ERROS RADIOGRAFICOS

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ERROS RADIOGRAFICOS
Avaliação da Qualidade das Radiografias 
Radiografia dental – fotografia produzida em filme, pela passagem dos raios x através dos dentes e tecidos de suporte. De suma importância para o diagnóstico, pois auxilia na identificação de condições que não são percebidas em exame clinico. Ela permite que o profissional possua todas as informações acerca das condições dentarias e tecidos adjacentes.
Quando a radiografia é corretamente exposta e processada o benefício primário da descoberta de doenças diminuiu em alta escala os riscos advindos do uso exagerado da radiação.
Segundo Freitas (2000), uma radiografia deve ser considerada tecnicamente boa quando apresenta um máximo de detalhe e um grau médio de densidade e contraste. É entendido como detalhes a visualização da imagem radiográfica com precisão, ou seja, com contornos definidos, sem distorção e com boa visualização das estruturas. Densidade pode ser definido como grau de escurecimento da imagem e contraste como diferença de densidade de áreas contíguas da radiografia. 
Erros no Processamento das Radiografias
Erros no processo das radiográficas acarreta em prejuízos para o profissional, causado pelo tempo na busca do erro, custos devido a repetição e exposição do paciente a radiação. Geralmente, esses erros radiográficos ocorrem por não seguir o as etapas de maneira correta, seja por falta de atenção ou pressa.
Fatores emocionais e variações anatômicas não devem ser motivos para uma imagem radiográfica insatisfatória.
É de suma importância que em caso de erro radiográfico, ele seja corrigido tendo em vista que, imagens radiográficas fazem parte do processo legal. Para auxiliar na correção dos erros, eles foram divididos em três grupos: 1) Erros no Armazenamento 2) Erros na Tomada das Radiografias 3) Erros no Processamento
Antes de começar o Exame Radiográfico
Para iniciar o exame radiográfico, alguns fatores devem ser considerados como:
Os aparelhos de Rx (a tensão- responsável pela qualidade da imagem e pelo contraste radiográfico.- , a mA- responsável pela quantidade dos raios X, e pela densidade radiográfica.- e a colimação- responsável por limitar o campo de raios-x ao mínimo necessário para cobrir a área em exame-), a instalação do aparelho, relacionado a variação de voltagem da rede elétrica, tendo em vista que os aparelhos são muito sensíveis; ao processamento radiográfico alusivo aos problemas na obtenção da imagem; a câmara escura portátil voltado a sua longevidade e manutenção
Erros no armazenamento:
Seguir protocolos para a conservação do filme radiografico como Manter o filme em local fresco, dá preferência a conservação do produto dentro de geladeira Após a abertura da caixa, manter a umidade relativa do ar entre 40 - 60%, manter Longe de Radiações Ionizantes, Isolar Eletronicamente as Prateleiras Metálicas, não por pressões sobre os filmes, utilizar sempre os filmes mais velhos; garantem que uma maior vida útil. 
Filmes que prazo de validade próximo ou já vencidos, geralmente apresenta flocos radiopacos após o processamento, ocasionado pelo desprendimento da gelatina. Entretanto, filmes vencidos expostos a altas temperaturas durante o transporte e/ou estocagem, exibem manchas escurecidas.
Erros na tomada radiográfica:
Ocasionada por desatenção durante a anamnese em pacientes com, o uso de peças metálicas como óculos, brincos, cordão ou piercing e ainda a utilização de próteses como PPR ou próteses totais. Caso alguma dessas peças não possa ser removida ou o paciente se recusar a remove-las deve ser anotado observações na ficha clínica.
Outro fator como a manutenção do filme com apoio dos dedos deve ser observado pois, os dedos devem estar entre o tubo e o filme para que não haja uma imagem das falanges e dos tecidos moles denominada por alguns autores como falangioma. 
A posição do filme radiográfico também influi no sucesso da imagem radiográfica. Filme baixo ocasionado pela força excessiva exercida pelo paciente no bloco de mordida dos posicionadores reproduz imagens relacionadas a apenas aos ápices dentários, não sendo possível visualizar a coroa ou a borda incisal. Todavia, o filme alto decorrido da não mordida firme do paciente no bloco do posicionador, gera uma imagem da coroa e da borda incisal, cortando o ápice dos dentes. Filme curvado provocará uma imagem radiográfica com aspecto alongado (repuxado), na área da radiografia onde o filme sofreu a curvatura. O filme dobrado provocará um vinco e proporcionará uma imagem alongada até uma linha radiopaca bem definida e após esta linha teremos mais duas ou três linhas radiopacas de menor intensidade e após estas linhas uma área radiopaca. O filme invertido gerará uma imagem radiopaca denomina “escama de peixe” devido a incidência de raios x na face não sensível do filme 
A força excessiva exercida pela unha do paciente durante a geração da imagem radiográfica também dificulta a interpretação. A imagem gerada pode ser radiopaca quando a marca da unha remove a gelatina ou radiolúcida, quando a unha não remove a gelatina.
Nas radiografias interproximais: o posicionamento correto do filme garante a correta vizualizaçãoo das área proximais das coroas e cristas ósseas marginais. O não cumprimento desse protocolo formará uma imagem radiográfica característica é de uma área (normalmente inferior) com uma maior visualização, como se fosse uma radiografia periapical devido a ter sido posicionado muito abaixo ou acima da linha de oclusão. 
Na centralização do feixe em angulação vertical em que consiste em direcionar o feixe central perpendicular ao plano bissetor (plano formado pela bissetriz do longo eixo do dente e longo eixo do filme). O erro na angulação vertical pode ocorrer devido ao aumento ou diminuição da angulação vertical utilizada para confeccionar o exame radiográfico a angulação vertical diminuída produzirá imagem aumentada / alongada. Angulação vertical aumentada formará imagem diminuída / encurtada. A angulação horizontal consiste em direcionar o feixe central paralelo as faces proximais dos dentes. O erro na angulação horizontal provocará a imagem da superposição das faces proximais (pontos de contato fechados).
Direção do raio central O erro no direcionamento do raio central (cone-cut), provocará uma imagem que se caracteriza por uma área radiopaca em forma de “meia lua”, em uma das extremidades do filme, correspondendo à área que não foi exposta pelos raios x.
Exposição da película: pode ser determinada por fatores como muita dose (Tempo de Exposição); miliamperagem (mA) alta; quilovoltagem (Kvp) alta; Marcador do tempo de exposição (“Timer”) desregulado; dupla pressão no botão do marcador do tempo de exposição (“Timer”); Voltagem muito alta; Distância foco-filme pequena. A imagem deste erro caracteriza-se por uma radiografia de alta densidade, ou seja, forma uma imagem escura, como a anexa ao texto. Ao contrário da super exposição, a sub exposição está relaciona a Pouca dose (Tempo de Exposição); miliamperagem (mA) baixa; quilovoltagem (Kvp) baixa; Timer desregulado; Pressão inadequada no Botão do Timer; Voltagem muito baixa; Distância foco-filme grande. A imagem deste erro caracteriza-se por uma radiografia de baixa densidade (clara).
Dupla-exposição: Este erro acontece quando um filme após ser exposto é colocado em outra região da boca e exposto novamente. Normalmente este erro, em um exame periapical completo, acarreta um filme com duas exposições e um filme sem exposição, obrigando o operador a realizar duas repetições. Este erro caracteriza-se por duas ou mais imagens na mesma radiografia.
Radiografia tremida: ocorre normalmente pela movimentação: do Cabeçote; do Paciente; do Filme. Geralmento ocorre com crianças. Este erro caracteriza-se por uma imagem desfocada (tremida).
Aparelho desligado: Este erro provoca uma ausência completa de exposição na película radiográfica, fornecendo uma radiografia com ausência de imagem, transparente, de tonalidade azulada. Geralmente ocasionada: Aparelho Desligado; Fusível Queimado;Fio do Marcador do tempo de exposição (“Timer”) Desconectado; Falta de Pressão no Botão do Marcador do tempo de exposição (“Timer”); Aparelho Avariado.
Erro de processamento:
Na manipulação do filme:
- arranhão na película: A manipulação inadequada do filme poderá provocar arranhões no filme, que dependendo grau de injúria podem ser radiopacos quando há remoção da gelatina e/ou radiolúcido quando a gelatina não é removida
- pressão excessiva da unha ocorre, devido a uma força exagerada para retirar a película de pvc Dependendo da pressão exercida pela unha a imagem radiográfica poderá ser: Radiopaca quando Remove a Gelatina ou Radiolúcida não remove a gelatina
- impressão digital: A imagem radiográfica deste erro será a marca da impressão digital do operador no filme radiográfico 
- Eletricidade Estática: para que este erro não ocorra é necessário que neste tipo de ambiente faça uso de umidificadores ou recipientes com água para aumentar a umidade da câmara escura. A imagem radiográfica deste erro é comparada a uma “árvore de galhos secos”.
- Grampo Sujo: Este erro ocorre devido aos líquidos do processamento radiográfico não terem sido completamente retirado durante o processamento, provocando escorridos na radiografia.imagens atinginas por esses líquidos em etapas não adequadas pode resultar em manchas Radiopaca causada por Contaminação pelo Fixador, Mancha Radiolúcida Contaminado pelo Revelador. 
- o velo de luz é um erro que acontece devido a uma exposição acidental do filme radiográfico a exposição de luz e normalmente ocorre devido a: abrir o filme com a luz branca acesa. fresta de luz na câmara escura. deficiência na câmara escura portátil. rasgo nas mangas. fresta no acrílico. luz de segurança inadequada. filtro danificado. a imagem radiográfica poderá apresentar-se total ou parcialmente velada (escura).
Na revelação:
- Nível Baixo de Revelador: Este erro ocorre devido a radiografia não estar completamente imersa no líquido do revelador. Consequentemente a área que não entrou em contato com o líquido do revelador, não sofrerá a ação do mesmo. A imagem radiográfica deste erro é de uma área completamente sem imagem (radiopaca), correspondente a área não imersa no revelador.
- Super revelação: fatores podem interferir neste erro, além de se deixar a radiografia dentro do líquido do revelador muito além do tempo necessário (recomendado), tais como: revelador muito concentrado, revelador muito quente, termômetro descalibrado, relógio impreciso. A imagem radiográfica deste erro caracteriza-se por um aumento na densidade da radiografia (imagem escura)
- Sub-revelação Neste caso o filme radiográfico permanece menos tempo do que o necessário (recomendado) no revelador. Outros fatores podem também interferir neste erros, tais como: Revelador pouco concentrado, revelador inativo, termômetro descalibrado, relógio impreciso. A imagem radiográfica deste erro caracteriza-se por uma diminuição na densidade da radiografia (imagem clara).
Super-exposição com Sub-revelação: Este procedimento é normalmente utilizado pelo profissional para apressar o resultado de uma radiografia, ou porque o líquido do revelador está inativo.
– Reticulação Quando o profissional necessita de um processamento mais veloz, um dos recursos que pode ser utilizado é o aquecimento da solução processadora (revelador), porém este aquecimento não deve ultrapassar os 30ºC, sob o risco de danificar a emulsão (gelatina). A reticulação normalmente ocorre devido: Uso do revelador muito quente, diferença brusca de temperatura. A imagem radiográfica é de múltiplas elevações, correspondente ao enrugamento da gelatina.
Na fixação:
- Nível baixo de fixador: Este erro ocorre devido a radiografia, após ter passado pelo revelador e a lavagem intermediária, não ficar completamente imersa no líquido do fixador. Consequentemente a área que não entrou em contato com o líquido do fixador, não terá a atuação do mesmo. A imagem radiográfica deste erro é de uma área escurecida, sem imagem (radiolúcida), correspondente a área não imersa no fixador
- Super-fixação: A imagem radiográfica deste erro é de áreas radiopacas,de aspecto irregular, correspondente a área da emulsão que foi removida pelo fixador
- – Sub-fixação O processo de fixação se dá das extremidades para o centro da radiografia, conseqüentemente se a radiografia ficar pouco tempo no líquido do fixador, o processo de fixação não se completará. A imagem radiográfica deste erro é de uma área de aspecto esverdeado/ desfocado no centro da radiografia
- Filme Colado na Parede do Tanque: Durante o processo de fixação o operador deve tomar o cuidado para que os filmes colocados em colgaduras não fique colados na parede do tanque. A imagem radiográfica deste erro é de uma área (que pode estar presente em qualquer região do filme) de aspecto irregular, e tamanho variado, escurecida/radiolúcida. Esta área corresponde a região do filme que ficou colada na parede do tanque
Na lavagem final:
– Manchas amarronzadas após determinado tempo: este erro ocorre devido principalmente: pouco tempo de lavagem, água parada, água contaminada de revelador. A imagem radiográfica deste erro é de manchas amarronzadas ou acastanhadas, por toda superfície da radiografia.
Na secagem: 
- Filme Colado em Outro: Este erro ocorre devido a radiografia no processo de secagem ficar próxima a outra radiografia, colando após seco, podendo então nos fornecer duas imagens: 
 Remoção da emulsão = os filmes após secarem grudam de tal forma que não se consegue a separação sem que a emulsão seja danificada (arrancada). Imagem da radiografia colada = os filmes após secarem ficam marcados com a delimitação do outro filme, porém não danifica a emulsão.
– Filme Colado em Papel: Ocorre devido a radiografia no processo de secagem ficar próxima a papel. Este erro poderá nos fornecer a imagem escura (do papel) em uma determinada região.
Erro na radiografia anexada:
A imagem radiográfica anexada provavelmente possui erro na tomada radiográfica, tendo em vista que a película encontra-se escura e supostamente houve uma exposição sugestiva a exibição em luz branca. Assim como também, indica erro no processamento, haja vista, a imagem apresentar-se escura sugerindo uma super revalação ocasionada, possivelmente pela permanência do filme além do tempo recomendado dentro da solução reveladora.
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