas de silte e argila são transportadas em suspensão pela 
água ou pelo vento como resultado da turbulência do fluxo. A deposição da fração fina 
ocorre em regiões de baixa energia, pelo assentamento gravitacional das partículas. 
 
Ambientes de sedimentação: 
 
 
 
AMBIENTES CONTINENTAIS 
Ambientes glaciais: 
Ambientes glaciais são locais onde o gelo e as águas derivadas de degelo são os 
principais agentes de transporte e deposição dos sedimentos. Englobam tanto os 
ambientes em contato direto (glaciogênicos), quanto adjacentes e influenciados por 
geleiras (proglaciais). Não englobam, contudo, os chamados ambientes periglaciais, 
que, embora caracterizados por climas frios e solos congelados, não estão 
necessariamente próximos de geleiras. 
Nos ambientes glaciogênicos, os sedimentos estão em contato com a geleira e 
são depositados pelo gelo ou por águas de degelo. 
Os ambientes proglaciais abrangem tanto a zona de contato com a margem da 
geleira quanto seus arredores, desde que haja influência direta do gelo ou da água de 
degelo, como no ambiente fluvio-glacial. Nos ambientes glacio-lacustres e glacio-
marinhos, a geleira e icebergs que dela se desprendem atuam como fonte de detritos 
para sítios deposicionais situados além dos domínios da geleira. 
Ambientes glaciais existem hoje nas regiões polares e nas porções mais altas das 
cadeias de montanhas, ocupando cerca de 10% da superfície emersa da terra. 
A evolução geológica do planeta foi caracterizada por períodos de aquecimento 
e resfriamento globais. Nos períodos de resfriamento global, geleiras avançaram 
diversas vezes cobrindo extensas áreas continentais, caracterizando fenômenos globais 
conhecidos como glaciações. 
Ao contrário do vento e da água, o gelo não é capaz de selecionar as partículas 
que transporta e por isso sedimentos glaciais possuem alta imaturidade textural e 
mineralógica. 
A ação mecânica do gelo é um importante meio produtor de partículas do 
tamanho silte, que resultam da fragmentação dos detritos transportados pelo gelo. Como 
consequência, os depósitos glaciais possuem porcentagem alta de matriz síltica. 
 
Ambientes de leques aluviais 
 Leques aluviais são sistemas deposicionais em forma de leque aberto ou de 
segmento de cone, caracterizados por canais fluviais distributários de grande mobilidade 
lateral. Formam-se em planícies ou vales largos onde rios, provenientes de relevos altos 
adjacentes, se espraiam adquirindo padrão radial, devido ao desconfinamento do fluxo. 
 O padrão distributário é consequência da redução no gradiente topográfico, que 
causa desconfinamento do fluxo, queda na velocidade da corrente e diminuição na 
profundidade da água. Com a redução na capacidade de transporte sedimentar, ocorre 
sedimentação da carga transportada pelo rio e assoreamento do canal. O leito torna-se 
instável e ocorrem frequentemente alterações no seu traçado, especialmente após 
grandes cheias. 
 Os sedimentos depositados por leques aluviais geralmente geram arcóseos e 
conglomerados. 
 
Ambientes eólicos 
Sistemas deposicionais eólicos são domínios fisiogeográficos de sedimentação 
em que o vento é o principal agente geológico. Um aspecto fundamental desse sistema é 
que o nível de base de erosão é definido pela superfície freática, abaixo da qual o vento 
não tem capacidade de remover partículas. Assim, quanto mais profundo o nível 
freático, mais susceptível de erosão eólica encontra-se o terreno, especialmente se a 
cobertura vegetal for insuficiente para reduzir a ação do vento. 
Essa é a principal razão pela qual os sistemas deposicionais eólicos são 
característicos de desertos semiáridos a hiperáridos 
Erosão, transporte e deposição de partículas através da ação do vento são 
processos inerentes aos desertos. Apesar dos processos eólicos serem mais expressivos 
em desertos, o vento atua também como importante agente geológico nas áreas costeiras 
através de correntes atmosféricas derivadas do contraste de calor específico e de 
aquecimento diferencial entre áreas emersas e o oceano. 
O vento transporta os sedimentos na fração areia como por tração (saltação) e 
particulas finas por suspensão, estas últimas geralmente transportadas por longas 
distâncias e depositadas além das áreas dos desertos. 
 
Ambientes fluviais 
 Os depósitos aluviais são bastante representativos no registro estratigráfico. 
Embora os rios tenham sido reconhecidos desde longa data como o principal agente de 
erosão e transporte de sedimentos de áreas elevadas até bacias lacustres e marinhas, o 
seu papel como sítio de acumulação e preservação foi inicialmente negligenciado. 
Depósitos sedimentares de origem fluvial são importantes reservatórios e aquíferos. 
Além disso, é frequente a ocorrência de depósitos de ouro, urânio, diamantes e carvão. 
 Os rios ocorrem sobre amplas áreas continentais e em qualquer contexto 
climático. Os contextos fluviais variam significativamente suas características no tempo 
e no espaço. Fatores como o relevo e a descarga controlam a capacidade e competência 
dos rios, refletindo principalmente no tipo de sedimento transportado e na morfologia 
do canal. 
 Os sedimentos são transportados e depositados em sistemas fluviais por três 
principais mecanismos: fluxo de detritos, carga de fundo e carga em suspensão. 
 
Ambientes lacustres 
 Os lagos são massas de águas suficientemente profundas, circundadas por terras 
e de considerável extensão, de maneira que a vegetação terrestre (excluída a 
subaquática) não possa enraizar-se completamente. Quando as águas são pouco extensas 
são chamadas de lagoas e quando apresentam extensões excessivamente grandes são 
chamadas de mares. Em ambos os casos as águas podem ser permanentes ou perenes e 
doces (salinidade < 1‰), salobras (salinidade entre1 e 24,7 ‰) ou salgadas (salinidade 
> 24,7‰. 
 Do ponto de vista hidrológico, os lagos são classificados como abertos ou 
fechados (permanentes ou efêmeros). Nos lagos abertos domina o influxo fluvial de 
material clástico, porém alguns apresentam também sedimentação química e biogênica. 
Nos lagos fechados domina a sedimentação química devido à alta concentração iônica. 
 Um fator fundamental no desenvolvimento dos sistemas deposicionais lacustres 
é a densidade das águas. A densidade das águas depende da temperatura e em menor 
grau da salinidade e da concentração de sólidos. 
 
 
 
AMBIENTES COSTEIROS 
Ambientes deltaicosOs deltas constituem sistemas transicionais que se formam na desembocadura de 
um rio em um corpo d’água onde a carga sedimentar trazida pelo rio supera a sua 
dispersão pelos agentes atuantes na bacia dispersora. 
 Todo sistema deltaico é constituído de uma porção subaérea, a planície deltaica, 
e de uma porção subaquosa, a frente deltaica e o prodelta. 
Os deltas representam importantes sítios de ocorrência de petróleo e carvão. 
 
Ambientes estuarinos 
 Embora existam várias definições para estuários, a mais frequentemente 
utilizada por geólogos e geomorfólogos é a de que um estuário corresponde a um corpo 
de água semifechado onde ocorre mistura de processos fluviais e marinhos. 
Contrariamente a deltas, estuários apresentam taxa de fornecimento de sedimento 
inferior à sua capacidade de retrabalhamento por processos bacinais. Em geral, estuários 
consistem em feições alongadas e estreitas na planície costeira que se desenvolvem em 
direção a um vale fluvial até o limite superior da maré. 
Sedimentos trazidos para dentro de estuários derivam principalmente do influxo 
fluvial, da plataforma continental, da erosão da margem e do fundo do estuário, e de 
atividades biológicas. Uma vez no estuário, os sedimentos podem ser transportados por 
um longo tempo para frente e para trás, pela interação complexa entre fluxo fluvial, 
correntes de maré cheia e vazante, circulação estuarina. Quando depositados os 
sedimentos podem ser novamente re-suspensos, passando por novos ciclos de deposição 
e erosão. 
 
Ambientes praiais 
 As praias podem ser genericamente definidas como depósitos de material 
inconsolidado, formados na interface entre a terra e o mar, e sob a ação de agentes como 
as ondas, as correntes, as marés e o vento, que vai desde a linha média da baixa mar até 
outra feição fisiográfica diferente como uma falésia, um campo de dunas, ou o 
aparecimento da vegetação permanente. 
 A distribuição de energia das ondas ao longo da costa é o principal fator 
responsável pelo transporte de sedimentos litorâneos e pelos processos erosivos e de 
acumulação. O retrabalhamento dos grãos pela ação das ondas deixa os sedimentos 
praiais bem selecionados e bem arredondados, geralmente com marcas de ondas. 
 
AMBIENTES MARINHOS 
Ambientes marinhos rasos 
 Sedimentos de ambientes marinhos rasos são provavelmente os sedimentos mais 
comuns no registro geológico. Detritos que alcançam o ambiente marinho raso 
anteriormente sofreram transporte por rios, podendo ter passado por um delta ou um 
estuário, ou podem ter sido depositados temporariamente no ambiente praial antes de 
chegarem à plataforma. Assim, devido à longa história de transporte dos grãos, a 
assembleia mineral costuma ser mais matura. 
 O ambiente marinho raso é rico em vida marinha, quando o aporte de detritos é 
relativamente ausente, as águas quentes e cheias de nutrientes abrigam abundância de 
organismos que possuem carapaças e esqueletos carbonáticos. Os carbonatos dessas 
águas rasas se precipitam formando os calcários. 
 
Ambientes marinhos profundos 
 Sob o ponto de vista da sedimentologia, considera-se que os ambientes de águas 
profundas são aqueles situados abaixo do nível base das ondas de tempestade, ou seja, 
um patamar de profundidade abaixo do qual as ondas não interagem com o fundo. 
 O ambiente marinho profundo é constituído por diversos tipos de sedimentos, 
tais como os sedimentos terrígenos, biogênicos, autigênicos, vulcanogênicos e 
cosmogênicos. Os dois principais tipos de sedimentos desses ambientes são os 
terrígenos e os vulcanogênicos. Depósitos de lamito, e cherts acamadados indicam 
origem marinha profunda. 
 A dinâmica sedimentar em águas profundas é dominada por uma série de 
processos. Fluxos gravitacionais de sedimentos, fluxos gravitacionais de massa e 
correntes de fundo. 
Dentre os depósitos de petróleo siliciclásticos da margem atlântica brasileira, os 
tipos mais importantes são aqueles depositados em ambiente marinho profundo por 
corrente de turbidez. 
 
 
SOTERRAMENTO E DIAGÊNESE 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Bibliografia sugerida: 
 
PRESS, F., SIEVER, R., GROTZINGER, J., JORDAN, T.H. Para entender a 
Terra. Bookman. (2006). 
SILVA, A.P., ARAGÃO, M.A.N.F., MAGALHÃES, A.J.C. (org.). Ambientes de 
Sedimentação Siliciclástica do Brasil. Beca-BALL Edições. (2008) 
TEIXEIRA, W., TOLEDO, M.C.M., FAIRCHILD, T.R., TAIOLI, F. 
(org.). Decifrando a terra. Oficina Textos, (2001).

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