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1 Sumário 1 Resumo . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 2 2 Objetivo . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .3 3 Introdução. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .4 4 Desenvolvimento teórico. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 5 5 Equipamento experimental . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .6 6 Procedimento experimental. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .11 7 Resultados . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .13 8 Conclusão . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .14 9 Bibliografia . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .15 10 Anexos. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .16 2 1) Resumo Este experimento visa determinar comprovar a teoria da hidrostática para o caso de uma superfície submersa. Esta verificação será dada construindo um gráfico o qual irá relacionar o ℎ ௧ó com o ℎ ௫௧ . Ajustando os pontos obtidos no gráfico através do método dos quadrados mínimos obteremos uma reta que irá nos permitir achar seu coeficiente angular. O valor do coeficiente angular irá nos permitir comprovar a teoria. 3 2) Objetivo Comprovar experimentalmente a teoria da hidrostática, para o caso particular de uma superfície parcialmente ou totalmente submersa. 4 3) Introdução Como já visto, o experimento tem o objetivo de comprovar a teoria da hidrostática, isso será feito através do cálculo da altura do centro de pressão do líquido (ℎ). Mas para calcular ℎ primeiro temos que calcular a força resultante na superfície imersa no líquido (ܨோ). Para calcular ܨோ dispomos da fórmula: ܨோ = ߩீ × ℎீ × ݃ × ܣ ݊݀݁: ߩீ = ݀݁݊ݏ݅݀ܽ݀݁ ݀ ݈íݍݑ݅݀ ℎீ = ݈ܽݐݑݎܽ ݀ ܿ݁݊ݐݎ ݀݁ ݃ݎܽݒ݅݀ܽ݀݁ ݀ ݈íݍݑ݅݀ ݃ = ݈ܽܿ݁݁ݎܽçã ݀ܽ ݃ݎܽݒ݅݀ܽ݀݁ ܣ = áݎ݁ܽ ݀݁ ݏ݁çã ݐݎܽ݊ݏݒ݁ݎݏ݈ܽ ݀ܽ ݏݑ݁ݎ݂íܿ݅݁ ݅݉݁ݎݏܽ Observação: ℎீ pode ser dado de duas maneiras: Para superfície parcialmente imersa: ℎீ = ℎ2 ݊݀݁: ℎ = ݈ܽݐݑݎܽ ݀ܽ ܽݎݐ݁ ݅݉݁ݎݏܽ ݀ܽ ݏݑ݁ݎ݂íܿ݅݁ Para superfície totalmente imersa: ℎீ = ݕത ݊݀݁: ݕത = ݈ܽݐݑݎܽ ݀ ܿ݁݊ݐݎ݅݀݁ ݀ܽ áݎ݁ܽ ݀ܽ ݏ݁çã ݐݎܽ݊ݏݒ݁ݎݏ݈ܽ ݀ܽ ݏݑ݁ݎ݂íܿ݅݁ ݅݉݁ݎݏܽ Para calcular ℎ devemos primeiro observar se a superfície está parcialmente ou totalmente imersa. 5 Para superfície parcialmente imersa: ℎ = ݉ × ܮߩ × ℎଶ × ܾ − (ܽ + ݀ − ℎ) Para superfície totalmente imersa: ℎ = ݉ × ݃ × ݈ܨோ − [ܽ − (ℎ − ݀)] ݊݀݁: ݉ = ݉ܽݏݏܽ ݀݁ ݈íݍݑ݅݀ ݃ = ݈ܽܿ݁݁ݎܽçã ݀ܽ ݃ݎܽݒ݅݀ܽ݀݁ ݈ = ܿ݉ݎ݅݉݁݊ݐ ݀ܽ ℎܽݏݐ݁ ݀݁ ݉݁ݐ݈ܽ ܨோ = ݂ݎçܽ ݎ݁ݏݑ݈ݐܽ݊ݐ݁ ݊ܽ ݏݑ݁ݎ݂íܿ݅݁ ݅݉݁ݎݏܽ ܽ = ݀݅ݏݐâ݊ܿ݅ܽ ݀ܽ ℎܽݏݐ݁ ݀݁ ݉݁ݐ݈ܽ à ܾܽݏ݁ ݀ ݐݎó݅݀݁ ℎ = ݈ܽݐݑݎܽ ݀݁ ݂݈ݑ݅݀ ݀ = ݁ݔ݁ݏݏݑݎܽ ݀ ݐݎó݅݀݁ Assim que calcularmos todos os ℎ௦ poderemos construir o gráfico ℎ ௧ó vs. ℎ ௫௧ . 6 4) Desenvolvimento teórico 4.1) Pressão e Gradiente De Pressão A tensão normal sobre qualquer plano através de um elemento de fluido é igual a um valor único, denominado pressão do fluido, p, que segundo a convenção é negativo na compressão. Tomemos uma pequena cunha de fluido de tamanho Δx por Δy por Δz: Figura 1 – Equilíbrio de uma pequena cunha de fluido em repouso ݀ݓ = ߩ݃ 12 ܾ ߂ݔ ߂ݕ Considerando fluido-estática: ߑܨݔ = ܲݔ ߂ݕ ܾ – ܲ݊ ߂ݏ ܾ ݏ݁݊ߠ = 0 [1] ߑܨݔ = ܲݕ ߂ݔ ܾ – ܲ݊ ߂ݏ ܾ ܿݏߠ = 0 [2] sinߠ = ߂ݕ ߂ݏ [3] cos ߠ = ߂ݔ ߂ݏ [4] Substituindo [3] em [1] e [4] em [2] temos: ܲݔ = ܲ݊ [5] ܲݕ = ܲ݊ [6] 7 Figura 2 – Força líquida x sobre o elemento, devido à variação de pressão 4.2) Forças hidrostáticas e ponto de atuação sobre superfícies planas O cálculo de forças fluido-estáticas sobre uma superfície plana é um problema comum em engenharia. Para superfície plana a distribuição dessas tensões é análoga à flexão e à compressão combinadas de uma viga, na teoria de resistência dos materiais, o que reduz o cálculo do dessas forças em fórmulas de centróide e momentos de inércia da área de seção transversal da placa. Figura 3 – Força hidrostática e centro de pressão sobre uma superfície plana arbitrária de área A, inclinada com um ângulo Θ abaixo da superfície livre. 8 Temos que a pressão em um meio fluido a dada por: ݀ܲ ݀ݖ = −ߛ => ଶܲ − ଵܲ = −ߛ(ݖଶ − ݖଵ) O cálculo da força é dado por: ܨ = න (ܲܽݐ݉ + ߛℎ) ݀ܣ Logo: ܨ = (ܲܽݐ݉ + ߛℎீ)ܣ ܨ = ܲܽீ × ܣ A força que atua sobre a uma superfície plana, em um de seus lados, é dada pelo produto da pressão que atua no seu centro de gravidade pela área da superfície inversa a força não depende da sua forma e nem do ângulo θ. Esta força atua em um ponto conhecido como centro de massa que nem sempre coincide com o C.G. Para equilibrar a porção do momento de flexão, a força resultante F não atua no centro de gravidade, mas abaixo dele, num ponto denominado centro de pressão. Para o cálculo do ݕ escrevemos: ܨݕ = නݕ × ܾܲܽݏ ݀ܣ ܨݕ = නݕ(ܲܽݐ݉ + ߛߝ sin ߠ) ݀ܣ ܨݕ = නݕ × ܲܽݐ݉ ݀ܣ + ߛ sin ߠනݕߝ ݀ܣ Como ∫ ݕ ݀ܣ = ݕீ = 0 e ߝீ − ߝ = ݕ, temos que: ܨݕ = −ߛ sinߠ නݕ² ݀ܣ Mas ∫ ݕ² ݀ܣ = ܫ , logo: ݕ = − ߛ sin ߠ ܫ(ܲܽݐ݉ + ߛℎீ)ܣ 9 Analogamente: ݔ = − ߛ sin ߠ ܫ(ܲܽݐ݉ + ߛℎீ)ܣ Modelo simplificado para problemas nos quais a Patm é a mesma em ambos os lados: ݕ = − sinߠ ܫℎீܣ ݔ = − sin ߠ ܫℎீܣ 4.3) Forças hidrostáticas e ponto de atuação sobre superfícies curvas A força de pressão resultante sobre uma superfície curva é calculada mais facilmente separando-se seus componentes na horizontal e na vertical. Figura 4 - Cálculo da força hidrostática sobre uma superfície curva: (a) superfície curva submersa; (b) diagrama de corpo livre do fluido acima da superfície curva. Cálculo de ܨ : ݀ܨ = ߛℎ ݀ܣ ݀ܨ = ߛℎ ݀ܣ cos ߙ ݀ܨ = ߛℎ ݀ܣ ݀ܨ = ߛ ݀∀ Integrando ݀ܨ encontramos ܨ: ܨ = න݀ܨ = නߛ ݀∀ ∀ 10 ܨ = ߛ∀ Cálculo de ܨு : ݀ܨு = ݀ܨ ݀ܣ sin ߙ ݀ܨு = ߛℎ ݀ܣ sin ߙ ݀ܨு = ߛℎ ݀ܣ௩ Integrando ݀ܨு encontramos ܨு ܨு = න݀ܨு = නߛℎ ݀ܣ௩ ೡ ܨு = ℎீߛܣ௩ As posições ݔ e ݕ do centro de pressão de uma superfície curva são dadas por: ݕ = − sin 90°ܫℎீܣ ݔ = − sin 90° ܫℎீܣ 11 5) Equipamento Experimental No experimento foram usados: Bancada hidráulica de base Aparato de hidrostática Figura 5: Bancada Hidráulica de Base Figura 6: Aparato de hidrostática 1: Haste de metal 2: Toróide 3: Sistema de pesos Fluido utilizado: Água ߩá௨ = 998 ܿ݉/݉³ ܽ = 10,0 ܿ݉ ܾ = 7,5 ܿ݉ ݀ = 10,0 ܿ݉ ܮ = 10,0 ܿ݉ 1 2 3 12 6) Procedimento Experimental Antes de começar, enchemos o aparato de hidrostáticacom água até uma altura h, consideramos que o sistema, sem peso, estava em equilíbrio. É importante ressaltar que o experimento não foi livre de erros, uma vez que podíamos ter erro devido à habilidade do operador, aproximação do valor da densidade da água, erro de paralaxe na leitura das alturas e etc. Enfim, iniciamos o experimento adicionando 420 gramas no aparato, medimos os valores de altura e massa e em seguida calculamos a área da seção transversal da superfície imersa (ܣ), ܫ, ℎீ, ݕ, ܨோ, ℎ ௧ó , ℎ ௫௧ e o ݁ݎݎ referentes aos valores coletados. Retirando sempre 40 gramas do aparato, repetimos esse processo até que restassem 60 gramas no sistema. Uma vez que calculados os valores, construímos o gráfico ℎ ௧ó vs. ℎ ௫௧ . Tabela 1 – Valores coletados, área e momento de inércia calculados. Medida Massa (gr) Altura h(mm) Área A (m²) Ixx 1 420 147 75e-4 6.25x10e-6 2 380 137 75e-4 6.25x10e-6 3 340 128 75e-4 6.25x10e-6 4 300 118 75e-4 6.25x10e-6 5 260 107 75e-4 6.25x10e-6 6 220 97 72.75e-4 5.70x10e-6 7 180 87 65.25e-4 4.12x10e-6 8 140 75 56.25e-4 2.64x10e-6 9 100 64 48e-4 1.64x10e-6 10 60 49 36.75e-4 0.74x10e-6 13 7) Resultados Tendo em mãos os dados obtidos com o experimento, podemos então preencher a tabela abaixo: Tabela 2 – Valores obtidos durante a realização do experimento, onde ߩá௨ = 998 ܿ݉/݉³. Medida ℎ (݉) ݕ (m) F (N) ℎ௧ teórico (m) ℎ experimental (m) erro (%) 1 0.0970 -0.0086 7.1225 0.1056 0.1061 0.4640 2 0.0870 -0.0096 6.3882 0.0966 0.0975 0.9274 3 0.0780 -0.0107 5.7274 0.0887 0.0881 0.6026 4 0.0680 -0.0123 4.9931 0.0803 0.0801 0.2069 5 0.0570 -0.0146 4.1854 0.0716 0.0746 4.1424 6 0.0485 -0.0162 3.4544 0.0647 0.0688 6.4082 7 0.0435 -0.0145 2.7789 0.0580 0.0617 6.4570 8 0.0375 -0.0125 2.0652 0.0500 0.0579 15.7686 9 0.0320 -0.0107 1.5038 0.0427 0.0434 1.7076 10 0.0245 -0.0082 0.8815 0.0327 0.0326 0.1299 Com a tabela devidamente preenchida, confeccionamos o gráfico mostrado abaixo: Figura 7 – Gráfico relacionando ℎ ௧ó vs. ℎ ௫௧ 14 8) Conclusão Os valores encontrados durante o experimento estão de acordo com os valores teóricos calculados. O ângulo esperado era de 45° porque se deseja que o valor de ℎ ௫௧ seja exatamente igual ao valor de ℎ ௧ó. Entretanto, podemos observar que o ângulo obtido não foi exatamente igual a 45° devido à diferença entre os parâmetros citados acima. Isso se deve ao fato de que durante o experimento havia possíveis fontes de erro como a falta de habilidade do operador, aproximação do valor da densidade da água, erro de paralaxe na leitura das alturas e etc. O coeficiente angular da reta de regressão do gráfico ℎ ௧ó vs. ℎ ௫௧encontrado foi de 1,008, bem próximo de 1, que seria o valor ideal. Portanto, os erros relacionados aos valores de ℎ ௧ó vs. ℎ ௫௧se localizam dentro da porcentagem recomendável de 5%, entretanto para os cálculos estando a superfície parcialmente imersa, os valores referentes ao ℎ foram maiores. 15 9) Bibliografia 1 - White, F.M., Mecânica dos Fluidos, McGraw-Hill, RJ, 1991. 2 – Sonntag,E. S., Claus, B., Wylen, G. J. V., Fundamentos da Termodinâmica, Ed. Edgar Blücher LTDA, 2003. 3 - http://www.agron.com.br/v/32976-bancada-para-testes-hidraulicos 16 10) Anexos Para nos auxiliar nas contas, usamos o software numérico MATLAB, a seguir, segue o código que usamos para fazer as contas: h = 10^-2*[10 10 10 10 10 9.7 8.7 7.5 6.4 4.9]; % dimensões para o cálculo dos momentos de inércia h_m=10^-2*[14.7 13.7 12.8 11.8 10.7 9.7 8.7 7.5 6.4 4.9]; % alturas coletadas A = 10^-4*[75 75 75 75 75 72.75 65.25 56.25 48 36.75]; % áreas da superfície imersa a medida q íamos variando o peso m=[420 380 340 300 260 220 180 140 100 60]*10^-3; % massas coletadas L=0.275; g = 9.81; a=0.1; d=0.1; b=7.5*10^-2; ro = 998; v=h_m-d; % vetor para ser usado na verificação se a área está totalmente ou parcialmente submersa for i=1:10 % for usado para calcular o vetor de h_cg % verificação se a área está totalmente ou parcialmente submersa if v(i)>0 h_cg(i)= h_m(i)-(d/2); else h_cg(i)=h_m(i)/2; end end h_cg i_xx=b.*h.^3/12 %cálculo dos momentos de inércia y_cp=-i_xx./(h_cg.*A) % cálculo dos y_cp F=ro.*h_cg.*g.*A % cálculo da força resultante h_cpt=h_cg-y_cp % cálculo do h_cp teórico for i=1:10 % for usado para calcular o vetor de h_cpe % verificação se a área está totalmente ou parcialmente submersa if v(i)>0 h_cpe(i)=((m(i).*g.*L)./F(i))-a-(d-h_m(i)); else h_cpe(i)=((2.*m(i).*L)./(ro.*h_m(i).^2.*b))-(a+d-h_m(i)); end end h_cpe %AJUSTE DA CURVA PELO METODOS DOS QUADRADOS MINIMOS pp1 = polyfit(h_cpt,h_cpe,1); h_cpe1 = polyval(pp1,h_cpt); %----------------------------------------------------------------- erro=abs(h_cpe-h_cpt)./h_cpt * 100 %erro entre os valores teóricos e experimentais de h_cp % plotagem do grafico h_cpt vs. h_cpe plot(h_cpt,h_cpe,'.',h_cpt,h_cpe1,'r') xlabel('hcp_t_e_ó_r_i_c_o [m]') ylabel('hcp_e_x_p_e_r_i_m_e_n_t_a_l [m]') grid on legend('pontos desajustados','curva ajustada'); 17 Para verificar as contas fizemos a mão as contas para os 5 primeiros pontos: 18 19 20 Por que o centro de pressão está sempre abaixo do centro de gravidade? Por que analisar apenas ܨோ , e as outras forças que atuam no sistema?
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