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1 Sumário 1 Resumo. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 2 2 Introdução e objetivos. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 3 3 Teoria. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 4 4 Metodologia experimental. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .5 5 Resultados e análises dos dados. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .9 6 Discussão e conclusão. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .13 7 Bibliografia. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .14 2 1. Resumo A motivação ou o objetivo do relatório é verificar, através de equações e experimentos, uma grandeza denominada resistência interna. Para isso, devemos inicialmente coletar os dados que são necessários para a execução do experimento com amperímetros e voltímetros. O potencial e a corrente serão os dados necessários para a realização dos cálculos que envolvem tal grandeza. Após a coleta dos dados, utilizaremos um processo denominado de regressão linear. Feito isso, encontraremos a equação da reta que melhor se ajusta aos dados. Finalmente, através do coeficiente angular da reta em questão, será possível obter uma relação que nos fornecerá o valor da resistência interna de uma fonte. 3 2. Introdução e objetivos A forma mais simples de descrever o comportamento de uma fonte de tensão ou de corrente reais envolve apenas dois parâmetros, que são a força eletromotriz (FEM) e a resistência interna r da fonte. A FEM é uma característica do processo interno da fonte que dirige as cargas elétricas contra a diferença de potencial e converte energia de uma forma em outra, e, no caso de uma bateria química, é uma constante característica da reação química envolvida. O instrumento usado para medir correntes é chamado de amperímetro. É essencial que a resistência Ra do amperímetro seja muito menor que todas as outras resistências do circuito; caso contrário, a presença do aparelho mudará o valor da corrente que se pretende medir. O aparelho que se usa para medir diferenças de potencial é chamado de voltímetro. É de extrema importância que a resistência R do voltímetro seja muito maior que a resistência dos elementos do circuito entre os pontos nos quais o voltímetro está ligado. Pois, se fosse menor, a presença do medidor mudará valor da diferença de potencial que se pretende medir. A resistência interna representa todos os processos dissipativos que ocorrem dentro da fonte e, portanto não pode ser nula num sistema real. Devido ao nosso interesse em explorar a simetria que existe entre as variáveis V e I estamos tratando da mesma forma a variável resistência interna r nas duas fontes. Isso, entretanto esconde uma diferença fundamental entre o significado de r na fonte de tensão e na fonte de corrente, que está relacionada à limitação de cada uma delas como fonte real e não ideal. Os objetivos deste estudo se relacionam com o cálculo da resistência interna de uma fonte e estudar a transferência de potência entre gerador e carga. Para isto, os dados coletados no experimento irão possibilitar o cálculo desta grandeza que caracterizará fonte em questão. 4 3. Teoria A d.d.p. entre os terminais do gerador é dada pela equação abaixo: 𝑉 = 𝜀 − 𝑟 × 𝑖 1 onde 𝜀 é a força eletromotriz (tensão da fonte), r é a resistência interna. A intensidade da corrente elétrica que passa pelo circuito é dada por: 𝑖 = 𝜀 𝑟 + 𝑅 2 A potência útil do circuito será: 𝑃 = 𝑉 × 𝑖 3 Além disso, temos que: 𝑃 = 𝑅 × 𝑖2 4 Substituindo a equação 2 na equação 4 obtemos: 𝑃 = 𝑅 × ( 𝜀 𝑟 + 𝑅 ) 2 5 O efeito da resistência interna da fonte, r, é limitar a máxima potência (equação 3 ) que a fonte pode transferir à carga R. Com efeito, i) se R → ∞, i → ∞, V → 𝜀, e, portanto 𝑃 = 𝑉 × 𝑖 → 0 (circuito aberto) e ii) se R → ∞, i → 𝜀 𝑟 , V → 0, e portanto 𝑃 = 𝑉 × 𝑖 → 0 . 5 4. Metodologia experimental Para a realização do experimento utilizamos: uma fonte de tensão contínua regulável usada para alimentar o sistema e criar uma d.d.p. (diferença de potencial) possibilitando o surgimento de uma corrente, multímetros digitais usados nas medições de tensão e corrente do sistema, cabos utilizados para conexões, reostatos de 0 a 1kΩ e de 0 a 330 Ω que protege o circuito, um resistor com resistência nominal de 470 Ω o qual terá a resistência calculada experimentalmente e cabos para conexões usados no circuito. Figura 1 - Fonte usada no experimento 6 Figura 2 – Multímetro digital Figura 3 – Resistência de proteção 7 Figura 4 – Reostato (resistência variável) Figura 5 – Cabos conectores e multímetro digital 8 Foi conectado o multímetro como voltímetro na fonte, usando a escala de 200V. Em seguida regula-se a saída da fonte para 25V. Posteriormente, liga-se o amperímetro usando a escala de 200mA e o voltímetro usando a escala de 200V, como representado na figura 6. ɛ Figura 6 - Diagrama de Circuito para a medida da resistência interna de uma fonte Em seguida foram realizadas 20 medições para valores de corrente e potencial que foram usados para os cálculos de resistência e potência. A precisão utilizada foi de uma casa decimal para a corrente e duas casas decimais para o potencial. Todas as medidas foram realizadas com fundo de escala de 200 mA para a corrente e 200 V para o potencial. 9 5. Resultados e análise dos dados Através do experimento realizado, foi possível obter os seguintes valores referentes à tensão e ao tempo de descarregamento do capacitor: Tabela 1: Valores da Tensão, Corrente, Resistência conforme Amperímetro e o Voltímetro. Medida i(mA) V(Volts) R(Ω) P(W) 1 42.00 0.00 0 0.00 2 40.10 2.40 60 0.09 3 38.00 5.00 130 0.19 4 36.30 7.20 200 0.26 5 35.30 8.20 230 0.29 6 34.20 9.80 290 0.34 7 32.90 11.30 340 0.37 8 31.50 13.10 420 0.41 9 30.60 14.10 460 0.43 10 29.70 15.20 510 0.45 11 28.50 16.60 580 0.47 12 27.60 17.70 640 0.47 13 26.70 18.80 700 0.47 14 26.10 19.60 750 0.48 15 25.30 20.70 810 0.52 16 24.90 21.20 850 0.52 17 24.40 21.80 890 0.52 18 23.80 22.40 940 0.53 19 23.30 23.00 980 0.53 20 22.50 24.00 1060 0.54 10 Figura 7 – Gráfico do Potencial pela Corrente Aplicando a regressão linear no gráfico V x i obtemos a equação na forma: 𝑉 = 51.66 − 1227.78 × 𝑖 6 Comparando a equação 6 com a equação 1 𝑉 = 𝜀 − 𝑟× 𝑖 obtemos: 𝜀 = 51.66 𝑉 𝑟 = 1227.78 Ω Quando o gráfico corta o eixo 𝑦, temos que 𝑖 = 0, portanto: 𝑉 = ɛ Para cada valor de potencial e corrente medidos calculamos a resistência R através da equação: 𝑉 = 𝑅 × 𝑖 7 11 Tendo em mãos os valores de 𝜀 e 𝑟 é possível calcular a potência para cada valor de resistência. Figura 8 – Gráfico da Potência pela Resistência Analisando o gráfico 𝑃 𝑥 𝑅 observamos que para 𝑅 = 1060Ω a potência experimental é máxima e vale: 𝑃𝑚á𝑥 𝑒𝑥𝑝 = 0.54 𝑊 O resultado analítico da potência é dado pela expressão 5 , mostrada anteriormente: 𝑃 = 𝑅 × ( 𝜀 𝑟 + 𝑅 ) 2 Utilizando dois pontos do gráfico 𝑃 𝑥 𝑅 determinamos a resistência interna da fonte e a força eletromotriz experimentalmente: 𝑅1 = 60Ω ; 𝑃1 = 0.09𝑊 𝑅2 = 1060Ω ; 𝑃2 = 0.54𝑊 12 Substituindo os valores de resistência e potência na equação anterior, temos: 0.09 = 60 × ( 𝜀 𝑟 + 60 ) 2 0.54 = 1060 × ( 𝜀 𝑟 + 1060 ) 2 Resolvendo este sistema, obtemos os valores da resistência interna 𝑟 e da força eletromotriz 𝜀: 𝑟 = 1342 Ω 𝜀 = 54 𝑉 Comparando com os valores teóricos 𝑟 = 1227.78 Ω e 𝜀 = 51.66 𝑉, obtivemos uma boa aproximação para os valores de 𝜀 e 𝑟. Derivando a função 𝑃(𝑅) (Potência em função de R), e igualando a zero acharemos o ponto crítico que representa um ponto de máximo da função. Nesse ponto crítico temos que 𝑅 = 𝑟, como o ponto de máximo da função 𝑃(𝑅) é a potência máxima. 𝑃𝑚á𝑥 (𝑅) = ɛ² 4 × 𝑅 Analisando a figura 8 podemos observar que a resistência interna é sempre maior que a resistência externa, a fonte não conseguiu fornecer a potência máxima ao circuito. Por isso, o cálculo da potência máxima não pode ser realizado. 13 6. Discussão e conclusão Quando analisamos o gráfico 𝑉 𝑥 𝑖 e fizemos a regressão linear obtivemos uma reta onde seu coeficiente angular representava a resistência interna (𝑟) e seu coeficiente linear representava a força eletromotriz (ɛ), e observamos que quando a reta cortava o eixo 𝑦, 𝑉 = ɛ. A partir do gráfico 𝑃 𝑥 𝑅, observamos que o ponto de máxima potência era onde o valor das resistências interna e externa se igualavam e foi possível determinar a 𝑟 e ɛ. Comparando os valores de 𝑟 e ɛ encontrados a partir dos dois gráficos, pudemos observar que não foram muito diferentes, comprovando a proximidade entre os valores teóricos (obtidos através dos cálculos) e os valores obtidos no experimento. 14 7. Bibliografia Halliday, Resnick & Walker - Fundamentos de Física, Vol. 3, 8a edição Fonte de tensão e fonte de corrente, disponível em: http://www.cefetba.br/fisica/NFL/fge3/medeletr/V&Isources_por.html, acesso em 18 de novembro de 2010. Marletta, Alexandre - Laboratório de Física Experimental II H. M. Nussenzveig, Curso de Física Básica, Eletromagnetismo, Vol. 3, Editora Edgard Blucher, 2003. Chaves, Alaor. Física Básica: Eletromagnetismo / Alaor Chaves. – Rio de Janeiro: LTC, 2007. Il.
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