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Material de Apoio Biosseguranca

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Disciplina: Práticas de Enfermagem I 
Professora: Ariane Galvão 
Material de Apoio: Biossegurança. 
 
 
História da Biossegurança 
 
 Especialmente nos anos 1960 e 1970, o desenvolvimento da 
biossegurança foi estimulado pela ação da indústria, que, visando normas de segurança 
do trabalho, começou a aplicar procedimentos de biossegurança como estratégia de 
minimização de riscos. Práticas específicas, como atenção ao ambiente de trabalho e à 
minimização dos riscos biológicos no ambiente ocupacional, foram consolidadas nesse 
período. De acordo com a Organização Mundial da Saúde (WHO, 1993) a atenção 
voltava-se para as “práticas preventivas para o trabalho em contenção a nível laboratorial, 
com agentes patogênicos para o homem”, o que alinhava suas políticas de ação com o 
desenvolvimento científico. 
 Já nos anos 1990 pôde ser observado um avanço, e a biossegurança 
incorporou os princípios que permeiam o desenvolvimento da engenharia genética e os 
organismos transgênicos. Assim, essa década veio consolidar o que foi iniciado já nos 
anos 1970, quando começou a discussão sobre os impactos da engenharia genética na 
sociedade. 
 Sempre relacionada à vida cotidiana da população, a biotecnologia 
é o foco de atenção em indústrias, hospitais, laboratórios de saúde pública, laboratórios 
de análises clínicas, hemocentros, universidades etc., no sentido da prevenção dos riscos 
gerados pelos agentes químicos, físicos e ergonômicos, garantindo maior segurança no 
trabalho. 
 
Conceito de Biossegurança 
 
 A biosseguranças segundo o Ministério da Saúde compreende um 
conjunto de ações destinadas a prevenir, controlar, mitigar ou eliminar riscos inerentes às 
atividades que possam interferir ou comprometer a qualidade de vida, a saúde humana e 
o meio ambiente. Desta forma, a biossegurança caracteriza-se como estratégica e 
essencial para a pesquisa e o desenvolvimento sustentável sendo de fundamental 
importância para avaliar e prevenir os possíveis efeitos adversos de novas tecnologias à 
saúde. 
 BIOSSEGURANÇA: é o conjunto de ações voltadas para a prevenção, 
minimização ou eliminação de riscos inerentes às atividades de pesquisa, produção, 
ensino, desenvolvimento tecnológico e prestação de serviços, visando à saúde do homem, 
dos animais, a preservação do meio ambiente e a qualidade dos resultados” (Teixeira & 
Valle, 1996). 
 A biossegurança é uma ciência que surgiu para controlar e diminuir 
os riscos quando se praticam diferentes tecnologias, tanto aquelas desenvolvidas em 
laboratórios, ambulatórios como as que envolvem o meio ambiente. Também aparece em: 
indústrias, hospitais, clínicas, laboratórios de saúde pública, laboratórios de análises 
 
clínicas, hemocentros, universidades, etc. A biossegurança é regulada por um conjunto 
de leis que ditam e orientam como devem ser conduzidas as pesquisas tecnológicas. 
 As ações de biossegurança em saúde são primordiais para a 
promoção e manutenção do bem-estar e proteção à vida. A evolução cada vez mais rápida 
do conhecimento científico e tecnológico propicia condições favoráveis que possibilitam 
ações que colocam o Brasil em patamares preconizados pela Organização Mundial de 
Saúde (OMS) em relação à biossegurança em saúde. 
 Promover debates sobre biossegurança em saúde nos dias atuais 
não apenas contribui para a solidificação das ações e o exercício das competências na área 
de biossegurança, mas, principalmente, reforça o propósito de qualidade de vida e 
saúde do Sistema Único de Saúde, bem como qualifica as demandas e contribui 
para o fortalecimento do Complexo Industrial da Saúde 
 
 
O ambiente e a transmissão de infecções relacionadas à assistência à saúde 
 
 Atualmente, o ambiente em serviços de saúde tem sido foco de 
especial atenção para a minimização da disseminação de microrganismos, pois pode atuar 
como fonte de recuperação de patógenos potencialmente causadores de infecções 
relacionadas à assistência à saúde, como os microrganismos multirresistentes. Segundo 
Rutala (2004), as superfícies limpas e desinfetadas conseguem reduzir em cerca de 99% 
o número de microrganismos, enquanto as superfícies que foram apenas limpas os 
reduzem em 80%. 
 
 As superfícies carreiam um risco mínimo de transmissão direta de 
infecção, mas pode contribuir para a contaminação cruzada secundária, por meio das 
mãos dos profissionais de saúde e de instrumentos ou produtos que poderão ser 
contaminados ao entrar em contato com essas superfícies e posteriormente, 
contaminar os pacientes ou outras superfícies (ANSI/AAMI, 2006). 
 
 Dentre os fatores que favorecem a contaminação do ambiente dos 
serviços de saúde, citam- -se (GARNER, 1996; OLIVEIRA, 2005): 
 
• Mãos dos profissionais de saúde em contato com as superfícies. 
• Ausência da utilização de técnicas básicas pelos profissionais de saúde. 
• Manutenção de superfícies úmidas ou molhadas. 
• Manutenção de superfícies empoeiradas. 
• Condições precárias de revestimentos. 
• Manutenção de matéria orgânica. 
 
 Portanto, a presença de sujidade, principalmente matéria 
orgânica de origem humana, pode servir como substrato para a proliferação de 
microrganismos ou favorecer a presença de vetores, com a possibilidade de transportar 
passivamente esses agentes (PELCZAR, 1997; FERNANDES et al., 2000). Sendo assim, 
toda área com presença de matéria orgânica deverá ser rapidamente limpa e desinfetada, 
independentemente da área do hospital. 
 
 
 
 
 
 
O que é infecção? 
 
É originado do latim infectione, que significa ato ou efeito de infeccionar-se. 
É a penetração e desenvolvimento ou multiplicação de um agente infeccioso no 
organismo de uma pessoa ou animal (OPS, 1983). 
 
 Infecção hospitalar é toda infecção adquirida durante a 
internação hospitalar (desde que não incubada previamente à internação) ou então 
relacionada a algum procedimento realizado no hospital (por exemplo, cirurgias), 
podendo manifestar-se inclusive após a alta. Atualmente, o termo infecção hospitalar tem 
sido substituído por Infecção Relacionada à Assistência à Saúde (IRAS). Essa mudança 
abrange não só a infecção adquirida no hospital, mas também aquela relacionada a 
procedimentos feitos em ambulatório, durante cuidados domiciliares e à infecção 
ocupacional adquirida por profissionais de saúde (médicos, enfermeiros, fisioterapeutas, 
entre outros). 
 
ENFERMAGEM E A PREVENÇÃO DE INFECÇÃO 
 
 Como precursora da enfermagem moderna, destaca-se Florence 
Nightingale (1820-1910), jovem culta e de família rica que desde cedo ansiava por 
dedicar sua vida aos outros. Em 1854, foi convidada para trabalhar junto aos soldados 
feridos em combate na Guerra da Criméia, com o objetivo de reformular a assistência aos 
doentes. As enfermarias encontravam-se em situação precária: sem conforto, com 
escassez de medicamentos e assistência inadequada, sem acesso e transporte aos doentes, 
com vários casos de infecção pós-operatória, sem vestimentas limpas, sem alimentos e 
água potável, com esgoto a céu aberto e o porão infestado por ratos e insetos. Florence 
Nightingale e sua equipe de enfermeiras introduziram umasérie de medidas para 
organizar a enfermaria, como higiene pessoal de cada paciente, utensílios de uso 
individual, instalação de cozinha, preparo de dieta indicada, lavanderia e desentupimento 
de esgotos (RODRIGUES, 1997). Com a implantação dessas medidas básicas, 
conseguiram reduzir sensivelmente a taxa de mortalidade. 
 
 
Modo de transmissão das infecções 
1. Contágio Direto 
 Decorre do contato pessoal de um hospedeiro susceptível com outro, 
portador assitomático ou doente. A maioria das infecções hospitalares é transmitida por 
contágio direto, através de mãos contaminadas. 
 A flora bacteriana das mãos é constituída de microorganismos residentes 
e transitórios. A microflora residente forma a população bacteriana estável da pele, sendo 
encontrada na camada queratinizada e também no epitélio celular e nos duetos 
glandulares. É composta por: Staphylococcus epidermidis, Corinebactérium acnes e 
Lactobacilos sp. Mantém-se relativamente inalterável durante a vida do indivíduo, 
podendo sei erradicada só com a destruição da pele. A microflora transitória é constituída 
por microorganismos que ficam na superfície da pele, variando seu número, 
patogenicidade e virulência. 
 
 Tanto o pessoal hospitalar, como o enfermo, transfere mutuamente 
microorganismos da flora transitória durante as práticas de rotinas diárias (exame físico, 
curativos, mudanças de roupas, banhos, etc.). 
 A maioria dos estudiosos consideram a antissepsia das mãos um dos 
fatores mais importantes no controle da infecção cruzada em enfermarias. Juhlin e Ericson 
introduziram muitos melhoramentos de higiene hospitalar, mas o problema de infecção 
cruzada não dava sua baixa até o aparecimento de emulsão detergente ao invés de sabão 
comum. A antissepsia das mãos requer um agente bacteriologicamente eficiente, inócuo 
à pele em repetidas e freqüentes aplicações, portanto são contra indicado os antissépticos 
cáusticos e alergênicos. 
2. Contato Indireto 
 Decorre do contato pessoal de um hospedeiro susceptível com os objetos 
inanimados, genericamente designados FÔMITES e subsequentemente transferência do 
material infectado para a boca, pele e mucosas lesadas ou íntegras. 
 Embora uma grande variedade de artigos hospitalares tenha sido envolvida 
em casos de infecção, é necessário prudência na interpretação da presença de 
microorganismos em fômites, pois nem sempre é suficiente para caracterizá-lo como via 
de transmissão. 
 Entre os artigos hospitalares, o instrumental cirúrgico é o que oferece sempre 
maiores riscos, principalmente aqueles que não podem ser esterilizados pelo calor: 
catéteres, umidificadores, acessórios de anestesia. 
3. Transmissão por perdigotas 
 Refere-se ao contato com a mucosa conjuntival, nasal, oral com gotículas 
contendo microrganismos provenientes dessa pessoa infectada; 
 Partículas expelidas pela tosse, fala e espirro constituem uma modalidade 
de transmissão por contato, já que implicam na associação relativamente íntima e 
constante entre duas ou mais pessoas. 
 A profilaxia para esse tipo de transmissão depende mais do uso correto de 
máscaras do que de recursos de engenharia para o controle de aerosóis. 
4. Transmissão inalatória (através do ar) 
 Ao contrário do solo e da água, o ar não tem flora microbiana própria e os 
microorganismos nele encontrados decorrem de contaminação que se verifica através de 
vários agentes.A propagação de germes (< 5µm) evaporados através de núcleos de 
gotículas do ar ou pó no mesmo quarto ou a uma distância longa, que podem permanecer 
suspensos no ar por longos períodos; 
 A profilaxia das infecções aerógenas envolve um conjunto de 
medidas: supressão de portadores, uso obrigatório de máscaras e esterilização do ar por 
meios físicos ou químicos. 
 
 Medidas preventivas contra infecção hospitalar - Impõe-se sejam adotadas 
normas e diretrizes com a finalidade específica de implantar um programa de medidas 
preventivas no sentido de prevenir a incidência das infecções e combater a sua 
propagação quando já instalada. 
5. Transmissão por veículo 
 Um veículo inanimado atua como vetor de transmissão de agentes 
microbianos para múltiplos doentes. A transmissão mediante veículo ocorre, quando a 
água, os alimentos, os medicamentos, incluindo o sangue e antissépticos, servem de meio 
através do qual o agente infeccioso passa de seu reservatório natural para um hospedeiro 
susceptível, por ingestão, inoculação ou deposição sobre a pele e mucosas. 
 ALIMENTOS - Água, alimentos crus e as formas lácteas são veículos 
importantes das infecções adquiridas em hospital, tornando necessárias rigorosas medidas 
de higiene na cozinha e no lactário. 
EQUIPAMENTOS DE PROTEÇÃO INDIVIDUAL 
 Para os fins de aplicação desta Norma Regulamentadora - NR, considera-se 
Equipamento de Proteção Individual -EPI, todo dispositivo ou produto, de uso individual 
utilizado pelo trabalhador, destinado à proteção de riscos suscetíveis de ameaçar a 
segurança e a saúde no trabalho. 
 Entende-se como Equipamento Conjugado de Proteção Individual, todo 
aquele composto por vários dispositivos, que o fabricante tenha associado contra um ou 
mais riscos que possam ocorrer simultaneamente e que sejam suscetíveis de ameaçar a 
segurança e a saúde no trabalho. 
 O equipamento de proteção individual, de fabricação nacional ou 
importado, só poderá ser posto à venda ou utilizado com a indicação do Certificado de 
Aprovação - CA, expedido pelo órgão nacional competente em matéria de segurança e 
saúde no trabalho do Ministério do Trabalho e Emprego. 
 O equipamento de proteção individual (EPI) deve ser usado quando se 
prevê uma exposição a material biológico e a produtos químicos tóxicos. Tem por 
objetivo a proteção do funcionário, podendo também ser utilizado na proteção do paciente 
ou de materiais que se esteja manipulando e se deseje garantir a não contaminação. A 
adequação do EPI está diretamente vinculada a atividade desenvolvida. São indicados nas 
áreas clínicas e de apoio diagnóstico. Deve-se almejar a proteção total quando se 
identifica um risco aumentado de exposição. 
• Avental impermeável, Capote de manga comprida – para a proteção da roupa e 
pele do profissional. 
• Óculos de acrílico – proteção de mucosa ocular. Deve ser de material acrílico que 
não interfira com a acuidade visual do profissional e permita uma perfeita 
adaptação à face. Deve oferecer proteção lateral e com dispositivo que evite 
embaçar. 
• Luva de borracha – proteção da pele à exposição de material biológico e produtos 
químicos. Deve possuir cano longo quando se prevê uma exposição até antebraço. 
 
• Bota ou sapato fechado impermeável – proteção da pele do profissional, em locais 
úmidos ou com quantidade significativa de material infectante (centros cirúrgicos, 
expurgos, central de esterilização, áreas de necrópsia, situações de limpeza 
ambiental e outros). 
Apesar de não possuir registro como EPI, na assistência a saúde a máscara cirúrgica e o 
gorro são considerados dispositivos que asseguram, também, a proteção do profissional 
• Máscara cirúrgica – indicada para proteção da mucosa oro-nasal bem como para 
a proteção ambiental de secreções respiratórias do profissional. A máscara deve 
possuir gramatura que garanta uma efetiva barreira, tem sido recomendada que 
sejaconfeccionada com no mínimo três camadas. 
• Gorro – proteção de exposição dos cabelos e couro cabeludo à matéria orgânica 
ou produtos químicos, bem como proteção ambiental à escamas do couro 
cabeludo e cabelos. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Referências Bibliográficas 
 
TRALDI, maria Cristina. Fundamentos de enfermagem na assistência primária de saúde. 
Campinas, São PAulo: editora alínea, 2004. 
 
BRASIL. agência nacional de vigilância sanitária – higienização das mãos em serviço de 
saúde/agência nacional de vigilância sanitária, brasília: anvisa, 2007. 
 
BRASIL. NR 5 – Comissão Interna de Prevenção de Acidentes. Disponível em: 
http://trabalho.gov.br/images/Documentos/SST/NR/NR5.pdf. Acessado em 28/05/2018. 
 
BRASIL. NR 6. Equipamento de proteção individual. Disponível em: 
http://trabalho.gov.br/images/Documentos/SST/NR/NR6.pdf. Acessado em: 28/05/2018.

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