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Crianças e adolescentes institucionalizados e a reintegração familiar

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Crianças e adolescentes institucionalizados e a reintegração familiar
Resumo
Através de experiências vivenciadas no estágio supervisionado específico em Psicologia Social e Comunitária foram observados que o problema da criança institucionalizada é um fenômeno social e cultural resultante da história e da política econômica do Brasil. Neste contexto será discutido através da história e da perspectiva teórica a tradição da institucionalização de crianças e adolescente, o abandono das famílias em vulnerabilidade social e a omissão do Estado.
Durante a vigência do Código de Menores, criou-se uma subjetivação de que a criança em situação irregular estaria melhor institucionalizada em poder do Estado a estarem com suas famílias, como a melhor maneira de educar seus filhos e de inserção social. Esta subjetivação ainda hoje, se torna uma das principais discussões no que diz respeito a institucionalização de crianças e adolescente, devido a grande incidência de abandono, infrações e de destituição familiar na classe pobre. 
Dentro desse contexto, a questão financeira torna-se o principal motivo para a desqualificação da família pobre e a produção de uma subjetividade que diz serem elas incompetentes para o cuidado dos filhos, o que justifica uma intervenção técnica e estatal (NASCIMENTO, 2008).
A fragmentação e ineficácia das políticas assistenciais, a falta de integração com um trabalho interdisciplinar e multidisciplinar do Ministério Público, Conselho Tutelar, CRAS, CREAS e as Instituições de abrigamento, contribuem efetivamente para a institucionalização de crianças. Neste sentido a falta de políticas públicas e de assistência às famílias, são fatores determinantes que dificultam a reintegração familiar. 
Considerando que o convívio social e familiar é fundamental para o desenvolvimento da criança e do adolescente e a relação familiar está pautada na subjetividade dos sentimentos vivenciados nesta relação, desqualificar a família por incompetência e culpa pelo não cuidado para com seus familiares, por questões relacionadas à pobreza, ou seja, pela carência de necessidades para a sobrevivência, é vendar os olhos para a omissão do Estado, principalmente, na área de atuação junto da família, na qual as políticas públicas ainda se ressentem de uma ação mais expressiva. 
Palavras Chaves: Reintegração familiar, institucionalização, destituição do poder familiar.

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