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Topografia Topografia • A topografia teve suas raízes no antigo Egito, quando após as cheias os medidores de terra, agrimensores da época, tinham necessidade de restituírem as divisas de propriedades, que eram sazonalmente destruídas por ocasião das cheias periódicas e desconfigurando as suas margens. Topografia Topografia Topografia • No decorrer dos tempos as técnicas utilizadas pelos antigos egípcios, para demarcação de terras, foram se aperfeiçoando e hoje a agrimensura, e a topografia além de dedicar- se a demarcação e divisão de terra (Agrimensura), atua nas mais variadas atividades da engenharia. Topografia • Ciência da representação dos aspectos naturais e artificiais de um lugar ou de uma região, especialmente no modo de apresentar suas posições e altitudes. Topografia • O objetivo principal é efetuar o levantamento (executar medições de ângulos, distâncias e desníveis) que permita representar uma porção da superfície terrestre em uma escala adequada. • Às operações efetuadas em campo, com o objetivo de coletar dados para a posterior representação, denomina-se de levantamento topográfico. Topografia Topografia Cartografia • É a ciência da representação gráfica da superfície terrestre, tendo como produto final o mapa. Ou seja, é a ciência que trata da concepção, produção, difusão, utilização e estudo dos mapas. Cartografia NBR – 13133: Execução de Levantamento Topográfico NBR – 13133: Execução de Levantamento Topográfico O trabalho prático de Topografia pode ser dividido em cinco etapas: • 1) Tomada de decisão: onde se relacionam os métodos de levantamento, equipamentos, posições ou pontos a serem levantados, etc. • 2) Trabalho de campo ou aquisição de dados: efetuam-se as medições e gravação de dados. • 3) Cálculos ou processamento: elaboram-se os cálculos baseados nas medidas obtidas para a determinação de coordenadas, volumes, etc. • 4) Mapeamento ou representação: produz-se o mapa ou carta a partir dos dados medidos e calculados. • 5) Locação. TOPOMETRIA • Topometria estuda os processos clássicos de medição de distâncias, ângulos e desníveis, cujo objetivo é a determinação de posições relativas de pontos. Topologia • É uma subdivisão da topografia, é a parte que trata da interpretação dos dados colhidos através da topometria. Essa interpretação visa facilitar a execução do levantamento e do desenho topográfico. PLANIMETRIA • Corresponde ao levantamento planimétrico, onde se procura determinar a posição planimétrica dos pontos (coordenadas X e Y). ALTIMETRIA • Corresponde ao levantamento altimétrico, onde o objetivo é determinar a cota ou altitude de um ponto (coordenada Z). Planialtimetria • A realização simultânea dos dois levantamentos dá origem ao chamado levantamento planialtimétrico. Aplicações da Topografia Alguns exemplos de aplicação: • Projetos e execução de estradas; • Grandes obras de engenharia, como pontes, viadutos, túneis, portos, etc.; • Locação de obras; • Trabalhos de terraplenagem; • Monitoramento de estruturas; • Planejamento urbano; • Irrigação e drenagem; • Reflorestamentos; Instrumentos • Trena Trena Precisão das trenas Trena eletrônica Instrumentos de medidas • Balizas - São utilizadas para manter o alinhamento, na medição entre pontos, quando há necessidade de se executar vários lances. Instrumentos • Piquetes- são necessários para marcar convenientemente os extremos do alinhamento a ser medido. • Estaca testemunha - São utilizadas para facilitar a localização dos piquetes, indicando a sua posição aproximada. Instrumentos Teodolito • O teodolito é um instrumento óptico de medida utilizado para realizar medidas de ângulos verticais e horizontais. Basicamente é um telescópio com movimentos graduados na vertical e na horizontal, e montado sobre um tripé centrado (norteado) e verticalizado. Muito utilizado em topografia, navegação e em meteorologia. Teodolito Teodolito Teodolito Teodolito • Mecânico Teodolito • Eletrônico Tripé Nivelamento do Teodolito Teodolito Teodolito Mira • A mira é uma escala métrica vista de longe com auxilio de uma luneta; • a leitura na mira é constituída de um número de quatro casas decimais (o metro, decímetro, centímetro e milímetro por estimativa). Exemplo (0,020; 1,055; 2,235; 3,540; 3,905, etc.); • para evitar erro deve-se observar o sentido do crescimento da graduação. Mira (Régua) Nível de Cantoneira Teodolito e Mira Nível de Cantoneira • Equipamento em forma de cantoneira e dotado de bolha circular que permite ao auxiliar segurar a baliza na posição vertical sobre o piquete ou sobre o alinhamento a medir. Nível de Cantoneira Nível Medição Eletrônica de Distâncias Estação Total • É um instrumento eletrônico utilizado na medida de ângulos e distâncias. A estação total é capaz de inclusive armazenar os dados recolhidos e executar alguns cálculos mesmo em campo. Com uma estação total é possível determinar ângulos e distâncias do instrumento até pontos a serem examinados. Estação Total Prisma Prisma e Estação Total • Medição de distância GPS RTK • A técnica de posicionamento RTK é baseada na solução da portadora dos sinais transmitidos pelos sistemas globais de navegação por satélites GPS, Glonass e Galileo. GPS RTK Coordenadas Cartesianas • Um sistema de coordenadas cartesianas retangulares no espaço tridimensional é caracterizado por um conjunto de três retas (X, Y, Z) denominadas de eixos coordenados, mutuamente perpendiculares, as quais se interceptam em um único ponto, denominado de origem. Coordenadas Cartesianas • Tridimensional Coordenadas Cartesianas • Bidimensional Coordenadas Esféricas • Um ponto do espaço tridimensional pode ser determinado de forma unívoca, pelo afastamento r entre a origem do sistema e o ponto R considerado, pelo ângulo β formado entre o segmento OR e a projeção ortogonal deste sobre o plano xy e pelo ângulo α que a projeção do segmento OR sobre o plano xy forma com o semi-eixo OX. As coordenadas esféricas de um ponto R são dadas por (r, α, β). Coordenadas Esféricas Superfícies de Referência • Modelo Esférico: • Latitude Astronômica (Φ): é o arco de meridiano contado desde o equador até o ponto considerado, sendo, por convenção, positiva no hemisfério Norte e negativa no hemisfério Sul. Longitude Astronômica (Λ): é o arco de equador contado desde o meridiano de origem (Greenwich) até o meridiano do ponto considerado. Por convenção a longitude varia de 0º a +180º no sentido leste de Greenwich e de 0º a -180º por oeste de Greenwich Superfícies de Referência • Modelo Esférico Superfícies de Referência • Modelo Elipsoidal As coordenadas geodésicas elipsóidicas: • Latitude Geodésica (φ): ângulo que a normal forma com sua projeção no plano do equador, sendo positiva para o Norte e negativa para o Sul. • Longitude Geodésica (λ): ângulo diedro formado pelo meridiano geodésico de Greenwich (origem) e do ponto P, sendo positivo para Leste e negativo para Oeste. Superfícies de Referência • No Brasil, o atual Sistema GeodésicoBrasileiro (SIRGAS2000 - SIstema de Referência Geocêntrico para as AméricaS) Superfícies de Referência • Geóide: Superfície de mesmo potencial gravitacional (equipotencial) melhor adaptada ao nível médio do mar global. • Características do geóide: • 1. Se aproxima do nível médio dos mares • 2. É função da densidade da Terra • 3. É uma superfície ondulada • 4. Nivelamento geométrico é referenciado ao Geóide Superfícies de Referência • Geóide: Superfícies de Referência • Geóide: Geóide Superfícies de Referência • Modelo Plano: Considera a porção da Terra em estudo com sendo plana. É a simplificação utilizada pela Topografia. Esta aproximação é válida dentro de certos limites e facilita bastante os cálculos topográficos. Face aos erros decorrentes destas simplificações, este plano tem suas dimensões limitadas. Tem-se adotado como limite para este plano na prática a dimensão de 20 a 30 km. Modelo Plano • Uma vez que a Topografia busca representar um conjunto de pontos no plano é necessário estabelecer um sistema de coordenadas cartesianas para a representação dos mesmos. Este sistema pode ser caracterizado da seguinte forma: • Eixo Z: materializado pela vertical do lugar (linha materializada pelo fio de prumo); • Eixo Y: definido pela meridiana (linha norte-sul magnética ou verdadeira); • Eixo X: eixo (formando 90º na direção leste). Modelo Plano Efeito da Curvatura na Distância e Altimetria Efeito da Curvatura na Distância e Altimetria Efeito da curvatura na Altimetria Classificação dos Erros de Observação • Para representar a superfície da Terra são efetuadas medidas de grandezas como direções, distâncias e desníveis. Estas observações inevitavelmente estarão afetadas por erros. Classificação dos Erros de Observação • Condições ambientais: causados pelas variações das condições ambientais, como vento, temperatura, etc. Exemplo: variação do comprimento de uma trena com a variação da temperatura. Classificação dos Erros de Observação • Instrumentais: causados por problemas como a imperfeição na construção de equipamento ou ajuste do mesmo. A maior parte dos erros instrumentais pode ser reduzida adotando técnicas de verificação/retificação, calibração e classificação, além de técnicas particulares de observação. Classificação dos Erros de Observação • Pessoais: causados por falhas humanas, como falta de atenção ao executar uma medição, cansaço, etc. Erros Grosseiros • Causados por engano na medição, leitura errada nos instrumentos, identificação de alvo, etc., normalmente relacionados com a desatenção do observador ou uma falha no equipamento. Alguns exemplos de erros grosseiros: • Anotar 196 ao invés de 169; Erros Sistemáticos • São aqueles erros cuja magnitude e sinal algébrico podem ser determinados, seguindo leis matemáticas ou físicas. São erros que se acumulam • Exemplo : Efeito da temperatura e pressão na medição de distâncias com medidor eletrônico de distância; ao longo do trabalho. Erros Acidentais • São aqueles que permanecem após os erros anteriores terem sido eliminados. São erros que não seguem nenhum tipo de lei e ora ocorrem num sentido ora noutro, tendendo a se neutralizar quando o número de observações é grande. Exemplos: • Erros pequenos ocorrem mais freqüentemente do que os grandes, sendo mais prováveis; • Erros positivos e negativos do mesmo tamanho acontecem com igual freqüência, ou são igualmente prováveis; Mapa • É uma carta geográfica representando uma grande extensão do terreno (regiões superiores a 10° geográficos), é objeto da cartografia. Carta • É uma representação de regiões menores, atingindo no máximo 10° geográficos; é objeto do desenho cartográfico e topográfico. Planta • É uma representação de regiões inferiores a 1° e áreas menores a 100 km² é objeto do desenho topográfico. Superfícies de projeção • Planas • Cônicas • Cilíndricas Superfícies de projeção Superfícies de projeção • Plana Superfícies de projeção • Plana Superfícies de projeção Superfícies de projeção • Cônica Superfícies de projeção • Cônica Superfícies de projeção Superfícies de projeção • Cilíndrica Superfícies de projeção • Cilíndrica SISTEMA DE PROJEÇÃO UTM • Universal Transversa de Mercator (UTM) é um sistema de coordenadas cartesiano onde foi dividido o mundo em 60 partes, essas partes são chamadas de fusos UTM. Cada fuso possui uma amplitude de 6° de longitude e um meridiano central (MC). SISTEMA DE PROJEÇÃO UTM SISTEMA DE PROJEÇÃO UTM • A coordenada nos meridicanos centrais para todos os fusos são as mesmas, com o valor para coordenada Este de 500.000m e a coordenada na linha do equador (onde separa o fuso ao meio) também é a mesma, no hemisfério sul o valor é 10.000.000m e para o hemisfério norte é 0. SISTEMA DE PROJEÇÃO UTM • Todo sistema de projeção possui suas deformações, e com o sistema UTM não é diferente, pois é uma projeção conforme, isto é mantem a forma (conserva os ângulos das figuras representadas) e distorce as distâncias. SISTEMA DE PROJEÇÃO UTM • Essas distorções são controladas pelo coeficiente de deformação k, onde no MC é denominado ko e tem o valor de 0,9996 e a 1°37’ para cada lado do MC o valor de k é igual a 1, ou seja, não possui deformação e já nas bordas dos fusos o valor de k é igual a 1,001 aproximadamente. A partir dessas deformações, pode-se observar que os fusos possuem zonas de ampliação e redução de distâncias. SISTEMA DE PROJEÇÃO UTM SISTEMA DE PROJEÇÃO UTM • Os fusos são numerados do antimeridano de Greenwich, de 1 até 60, de oeste para leste. O Brasil possui um total de 8 fusos, do fuso 18 no início do estado do Acre até o fuso 25 em Fernando de Noronha. SISTEMA DE PROJEÇÃO UTM Estácio Santa Cruz (UTM) Antiga Estácio Santa Cruz (UTM) SISTEMA GNSS • O Sistema Global de Navegação por Satélite (GNSS) é uma tecnologia de posicionamento tridimensional com base na medição das distâncias entre o aparelho receptor e de no mínimo quatro satélites. O GNNS engloba atualmente o sistema americano GPS, sistema russo GLONASS, sistema europeu GALILEU e o sistema chinês COMPASS. SISTEMA GNSS SISTEMA GPS • O GPS foi desenvolvido pelo departamento de defesa americano, e sua concepção é de que em qualquer lugar do mundo o usuário tenha pelo menos quatro satélites a sua disposição. Essa necessidade de se ter à disposição esse número de satélites, é devido ao não sincronismo entre o relógio do receptor e o relógio do satélite, devendo determinar além das incógnitas X, Y e Z, a incógnita T de tempo. SISTEMA GNSS SISTEMA GPS O sistema GPS é divido em três segmentos: • o segmento espacial - composto por 24 satélites distribuídos em seis planos orbitais. • Usuário - responsável pelo monitoramento das órbitas dos satélites. • Controle - responsável pela captação dos sinais fornecidos pelos satélites. MÉTODOS DE POSICONAMENTO • Absoluto: Quando as coordenadas estão associadas diretamente ao geocentro, utiliza-se apenas um receptor GPS. MÉTODOS DE POSICONAMENTO • Relativo: Quando as coordenadas são determinadas com relação a um referencial materializado por um ou mais vértices com coordenadas conhecidas. FIM
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