Comportamento Antissocial

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Comportamento Antissocial
2º semestre O
Grupo 8 – Angélica, Amanda Jacob, Fábio, Lenita, Maria Cecília, Stéfany , Tainá
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Introdução
O que é um comportamento antissocial?
O comportamento antissocial é todo aquele que vai de encontro com as normais sociais vigentes. Envolve a presença de um comportamento antissocial (desobediência, irritação, agressividade) ou a ausência do comportamento pro-social (cooperatividade, comunicatividade).
O que é agressão?
Para a Psicologia Social agressão se assemelha a qualquer comportamento que tem a intenção de causar danos, físicos ou psicológicos, destacando ainda a questão da intencionalidade da ação, só se pode definir o agente e o ato como agressivos, quando o mesmo se propõe deliberadamente a infligir um dano a alguém.
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Modalidades de Agressão
Agressão hostil: busca apenas satisfazer o impulso hostil causando dano a outra pessoa, mesmo que isso não traga nenhuma vantagem ao agressor
Agressão instrumental: Trata-se de um comportamento planejado (não impulsivo), que prejudica, fere ou magoa alguém apenas como um meio de atingir outro objetivo 
Agressão simbólica: agressões verbais por insultos, calúnias, ou a vitíma pode ser impedida por outra pessoa de atingir seu objetivo.
Agressão sancionada: justificada ou aceita pela sociedade
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Por que os seres humanos são agressivos?
O comportamento violento visto como intrínseco à natureza humana, sendo respaldado por uma base psicanalítica. 
A agressão sendo uma resposta natural à frustração, impulsionada pelas condições externas, essa teoria defendida pelos psicólogos sociais, entre outros.  
A violência é aprendida, resultante das normas sociais, culturais e da experiência da socialização, sendo essa tese defendida por teóricos da aprendizagem.
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A explicação freudiana para a agressividade
“...existem essencialmente duas classes diferentes de pulsões: as pulsões sexuais, compreendidos no mais amplo sentido, e pulsões agressivas, cuja finalidade é a destruição”. (Freud, 1933[32], p.129) 
Freud acreditava que todas as pulsões eram intrinsicamente agressivas e essa “hostilidade” poderia vir à tona em qualquer uma delas.
Em 1920, Freud passa a aceitar a “pulsão da agressão” como uma pulsão própria e inerente ao ser humano.
A frustração/agressão
Inicialmente, propõe-se que toda atitude agressiva advém de uma frustração e toda a frustação gera uma agressão. A frustração pode ser definida como: “estado de um indivíduo quando impedido por outrem ou por si mesmo de atingir a satisfação de uma exigência”
No entanto, como a energia agressiva não se dirige necessariamente à fonte, (principalmente quando a possibilidade de desaprovação social ou de punição), nós suspendemos temporariamente a resposta agressiva e, posteriormente, movemos nossa hostilidade para alvos mais seguros
A violência como um comportamento aprendido
Bandura defende a posição da aprendizagem social, a qual acredita que o comportamento violento é aprendido através do reforço e da modelagem.
Esse comportamento para ser aprendido, necessitaria de alguém que o praticasse (família, mídia e etc) e seria construído de forma lenta.
Explicações biológicas para agressão
Thomas Hobbes, em Leviatã, defendia que os seres humanos são naturalmente brutos e violentos e que somente a ordem social, juntamente da lei, poderiam controlar as tendências más e o instinto natural para a agressão.
Em contrapartida, em O Contrato Social, Rosseau introduz o conceito de “o bom selvagem”, sugerindo que os homens são naturalmente bons, benignos e felizes, e que a sociedade é que os corrompe e os transforma em agressivos e depravados.
Já a sociobiologia (Wilson, 1975) defende que a agressão tem origens biológicas do comportamento social, de acordo com estudos baseados na Teoria Evolucionista de Darwin, ou seja, todos os comportamentos do homem podem ser explicados de acordo com a evolução das espécies.
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A noção de agressão é então compreendida como um impulso básico, instintivo e inato, e não propriamente para causar dano direto. 
A mais importante teoria sobre a agressão, defende que esta é um comportamento inerente à condição humana.
Existem ainda constatações de que alguns sistemas neurais, quando ativos em animais e em humanos, facilitam a agressão, aumentando os níveis de hostilidade. Assim como existem dados que comprovam que quando as pessoas estão sob efeito de determinadas drogas, como álcool, estas se tornam mais agressivas. Há também o fator hormonal que influencia na agressividade, sendo principalmente a testosterona, hormônio masculino.
Teorias
Agressão e processos de aprendizagem
Ao contrário dos animais, o comportamento dos seres humanos não pode ser explicado por processos instintivos, ou controlado por impulsos internos, mas sim aprendido com outros seres humanos.
Aprendizagem instrumental: qualquer comportamento que é reforçado ou recompensado tem maior probabilidade de se repetir no futuro, por isso, se uma pessoa age agressivamente e é recompensada, provavelmente repetirá esse comportamento em outras ocasiões. (exemplos de reforços: aprovação social ou aumento de status, dinheiro para adultos e doces para crianças, ou a evidência de sofrimento da vítima para uma pessoa que é extremamente provocada).
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Aprendizagem observacional: Segundo esse princípio, podemos aprender novos comportamentos pela observação das ações de outras pessoas, tidas como modelos.
Bandura e Ross e Ross observaram em seus experimentos com o “bobo” (boneco inflável), como o comportamento agressivo de adultos afetaria a escolha de brincadeiras pelas crianças. Os resultados indicaram que aquelas que observaram um modelo adulto agressivo foram muito mais agressivas do que as que observaram um modelo não agressivo ou que não observaram modelo nenhum. 
As crianças aprenderiam os comportamentos agressivos da mesma forma como aprendem os comportamento motores, através da imitação, sendo assim, o que elas veem na mídia ou a sua volta em termos de empurrões, tapas e agressões serão imitados, a não que sejam alertadas por adultos para não fazê-lo.
Fatores que influenciam a agressão
Quando e por que as pessoas agem com a agressão? 
• O efeito das armas: Objetos violentos alimentam pensamentos violentos, se ver uma arma pode propiciar pensamentos de agressão isto deve fazer com que o comportamento agressivo seja mais provável.
• A provocação direta: O ataque direto, verbal ou físico é uma das influencias mais claras sobre o comportamento agressivo. Se o individuo entender que foi intencional pode haver um estado emocional, a pessoa responderá na mesma “altura” 
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• Familia: Psicólogos sociais estudam a influência do ambiente familiar sob agressão, eles afirmam que os filhos tendem usar os mesmos recursos com outras pessoas da mesma forma que os pais os punem, sendo na forma física ou verbal; embora não seja uma regra, o percentual de chances é muito maior. A falta de afeto também os tornam adultos mais agressivos. 
• Fatores ambientais: O ambiente também é um grande influenciador em potencial. Se estamos em um ambiente onde todas as pessoas são muito hostis, provavelmente seremos mais defensivos, no entanto se estamos em um ambiente no qual as pessoas estão muito felizes seremos de alguma forma também contagiados por essa felicidade. 
• Fatores pessoais: Uma das características do comportamento agressivo é chamado “padrão de comportamento”. As pessoas que se enquadram nesse padrão possuem traços como extremamente competitivas, estão sempre com pressa, irritadas e agressivas.
Desindividualização, anonimato e reclusão
 O que é? Quando as pessoas não podem ser identificadas, elas estão mais propensas a praticar e exibir condutas antissociais. pessoas em grupos tendem a perder parte de seu próprio auto-conhecimento e auto-contenção, tornando-se menos indivíduos e mais anônimas. Esse anonimato, torna possível que os agressores pensem que não serão vistos, nem responsabilizados por seus atos violentos.
Há duas razões importantespara ocorrer o aumento de atos agressivos, segundo Zimbardo.
	- A menor probabilidade dos indivíduos serem reconhecidos 
	- A redução geral da capacidade ou tendência de terem preocupações sociais.
Outro fator importante da desindividualização é que ela pode ser auto induzida, ou seja, a repetição sistemática, automática, destituída de autoconsciência de um ato agressivo, pode fazer com que esta deixe de ser visto como agressivo por quem o pratica
Agressão e Gênero
O senso comum diz que homens são mais agressivos que as mulheres, no entanto, pesquisas apontam que não há tanta diferença entre os sexos como a crença popular sugere.
Homens utilizam mais armas de fogo e violência física, enquanto as mulheres recorrem a boatos, ignorar ou magoar as pessoas.
O psicólogo David Lykken escreveu que se pudéssemos de forma mágica congelar a idade dos homens entre 12 e 28 anos a taxa de crime violentos seria reduzida em dois terços. Nos EUA a taxa de crimes violentos entre mulheres com idade acima de 10 anos é de 1 em 56 enquanto nos homens é de 1 em 9.
As pesquisas também revelam que os homens, ao praticarem a agressão, agem como se nada tivesse acontecido, já as mulheres ficam com medo de retaliação, ou seja, que a agressão a alguém traga no futuro uma ameaça a sua segurança pessoal.
O papel da mídia
Pesquisas: Pesquisa revelam que 95% da população evidencia um efeito negativo em relação a violência na mídia.
Conclusão: Crianças tendem, em uma parte de seu desenvolvimento vital, à aprender através da imitação daquilo que está ao seu redor. Portanto, a exposição a conteúdos violentos irá inevitavelmente afeta-las.
Prevenção e controle da agressão
Punição como controle de agressão: A punição pode produzir inúmeros efeitos negativos, dentre eles destaca-se o comportamento antissocial. As crianças que sofrem punições mostram-se desconfiadas, inseguras e incapazes e, muitas vezes, tornam-se membros de grupos e gangues para se sentirem importantes e reconhecidas. Normalmente, tornam-se mais agressivas e mais propícias a fazer da punição a sua forma de controlar comportamentos alheios.
Sublimação: Definição na Psicanálise Freudiana: mecanismo de defesa é a transformação de impulsos indesejados em algo menos prejudicial. Isto pode ser simplesmente uma libertação de distração ou pode ser uma peça construtiva e valiosa de trabalho.
Canais de sublimação levam esta energia longe de atos destrutivos para algo que é socialmente aceitável ou e criativamente eficaz. Muitos esportes e jogos são sublimações de impulsos agressivos, onde nós sublimamos o desejo de lutar em atividades ritualísticas de concorrência formal.
Um estilo interacional menos punitivo e menos coercitivo é indicado em relações humanas em geral, seja na família, na escola, no trabalho ou nas relações pessoais, sob pena de estarmos produzindo potenciais agressores, seja de nós mesmos, seja de outras pessoas, num futuro que pode não estar tão distante.
É objetivo deste tema examinar a agressão e a violência a partir de diferentes abordagens. Dentre as mais relevantes, destaca-se a contribuição de alguns pesquisadores que afirmam ser a agressão inata e relacionada à sobrevivência da espécie, sendo biologicamente determinada, bem como de alguns antropólogos que referem a cultura como determinante do comportamento agressivo. Esse tema propôs entender melhor o comportamento agressivo da sociedade, seu desenvolvimento normal, o momento em que é preciso se preocupar, além de informar quais são as políticas, programas e intervenções, controles e prevenção que podem ser implantados para diminuir sua incidência a longo prazo.
Dinâmica!
 
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