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Sinaes: Sistema Nacional de Avaliação da Educação Superior

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BRUNA SILVA DE ALMEIDA 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
SINAES – SISTEMA NACIONAL DE AVALIAÇÃO DA EDUCAÇÃO SUPERIOR 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Belém 
2017 
BRUNA SILVA DE ALMEIDA 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
SINAES – SISTEMA NACIONAL DE AVALIAÇÃO DA EDUCAÇÃO SUPERIOR 
 
 
 
Trabalho apresentado ao curso de Ciências 
Contábeis da Faculdade Estácio FAP, como 
requisito parcial para obtenção de nota para 
AV1. 
 
Professor (a) Salvador Rocha 
_________________________________. 
 
 
 
 
 
 
Belém 
2017 
1. CONCEITO E ORIGEM 
Criado pela Lei n° 10.861, de 14 de abril de 2004, o Sistema Nacional de 
Avaliação da Educação Superior (Sinaes) é formado por três componentes 
principais: a avaliação das instituições, dos cursos e do desempenho dos 
estudantes. O Sinaes avalia todos os aspectos que giram em torno desses três 
eixos, principalmente o ensino, a pesquisa, a extensão, a responsabilidade social, o 
desempenho dos alunos, a gestão da instituição, o corpo docente e as instalações. 
Os principais objetivos da avaliação envolvem melhorar o mérito e o valor das 
instituições, áreas, cursos e programas, nas dimensões de ensino, pesquisa, 
extensão, gestão e formação; melhorar a qualidade da educação superior e orientar 
a expansão da oferta, além de promover a responsabilidade social das IES, 
respeitando a identidade institucional e a autonomia de cada organização. 
O Sinaes possui uma série de instrumentos complementares: auto avaliação, 
avaliação externa, Enade, Avaliação dos cursos de graduação e instrumentos de 
informação como o censo e o cadastro. A integração dos instrumentos permite que 
sejam atribuídos alguns conceitos, ordenados numa escala com cinco níveis, a cada 
uma das dimensões e ao conjunto das dimensões avaliadas. O Ministério da 
Educação torna público e disponível o resultado da avaliação das instituições de 
ensino superior e de seus cursos. 
A divulgação abrange tanto instrumentos de informação (dados do censo, do 
cadastro, CPC e IGC) quanto os conceitos das avaliações para os atos de 
Renovação de Reconhecimento e de Recredenciamento (parte do ciclo trienal do 
Sinaes, com base nos cursos contemplados no Enade a cada ano). 
 
2. LEGISLAÇÃO DO CICLO AVALIATIVO 
O art. 209 da Constituição de 1988 dispõe que “o ensino é livre à iniciativa 
privada, atendidas as seguintes condições: I – cumprimento das normas gerais da 
educação nacional; II – autorização e avaliação de qualidade pelo Poder Público”. 
A livre-iniciativa na educação superior está, portanto, subordinada (a) às normas 
gerais da educação nacional e (b) à autorização e avaliação de qualidade pelo 
Poder Público. 
As normas gerais da educação nacional estão reguladas pela Lei nº 9.394, de 20 
de dezembro de 1996, que estabelece as diretrizes e bases da educação nacional 
(LDB). O art. 46 dessa lei trata a autorização nos seguintes termos: 
Art. 46. A autorização e o reconhecimento de cursos, bem como o 
credenciamento de instituições de educação superior, terão prazos limitados, sendo 
renovados, periodicamente, após processo regular de avaliação. 
A “autorização” para a atuação da livre-iniciativa na educação superior foi 
transformada em processo de (1) credenciamento e recredenciamento institucionais 
e (2) de autorização, reconhecimento e renovação de reconhecimento de cursos 
superiores, na forma regulamentada pelo Decreto nº 5.773, de 9 de maio de 2006. 
A Lei nº 10.861, de 14 de abril de 2004, trata da “avaliação”, instituindo o Sistema 
Nacional de Avaliação da Educação Superior, o Sinaes, que é integrado pela 
“avaliação das instituições de educação superior, dos cursos de graduação e do 
desempenho acadêmico de seus estudantes”. Trata-se, portanto, de um sistema, no 
qual os três momentos avaliativos – avaliação institucional, avaliação de cursos e 
avaliação do desempenho dos estudantes – estão integrados, associados, não 
tendo nenhuma expressão conceitos isolados para cada um desses momentos 
avaliativos. 
O art. 2º diz que: 
(…) o Sinaes, ao promover a avaliação de instituições, de cursos e de 
desempenho dos estudantes, deverá assegurar: 
I – avaliação institucional, interna e externa, contemplando a análise global e 
integrada de dimensões, estruturas, relações, compromisso social, atividades, 
finalidades e responsabilidades sociais das instituições de educação superior e de 
seus cursos; 
II – o caráter público de todos os procedimentos, dados e resultados dos 
processos avaliativos; 
III – o respeito à identidade e à diversidade de instituições e de cursos; 
IV – a participação do corpo discente, docente e técnico administrativo das 
instituições de educação superior, e da sociedade civil, por meio de suas 
representações. 
O “caráter público de todos os procedimentos, dados e resultados dos processos 
avaliativos” e o “respeito à identidade e à diversidade de instituições e de cursos” 
nem sempre são reconhecidos e praticados pelo Ministério da Educação, como 
demonstraremos em seguida. 
 
3. EXAME NACIONAL DO DESEMPENHO DO ESTUDANTE – ENAD 
3.1. O QUE É O ENADE 
O Exame Nacional de Desempenho de Estudantes (Enade) avalia o rendimento 
dos concluintes dos cursos de graduação, em relação aos conteúdos programáticos, 
habilidades e competências adquiridas em sua formação. O exame é obrigatório e a 
situação de regularidade do estudante no Exame deve constar em seu histórico 
escolar. A primeira aplicação do Enade ocorreu em 2004 e a periodicidade máxima 
da avaliação é trienal para cada área do conhecimento. 
 
3.2. OBJETIVOS 
O objetivo do Enade é avaliar o desempenho dos estudantes com relação aos 
conteúdos programáticos previstos nas diretrizes curriculares dos cursos de 
graduação, o desenvolvimento de competências e habilidades necessárias ao 
aprofundamento da formação geral e profissional, e o nível de atualização dos 
estudantes com relação à realidade brasileira e mundial, integrando o Sistema 
Nacional de Avaliação da Educação Superior (Sinaes). 
O Sinaes é composto também pelos processos de Avaliação de Cursos de 
Graduação e de Avaliação Institucional que, junto com o Enade, formam um tripé 
avaliativo, que permite conhecer a qualidade dos cursos e instituições de educação 
superior (IES) de todo o Brasil. 
 
3.3. SOBRE OS RESULTADOS 
Os resultados do Enade, aliados às respostas do questionário do estudante, 
constituem-se insumos fundamentais para o cálculo dos indicadores de qualidade da 
educação superior: Conceito Enade, Conceito Preliminar de Curso (CPC) e Índice 
Geral de Cursos Avaliados da Instituição (IGC), todos normatizados pela Portaria nº 
40, de 2007, republicada em 2010. Esses indicadores mensuram a qualidade dos 
cursos e das instituições do país, sendo utilizado tanto para o desenvolvimento de 
políticas públicas para a educação superior quanto como fonte de consultas pela 
sociedade. 
 
4. PERFIL DO PROFISSIONAL / EGRESSO EM CONTABILIDADE 
De acordo com o Conselho Nacional de Educação, o perfil dos egressos de 
Ciências Contábeis desejado requer que os cursos de graduação em Ciências 
Contábeis observem um perfil profissional “que revele a responsabilidade social de 
seus egressos e sua atuação técnica e instrumental, articulada com outros ramos do 
saber e, portanto, com outros profissionais, evidenciando o domínio de habilidades e 
competências inter e multidisciplinares” (PARECER CNE/CES N° 146/02, p. 12). 
Na versão mais atual das Diretrizes Curriculares Nacionais para o Curso 
Graduação em Ciências contábeis (RESOLUÇÃO CNE/CES 10, DE 16 DE 
DEZEMBRO DE 2004),o Conselho Nacional de Educação estabelece que o 
egresso em Ciências Contábeis deve possuir as seguintes habilidades e 
competências: 
- Utilizar adequadamente a terminologia e a linguagem das Ciências 
Contábeis e Atuariais; 
- Demonstrar visão sistêmica e interdisciplinar da atividade contábil; 
- Elaborar pareceres e relatórios que contribuam para o desempenho 
eficiente e eficaz de seus usuários, quaisquer que sejam os modelos 
organizacionais; 
- Aplicar adequadamente a legislação inerente às funções contábeis; 
- Desenvolver, com motivação e através de permanente articulação, a 
liderança entre equipes multidisciplinares para a captação de insumos 
necessários aos controles técnicos, à geração e disseminação de 
informações contábeis, com reconhecido nível de precisão; 
- Exercer suas responsabilidades com o expressivo domínio das funções 
contábeis, incluindo noções de atividades atuariais e de quantificações de 
informações financeiras, patrimoniais e governamentais, que viabilizem aos 
agentes econômicos e aos administradores de qualquer segmento produtivo 
ou institucional o pleno cumprimento de seus encargos quanto ao 
gerenciamento, aos controles e à prestação de contas de sua gestão 
perante a sociedade, gerando também informações para a tomada de 
decisão, organização de atitudes e construção de valores orientados para a 
cidadania; 
- Desenvolver, analisar e implantar sistemas de informação contábil e de 
controle gerencial, revelando capacidade crítico analítica para avaliar as 
implicações organizacionais com a tecnologia da informação; 
- Exercer com ética e proficiência as atribuições e prerrogativas que lhe são 
prescritas através da legislação específica, revelando domínios adequados 
aos diferentes modelos organizacionais. 
Cardoso, Riccio e Albuquerque (2009) apontaram que as competências do 
contador podem ser organizadas em quatro fatores – competência específica, 
competência de conduta e administração, competência de técnicas de gestão e 
competência de articulação – e abrangem ouvir eficazmente, atendimento e trabalho 
em equipe; negociação, técnicas de gestão e gerenciamento da informação; 
comunicação, empreendedor, estratégica e integridade e confiança; contabilidade e 
finanças, legal e ferramentas de controle. Estas competências sugerem o amplo 
campo de atuação do contador e tornam-se requisitos para atuarem efetivamente 
nas funções de analista, assessor, assistente, auditor, interno e externo, conselheiro, 
consultor, controlador de arrecadação, controller, educador, escritor ou articulista 
técnico, escriturador contábil ou fiscal, executor subordinado, fiscal de tributos, 
legislador, organizador, perito, pesquisador, planejador, professor ou conferencista, 
redator e revisor, que foram dispostas pela Resolução 560/83, do Conselho Federal 
de Contabilidade. 
A integração do egresso de Ciências Contábeis com o mundo globalizado e com 
as inovações da tecnologia da informação deve ser considerada na sua formação. 
De acordo com o Art. 3º da Resolução CNE/CES 10, de 16 de dezembro de 2004, o 
curso de Ciências Contábeis deve oferecer condições para que seu egresso seja 
capacitado a: 
Compreender as questões científicas, técnicas, sociais, econômicas e 
financeiras, em âmbito nacional e internacional e nos diferentes modelos de 
organização; apresentar pleno domínio das responsabilidades funcionais 
envolvendo apurações, auditorias, perícias, arbitragens, noções de 
atividades atuariais e de quantificações de informações financeiras, 
patrimoniais e governamentais, com a plena utilização de inovações 
tecnológicas; revelar capacidade crítico-analítico de avaliação, quanto às 
implicações organizacionais com o advento da tecnologia da informação. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
5. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 
______. CONSELHO NACIONAL DE EDUCAÇÃO. Parecer CNE/CES 146/2002. 
Institue as Diretrizes Curriculares Nacionais dos cursos de graduação em Direito, 
Ciências Econômicas, Administração, Ciências Contábeis, Turismo, Hotelaria, 
Secretariado Executivo, Música, Dança, Teatro e Design. Disponível em: . Acesso 
em: 25 de set. 2012. 
_____. Resolução CNE/CES 10/2004. Institui as Diretrizes Curriculares Nacionais 
para o Curso de Graduação em Ciências Contábeis, bacharelado, e dá outras 
providências. Diário Oficial da União, Brasília, 28 de Dezembro de 2004. Seção 
1,p.15. 
CARDOSO, Ricardo Lopes; RICCIO, Edson Luís.; ALBUQUERQUE, Lindolfo Galvão 
de. Competências do contador: um estudo sobre a existência de uma estrutura de 
interpendência. Revista de Administração da USP, v. 44, n. 4, out/Nov/dez.2009. 
Associação Brasileira de Mantenedoras de Ensino Superior. Disponível em: < 
http://blog.abmes.org.br/?p=1519 >. Acesso em 08 de março de 2017. 
Portal INEP – ENADE. Disponível em: < http://portal.inep.gov.br/enade>. Acesso em 
08 de março de 2017. 
Portal INEP – SINAES. Disponível em: < http://portal.inep.gov.br/sinaes>. Acesso 
em 08 de março de 2017.

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