Buscar

SOCIOLOGIA JURÍDICA

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você viu 3, do total de 3 páginas

Prévia do material em texto

“Leitura e análise comentada dos capítulos do livro: SABADELL. ANA LUCIA, MANUAL DE SOCIOLOGIA JURÍDICA. CAPITULOS 7, 8 e 9 (03 h/a)”.
O capítulo/lição 7 do referido livro “CONTROLE SOCIAL E DIREITO” retrata as características sociais através do Direito, esse é a forma específica de controle social nas sociedades. O controle é formal e apresenta três características e esse controle é determinado por normas de conduta. As normas de condutas podem ser explícitas, indicando à população de forma exata e clara daquilo que não deve fazer; protegidas pelo uso de sanções; interpretadas e aplicadas por agentes oficiais. 
A ameaça de coerção é um elemento específico das normas jurídicas, é o fato de serem associadas à aplicação de sanções em caso de não cumprimento. Em comparação com outros sistemas de normas sociais, os sistemas jurídicos caracterizam-se pela formalização da ameaça de coerção, através do estabelecimento de sanções concretas, de procedimentos e instituições que são competentes para a sua aplicação.
A sociedade está em constante mudança e as normas presentes nessa devem acompanhar essas mudanças, momento em que o Direito tem que se fazer presente. O crime revela-se como um fenômeno social normal em três sentidos: em primeiro lugar, o crime encontra-se em todas as sociedades humanas; em segundo lugar, o crime ajuda a sociedade a afirmar sua própria identidade em tomo a determinados valores; em terceiro lugar, há crimes que apresentam um caráter progressista, ajudando a sociedade a mudar regras e crenças superadas.
O capítulo/lição 8, “PROBLEMAS E MÉTODOS DE PESQUISA NA SOCIOLOGIA JURÍDICA” vem trazendo um reflexão a respeito de como o chamado jurista-sociólogo trabalha ou como ele chega a determinadas conclusões sobre o funcionamento do sistema jurídico. Para pesquisar de forma adequada, ele deverá possuir uma boa formação jurídica, mesmo se não for jurista de profissão. O jurista-sociólogo não faz interpretação do direito e não emite juízos de valor sobre o direito em vigor, ele adota uma perspectiva de observador, examinando a aplicação e os efeitos sociais do sistema jurídico. 
Os métodos da sociologia jurídica são de cunho sociológico, voltados à observação das relações entre este sistema e a sociedade. O fato de a sociologia jurídica utilizar métodos e técnicas das ciências sociais indica que o conhecimento de certos temas sociológicos é imprescindível a todo o jurista que se dedica ao estudo desta disciplina.
Utilizando-se de técnicas e métodos adequados, o jurista-sociólogo resguarda o caráter científico de seu trabalho. Assim, por exemplo, quando um estudioso indica que uma determinada lei carece de eficácia, essa conclusão deverá estar fundamentada em trabalhos de pesquisa, nos quais foram aplicados métodos e técnicas que garantem a validade (ainda que restrita a um determinado lapso de tempo) da conclusão. Por outro lado, é bem verdade que até hoje persistem no meio acadêmico discussões acerca do caráter científico da sociologia (o mesmo também ocorre com o direito). Diante desta situação, podemos dizer que ser científico significa, ao menos, fazer afirmações que possam ser comprovadas (ou desmentidas) por outros observadores, e não somente manifestar sentimentos, opiniões ou experiências pessoais.
Por fim, no capítulo/lição 9, “ESTRATIFICAÇÃO SOCIAL E DIREITO” cita entre outros, , a problemática sociológica da estratificação social. O principal problema da análise sociológica das classes sociais refere-se ao número de classes existentes ou, mais precisamente, ao critério que será adotado para identificá-las. 
Na sociologia, o problema das classes sociais é analisado do ponto de vista objetivo e descritivo e não do ponto de vista político das doutrinas sociais. Significa então que os sociólogos analisam o fenômeno evitando tomar uma posição em relação ao tema da “justiça social”. Todos os sociólogos constatam a existência de classes sociais nas sociedades modernas e analisam esta questão sob o prisma da estratificação social. 
O termo “estratificação” é utilizado na geologia para indicar a estrutura das rochas que são compostas por diversas camadas ou estratos. As ciências sociais utilizam o termo metaforicamente, para indicar que a sociedade é dividida em vários grupos sociais, constatando-se um fenômeno de superposição ou hierarquização dos mesmos. O tema é de alta importância para a sociologia jurídica, que se encontra em uma situação paradoxal. 
Por um lado a sociologia mostra que, nas sociedades atuais, existem classes sociais e indica as grandes diferenças entre elas. Por outro lado, o direito ignora as classes sociais. Por exemplo, não se encontra uma norma penal que puna somente os desempregados, nem uma norma de direito civil que permita somente à classe alta casar-se. O direito é, com poucas exceções, “neutro”. Considera todos os indivíduos livres e iguais.
A maior parte dos direitos sociais presentes na atual Constituição visa a proteção de pessoas que ocupam posições inferiores na escala social. A criação do direito trabalhista no século XX é indicativa desta situação. As suas normas não cobrem um espaço vazio. O direito do trabalho, como um ramo especial, é criado e introduz exceções aos regulamentos do direito civil.
O legislador reconhece a fraqueza social dos trabalhadores assalariados e tenta protegê-los, introduzindo disposições em seu favor. Basta lembrar as previsões legislativas sobre a limitação do tempo de trabalho e a obrigatoriedade de se pagar pelo menos um salário mínimo aos trabalhadores. Tais dispositivos estabelecem garantias a favor das classes inferiores, mesmo se as vantagens são mínimas. No caso das normas em favor dos mais fracos constata-se a influência das classes populares sobre a legislação que, porém, não chega até o ponto de abolir a desigualdade de classes. Os legisladores continuam exprimindo, de forma preferencial, interesses das classes dominantes. Esse quadro só mudará se mudar os pensamentos dessa classe dominantes, porém isso é cultural e a mudança se dá em um período de tempo muito grande.

Outros materiais