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LITERATURA INFANTIL NOS BERÇÁRIO1

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LITERATURA INFANTIL NOS BERÇÁRIOS
SANTOS, Michele Fernanda dos
RU:693420
KUNTZ, Sandra 
RESUMO
Esta pesquisa aborda a importância da leitura desde os primeiros anos de escolaridade/ escolarização, tendo como viés: a oralidade, ou seja, a leitura de histórias e a linguagem não verbal encontrada em cores, formas entre outros elementos textuais não escritos. Em tal contexto, escolhe-se como espaço de análise, os berçários e a Literatura voltada a bebês. Apresenta-se a concepção de leitor como indivíduo que relaciona diferentes referências contextuais em prol da construção de sentido. Para tal, observa-se a leitura por meio da díade: público – alvo; bebês e níveis de leitura. Desse modo, o objetivo geral deste trabalho é compreender a importância da Literatura no desenvolvimento cognitivo dos bebês em berçários em virtude dos processos de leitura. Estudar os projetos voltados à Literatura nos berçários e analisar devolutivas de tais ações são os objetivos específicos por assim dizer. No que se refere à metodologia, opta-se pela pesquisa descritiva / explicativa, uma vez que analisa-se o objeto supracitado, justificando os recortes anteriormente propostos. A pesquisa bibliográfica é o fio condutor desta pesquisa. Logo, destaca-se as contribuições de COLOMER (2007); La Taille(2008); Macedo (2005) e Wallon(1989) para a investigação do problema proposto.
Palavras - chave: Berçários. Literatura Infantil. Leitura. Contação de Histórias.
INTROUÇÃO
Este trabalho discorre sobre a Literatura Infantil nos Berçários, tendo como recorte as Creches na cidade de Curitiba. Para tal, aborda-se as práticas pedagógicas destinadas ao público em questão, entre outras, os processos de interação bebê / docente, bebê – livro mediados por rodas de leitura e/ou atividades lúdicas que estão intimamente ligadas à formação do leitor.
O objetivo geral desta pesquisa é compreender: De que forma as práticas pedagógicas aplicadas à Literatura Infantil pode contribuir no desenvolvimento dos bebês? e Como se dá a formação de leitores nos berçários da cidade de Curitiba? 
Como objetivos específicos, analisa-se o conceito de Literatura Infantil e as respectivas contribuições lúdicas para o desenvolvimento do bebê por meio dos aspectos psicológicos/ comportamentais, favorecidos pelas práticas literárias/ leitoras, na fase inicial de desenvolvimento do leitor. Ou seja, de zero a quatro anos incompletos. 
No que tange às justificativas, destaca-se as vivências em berçários, norteadas pela relevância de leituras e investigações científicas acerca do problema proposto. Até porque, ao discorrer acerca da leitura destinada a bebês, leitores em fase anterior à alfabetização/letramento, propomos uma discussão do conceito de leitura / texto. 
Os bebês estão em fase de desenvolvimento, o que envolve diversas hablidades / competências como, por exemplo: a fala/ comunicação oral. A competência escrita ocorre posteriormente e é subsidiada pela fala. Contudo, são leitores e apresentam a curiosidade relativa à faixa etária. Desse modo, os não verbais: cores, formas, objetos e outros são identificados e reconhecidos.Logo, são lidos por assim dizer e fazem parte dos processos de construção de sentido. 
Sobre a metodologia, inicia - se o trabalho por meio das orientações, estabelecendo diálogos entre a proposta e a graduação em Pedagogia. Depois da escolha do tema, realiza - se o projeto baseado no levantamento bibliográfico; uma vez que tal recurso conduz a pesquisa: descritiva / explicativa. Logo, após a leitura e fichamento, segue-se a pesquisa com a produção escrita. 
Para tal, como cita – se anteriormente, recorre-se às contribuições bibliográficas de: COLOMER (2007); La Taille(2008); Macedo (2005) e Wallon(1989) e da Legislação Educacional Vigente.
 Espera - se que esta proposta contribua com práticas pedagógicas em berçários, oferecendo pontos de melhoria a serem investigados por outros pesquisadores. Assim como, a partir deste trabalho, persegue –se o presente objeto de estudo em outras esferas da Educação continuada. 
DESENVOLVIMENTO DO TEMA
Para discorrer sobre o problema em questão, cita- se obras de referência que respaldam a discussão apresentada pela presente pesquisa. Em tal sentido, percorre - se as principais esferas que dialogam com o tema: Educação, Literatura, Psicologia (aspectos lúdicos e comportamentais) e Legislação Educacional em curso. 
FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA
A compreensão da importância da Literatura Infantil nos Berçários está alinhada à fundamentação conceitual da referida proposta. Elabora-se tal percurso a partir das definições sobre: Berçários, Literatura Infantil, Leitura, Contação de Histórias que compõem o corpus do presente trabalho, 
Em tal contexto, COLOMER (2007) subsidia a discussão sobre a relação entre a leitura e o desenvolvimento infantil, tendo como perspectiva, o uso de livros em berçários como instrumento formativo para além de “brinquedos” e/ou “referentes lúdicos.” 
Faz –se necessário dizer que, a autora em questão explícita a importância do leitor (professor), na formação de novos leitores, o que é materializado durante as leituras em sala de aula, a Contação de Histórias, Rodas de Leitura e demais práticas para inserir leitores no referido universo.
A contribuição de La Taille (2008) circula acerca das teorias de PIAGET (1986), WALLON (1879) e VYGOTSKY (1896), o que estabelece um estreito diálogo entre os aspectos psicológicos, biológicos e sociais, além de propor uma análise sobreo conceito de “homem social”, o que está intimamente ligado à presente proposta. 
[...] como escreve Piaget em seguida, tal postulado é demasiadamente amplo e, por conseguinte, vago. Uma interpretação possível seria afirmar que o porvir da razão individual é erguer-se acima desta base social comum, de lhe ser superior. Outra seria pensar que, no seu desenvolvimento, a razão é incessantemente esculpida pelas diversas determinações sociais. 
Em suma, afirmar que o homem é ser social ainda não significa optar por uma teoria que explique como este "social" interfere no desenvolvimento e nas capacidades da inteligência humana(La Taille,p.12,2008). 
Até porque, ao explorar as fases do desenvolvimento infantil¹: sensório motor (0 a 2 anos); pré – operatório ( 2 – 6 anos); operatório – concreto (6 – 11) e operatório formal (11-12)¹. Entre a representação do mundo infantil em Piaget (1896),“ retoma -se importantes contribuições piagetianas que percorrem a graduação e persistem em sala de aula, assim como, ao longo da educação continuada”. 
Wallon(1989), complementa a referida análise por meio de um olhar psicológico sobre o comportamento / desenvolvimento da criança, o que ressalta a importância Literatura Infantil nos Berçários:
Durante quase quinze anos, Wallon reserva a Enfance a primazia dos trabalhos conduzidos com seus colaboradores. Inclui temas que são familiares: “classificação dos objetos na infância”38. “reprodução de curtos períodos da infância”39, “equilíbrio estático e equilí- brio em movimento”40, “a representação do peso na infância”41; continua com a mesma exigência de rigor na experimentação, a mesma precisão na análise dos dados, a mesma preocupação de uma apresentação fiel e clara dos resultados. Eles se exprimem mais pessoalmente sobre “os testes psicológicos e a clínica mental”42 ou “o pensamento pré-categorizado na infância”43 prolonga, assim, na sua revista, um bom número das observações e das reflexões que ele havia elaborado em seu trabalho docente (WALLON p.24, 1989).
Para embasar a presença do aspecto lúdico, abordado pela Literatura Infantil, menciona -se as contribuições de Macedo (2005), ao discorrer sobre a pertinência da ludicidade como forma de expressão da
____________________
1 Fases do Desenvolvimento Infantil, e- aulas, Universidade de São Paulo – USP. Disponível em:https://edisciplinas.usp.br/pluginfile.php/1752015/mod_resource/content/1/Piaget.pdf. Acesso em: 26.03.18. 
criança por meio debrincadeiras, práticas artísticas entre outras que colaboram significativamente para o desenvolvimento psicológico e cognitivo dos bebês. 
BEIJAMIN (2002) reforça o referido viés analítico, tendo como recorte a Filosofia em lugar da Psicologia, uma vez que propõe uma análise crítica dos subsídios da leitura, do teatro entre outros referentes ao longo do itinerário formativo da criança. “Assim como, o teórico em questão propõe análises conceituais sobrea tríade: criança, brinquedo e educação”.
Diante do exposto, o elemento lúdico remete à relação entre a criança e o brinquedo. Portanto, nesse aspecto, analisa –se o “brincar” como prática pedagógica. Assim sendo, propõe -se a análise do brinquedo como elemento cultural, o que retoma os processos de interação anteriormente citados e o contexto proposto: biblioteca, bebeteca, berçários. 
Conforme PETTY (2005), por meio de “Os jogos e o lúdico na aprendizagem escolar”, apresenta-se ao educador as infinitas possibilidades de trabalho pedagógico, inclusive, durante a Educação Infantil.
De acordo com tais leituras, nortea - se este trabalho pela a abordagem sobre a Literatura Infantil e os principais conceitos à luz dos tema em questão. Desse modo, o docente que emprega a Literatura como recurso didático e/ou lúdico é instigado à apropriação de conceitos, recursos e estratégias relativas ao discurso literário.
Ao recorrer a BARROS (2013), menciona-se “A contribuição da literatura infantil no processo de aquisição da leitura”, base teórica que subsidia as reflexões sobre os processos de leitura anteriores à aquisição da escrita, o que está intimamente ligado à presente proposta. 
Por outro lado, as contribuições dos críticos literários como BLOOM (2017), CÂNDIDO (2017) e AMOROSO LIMA(1927), crítico literário da Academia Brasileira de Literatura Infando Juvenil são essenciais para a fundamentação das práticas.
Destaca-se que, na condição de educadores, a consolidação de algumas contribuições da crítica literária está intimamente ligada à base conceitual do objeto investigado: definição narrativa (estrutura e função), personagens, narrador, foco narrativo, ato de narrar entre outros que operam na esfera nocional. Dessa forma, em COELHO (2000), encontra - se os subsídios teóricos e pedagógicos:
[...] a Literatura Infantil é, antes de tudo literatura, ou melhor, é arte: fenômeno de criatividade”, e é isto que precisa ter em sala de aula. A literatura também faz sua contribuição para formação do ser humano, desenvolvendo nele reflexão e o espírito crítico.
 Ressalta-se que, assim como, ao estabelecer interface entre a teoria literária e as estratégias lúdicas pertinentes à proposta em questão, consulta- se BETTELHEIM (1980): 
Os livros e cartilhas onde aprende a ler na escola são destinados ao ensino das habilidades necessárias, independentemente do significado. De todas a chamadas "literatura infantil" trazem informações e diversões, ou as duas juntas. Mas grande parte destes livros são tão superficiais em substância que pouco significado pode-se obter deles. “A aquisição de habilidades, inclusive a de ler, fica destituída de valor quando o que se aprendeu a ler não acrescenta nada de importante à nossa vida”(BETTELHEIM, p.4,1980).
Diante de tais apontamentos, a análise das personagens dos contos de fadas em BETTELHEIM (1980): “instrumentaliza o educador a buscar diferentes esferas do trabalho com Literatura, sem restringir a leitura ou qualquer prática docente a ações conteudistas”.
Exatamente porque a vida é frequentemente desconcertante para a criança, ela precisa ainda mais ter uma interpretação de vida para conseguirentender o mundo complicado com no qual ela deve aprender a lidar, e com base nisso ser capaz de criar ordem na sua vida. Necessita - e isto mal requer ênfase neste momento de nossa história - de uma educação moral que de modo sutil e implícito conduza-a às vantagens do comportamento moral. Como muitas outras modernas percepções psicológicas, esta foi antecipada há muito tempo pelos poetas (BETTELHEIM, p.4,1980).
Faz- se necessário dizer que o viés de análise psicológica proposto por BETTELHEIM (1980) é discutido neste trabalho por meio de outros referentes como a Enciclopédia sobreo Desenvolvimento na Primeira Infância (2018), uma vez que, ao tratar -se da Literatura Infantil, independentemente dos espaços em análise: sala de aula ou berçário, consequentemente, abordada-se a infância e seus pressupostos:
A aquisição da linguagem é uma das realizações mais notáveis dos primeiros anos de vida. Aos cinco anos de idade, as crianças têm o domínio essencial do sistema de sons e da gramática de seu idioma e adquiriram um vocabulário de milhares de palavras. Este trabalho descreve os principais marcos do desenvolvimento da linguagem presentes nos cinco primeiros anos de vida, em crianças monolíngues com desenvolvimento típico, e os mecanismos que têm sido propostos para explicar essas aquisições (Enciclopédia sobre o Desenvolvimento na Primeira Infância, Desenvolvimento da linguagem nos primeiros anos de vida: mecanismos de aprendizagem e resultados do nascimento aos cinco anos de idade p.8, 2018)
. 
 
A partir da leitura de BETTELHEIM (1980), observa-se a questão da Infância e do desenvolvimento cognitivo, tendo como outros recortes, a linguagem e os aspectos linguísitico nos processos de ensino e aprendizagem.
Os primeiros sons que os bebês produzem são gritinhos e ruídos que não se assemelham à fala. Os principais marcos do desenvolvimento vocal anterior à fala são a produção de sílabas canônicas (combinações adequadas de consoantes e vogais), que aparecem entre os seis e os 10 meses de idade, rapidamente sucedidas por balbucios duplicados (repetições de sílabas). Quando aparecem as primeiras palavras, são utilizados os mesmos sons, e as palavras contêm o mesmo número de sons e de sílabas, que as sequências precedentes do balbucio.8 Um dos processos que contribuem para o desenvolvimento fonológico inicial parece ser o esforço ativo dos bebês de reproduzir os sons que escutam. No balbucio, os bebês podem descobrir a correspondência entre o que fazem com seu aparelho vocal e os sons resultantes. O importante papel do feedback é sugerido por observações de que crianças que têm perdas auditivas apresentam atraso na produção do balbucio canônico. Por volta dos 18 meses de idade, as crianças parecem ter construído um sistema mental para representar os sons de seu idioma e para produzi-los dentro das limitações de suas capacidades de articulação. A esta altura, a produção de sons da fala pelas crianças torna-se consistente nas diferentes palavras– em contraste com o período anterior, em que a forma de som para cada palavra era uma entidade mental separada. Os processos subjacentes a este desenvolvimento ainda não são suficientemente compreendidos(Enciclopédia sobreo Desenvolvimento na Primeira Infância, Desenvolvimento da linguagem nos primeiros anos de vida: mecanismos de aprendizagem e resultados do nascimento aos cinco anos de idade p.9, 2018)
.
Sob o mesmo ponto de vista, a discussão acerca do desenvolvimento da linguagem, neste trabalho, tem aporte teórico norteado por diferentes áreas do conhecimento que dialogam com o tema proposto. Desse modo, além das referências anteriormente citadas, menciona-se MILLER & AMARAL (2008) em virtude da obra: “O desenvolvimento da linguagem oral e escrita em crianças de 0 a 5 anos”, a qual apresenta atividades a serem realizadas em situações concretas de aula, ou seja, ensino - aprendizagem.
A partir de tais fererências, cita-se DIXXON (2003) para fundamentar outra discussão pertinente a este trabalho: a Contação de Histórias e seus reflexos no processo de formação de leitores, em que: “adultos, naturalmente, contam histórias para as crianças, mas os educadores têm referentes específicos para realizar a prática em questão de forma lúdica e instigante o que reflete, significativamente, na formação dos futuros leitores”. 
Na tentativa de investigar asdiferentes possibilidades de mediação da Literatura/ leitura em berçários, outro aspecto relevante são os textos não verbais, ou seja: desenhos, formas, cores e outros que são recebidos/ lidos pelos bebês. Para tal, recorre -se às contribuições de MELLO, S. A. & FARIA, A. L. G. (2005.) em “Linguagens Infantis: outras formas de leitura”. 
Em tal contexto, destaca -se outra referência pertinente: N. (2003), em:“ Casa- árvore- pessoa, técnica projetiva de desenho: manual e guia de interpretação, torna-se uma referência de consulta para auxílio do educador na Educação Infantil”. 
Para abordar o problema propriamente dito, Literatura Infantil nos Berçários, consulta-se MCGUINNES(2006), “Cultivando um leitor desde o berço: a trajetória de seu filho da linguagem à alfabetização", um instrumento para o educador que atua com a referida faixa etária para elaboração de aulas, atividades e propostas de intervenção propriamente ditas. 
Ao abordar a Literatura / leitura em berçários, investiga -se tais práticas nas Creches de Curitiba por meio da página eletrônica do governo do estado2.Assim como a Agência de Notícias da Prefeitura de Curitiba3 também menciona as atividades de leitura realizadas com os bebês.
Conclui-se este item por meio das referências legais acerca da 
___________
2 Creches estimulam a leitura desde o berçário: A leitura é uma atividade diária nos berçários dos 171 Centros Municipais de Educação Infantil (CMEIs), as creches da Prefeitura de Curitiba. -Na imagem educadores praticam leitura infantil no berçario do CMEI Porto Belo, no bairro CIC. Curitiba, 21/10/2010 Foto:ValdecirGalor/SMCS Disponível em: http://www.curitiba.pr.gov.br/fotos/album-creches-estimulam-a-leitura-desde-o-bercario/11900. Acesso em: 25.03.2018.
3 A leitura é uma atividade diária nos berçários dos 171 Centros Municipais de Educação Infantil (CMEIs), as creches da Prefeitura de Curitiba. No período da manhã, mais de 5 mil crianças com menos de dois anos de idade, e que ainda nem aprenderam a falar, são estimuladas a conhecer literatura, manusear livros e ouvir histórias contadas pelas educadoras. É importante que elas conheçam boa literatura o quanto antes, ouvir histórias desde a primeira infância é fundamental para desenvolver o gosto pela leitura, para formar futuros leitores", diz a diretora do departamento de Educação Infantil da Secretaria Municipal da Educação, Ida Regina Moro Milléo de Mendonça. "Esses bebês serão adultos que gostam de ler".No CMEI Porto Belo, na CIC, todos os dias as crianças das classes Berçário 1 (de 4 a 11 meses de idade) e Berçário 2 (de 1 ano a 1 ano e 7 meses) têm uma prazerosa rotina. Elas ouvem histórias infantis em um cantinho decorado e atraente, deitadas em almofadas sobre o tapete e observando a movimentação da educadora e o folhear do livro. Disponível em:http://www.curitiba.pr.gov.br/noticias/creches-estimulam-a-leitura-desde-o-bercario/21416. Acesso em: 26.03.18. 
Educação Infantil, uma vez que todas as teorias e propostas de intervenção aqui apresentadas são conduzidas pela letra da lei. Em tal contexto, a “Constituição da República Federativa do Brasil de 1988 – CF/1988” é fundamental,pois salienta pressupostos básicos para a interação com crianças em diferentes esferas legais/ sociais, destacando neste momento, a esfera educacional:
[...] Art. 6º São direitos sociais a educação, a saúde, a alimentação, o trabalho, a moradia, o transporte, o lazer, a segurança, a previdência social, a proteção à maternidade e à infância, a assistência aos desamparados, na forma desta Constituição (CF/1988, CAPÍTULO II
DOS DIREITOS SOCIAISart.6., 2018).
Em mais de uma fonte, tem-se a releitura da CF/1988 sobre os direitos das crianças e dos adolescentes, no que se refere à Educação. Entretanto, a interpretação dessas leis está intimamente ligada ao nosso fazer pedagógico e, consequentemente, ao que o educador realiza em sala de aula, cotidianamente:
O Preâmbulo da Declaração dos Direitos da Criança, das Nações Unidas, afirma que a humanidade deve às crianças o melhor dos seus esforços. A Constituição Federal, em seu art. 227, determina: É dever da família, da sociedade e do Estado assegurar à criança e ao adolescente, com absoluta prioridade, o direito à vida, à saúde, à alimentação, à educação, ao lazer, à profissionalização, à cultura, à dignidade, ao respeito, à liberdade e à convivência familiar e comunitária, além de colocá-los a salvo de toda forma de negligência, discriminação, exploração, violência, crueldade e opressão (Política Nacional de Educação Infantil: pelo direito dascrianças de 0 a 6 anos, p..5, 2018),
Ao analisar a palavra “negligência”, por exemplo, retoma - se a reflexão anteriormente apresentada e entende -se que, o reconhecimento do direito da criança à Educação, por assim dizer, trata-se de um problema complexo, o que pressupõe pesquisa, ciência, teoria e aplicabilidade de tais conceitos em situações de aprendizagem.
Pesquisas sobre desenvolvimento humano, formação da personalidade, construção da inteligência e aprendizagem nos primeiros anos de vida apontam para a importância e a necessidade do trabalho educacional nesta faixa etária. Da mesma forma, as pesquisas sobre produção das culturas infantis, história da infância brasileira e pedagogia da infância, realizadas nos últimos anos, demonstram a amplitude e a complexidade desse conhecimento. Novas temáticas provenientes do convívio da criança, sujeito de direitos, com seus pares, com crianças de outras idades e com adultos, profissionais distintos da família, apontam para outras áreas de investigação. Neste contexto, são reconhecidos a identidade e o papel dos profissionais da Educação Infantil, cuja atuação complementa o papel da família. A prática dos profissionais da Educação Infantil, aliada à pesquisa, vem construindo um conjunto de experiências capazes de sustentar um projeto pedagógico que atenda à especificidade da formação humana nessa fase da vida Política Nacional de Educação Infantil: pelo direito das crianças de 0 a 6 anos, p.7, 2018),
.
Faz –se necessário também mencionar a Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional. Lei número 9394, 20 de dezembro de 1996 pelo viés da formação docente, ou seja, o papel dos profissionais de Educação:
[...] Art. 61.  Consideram-se profissionais da educação escolar básica os que, nela estando em efetivo exercício e tendo sido formados em cursos reconhecidos, são:            (Redação dada pela Lei nº 12.014, de 2009)I – professores habilitados em nível médio ou superior para a docência na educação infantil e nos ensinos fundamental e médio;            (Redação dada pela Lei nº 12.014, de 2009)II – trabalhadores em educação portadores de diploma de pedagogia, com habilitação em administração, planejamento, supervisão, inspeção e orientação educacional, bem como com títulos de mestrado ou doutorado nas mesmas áreas;           (Redação dada pela Lei nº 12.014, de 2009)III – trabalhadores em educação, portadores de diploma de curso técnico ou superior em área pedagógica ou afim.         (Incluído pela Lei nº 12.014, de 2009) (BRASIL, LEI Nº 9.394, DE 20 DE DEZEMBRO DE 1996, 2018).
Dentre os documentos legais que auxiliam o trabalho dos educadores em berçários eescolas propriamente ditos é imprescindível citar os Parâmetros Nacionais de Qualidade para a Educação infantil, pois além dos pressupostos legais, a qualidade está intimamente ligada á perspectiva dos direitos. 
Entendendo que em uma perspectiva de gestão democrática e participativa, tal definição deve emergir de amplo debate entre os segmentos envolvidos no trabalho educativo com crianças de 0 até 6 anos1, o Ministério coordenou um processo de discussão desses parâmetros em diferentes regiões do país, incorporando a contribuição que muitas secretarias de educação, entidades e grupos desenvolvem no sentido de aprimorar a qualidade da Educação Infantil. Para que fosse instaurada uma discussão qualificada que contribuísse efetivamente para o avanço da Educação Infantil noBrasil, realizou-se um processo de trabalho em etapas, durante as quais foram discutidas versões preliminares deste texto. A primeira versão foi apresentada e debatida em seminários regionais, promovidos pela SEB/DPE/Coedi (Brasil, MEC, SEIF, s.d.) em julho e agosto de 20042, com a participação de representantes de secretarias e conselhos municipais e estaduais de educação e outras entidades que atuam direta ou indiretamente com a criança de 0 até 6 anos de idade. A segunda foi enviada a especialistas na área de Educação (Parâmetros Nacionais para Qualidade do Ensino Infantil, p.7, 2006) 
As referências bibliográficas nesta pesquisa são fundamentais para nortear o trabalho, discutir o problema, confirmar e/ou refutar hipóteses. Nesse sentido, explana -se as contribuições das referências supracitadas e o estreito diálogo entre tais teoria, produção científica e atuação docente.
 
METODOLOGIA
Ao citar a Metodologia há duas esferas de análise em destaque: a Fundamentação Metodológica e os Procedimentos. Em tal sentido, neste momento, menciona-se a organização do método de trabalho desta pesquisa.
No que se refere á Fundamentação Metodológica, o ponto de partida é o Manual de Trabalho de Conclusão de Curso da Uninter. Assim como, o Portal Capes4 em virtude dos periódicos que abordam o tema por hora investigado. 
Outra referência a citar é o portal de periódicos da Universidade Estadual de Campinas – Unicamp e o Scielo- ScientificElectronic Library Online. SEVERINO(1986), por meio da obra “Metodologia do Trabalho Científico”, apresenta subsídios para citações bibliográficas, referências e delimitação de problemas/ hipóteses”. O aporte sobre Metodologia de Ensino de literatura encontra-se em COSTA ( 2007).
Conforme citações anteriores, a abordagem desta pesquisa é descritiva / explicativa, uma vez que, por meio das leituras teóricas, descreve - se e explica -se a visão dos autores para discussão / análise do assunto. 
Sobre os Procedimentos Metodológicos, em um primeiro momento, discuti -se a escolha de um recorte temático, norteado pela graduação. Posteriormente, amplia -se a proposta por meio das orientações do TCC: elaboração de projeto e etapas norteadoras; produção de cronograma; planejamento e execução.
_______________
4Portal de Peródicos Capes: disponível em:http://www.periodicos.capes.gov.br/. Acesso em:26.03.18.
5 Periódicos Unicamp: disponível em:https://periodicos.sbu.unicamp.br/wp/. Acesso em:26.03.18.
6Scielo: disponível em:http://www.scielo.org/php/index.php. Acesso em:26.03.18.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
ACADEMIA BRASILEIRA DE LITERATURA INFANTIL E JUVENIL. Estatuto. São Paulo: s.e., 1980.
AMOROSO LIMA, Alceu. Literatura infantil. In: ______. Estudos: 1ª série. 2. ed. Rio de Janeiro: A Ordem, 1927.
BARROS, Paula Rúbia Pelloso Duarte. A contribuição da literatura infantil no processo de aquisição da leitura. Monografia apresentada ao Centro Universitário Católico Salesiano Auxilium – UNISALESIANO, Lins-SP, para graduação em Pedagogia, 2013. 
BEIJAMIN, Walter. Reflexõessobre a criança, o brinquedo e a educação. São Paulo: Editora 34, 2002.
BETTELHEIM, Bruno. A psicanálise dos contos de fada. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 1980.
BLOOM, Harold. Como e por que ler? Disponível em: http://lelivros.org/book/baixar-livro-como-e-por-que-ler-harold-bloom-em-pdf-epub-e-mobi-ou-ler-online/. Acesso em: 26.11.17. 
BRASIL. Constituição da República Federativa do Brasil de 1988. http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/constituicao.htm. Acesso em:21.02.18.
___________. Ministério da Educação. Secretaria da Educação Básica. Política Nacional de Educação Infantil: pelo direito dascrianças de 0 a 6 anos. Disponívvel em: http://portal.mec.gov.br/seb/arquivos/pdf/pol_inf_eduinf.pdf. Acesso em: 15.02.18. .
BRASIL. Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional. Lei número 9394, 20 de dezembro de 1996. Disponível em:http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/l9394.htm. Acesso em: 26.03.18.
_______. Ministério da Educação, (1997). Parâmetros Nacionais de Qualidade para Educação Infantil. Disponível em:http://portal.mec.gov.br/seb/arquivos/pdf/Educinf/eduinfparqualvol2.pdf. Acesso em: 25.03.18.
_______. Ministério da Educação e do Desporto. Secretaria da Educação Fundamental. Referencial Curricular Nacional para a Educação Infantil. Documento Introdutório. Brasília: MEC/SEF, 1998. v. 1.
BROUGÈRE, Gilles. Brinquedo e cultura. São Paulo: Cortez. 1997. 
CÂNDIDO,Antônio. O Direito à Litertura. Disponível em: https://edisciplinas.usp.br/pluginfile.php/3327587/mod_resource/content/1/Candido%20O%20Direito%20%C3%A0%20Literatura.pdf. Acesso em: 02.12.17.
COELHO, Nelly Novaes. A literatura infantil: história, teoria, análise: das origens orientais ao Brasil de hoje. São Paulo: Quíron; Brasília: INL, 1981.
_____________. Literatura infantil. 5ª ed. São Paulo: Ática S. A, 2000.
vivências na ação. São Paulo: Paulus, 2002.
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