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REVISÃO ECV5149 – GEOLOGIA DE ENGENHARIA Prof. Orlando Martini de Oliveira 
1 
 
Capitulo 04 – Rochas Sedimentares 
As rochas sedimentares revestem partes dos continentes e dos fundos 
oceânicos, formando apenas uma película superficial sobre as rochas magmáticas 
e metamórficas. As rochas sedimentares são formadas por: material detrítico ou 
clástico (intemperismo atuando sobre as rochas), precipitado químico (evaporação 
ou precipitação dos sais solúveis provenientes da alteração química das rochas) e 
detritos orgânicos (sedimentos derivados das atividades vitais de animais e plantas). 
Intemperismo: conjunto de transformações de origem física (desagregação) 
ou química (decomposição) atuantes nas rochas. 
Diagênese: conjunto de transformações que o depósito sedimentar sofre após 
a deposição, consistindo em mudanças nas condições de pressão, temperatura, pH 
e pressão de água, ocorrendo dissoluções e precipitações a partir das soluções 
aquosas existentes nos poros. 
Uma vez depositado, o material sedimentar passa a responder às condições 
de um novo ambiente, o da diagênese. O processo termina na transformação do 
depósito sedimentar inconsolidado em rocha, conhecido como litificação. 
01. Processos Diagenéticos 
 Compactação: Química → dissolução de minerais sob pressão; Mecânica → 
mudança no empacotamento intergranular e a diminuição de vazios pela quebra 
de grãos individuais. 
 Dissolução: aumento de contatos entre os grãos tendo como fator principal o 
efeito ou não de pressão. 
 Cimentação: cristalização de minerais formados a partir de íons dissolvidos na 
solução entre grãos. Os tipos mais comuns são: os silicosos (quartzo), carbonáticos 
(calcita), os férricos (pirita, geothita, hematita) e os aluminossilicatos (caulinita, ilita). 
 Recristalização diagenética: sob condições de soterramento (aumento de 
pressão), ocorrem mudanças na mineralogia e na textura cristalina do material. 
Neomorfismo: mudança no reticulo cristalino, sendo mantida a composição original. 
Substituição: troca de minerais (ex: calcita→sílica). 
02. Textura 
A textura diz respeito aos grãos, nos aspectos relativos ao tamanho, forma, 
arranjo e distribuição. Nas rochas sedimentares são consideradas as texturas 
clásticas e as não clásticas, sendo a primeira caracterizada por sedimentos 
detríticos e a segunda de depósitos químicos. 
REVISÃO ECV5149 – GEOLOGIA DE ENGENHARIA Prof. Orlando Martini de Oliveira 
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A. Textura clástica: distribuição granulométrica → capacidade de transporte, 
e essa distribuição define a classificação da rocha. As rochas mais 
grosseiras indicariam maior proximidade da área-fonte, enquanto as mais 
finas sugerem uma maior distância de transporte (a forma reflete a história 
geológica do grão). Grãos transportados por água corrente, ondas ou 
ventos apresentam depósitos bem selecionados (uniformes); já os 
transportados por corridas de lama apresentam depósitos com 
granulometria continua (maior irregularidade). 
B. Textura não clástica: caracterizadas por sedimentos químicos. 
03. Estrutura 
As estruturas sedimentares primárias nos permite a interpretação do ambiente 
de sedimentação e revelam os principais aspectos da organização interna do 
sedimento, cuja origem pode ser orgânica ou inorgânica. 
Estruturas inorgânicas: as estruturas primárias dependem da velocidade da 
corrente e da grandeza da sedimentação, enquanto a secundária forma-se após a 
sedimentação. Um dos aspectos mais característicos das rochas sedimentares é a 
sua deposição em estratos ou camadas. A estratificação é salientada pelas 
diferenças de composição, textura, dureza, coesão, cor, dispostas em faixas 
aproximadamente paralelas. 
 Estratificação Cruzada: os estratos apresentam diferentes ângulos em 
relação ao plano horizontal; granulação arenosa formadas em ambiente 
subaquático ou eólico; permite determinar com precisão a direção de 
transporte nos mares, rios e desertos. 
 Estrutura de Fluxo: produzida por erosão e escavação das camadas 
subjacentes durante a deposição; permite tirar conclusões a respeito da 
direção do transporte. 
 Estratificação Gradacional: quando ocorre numa mesma camada uma 
mudança progressiva da granulação do sedimento. 
 Marcas Ondulares: produzidas pelos fluidos em movimento (água ou ar); 
relacionadas à velocidade de correntes, movimentos de ondas, granulação 
dos sedimentos e profundidade da água. 
 Gretas de Contração: perda de água pelo sedimento, o que ocasionada 
sua contração (forma polígonos irregulares); característica de material 
argiloso e calcário. 
REVISÃO ECV5149 – GEOLOGIA DE ENGENHARIA Prof. Orlando Martini de Oliveira 
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Estruturas químicas e orgânicas: desenvolvidas após a sedimentação 
(secundária). Os nódulos são irregulares e com tamanhos variados, são constituídos 
por sílica e são geralmente paralelos às estratificações. As concreções diferem dos 
nódulos pelo seu tamanho (são maiores). 
Estrutura de origem orgânica: perfurações por animais, as pegadas e os fósseis. 
04. Classificação das Rochas Sedimentares 
Quanto à origem se classificam em: clásticas ou mecânicas, quimicamente 
precipitadas e bioquímica. Já quanto à composição se classificam em: arenosas, 
argilosas e calcárias. A textura, mineralogia e composição química do depósito 
permitem caracterizar alguns tipos principais de rochas sedimentares. 
a. Depósitos rudáceos (→sedimento clástico): sedimentos grosseiros de 
tamanho maior que 2 mm. De acordo com o grau de arredondamento, os 
depósitos rudáceos subdividem-se em: brechas – fragmentos angulosos, baixa 
distância de transporte; brecha basáltica – união da zona amidaloide de um 
derrame de basalto com a zona vítrea do derrame seguinte; conglomerados – 
predomínio de fragmentos arredondados. 
b. Depósitos arenáceos (→sedimento clástico): constituídos por material 
de tamanho de areia (0,2 a 2 mm). Encontram – se em ambiente marinho, lacustre, 
praial, fluvial, eólico. Arenitos: colocação variada, são bem selecionados e bem 
estratificados (estratificação cruzada, marcas de ondulação, concreções ou 
fósseis), alta porosidade, a resistência mecânica e durabilidade dependem do 
material cimentício e da direção do esforço. Uso como pedras de revestimento 
(apresentam durabilidade aceitável), calçamento (facilidade de obtenção de 
placas devido à estratificação e pela aspereza). Quando ocorre a silificação 
(basalto/arenito) é chamado de arenito cozido. 
c. Depósitos síltico-argilosos (→sedimento clástico): são os depósitos mais 
abundantes; são as rochas clásticas mais finas, compostas de partículas de silte e 
argila. Siltitos (≥ 50% de silte): finamente estratificados; os minerais são dificilmente 
percebidos, devido a sua granulação fina; apresenta nódulos, concreções ou 
fósseis. Argilitos: granulação finíssima, untuosa ao tato; rochas firmemente 
endurecidas, desprovidas de clivagem ardosiana e sua formação implicam em 
alguma recristalização do material original; às vezes apresentam a propriedade 
fissilidade, de modo que podem esfoliar segundo camadas finas e paralelas, 
folhetos. Os folhetos negros são muito ricos em matéria orgânica e desagregam em 
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lascas finas, semiflexíveis e altamente físseis; o folheto oleígeno é uma fonte de 
hidrocarbonetos (petróleo) e é um importante isolador (rocha selante: retém o 
petróleo na rocha reservatória). 
d. Depósitos de origem bioquímica: produtos solúveis do intemperismotransportados em solução e depositados diretamente nas bacias de sedimentação 
(evaporação ou precipitação). A precipitação de soluções origina rochas de 
granulação muito fina. E tanto a de evaporação quanto a de precipitação 
ocorrem em condições desfavoráveis ao bom desenvolvimento de cristais. Os 
sedimentos bioquímicos se originam das atividades dos organismos animais ou 
vegetais e possui granulação variável. Calcário: rocha sedimentar constituída 
predominantemente por calcita e impurezas; granulação microscópica, a rocha 
efervesce com facilidade com HCl; é uma rocha poligenética = pode ter origem de 
sedimentos bioquímicos (corais) e químicos (estalagmites). É utilizado como 
revestimento e agregados. Obs: não é aconselhável a construção de uma 
barragem em área de calcário, pois a água sob pressão encontraria caminhos 
preferenciais na fundação. Dolomito: rocha sedimentar com mais de 50% de 
dolomita [CaMg(CO3)2]; origina maciços bastante permeáveis, no campo é uma 
problemática, porém para agregado para cimento apresenta bom uso. 
e. Depósito de origem orgânica: Carvão Mineral: é uma rocha 
sedimentar combustível, formada por vegetais que se acumularam em ambientes 
anaeróbicos e que sofreram soterramento e compactação. Carbonificação: 
aumento da temperatura e pressão, decomposição por ação das bactérias, perda 
de O2e H20, e é enriquecida em carbono aumentando seu poder calorifico. 
Turfa→Linhito→Ulha→Antracito 
 
Capitulo 05 – Rochas Metamórficas 
A rocha metamórfica é aquela que sofreu mudanças na sua constituição 
mineral e na textura devido às transformações nos ambientes físicos e químico do 
interior da crosta (altas temperaturas, elevadas pressões e ação de fluidos 
quimicamente ativos). 
Metamorfismo de baixo grau: muitas das estruturas originais continuam visíveis, 
por exemplo, a estratificação. Metamorfismo de alto grau: a rocha original é 
completamente transformada, por exemplo, a transformação granito em gnaisse. 
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Fonte de calor: Grau geotérmico – aumento natural de temperatura com a 
profundidade. Tipos de pressões: peso próprio do material com o aumento da 
profundidade e esforços tectônicos (provoca dobramentos nas rochas) pelos 
movimentos da crosta terrestre. Papel da parte fluida: o material fluido líquido ou 
volátil ocupa as fissuras e porosidades, provocando uma constante troca de 
material, acelerando o processo de alteração química e mineralógica. 
01. Textura 
A textura da rocha metamórfica diz respeito aos aspectos dos grãos, sendo 
observadas em amostra de mão. As texturas dependem da forma, do modo de 
crescimento e da relação entre os minerais. 
Glanoblástica: mostra de grãos de tamanhos semelhantes. Ex: mármore, 
gnaisses. Lepidoblástica: minerais de formas lamelares e estão orientados quase que 
paralelamente. Ex: xistos e filitos. Porfiroblásticos: cristais que se destacam entre os 
demais. Ex: mármore, gnaisse. Cataclástica: esmagamento e fragmentação das 
rochas. Ex: zonas de falhas. 
02. Estrutura 
a. Estrutura granulosa: predominância de minerais equidimensionais que não 
favorecem a xistosidade (a rocha tem aspecto compacto e maciço). 
b. Estrutura xistosa: predominância de minerais lamelares, que se dispões em 
camadas de aspecto folheado. Importância para a engenharia: quando britada 
apresenta problemas com o índice de forma do agregado; a xistocidade 
corresponde um plano de fraqueza (onde ela tendera a se fraturar em formas de 
placas); a resistência à compressão depende do sentido da xistosidade; 
instabilidade de um corte quando este intercepta um plano do talude com 
inclinação menor; espessura do solo elevada (facilidade de penetração da água). 
c. Estrutura bandeada ou gnáissica: composta por bandas claras (quartzo e 
feldspato) e bandas escuras (mica e minerais máficos). O bandeamento forma um 
plano de fraqueza por onde tenderá a romper. Obs: o gnaisse se intemperiza mais 
rápida do que o granito, pois a banda escura formada por mica, se intemperiza e a 
água entra em contato com uma área maior. Obs 2: o solo é mais antigo na 
superfície do que em profundidade. 
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03. Formas de metamorfismo 
 Metamorfismo de contato: ocorre nas adjacências das grandes massas 
ígneas. Contato do magma com a rocha. A ação metamórfica diminui com a 
distância do corpo ígneo. 
 Metamorfismo dinâmico: alta pressão e baixa temperatura, onde ocorrem 
movimentos da crosta. Esses movimentos ocorrem em região limitada: no plano de 
falha. Quanto mais perto da superfície, menor temperatura. 
 Metamorfismo regional: maiores profundidades, maior pressão, maior a 
temperatura relacionados ao movimento da crosta terrestre. A ação da 
temperatura e pressão dos movimentos tectônicos formam regiões dobradas onde 
se formam os xistos e gnaisses. 
04. Classificação das rochas metamórficas 
A classificação é feito em função do grau de metamorfismo. 
Sequência argilosa: metamorfismo sobre o argilito, siltito e folheto (argila e silte) 
estratificados e textura muito fina. Na sequência argilosa ocorre a recristalização de 
novos minerais à medida que aumenta o grau de metamorfismo. A estrutura varia 
de estratificada no argilito até a apresentação de bandeamento no gnaisse e 
maciço granito, passando pela xistosa. 
Argilito → Ardósia → Filito → Xisto → Gnaisse → Granito 
 Ardósia: baixo grau de metamorfismo, mantendo a estratificação. Tem 
granulação fina e apresenta clivagem ardosiana (dobramento em lâminas). Uso: 
em revestimento de pisos, paredes e telhados. 
 Filito: grau de metamorfismo maior do que a ardósia, com granulação fina ou 
média. A xistosidade é visível e podem ocorrer pequenas dobras. Há a presença de 
muscovita. 
 Xisto: grau de metamorfismo menor que os filitos (forma-se a maiores 
temperaturas). Textura mais grosseira do que os filitos e apresenta clivagem 
ondulada. 
 Gnaisse: formam-se em condições de elevadas temperaturas e pressão, 
originada nas regiões mais quentes do metamorfismo regional. Granulação média a 
grosseira, com bandas claras e escuras. 
 Migmatito: é constituído por um gnaisse e um granito 
 Granito: fusão do gnaisse. 
 
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Sequência Quartzosa 
Dependendo do arenito que deu origem, se maciço ou estratificado, o 
quartzito poderá ser maciço ou bandeado. 
 Quartzito: formado pelo metamorfismo de arenito por metamorfismo de 
contato ou pelo regional; composto por grãos de quartzo intercrescidos; pequenas 
quantidades de feldspato ou mica são evidentes. 
Sequência Carbonática 
Essas rochas são a recristalização de rochas calcárias e dolomitos. São os 
mármores. 
 Rochas calcárias e mármores: os mármores derivam do metamorfismo 
regional das rochas calcarias ou do metamorfismo de contato. Geralmente 
apresenta cor branca e por ser constituído por minerais de baixa dureza, os 
mármores são cortados e polidos com muita facilidade. A xistosidade ou clivagem é 
rara nos mármores puros. 
 
Capitulo 06 – Dinâmica Superficial 
“A dinâmica superficial é responsável pela modelagem da superfície da 
Terra.” São eventos que envolvem a aplicação de forças sob certo gradiente. Estas 
forças estão relacionadas à ação da chuva, vento, ondas, rios, gelos e etc. Agentes 
móveis: rios escavam canais; ondas atacam as praias e costões; vento movimenta 
as areias das dunas e das praias; geleiras desgastamos vales glaciais. Agentes 
imóveis: variação de temperatura e umidade; dissolução de calcários em cavernas; 
congelamento de águas em fraturas. 
A dinâmica superficial compreende a interação de fatores físicos, químicos, 
biológicos e fatores antrópicos (ação do homem). Pode-se apontar três principais 
modificações antrópicas: alteração do escoamento da água superficial; 
impermeabilização do solo; remoção ou destruição da cobertura vegetal. 
Os processos da dinâmica superficial que mais atuam com frequência no Brasil 
são o intemperismo, a erosão e o movimento de massa. 
01. Intemperismo 
Conjunto de processos que ocasionam a alteração e a decomposição 
química das rochas e dos minerais graças a ação de agentes atmosféricos e 
biológicos. 
Intemperismo Físico: 
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 Variação da temperatura: as variações de temperatura fazem com que os 
minerais das rochas estejam ora em estado de expansão, ora em contração. Assim, 
começam a aparecer pequenas trincas que vão se alongando com o tempo, 
fraturando todo o maciço. Esfoliação esferoidal: desprendimento de cascas 
semelhantes a uma cebola. 
 Congelamento da água: a água liquida ocupa as fissuras das rochas e ao se 
congelar, aumenta de volume, provocando o faturamento da rocha. 
 Alivio de tensão: rochas formadas em profundidade estão submetidas a altas 
pressões. Após seu soerguimento passam a ser submetida a pressão de 1 atm, 
ocorrendo um alivio de tensões e provocando rupturas paralelas a superfície do 
terreno e expondo a rocha à erosão. 
 Cristalização de sais e ação física dos vegetais: as águas presentes no interior 
de fendas de rochas podem evaporar e precipitar os sais, esta cristalização exerce 
uma pressão que contribui para a desintegração das rochas. Rochas que são 
habitadas por algas, musgos e liquens que liberam produtos químicos ativos atacam 
a rocha. E o crescimento de raízes ao longo das fraturas também separa e remove 
fragmentos de rochas. 
O intemperismo físico abre caminhos e facilita o intemperismo químico. 
Intemperismo Químico: é ocasionado pela água da chuva, que infiltra e 
percola as rochas. A água em contato com o C02 forma H2CO3 (ácido carbônico) e 
diminuiu o pH do solo, e a assim aumenta sua acidez e intensifica o intemperismo 
químico. 
 Hidratação: as moléculas de água se incorporam e entram na estrutura dos 
minerais, modificando-as e formando um novo mineral. Ex: a anitrita com adição de 
água forma a gipsita; a presença de nontronita em basalto se hidrata e expande, 
levando a rocha a ruptura; ao se hidratar, as laminas de folheto se expandem e 
soltam (empastilhamento). 
 Hidrólise: é a principal causa de intemperismo químico dos minerais nas 
rochas. Ocorre a dissociação da água (H+OH-) e assim o pH fica mais ácido. Ocorre, 
também, a decomposição do mineral e formação de substâncias novas. Ex: 
alteração do feldspato potássico K+→H+. 
 Dissolução: consiste na solubilização completa. É o caso da calcita e da 
halita. 
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 Oxidação: elementos podem estar presentes em minerais em mais de um 
estado de oxidação. Ex: o ferro que se encontra nos minerais ferro-magnesianos, 
sob a forma de Fe+2 e quando liberado em solução oxida-se a Fe+3 e se precipita 
como um novo mineral. 
02. Formação do Solo 
Solo é todo material da crosta que não oferece resistência a escavação 
mecânica que perde totalmente a resistência quando em contato prolongado 
com a água. (Vargas, 1978) 
O desenvolvimento do solo inicia-se com o intemperismo físico agindo sobre as 
rochas formando materiais não consolidados. Esse material proveniente da 
desagregação da rocha poderá permanecer no local ou se transportar para outro. 
Alguns tipos de solos são: 
 Solo residual: formado no local pela desagregação da rocha matriz; 
 Transportado: coluvionar (ação da gravidade), aluvionar (ação da água 
corrente), glacial (ação das geleiras) e eólico (ação do vento, são grãos pequenos 
e finos). 
 Ação do vento: o tipo de transporte depende do tamanho da partícula e da 
força do vento. Pode ser: arrastamento, saltação ou suspenção. 
Fatores que influenciam a formação do solo: 
a. Clima: chuva e temperatura; Temperatura: um aumento de 10ºC 
aumenta a velocidade de uma reação química de duas a três vezes; quanto maior 
a temperatura, maior a profundidade do terreno às alterações químicas e físicas. 
Por isso as regiões de clima temperado têm solos menos profundos. Precipitação 
pluviométrica: promove o aumento da alteração química por hidrólise. 
b. Relevo: interfere na dinâmica da água nos processos de erosão e 
sedimentação. Um relevo suave facilita a infiltração de água de chuva, sem que 
ela escoe em superfície, formando solos mais profundos e que sofrem menos 
erosão. 
c. Tipo de rocha: rochas compostas por minerais ricos em sílica produzem 
solos de textura arenosa, e as rochas com maioria de minerais ferromagnesianos e 
feldspato oferecem condições para a formação de solos argilosos. 
d. Organismos: restos de vegetais acabam produzindo húmus, bactérias 
e fungos alteram certos minerais, e raízes, minhocas e cupins tornam o solo mais 
permeável. 
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e. Tempo: superfícies mais antigas não apresentam necessariamente 
solos mais evoluídos, por isso depende de todos os fatores anteriores. 
Espessura do Solo e forma de relevo: 
Em áreas com variação do tipo de rochas: o solo é mais espesso em áreas de 
rochas constituídas por minerais de maior alterabilidade. Ex: o granito possui baixa 
alterabilildade, então tem baixa espessura do solo (relevo acidentado), já o 
diabásio possui alta alterabilidade (grande quantidade de sílica) e assim tem maior 
espessura de solo. 
Em áreas com o mesmo tipo de rocha: nos pontos onde o faturamento é mais 
intenso, tenderá a ocorrer maior espessura de solo e o desenvolvimento de vales. 
Perfil de alteração: 
A formação do solo é composta por duas etapas: formação do substrato 
(intemperismo agindo sobre as rochas) e a diferenciação dos horizontes 
(diferenciação em subcamadas com incorporação da matéria orgânica e 
migração matéria* entre um horizonte e outro). 
PEDOLOGIA 
Horizonte A: superficial, acumula matéria orgânica e lixivia material para o 
horizonte inferior. Horizonte B: intermediário, pouca matéria orgânica e acumulo do 
material lixiviado do horizonte A, não se encontra estrutura ou textura da rocha 
original. Horizonte C: rocha alterada, mantem a estrutura da rocha original e alguns 
minerais que não sofreram intemperismo (saprolito) e nenhuma matéria orgânica. 
(I) Horizonte de solo orgânico: pequena espessura (areia, silte, argila e matéria 
orgânica); (II) Horizonte lateritico: presente em solos residuais ou transportados e não 
apresenta estrutura da rocha de origem; (III) Horizonte de solo saprolítico: apresenta 
um pouco da estrutura da rocha de origem (10% de blocos de rocha se 
desmancham); (IV) Horizonte Saprolítico: transição entre o maciço rochoso e o solo. 
Apresenta blocos ou camadas de rocha em vários estágios de alteração (>10% 
blocos); (V e VI): Horizonte de rochas muito alterada e alterada: caracteriza o topo 
do maciço rochoso e rochas com maior resistência. (vII): Horizonte de rocha sã. 
 
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Obs1:O engenheiro precisa conhecer todos os horizontes para poder projetar 
uma fundação. 
Obs2: Nas rochas areníticas os sedimentos de cada horizonte são areias. Nas 
rochas basálticas as olivinas, piroxênios e anfibólios se intemperizam e forma solo de 
dimensão argilosa, Nas rochas graníticas os solos são arenosos, pois o quartzo não se 
intemperiza facilmente. 
Solos Tropicais: 
Solos lateríticos (Brasil) 
 São solos superficiais típicos de 
regiões tropicais húmidas bem 
drenadas; 
 Caulinitas: argilo mineral 
predominante; 
 Coloração: vermelho, amarelo, 
marrom e alaranjado; 
 Laterita: pedregulhos lateríticos. 
 
Solos Saprolíticos 
 Resultam da decomposição “in 
situ” da rocha matriz pela ação de 
intempéries, mantendo estruturas das 
rochas originais; 
 As partículas ficam no mesmo 
lugar que no estado pétreo; 
 Tem mineralogia complexa; 
 Só se apresentam em superfície 
devido à ação antrópica e erosão. 
03. Movimento de massa 
São as mudanças nas formas das encostas naturais. 
Rastejos: movimentos descendentes lentos e contínuos da massa de solo em 
um talude. Não desenvolve uma superfície de ruptura e é identificado por: 
embarrigamento de árvores, abatimentos, postes inclinados e fraturas no 
pavimento. 
Obs: em regiões menos íngremes, o solo intemperiza mais rápido devido ao 
intemperismo químico da água que é maior, pois a água penetra no solo e não 
escoa. 
Escorregamentos: movimento rápido de massas de solo ou rocha. Estão 
relacionados ao aumento de tensões ou queda de resistência, em períodos 
relativamente curtos, ocorrendo a ruptura por cisalhamento. 
 Translacionais ou planares: ocorre em solos superficiais até o contato com a 
rocha ou condicionados por estruturas planares desfavoráveis a estabilidade. 
 Circulares ou rotacionais: apresenta superfície de deslizamento curvilínea, 
que ocorrem em pacotes de solo mais espessos. 
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 Em cunha: duas estruturas planares condiciona o deslocamento de um 
prisma ao longo do eixo de intersecção desses planos. 
** Translacionais rasos (serra do mar): escorregamentos no horizonte superior de 
solos superficiais. Onde: inclinação superior à 30º; Quando: chuva de 100 
mm/dia com chuvas nos 3 ou 4 dias anteriores; Como: nas cumieiras existe uma 
região de máxima tração devido à diferença de rastejo entre trechos mais 
íngremes e menos íngremes. 
Movimento de blocos rochosos: família de descontinuidades: mesma 
direção. É preciso isolar 3 famílias de descontinuidades para isolar um bloco. 
o Queda de blocos: os fragmentos caem em queda livre em encostas verticais. 
Ocorrem em locais como: pedreiras de diabásio, basto, granito e regiões serranas.] 
o Tombamentos: movimento de rotação de blocos rochosos. 
o Rolamento de blocos: movimento de blocos por perda de apoio 
(descalçamento). 
Corridas: movimentos gravitacionais de massas de grandes dimensões que 
escoam rapidamente. Grande poder destrutivo, alcançando distancias de alguns 
quilômetros. 
I. Corrida de lama: solo com alto teor de água. São os movimentos de massa 
de maior poder destrutivo. São verdadeiros avalanches de solo, água e blocos de 
rocha que se desenvolvem ao longo dos talvegues de vales. Formação: 
confluência de vários escorregamentos translacionais rasos que ocorrem em 
períodos de chuvas intensas, que pode ser barrado e depois romper ganhando 
ainda mais energia. 
II. Corrida de terra: menor teor de água. 
III. Corrida de detritos: material mais grosseiro, com fragmentos de rochas de 
vários tamanhos. 
1. Origem primária: desestruturação total do material. 
2. Origem secundária: corridas nas drenagens a partir de detritos acumulados 
no leito e barramentos naturais. 
 
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Perguntas e respostas 
1) Cite e descreva dois tipos de intemperismo físico. 
Intemperismo é o conjunto de processos que ocasionam a alteração e a decomposição química das rochas e dos 
minerais graças à ação de agentes atmosféricos e biológicos. O intemperismo físico modifica as propriedades físicas dos 
minerais como morfologia, resistência e textura. Entre eles, estão: 
Variação repentina de temperatura: As rochas podem ter temperaturas de 60ºC durante o dia e 0ºC durante a noite, 
fazendo com que os minerais estejam ora em contração ora em expansão. Como o coeficiente de dilatação térmica dos 
minerais da rocha é diferente, aparecem pequenas trincas que aumentam com o passar do tempo, fraturando o maciço com 
consequente desintegração em blocos. 
Congelamento da água: quando fendas de rochas são preenchidas com água em regiões de baixa temperatura, essa 
água pode congelar, aumentando a pressão sobre as paredes do maciço. A força da expansão da água durante o 
congelamento é muito superior à força de tração de muitas rochas. 
2) Quais são as transformações que ocorrem com a matéria orgânica até que se transforme finalmente 
em carvão? Explique o processo de Carbonificação. 
O carvão mineral é uma rocha sedimentar combustível, formada a partir de determinados vegetais que se acumulam 
em ambientes anaeróbicos, que sofreram soterramento e compactação. A decomposição desta matéria por ação de 
bactérias, a atuação da pressão, temperatura e forças tectônicas ao longo do tempo fazem com que ocorra um processo de 
cabonificação, que consiste na perda de O2 e H20 e é enriquecida em carbono aumentando a sua capacidade calorífica. 
No processo de formação do carvão, a matéria orgânica passa por uma seria de transformações, recebendo diferentes 
nomes: 
Turfa: sedimento de origem vegetal de idade recente, com teor de carbono de 55% a 65%; 
Linhito: carvão com menos celulose que a turfa, com teor de carbono de 65% a 75%; 
Ulha ou Carvão Betuminoso: carvão negro, com teor de carbono de 75% a 95%; 
Antracito: forma junto com a Ulha, o carvão mineral. Com aspecto vítreo e rara ocorrência no Brasil, tem teor de 
carbono de 90% a 93%. 
3) Durante a formação de uma rocha sedimentar clástica pode ocorrer um processo diagenético 
conhecido como compactação química. Descreva as peculiaridades deste processo. 
A compactação diagenética pode apresentar-se sob dois aspectos: o químico e o mecânico. A compactação química 
engloba a dissolução dos minerais sobre pressão. Se houver ausência de pressão, ocorre somente a percolação dos fluidos 
no material depositado, podendo ocorrer reações químicas entre a solução e os minerais depositados. Quando ocorre 
dissolução sobre pressão, também chamada de compactação química, podem ocorrer vários tipos de feições. 
4) O que acontece com a estrutura inicialmente estratificada do argilito na medida em que aumenta o 
grau de metamorfismo transformando-se finalmente em gnaisse? 
Na sequencia argilosa ocorre a recristalização de novos minerais à medida que aumenta o teor de metamorfismo. A 
estrutura varia de estratificada no argilito até a apresentação de bandeamento no gnaisse, passando pelo xistosa no filito e 
no xisto. Os minerais no argilito são os argilominerais e no gnaisse, o quartzo, mica e feldspato. Além disso, ocorre 
mudança na textura da rocha. A sequência é a seguinte: Argilito → ardósia → filito → xisto → gnaisse. 
5) Descreva as principais características dos escorregamentos translacionais. (Desenho) 
Os escorregamentos são movimentos rápidos de massas de solo ou rochas. Os movimentos translacionais ocorrem 
em regiões íngremes, onde a inclinação faz com que a água escoe na superfície, penetrando pouco e formando solos 
menos profundos. No topo domorro ocorre a máxima tração e quando infiltra nesse ponto ela percola na interface entre o 
solo e a rocha, originando sua superfície de ruptura. O escorregamento se da na direção paralela a esse plano de fraqueza. 
6) Quais as principais diferenças entre o horizonte A, horizonte B e o horizonte C de um solo residual? 
 O horizonte A é composto de um solo superficial rico em matéria orgânica e lixivia material para o horizonte 
inferior. O horizonte B apresenta pouca matéria orgânica e acumula o material lixiviado do horizonte A e não se encontra 
estrutura ou textura da rocha original. O horizonte C é composto por rocha alterada e mantém um pouco da estrutura da 
rocha original e alguns minerais que não sofreram intemperismo e nenhuma matéria orgânica. 
7) Quais são as fontes de calor e de pressão na crosta terrestre que possibilitam a formação de uma rocha 
metamórfica? 
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As fontes de calor são: o grau geotérmico, que se da com o aumento da temperatura com a profundidade. Em média 
a temperatura do aumenta 1ºC a cada 33 metros dentro do limite das obras de engenharia; outra fonte são as câmaras 
magmáticas, regiões próximas as rochas ígneas fundidas. E existem dois tipos de fonte de pressão: a pressão dada pelo 
peso próprio do material e os esforções tectônicos ocasionados pelos movimentos da crosta terrestre. 
8) Assinale V (verdadeiro) ou F (falso) nas alternativas abaixo referentes à intemperismo químico. 
(F) Quando o Fe
+2
 de um mineral é liberado em solução e volta a se precipitar na forma de Fe
+3
 como geotita pode-
se dizer que ocorreu uma reação de dissolução. (ocorre oxidação) 
(V) O intemperismo físico abre caminho e facilita o intemperismo químico. 
(F) A alteração de um feldspato potássico em presença de água, levando alguns íons em solução, corresponde a 
uma reação de oxidação. (corresponde a hidrólise) 
(F) Quando as moléculas de água se incorporam e entram na estrutura dos minerais, modificando-as e formando 
um novo mineral pode-se dizer que ocorreu uma reação de hidrólise. (ocorre hidratação) 
(F) A solubilização completa da calcita e da halita corresponde a uma reação de hidratação. (corresponde a 
dissolução) 
9) Associe os números da coluna com as respectivas características apresentadas abaixo. 
 
(1) Metamorfismo Dinâmico 
(2) Metamorfismo de Contato 
(3) Metamorfismo Regional 
( ) Ocorre em ambiente de profundidade moderada, sob condições de alta pressão e baixa temperatura. 
( ) Ocorre na base de montanhas formadas pelo encontro de placas tectônicas. 
( ) Ocorre nas adjacências de grandes massas ígneas. 
( ) Tipo de metamorfismo que ocorre no Arenito Botucatu ao ser coberto por um derrame de basalto. 
( ) Não se formam novos minerais, exceto ao longo de planos de intenso cisalhamento. 
13) Diferencie compactação mecânica de compactação química. 
A compactação diagenética pode apresentar-se sob dois aspectos: o químico e o mecânico. A compactação química 
engloba a dissolução de minerais sob pressão. Já a compactação mecânica não engloba processos químicos, mas sim 
aspectos físicos, como mudança no empacotamento intergranular e a deformação ou quebra de grãos individuais. 
14) Características do movimento de rastejo. Fazer um desenho esquemático. 
Rastejos são movimentos descendentes lentos e contínuos de massa de solo de um talude. Não desenvolve uma 
superfície de ruptura e é identificado pelo embarrigamento de arvores, abatimentos, postes e cercas inclinados, e fraturas 
no pavimento. 
15) Como se formam as rochas sedimentares clásticas? Dois exemplos. 
São formadas a partir do intemperismo atuando sobre as rochas, que causam sua fragmentação. São exemplos de 
rochas sedimentares clásticas siltitos e argilitos. 
16) Cite e descreva dois tipos de estruturas de rochas sedimentares. 
As estruturas sedimentares revelam os aspectos principais da organização interna do sedimento, cuja origem pode 
ser orgânica ou inorgânica. Estas estruturas permitem, de certo modo, a interpretação do ambiente de sedimentação. Entre 
as estruturas, pode-se citar: 
Gretas de contração: São frequentes nos depósitos siltico-argilosos e nos calcários estando praticamente ausente 
nos sedimentos arenosos. A origem das gretas está ligada à perda de água pelo sedimento, o que ocasiona a sua contração, 
limitando polígonos irregulares. Nódulos: São irregulares e com tamanho variado, sendo de ocorrência mais comum entre 
as dimensões de 2 a 10 mm. Geralmente ocorrem paralelos as estratificações. Os nódulos da Formação Irati são 
constituídos de sílica. 
17) Quais as principais características do calcário? 
O calcário é uma rocha sedimentar constituída predominantemente por calcita, que efervesce na de presença de 
ácido clorídrico. É uma rocha poligenética, ou seja, pode ter origem de sedimentos bioquímicos e químicos. Possui 
granulação muito fina e coloração cinza. Não é aconselhável a construção de uma barragem em área de calcário, pois a 
água sobre pressão encontraria caminhos preferenciais na fundação da barragem. 
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18) O que é intemperismo químico, citar dois exemplos e explicar como ocorre. 
Intemperismo Químico é ocasionado pela água da chuva, que infiltra e percola as rochas. A água em contato com o 
C02 forma H2CO3 (ácido carbônico) e diminuiu o pH do solo, e a assim aumenta sua acidez e intensifica o intemperismo 
químico. Dois tipos são: a hidrólise, ocorre a dissociação da água (H
+
OH
-
) e assim o pH fica mais ácido. Ocorre, também, 
a decomposição do mineral e formação de substâncias novas. Ex: alteração do feldspato potássico K+→H+; E a 
dissolução que consiste na solubilização completa. É o caso da calcita e da halita. 
19) Formação dos solos: residual, aluvionar e eólicos. 
 O solo residual é formado no local próximo da rocha matriz; além desse pode existir o solo transportado, que se 
divide em aluvionar (transportado pela ação da água corrente) e eólico (transportado pela ação do vento, e são grãos 
pequenos e finos). Desenho. 
20) Movimentos de massa planares e rotacionais, explicar e desenhar. 
Translacionais ou planares: ocorre em solos superficiais até o contato com a rocha ou condicionados por estruturas 
planares desfavoráveis à estabilidade. Circulares ou rotacionais: apresenta superfície de deslizamento curvilínea, que 
ocorrem em pacotes de solo mais espessos. 
21) Quais os tipos de rochas sedimentares? Exemplifique-os. 
Depósitos Rudáceos: caracterizam-se por sedimentos grosseiros de tamanho maior que 2 mm. Os constituintes 
grosseiros são denominados de fenoclastos. Ex: Brecha. 
Depósitos Arenáceos: são constituídos por material clástico de tamanho de areia. Sua composição é variável, indo 
desde arenitos limpos até impuros, nos quais a areia se encontra misturada com silte e argila. Ex: Arenitos. 
Depósitos Síltico-argilosos: são os mais abundantes. Do ponto de vista granulométrico, constituem as rochas 
clásticas mais finas, compostas de partículas de tamanho silte e argila. Os sedimentos síltico-argilosos são constituídos 
por minerais derivados do intemperismo, entre eles, grãos de quartzo, feldspato e mica. Ex: Siltitos e Argilitos. 
22) Explicar o que é corrida de lama. 
Corrida de lama (solo com alto teor de água) são os movimentos de massa de maior poder destrutivo. São 
verdadeiros avalanches de solo, água e blocos de rocha que se desenvolvem ao longo dos talvegues de vales. Formação: 
confluência de vários escorregamentos translacionais rasos que ocorrem em períodos de chuvas intensas, que pode ser 
barradoe depois romper ganhando ainda mais energia. 
23) Características do Arenito Botucatu. 
O arenito Botucatu é um arenito silicoso, muito usado como calçamento pela facilidade de obtenção de placas e 
pela aspereza que apresenta. É usado, também, como revestimento decorativo de paredes. 
24) Por que o arenito apresenta muita variação de resistência em um mesmo depósito? 
A resistência mecânica depende da natureza e do teor do cimento (sílica amorfa, óxido de ferro ou carbonatos). E, 
também, a resistência mecânica depende da direção dos esforços em relação à estratificação. 
25) O que é lixiviação? 
A lixiviação é a extração ou solubilização dos constituintes químicos de uma rocha, mineral, solo, depósito 
sedimentar e etc. pela ação de um fluido percolante. Em geologia, chamamos de lixiviação ao processo de “arraste” ou 
“lavagem” dos sais minerais presentes no solo, caracterizando uma forma inicial de erosão, ou erosão leve. A lixiviação 
ocorre quando o solo fica demasiadamente exposto (por causa de desmatamento, queimadas ou sobrepastoreio) e, com a 
ação gradativa das chuvas vai tendo seus materiais arrastados tornando-se primeiro infértil, e depois, podendo 
ocasionar erosões graves (voçorocas) dependendo do tipo de solo e grau de exposição. 
26) Descrever e diferenciar os 3 tipos de movimentos de massa. 
Rastejos: movimentos descendentes lentos e contínuos da massa de solo em um talude. Não desenvolve uma 
superfície de ruptura e são identificados por embarrigamento de árvores, abatimentos, postes inclinados e fraturas no 
pavimento. Escorregamentos: movimento rápido de massas de solo ou rocha. Estão relacionados ao aumento de tensões 
ou queda de resistência, em períodos relativamente curtos, ocorrendo ruptura por cisalhamento. Corridas: movimentos 
gravitacionais de massas de grandes dimensões que escoam rapidamente. Grande poder destrutivo, alcançando distancias 
de alguns quilômetros. 
27) Diferenciar e representar os 3 tipos de escorregamentos. 
Translacionais ou planares: ocorre em solos superficiais até o contato com a rocha ou condicionados por 
estruturas planares desfavoráveis à estabilidade. Circulares ou rotacionais: apresenta superfície de deslizamento 
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curvilínea, que ocorrem em pacotes de solo mais espessos. Em cunha: duas estruturas planares condiciona o deslocamento 
de um prisma ao longo do eixo de intersecção desses planos. 
28) Qual é o tipo de metamorfismo associado à formação de grandes cadeias de montanhas? 
29) Qual é a origem das juntas de alívio? 
30) Cite e explique 3 características importantes para a análise da textura das rochas sedimentares. 
31) Diferenças entre arenito e quartzito. 
32) Uma dinâmica de superfície que não lembro, era alguma coisa radial. 
33) As diferenças entre compactação química e compactação mecânica. 
34) Descreva os usos, vantagens e desvantagens do uso do mármore na construção civil. 
35) O que é metamorfismo regional e metamorfismo dinâmico? 
36) O que é intemperismo físico? Cite e explique dois tipos. 
37) Quais são as estruturas das rochas metamórfica? Descreva cada uma delas. 
38) Três características que um agregado tem que ter para ser usado na construção civil.

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