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Anatomia do Sistema Reprodutor - Fernando N. Zanette

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Anatomia 3ª Fase – Fernando Netto Zanette – Med. UFSC 13.2 
 Sistema reprodutor masculino 
Os órgãos que constituem o sistema genital masculino são os 
testículos (gônadas masculinas), um sistema de ductos (canal deferente, 
ducto ejaculatório e uretra), as glândulas sexuais acessórias (próstata, 
glândulas bulbouretral e vesículas seminais), além de diversas estruturas de 
suporte, incluindo o escroto e o pênis. 
Os testículos se responsabilizam pela produção de espermatozoides e 
pela secreção de hormônios, como a testosterona. Por outro lado, o sistema 
de ductos tem papel de transportar e armazenar o esperma – este constituído 
por espermatozoides, líquido seminal e líquido prostático -, auxiliando, 
assim, a maturação e condução dos espermatozoides para o meio externo. 
 Órgãos genitais internos 
 Testículo 
O testículo é um órgão par (direito e esquerdo), situado numa bolsa músculo-cutânea, denominada escroto, a 
qual está localizada na região anterior do períneo, logo por trás do pênis. O principal hormônio sintetizado pelos 
testículos é a testosterona, bem como o seu metabólito diidrotestosterona, sendo que o primeiro é indispensável para 
o processo de espermatogênese, para a diferenciação sexual durante o desenvolvimento embrionário e fetal, bem 
como para o controle da secreção das gonadotrofinas. 
Cada testículo apresenta uma forma ovoide, com grande eixo quase vertical, e ligeiramente achatado no 
sentido lateromedial, o que permite a divisão dos testículos em duas faces, duas bordas e duas extremidades. 
As faces se classificam como lateral e 
medial; as bordas, anterior e posterior; e as 
extremidades, superior e inferior. 
A borda posterior é ocupada de cima a 
baixo por uma formação cilíndrica e mais 
dilatada, denominada epidídimo. A metade 
superior dessa borda representa propriamente o 
hilo testicular, recebendo a denominação especial 
de mediastino do testículo. Por meio do 
mediastino tem-se a comunicação do testículo 
com o epidídimo. 
Uma grossa cápsula de tecido conjuntivo 
denso, denominada túnica albugínea, envolve 
externamente o testículo, embora não seja um 
envoltório do testículo. Dessa túnica partem 
septos fibrosos, os quais, por sua vez, penetram 
no parênquima testicular e o dividem em 
compartimentos piramidais, conhecidos como 
lóbulos do testículo. 
Esquematização geral dos componentes do sistema reprodutor 
masculino 
Esquematização do testículo e de seus componentes 
No interior da cada lóbulo, há os túbulos seminíferos contorcidos (geralmente de um a quatro), os quais se 
alojam como novelos dentro de um tecido conjuntivo frouxo altamente vascularizado não apenas por vasos 
sanguíneos, mas também por linfáticos, nervos e células intersticiais, as conhecidas células de Leydig. Os túbulos 
seminíferos desempenham o papel de produzir os espermatozoides, ao passo que as células de Leydig secretam o 
andrógeno testicular testosterona. 
Os túbulos seminíferos convergem para o mediastino do testículo e iniciam um processo de anastomose, 
constituindo túbulos seminíferos retos, os quais se entrecruzam e formam uma verdadeira rede testicular ao nível do 
mediastino do testículo. 
Os testículos se desenvolvem retroperitonealmente na parede dorsal da cavidade abdominal. Durante a 
formação do feto, eles migram, por meio do canal inguinal, para fora do corpo e se alojam no interior da bolsa 
escrotal, ficando suspensos na extremidade do cordão espermático. Consequentemente à migração, cada testículo 
arrasta consigo um saco de membrana serosa – que recebe a denominação de túnica vaginal -, oriundo do peritônio. 
Essa túnica recobre parcialmente os testículos e, assim como a pleura ou o pericárdio, constitui-se por duas 
camadas: uma lâmina parietal (externa) e uma lâmina visceral (interna), que recobre a túnica albugínea nas porções 
laterais e anterior do testículo. 
Entre a lâmina visceral e a lâmina parietal 
da túnica vaginal, permanece um espaço virtual 
denominado cavidade vaginal. Está contém uma 
pequena quantidade de líquido, o qual reduz o 
atrito e facilita o deslizamento entre as duas 
lâminas. 
Externamente à túnica vaginal, temos, 
na sequência, os seguintes envoltórios: 
 Fáscia espermática interna: 
prolongamento da fáscia transversal (fáscia 
profunda do m. transverso do abdômen); 
 Fáscia cremastérica e mús-
culo cremaster: prolongamentos das fibras do 
m. oblíquo interno do abdômen e suas fáscias; 
 Fáscia espermática externa: 
prolongamento da aponeurose do m. oblíquo 
externo do abdômen. 
No mediastino, os túbulos seminíferos 
retos desembocam nos ductos eferentes – de 
dez a quinze -, os quais se dirigem à cabeça do 
epidídimo. 
O desenvolvimento testicular é quiescente até o início da puberdade, quando passa a realizar a espermatogêne-
se. Desse modo, os testículos demonstram-se pequenos até essa fase, quando, então, crescem e alcançam o tamanho 
adulto. 
Essas estruturas são altamente sensíveis a impactos e lesões. Os principais problemas que acometem os 
testículos listam-se abaixo: 
 Tumor testicular e outras neoplasias; 
 Hidrocele: acúmulo de líquidos, neste caso, na cavidade vaginal. 
 Orquite: inflamação dos testículos por inúmeros fatores (p.ex. vírus, parasitas, traumas). 
 Torção do cordão espermático, também conhecida como torção testicular, quando testículo gira em 
torno de seu próprio eixo. 
 Varicocele: também conhecido como varizes no testículo, consiste na dilatação anormal das veias test i-
culares, principalmente após esforço físico. 
Ilustração das fáscias escrotais e de suas respectivas origens 
 Monorquidismo: presença 
de apenas um testículo alojado dentro do 
escroto. 
 Gubernáculo do testículo 
Classifica-se como uma estrutura 
fibrosa que, durante o período fetal, 
traciona a gônada em direção à bolsa 
testicular. Quando o testículo já se encontra 
na bolsa, o gubernáculo transforma-se em 
um pequeno ligamento vestigial. 
 Funículo ou cordão espermático 
É um conjunto de 
estruturas que, juntas, 
lembram o formato de um 
cordão. Possuí estruturas 
relacionadas ao testículo – 
vasos arteriais, venosos e 
linfáticos, nervos e o ducto 
deferente -, e desempenha, 
além de outros, o 
importante papel de manter 
o testículo suspenso no 
escroto. 
Ele se estende da 
extremidade superior da 
borda do testículo ao anel 
inguinal profundo, local em 
que seus elementos tomam 
rumos diferentes. O 
funículo espermático 
esquerdo é mais longo que 
o direito, o que significa que o testículo esquerdo permanece em nível mais baixo que seu semelhante. 
Divide-se o funículo espermático, normalmente, em três regiões: 
 Porção escrotal; 
 Inguinal livre; 
 Intracanal inguinal; 
Os constituintes do funículo listam-se abaixo: 
 Plexo pampiniforme: um plexo venoso que drena o testículo; 
Sequenciamento da formação e da relativa obliteração do gubernáculo testicular 
Ilustração extremamente detalhada dos componentes do sistema reprodutor masculino, bem como de suas 
camadas externas e internas. Atentar aos constituintes do funículo espermático (spermatic cord) 
 Artéria testicular; 
 Artéria do ducto deferente; 
 Ramo genital do nervo genitofemoral; 
 Vasos linfáticos; 
 Ducto deferente; 
Os revestimentos do funículo são os mesmo do testículo: fáscia espermática interna, fáscia cremastérica 
e m. cremaster e fáscia espermática externa. O peritônio não envolve o funículo. 
 Epidídimo 
O epidídimo se estende longitudinalmente na borda posterolateral do testículo. Ele pode ser dividido, 
basicamente, em três setores: 
 Cabeça: dilatação inicial que ultrapassa o polo superior do testículo. Essa região recebe os es-
permatozoides por meio dos ductos deferentes, e a concentração de esperma aqui se encontra diluída;Corpo: o seguimento intermediário do epidídimo. Os espermatozoides sofrem um processo de 
amadurecimento à medida que transitam por essa porção; 
 Cauda: porção inferior e mais estreita do epidídimo. Aqui, os espermatozoides, já maduros, 
ficam armazenados. 
Na cabeça do epidídimo, os ductos eferentes do testículo se continuam como ductos muito tortuosos que, em 
seguida, sofrem um processo sucessivo de anastomose para construir único tubo, o corpo do epidídimo. 
Inferiormente, a cauda do epidídimo se encurva em um ângulo agudo para trás e para cima, dando seguimento ao 
ducto ou canal deferente. É exatamente nessa curva do epidídimo e início do canal deferente que os espermatozoides 
permanecem armazenados até o momento da ejaculação, em que sofrem propulsão para o exterior. 
 Ducto ou canal deferente 
Classifica-se como dois tubos ocos com septos 
revestidos por tecido muscular, com 60cm de 
comprimento, de paredes espessas e que correspondem 
à continuação dos respectivos epidídimos. A principal 
missão do canal deferente é o transporte dos 
espermatozoides em direção ao exterior do corpo. 
Cada canal deferente nasce no polo inferior do 
correspondente testículo, na cauda do epidídimo, e 
atravessa o canal inguinal, de modo a fazer parte do 
cordão ou funículo espermático. Ao chegar à 
cavidade abdominal, cruza superiormente o ureter, 
descreve um arco por cima da bexiga e dirige-se 
posteriormente para a próstata. 
O canal deferente pode ser dividido em três 
porções de acordo com a região onde se encontra: 
escrotal, inguinal e pélvica. 
Próximo à sua terminação, o ducto ou canal deferente apresenta uma dilatação que recebe o nome de ampola 
do ducto deferente. Esta desagua, juntamente à vesícula seminal desse lado, em um canal ou ducto ejaculatório. 
Vista posterior da bexiga e dos componentes do sistema reprodutor 
masculino, destacando o ducto deferente, a vesícula seminal e a próstata 
A primeira porção do canal deferente é levemente sinuosa e ascende imediatamente por trás do epidídimo, e, 
assim como o testículo, ela é envolta pela túnica vaginal. 
 Glândulas ou vesículas seminais 
Duas pequenas estruturas ocas, interiormente cobertas por tecido glandular e revestidas por uma camada de 
tecido muscular, situadas, cada uma, lateralmente à ampola do ducto deferente e por cima da próstata. A principal 
função dessas glândulas é a produção de uma secreção espessa e de cor amarelada pertencente ao líquido seminal 
que contém espermatozoides e lhes proporcionar as substâncias nutritivas. 
Cada vesícula seminal termina em um tubo de drenagem, cuja união com a extremidade da ampola do canal 
deferente desse lado proporciona a formação de uma estrutura tubular comum, conhecida como ducto ejaculatório. 
Este se abre na parede posterior da próstata pelo óstio do ducto ejaculatório, em uma elevação que recebe o nome de 
colículo seminal. Dessa forma, os dois ductos ejaculatórios atravessam a próstata e desembocam na uretra, para onde 
transportam os espermatozoides e o líquido seminal no momento da ejaculação. 
 Próstata 
Qualifica-se como um órgão sólido, 
parcialmente glandular e parcialmente fibroso, 
de forma e tamanho semelhantes aos de uma 
noz. Ela se encontra inferiormente à bexiga 
urinária, anteriormente ao reto e 
posteriormente à sínfise púbica. A próstata é 
atravessada no seu centro pela primeira porção 
da uretra, e na sua parte posterior pelos ductos 
ejaculatórios, que desembocam nela. 
Tem por função básica a produção de 
uma secreção que concede o odor 
característico do sêmen, com elementos 
nutritivos aos espermatozoides. O seio 
prostático se evidencia como um espaço 
interno da próstata onde se secreta o produto 
da glândula por meio de pequenos ductos. 
A próstata possui, ainda, uma base 
voltada superiormente e que se relaciona 
com o colo da bexiga, além de um ápice, 
dirigido inferiormente e relacionado com o 
diafragma urogenital. 
Aqui, a uretra recebe a denominação de parte prostática da uretra exatamente pelo fato de ela atravessas a 
próstata. 
 Glândulas bulbouretrais 
Em número de duas, do tamanho aproximado de uma ervilha, essas glândulas situam-se posterolateralmente e 
desembocam na parte esponjosa da uretra. Têm por função a produção de secreção que modifica o pH da uretra. 
Essa secreção, semelhante a um muco, constitui 5% do líquido seminal, e é produzida e secretada durante a excitação 
sexual para proteger os espermatozoides e lubrificar a extremidade do pênis e o revestimento da uretra. Isso diminui 
a quantidade de espermatozoides danificados durante a ejaculação. 
Esquematização em corte transversal da bexiga, próstata e uretra. Notar o utrículo prostático, 
um remanecescente embrionário que corresponde, na mulher, ao útero; Atentar aos óstios do 
ducto ejaculatório, logo abaixo do utrículo, onde desem bocam os ductos deferentes 
 Órgãos externos 
 Pênis 
Salienta-se como um órgão cilíndrico situado na parte inferior do tronco, cujo interior é atravessado pela 
uretra, com a singular capacidade de alterar 
significativamente suas dimensões e consistência ao 
entrar em estado de ereção, condição necessária 
para a cópula. Logo, o pênis se destaca como o 
órgão de cópula masculino, além de funcionar 
como uma via de saída comum para a urina e o 
esperma ou sêmen. 
Pode-se dividir o órgão em três porções: 
 Raiz do pênis: a parte que fixa o 
órgão aos ossos da pelve. Ela é composta por três 
elementos: dois ramos e um bulbo. Os ramos do 
pênis são a porção proximal dos corpos cavernosos, 
ao passo que o bulbo do pênis é a dilatação 
proximal do corpo esponjoso. 
 Corpo do pênis: corresponde à sua 
parte central e livre (móvel), constituída por três 
estruturas de tecido erétil: dois corpos cavernosos e 
um corpo esponjoso. Este é atravessado 
internamente pela uretra. 
 Glande do pênis: a “cabeça” do órgão, uma extremidade de forma arredondada e em cuja ponta se 
localiza a abertura da uretra para o exterior. 
O interior do pênis encontra-se essencialmente ocupado pelos 
corpos cavernosos e pelo corpo esponjoso, tecido erétil composto 
por inúmeros septos de fibras conjuntivas e musculares que separam 
a maioria das reduzidas cavidades unidas entre si e que, em 
determinadas condições – como em resposta a um estímulo sexual -, 
enchem-se de sangue. 
Os corpos cavernosos apresentam simetria entre si e se 
encontram paralelos um ao outro. Por outro lado, o corpo esponjoso 
está situado numa posição central por baixo dos corpos cavernosos, e 
sua extremidade se dilata para ocupar todo o interior da glande. 
Todo o exterior do pênis encontra-se revestido por pele, 
embora com certas peculiaridades. A superfície da glande se mostra 
revestida por uma delicada mucosa, cujas células – ao contrário das 
cutâneas – não produzem queratina. Além disso, essa pele que 
recobre a glande é retrátil, permitindo sua exposição, e ela recebe a denominação de prepúcio. Este se fixa à glande 
por meio do frênulo do prepúcio. 
Entre o prepúcio e a glande existe uma pequena fenda, o sulco balanoprepucial, onde há uma quantidade 
abundante de glândulas secretoras, as quais elaboram uma substância esbranquiçada e de constituição rançosa 
denominada esmegma. Essa região exige um ritual de higiene diário para evitar o acúmulo de esmegma, bem como 
de bactérias patogênicas e causadoras de odores 
desagradáveis. 
Por questões pessoais, culturais ou religio-
sas, indivíduos realizam uma cirurgia de retirada do 
prepúcio, conhecida como circuncisão ou 
Procedimentos da postectomia 
Corte transversal do pênis, demonstrando seus 
constituintes internos 
Ilustração dos corpos que constituem o pênis. Notar a dilatação do corpo es-
ponjoso na região distal da uretra, originando a glande peniana 
postectomia. Além disso, casos de fimose– a não retração completa do prepúcio e a consequente não exposição 
completa da glande do pênis – costumam exigir a realização da postectomia. 
 Escroto 
O escroto caracteriza-se como uma espécie de bolsa suspensa na raiz do pênis, dentro da qual se localizam os 
testículos. A permanência destes no interior da bolsa e, consequentemente, fora da cavidade abdominal se mostra 
necessária para a produção e manutenção correta dos espermatozoides, já que a temperatura no interior do escroto 
se apresenta, em média, 2ºC inferior 
quando comparada à do corpo. 
A bolsa é constituída por 
várias camadas que se estratificam 
da periferia para a profundidade: 
A primeira e mais externa 
corresponde a uma camada de pele 
fina e enrugada, com sulcos 
levemente profundos e ligeiramente 
pigmentada, a qual se reveste com 
pelos a partir da puberdade. Na linha 
mediana encontramos uma linha, cujo 
desenho se assemelha ao de uma 
costura, e por isso recebe a 
denominação de rafe do escroto. 
A próxima é a túnica dartos, 
constituída pela musculatura de fibras lisas do músculo dartos, cujo grau de contração e relaxamento altera a 
profundidade dos sulcos cutâneos de modo a controlar a temperatura que se encontram expostos os testículos. 
Em seguida, vê-se a fáscia superficial, uma tela subcutânea formada por tecido conjuntivo frouxo. Logo 
abaixo dessa encontramos a fáscia espermática externa, a lâmina conjuntiva já citada que provém das duas fáscias 
de envoltório do m. oblíquo externo do abdômen, que desce do anel inguinal superficial para entrar na constituição 
do escroto. 
Temos, ainda, a fáscia cremastérica, representada pela delgada lâmina conjuntiva que prende inúmeros feixes 
de fibras musculares estriadas do músculo cremaster de direção vertical. A contração desse músculo, o qual é 
formado por prolongamentos do músculo oblíquo interno do abdômen, determina a subida do testículo, além de 
mantê-lo suspenso. Quando a base da coxa de um indivíduo em repouso sofre estímulo, em sua face medial ou 
interna, o m. cremaster se contrai. A esse fenômeno dá-se o nome de reflexo cremastérico. 
Após essa camada, temos a fáscia espermática interna, composta por uma lâmina conjuntiva que deriva da 
fáscia transversal. E, por último, temos a já comentada túnica vaginal, uma serosa cujo folheto parietal apresenta a 
camada mais profunda do escroto, ao passo que o folheto visceral envolve o testículo, epidídimo e início do ducto 
deferente. 
A parede do escroto encontra-se desprovida de tecido adiposo. O escroto ainda apresenta, por fim, uma raiz – 
porção que se prende à pelve masculina – e um fundo. O ducto deferente passa na porção posterior do escroto. 
 
 
 
 
 
 
 
 
Camadas externas e internas que compõem o escroto 
 Sistema reprodutor feminino 
Os órgãos genitais femininos têm por função a produção dos óvulos e hormônios para o desenvolvimento das 
características sexuais secundárias, além de propiciar o local, após a fecundação pelos espermatozoides, e as 
condições para o desenvolvimento do novo ser. 
Esse sistema é composto, no interior da pelve, pelos ovários, tubas uterinas, útero e vagina; superficialmente 
ao diafragma urogenital e abaixo do arco púbico, temos o monte do púbis, os lábios maiores e menores do pudendo, 
o clitóris, o bulbo do vestíbulo e as glândulas vestibulares maiores . Estas estruturas externas formam a vulva ou 
pudendo feminino. As glândulas mamárias também são consideradas parte do sistema genital feminino. 
 Órgãos genitais internos 
 Ovário 
Órgãos pares de forma ovoide, comparáveis com uma amêndoa, situam-se por trás do ligamento largo do 
útero e logo abaixo da tuba uterina, um de cada lado do útero. Em virtude do fato de o 1/3 distal da tuba uterina 
estar voltado para baixo, o ovário toma uma posição vertical, com uma extremidade dirigida para cima e outra para 
baixo. Sua principal função é produzir gametas e hormônios (estrógeno e progesterona). 
O ovário se qualifica como um órgão retroperitoneal que tem um meso – o mesovário -, sem possuir, no 
entanto, peritônio visceral; ele está localizado na cavidade peritoneal, na qual é lançado o ovócito, que depois 
“entra” na tuba uterina. 
Em mulheres pré-púberes, a superfície do ovário é coberta por uma lâmina lisa de epitélio superficial ovariano, 
uma única camada de células cúbicas que confere à superfície uma aparência acinzentada, fosca, que contrasta com a 
superfície brilhante do mesovário peritoneal adjacente com o qual é contínua. Após a puberdade, há fibrose e 
distorção progressiva da superfície, devido à repetida ruptura de folículos ovarianos e liberação de ovócitos que 
fazem parte da ovulação. A fibrose é menor em mulheres que tomaram contraceptivos orais. 
Os ovários apresentam algumas estruturas e divisões anatômicas: 
Faces 
 Lateral: voltada para a parede da 
pelve; 
 Medial: voltada para a cavidade 
pélvica; 
Margens do ovário 
 Mesovárica: aquele em que está 
fixada a dupla prega de peritônio, o mesovário; essa 
margem representa o hilo do ovário e é por ela que 
entram e saem os vasos ováricos; 
 Livre: pendente na cavidade pélvica; 
Extremidades do ovário 
 Extremidade tubária: extremidade 
inferior; 
Ilustração dos órgãos internos componentes do sistema reprodutor feminino 
 Extremidade uterina: extremidade superior; 
Ligamentos do ovário 
 Ligamento suspensor do ovário: prega de peritônio que envolve e contém os vasos e nervos ová-
ricos. Esse ligamento se estende da fáscia do músculo psoas maior à extremidade tubária do ovário; 
 Ligamento útero-ovárico (conhecido também como ligamento próprio do ovário): une a extremi-
dade proximal (uterina) do ovário ao ângulo lateral do útero, imediatamente abaixo da entrada da tuba uterina 
(junção uterotubária). Esse ligamento se enquadra como um remanescente da parte superior do gubernáculo ovariano 
do feto; 
 Ligamento mesovário: expansão do ligamento largo do útero que prende a borda medial do ovário; 
Na puberdade os ovários começam a secretar os hormônios sexuais estrógeno e progesterona. As células dos 
folículos maduros secretam estrógeno, ao passo que o corpo lúteo produz grandes quantidades de progesterona e 
pouco estrógeno. Esses hormônios se responsabilizam pelo desenvolvimento das características secundárias 
femininas. 
Como o ovário se encontra suspenso na cavidade peritoneal e sua superfície não é coberta pelo peritônio, o 
ovócito expelido na ovulação passa para a cavidade peritoneal. Todavia, sua vida intraperitoneal apresenta pouca 
duração, já que, geralmente, é aprisionado pelas fímbrias do infundíbulo da tuba uterina e conduzido para a ampola 
 Tubas uterinas 
As tubas uterinas se qualificam como ductos de musculatura lisa e comprimento variável, implantando-se em 
cada lado no respectivo ângulo laterossuperior do útero, situadas entre este e o ovário de cada lado. Esses tubos se 
mostram irregulares quando ao seu calibre, e possuem uma média de 10 cm de comprimento. Há uma prega dupla de 
peritônio que as reveste e se prolonga inferiormente, 
denominada mesossalpinge. As tubas sofrem 
dilatações sucessivas à medida que se afastam do 
útero, abrindo-se distalmente em um verdadeiro funil 
de borda franjada (as fímbrias). 
As tubas têm por função essencial conduzir o 
ovócito (óvulo) da cavidade peritoneal periovariana 
para a cavidade uterina. Nelas, além, é o local da 
fertilização com o espermatozoides, embora não seja 
o local de nidação. 
Embora em livros e ilustrações as tubas se 
mostrem simétricas, exames de ultrassonografia 
evidenciam que elas estão dispostas assimetricamen-
te, e muitas vezes uma delas está situada 
superiormente e até mesmo posteriormente ao útero. 
A tuba uterina se divide em quatro regiões, 
que, no sentido médio-lateral, são: 
 Intramural: porção queatravessa a 
parede do útero, em direção à cavidade uterina. No 
início dessa porção da tuba, encontramos um orifício 
denominado óstio uterino da tuba, que estabelece sua comunicação com a cavidade uterina. 
 Istmo: estreitamento de parede espessa que se segue à parte intramural; 
 Ampola: parte mais larga e mais longa da tuba. Na ampola que, geralmente, ocorre o encontro dos 
gametas masculino e feminino; caso haja nidação nesse local (gravidez ectópica), corre-se o risco de sérias 
complicações futuras tanto para o desenvolvimento do feto (aborto) quanto para a mãe (hemorragia grave e óbito). 
Representação anatômica das tubas, dando atenção especial ao mesossalpin-
ge e ao mesovário 
 Infundíbulo: porção distal da tuba, próxima ao ovário, em formato de funil; na porção mais dilatada 
desse funil, há estruturas digitiformes denominadas fímbrias. Uma dessas fímbrias se destacada das demais por ser 
mais longa, a chamada fímbria ovárica. O infundíbulo se abre livremente na cavidade do peritônio por intermédio de 
um forame conhecido por óstio abdominal da tuba uterina. Este propicia a captação do ovócito lançado na cavidade 
peritoneal. 
Estruturalmente, a tuba uterina é constituída por quatro camadas concêntricas de tecidos que são, da periferia 
para a profundidade, a túnica serosa, tela subserosa, túnica muscular e túnica mucosa. 
 A túnica muscular, representada por fibras musculares lisas, permite movimentos peristálticos à 
tuba, auxiliando na migração do óvulo em direção ao útero. 
 A túnica mucosa é formada por células ciliadas e apresenta numerosas pregas paralelas longitu-
dinais, denominadas pregas tubais. 
É válido lembrar que, no período fértil, há produção de muito muco nas tubas uterinas. 
 Útero 
Órgão muscular oco, piriforme e de paredes espessas. É o órgão que mais cresce no corpo; durante a gestação, 
pode crescer até nove vezes o seu tamanho, e dispõe da capacidade de produzir força para a expulsão do bebê 
durante o parto. O útero que permite a fixação, desenvolvimento e crescimento do concepto até o nascimento. Além 
disso, o útero não grávido geralmente se localiza na pelve menor. 
Partes do útero 
 Fundo: porção situada superi-
ormente, acima dos óstios das tubas uterinas; 
 Corpo: parte central, localizada 
sobre a bexiga e ocupando os 2/3 superiores do 
útero. Engloba também o fundo uterino, além de 
possuir duas faces que se elucidam melhor logo 
abaixo; 
 Istmo: estreitamento inferior ao 
corpo, com cerca de 1cm de comprimento; 
 Colo ou cérvice uterina: re-
presenta o 1/3 inferior do útero, localizada entre 
a bexiga e o reto e dividida em duas partes: 
supravaginal (entre o istmo e a vagina, dentro 
da cavidade pélvica) e vaginal (salientando-se 
para dentro da cavidade vaginal). 
A porção supravaginal separa-se da 
bexiga por tecido conjuntivo frouxo e do reto 
por meio da escavação retouterina. 
A porção vaginal arredondada circunda um orifício denominado óstio do útero e por sua vez, é circundada por 
um espaço estreito, o fórnice da vagina. 
Sendo achatado no sentido anteroposterior, o útero apresenta uma face anterior – denominada face vesical – e 
outra posterior – a face intestinal. A face vesical é mais ampla, ao passo que a face intestinal é mais convexa. As 
uniões laterais das duas faces constituem as bordas do útero. Na extremidade superior de cada borda se implanta 
uma tuba uterina correspondente. Entre uma tuba uterina e outra se situa o fundo do útero, cuja margem superior 
denomina-se borda superior. 
Vista superior do útero, sempre destacando a posição posterior dos ovários 
A cavidade uterina continua inferiormente como o fusiforme canal do colo do útero. O canal se estende de um 
estreitamento no interior do istmo do corpo do útero, o óstio anatômico interno, atráves das partes supravaginal e 
vaginal do colo, comunicando-se com a luz da vagina por meio do óstio do útero. 
Estruturas ou túnicas da parede uterina 
 Endométrio: corresponde à 
camada mucosa interna; firmemente aderida ao 
miométrio adjacente, apresenta aspecto mais 
corado e se renova – descama - a cada ciclo 
menstrual. O endométrio forra toda a cavidade 
uterina e comporta o local da nidação; 
 Miométrio: corresponde à 
túnica muscular. Formado por fibras 
musculares lisas que se distribuem, da periferia 
para a profundidade, em três planos: 
longitudinal, plexiforme e circular. Local dos 
principais ramos nervosos e sanguíneos que 
suprem o útero. Durante a gravidez, hormônios 
estimulam a contração do miométrio para 
dilatar o óstio do colo e expelir o feto; na menstruação, a contração do miométrio pode acarretar as cólicas. 
 Perimétrio: corresponde à túnica serosa externa; uma extensão do peritônio visceral sustentado por 
uma fina lâmina de tecido conjuntivo. 
Nos ângulos superiores da cavidade do útero, situam-se os óstios 
uterinos das tubas uterinas correspondentes. 
O óstio do útero situa-se na porção vaginal da cérvice, e 
estabelece a comunicação entre o interior do útero e o interior da 
vagina. 
 Angulações do útero 
 Anteflexão: flexão entre o corpo e o colo do útero; 
 Anteversão: ângulo formado entre o corpo do útero e a 
vagina; 
Normalmente, o útero da mulher adulta se encontra antefletido 
(fletido ou curvado anteriormente em relação ao colo) e antevertido 
(inclinado ântero-superiormente em relação ao eixo da vagina); portanto, em anteversoflexão. 
 Quanto maior esse ângulo, maior a dificuldade em sustentar a gestação. 
 Ligamentos do útero 
 Ligamento redondo do útero: liga-se ântero-inferiormente à junção uterotubária e deixa a pelve pelo 
canal inguinal. Seu tecido fibroso se 
dispersa no tecido dos lábios maiores da 
vulva; 
 Ligamento mesométrico: é 
parte do ligamento largo, lateral ao útero; 
 Ligamento largo do útero: 
é uma dupla lâmina de peritônio 
(mesentério) que reveste ao mesmo 
Esquematização das angulações uterinas, demonstrando a 
posição usual e a posição retrovertida 
Esquematização do útero e seus principais ligamentos 
Ilustração das três túnicas da parede uterina 
tempo o útero e as tubas uterinas e chega até a margem mesovárica dos ovários. Esse ligamento ajuda a manter o 
útero em posição. Ele é formado conjuntamente por três porções: o mesovário, a mesossalpinge e o mesométrio. 
O ligamento útero-ovário e o ligamento redondo do útero compõem vestígios do gubernáculo ovário, 
relacionado à descida da gônada de sua posição no desenvolvimento fetal. 
Quando o peritônio recobre superior e anteriormente certos órgãos pélvicos, formam-se, na mulher, duas 
escavações: 
 Escavação vesicouterina: entre o útero e a bexiga urinária; 
 Escavação retouterina: entre o útero e o reto; também chama-
da clinicamente de “fundo de saco de Douglas”. 
 Vagina 
A vagina – o órgão copulador feminino – caracteriza-se como um tubo 
músculo-membranáceo mediano, que se insere, superiormente, no contorno da 
parte média do colo uterino e, inferiormente, atravessa o diafragma urogenital 
para se abrir para o meio externo na vulva ou pudendo feminino, cujo orifício 
recebe a denominação de óstio vaginal. A vagina se estende do colo uterino até o 
vestíbulo, a fenda entre os lábios menores, e é por ela que se propulsiona o bebê 
na hora do parto. 
Estruturalmente, a vagina se constitui por uma túnica fibrosa, que envolve 
uma túnica muscular de fibras musculares lisas, e interiormente é revestida por 
uma túnica mucosa. Toda essa superfície mucosa apresenta pregas transversas, 
as quais recebem a denominação de rugas vaginais. 
No óstio vaginal podemos encontrar uma membrana mucosa, denominada hímen, que usualmente se rompe 
durante a penetração do pênis no canal vaginal. 
Quanto à forma, podemos estratificar o hímen da seguinte maneira: 
 Anular: contorna o óstio vaginal em 
formade anel; 
 Fenestrado ou cribiforme: possui 
lâmina fechada e vários orifícios; 
 Imperfurado: totalmente fechado; 
 Septado: presença de um septo medial; 
 A vagina apresenta, juntamente a isso, 
duas paredes, uma anterior e outra posterior – 
geralmente opostas entre si -, as quais permanecem 
coladas na maior parte de sua extensão, representando 
uma cavidade virtual. 
Superiormente, a vagina se comporta como um 
tubo cilíndrico para envolver a porção vaginal do colo 
uterino, e inferiormente se achata para coincidir com o 
pudendo feminino. 
A cúpula da vagina é representada por um recesso 
que circunda a parte mais alta da porção vaginal do colo, 
recebendo a denominação de fórnice da vagina. 
Ilustração dos principais tipos de hímen. O introito gestado caracteriza o 
hímen após o parto 
Estrutura anatômica da vagina, destacando as 
pregas transversais da parede, conhecidas como 
rugas vaginais 
Desenho didático enfatizando os três fórnices vaginais. Após a ejaculação 
masculina dentro da vagina, o sêmen tende a se depositar no fórnice posterior 
 Fórnices da vagina 
Qualificam-se como os espaços situados entre a parte vaginal do colo uterino e as paredes da vagina. O 
fórnice da vagina possui partes anterior, posterior e laterais. O fórnice posterior – também conhecido como lago 
seminal, já que o material ejaculado geralmente alcança esse fórnice – mostra-se a porção mais profunda, e está 
intimamente relacionado à escavação retouterina. 
 Músculos vaginais 
Quatro músculos comprimem a vagina e atuam como esfíncteres: pubovaginal, esfíncter externo da uretra, 
esfíncter uretrovaginal e bulboesponjoso. Esses músculos serão melhor abordados na porção sobre o períneo, mais 
adiante. 
 Órgãos genitais externos 
Embora os órgãos genitais externos femininos estejam inclusos no períneo feminino, por uma questão de 
didática os apresentaremos aqui. Não se preocupe, pequeno gafanhoto, falaremos melhor do períneo mais adiante. 
 Vulva ou pudendo feminino 
Sinônimo dos órgãos genitais externos femininos, a 
vulva – ou pudendo, termo bem comum à clínica – inclui o 
monte púbis ou púbico e os lábios maiores (cercando a 
rima do pudendo), os lábios menores (cercando o 
vestíbulo), o clitóris, os bulbos do vestíbulo e as 
glândulas vestibulares maiores e menores. 
A vulva apresenta como principais funções: 
 Servir como tecido sensível e erétil 
para excitação e relação sexual; 
 Orientar o fluxo de urina; 
 Evitar a entrada de material estranho 
no trato urogenital; 
 Monte púbis 
O monte púbis se caracteriza como o coxim ou eminência adiposa, arredondada e anterior à sínfise púbica, aos 
tubérculos púbicos e ao ramo superior do púbis. A quantidade de tecido adiposo sofre aumento durante a puberdade 
– bem como se inicia o crescimento dos pelos pubianos pela ação hormonal - e decai após a menopausa. Além disso, 
a superfície do monte se continua com a parede anterior do abdômen. 
 Lábios maiores 
Definem-se como pregas cutâneas proeminentes que concedem proteção indireta aos óstios da uretra e da 
vagina. Cada lábio maior é preenchido por um panículo (camada) adiposo contendo musculo liso e a extremidade 
inferior do ligamento redondo do útero. Os lábios maiores seguem ínfero-posteriormente do monte púbis em direção 
ao ânus. Eles situam-se nas laterais de uma fenda ou depressão central conhecida como rima do pudendo, no interior 
da qual encontramos os lábios menores, o vestíbulo e o clitóris. 
As faces externas dos lábios maiores em adultas se recobrem com pele pigmentada contendo incontáveis 
glândulas sebáceas e com pelos pubianos. As faces internas, por outro lado, mostram-se lisas, rosadas e ausente de 
pelos. Os lábios tornam-se mais grossos anteriormente, onde se unem para dar origem à comissura labial anterior, e, 
Ilustração dos principais componentes da vulva ou pudendo feminino 
posteriormente – em mulheres nulíparas -, fundem-se para formar uma crista, a comissura labial posterior. Esta se 
localiza sobre o corpo do períneo e define o limite posterior da vulva. 
 Lábios menores 
Constituem pregas arredondadas de pele com ausência de pelos e gordura. São circundados na rima do 
pudendo e circundam o vestíbulo da vagina, para o qual se abrem o óstio externo da uretra, o óstio da vagina e os 
óstios das glândulas vestibulares maiores. Possuem um núcleo de tecido conjuntivo esponjoso contendo tecido erétil 
em sua base e inúmeros vasos sanguíneos diminutos, sendo, logo, ricamente vascularizados. 
Anteriormente, os lábios menores formam duas lâminas. As lâminas mediais de cada lado se unem como o 
frênulo do clitóris, ao passo que as lâminas laterais se encontram anteriormente à glande do clitóris, dando origem 
ao prepúcio do clitóris. Em mulheres jovens – especialmente virgens – os lábios menores conectam-se 
posteriormente por uma pequena prega transversal, o frênulo dos lábios menores ou do pudendo. 
Não obstante a superfície interna de cada lábio menor seja formada por pele fina e úmida, apresenta a cor rosa 
típica de mucosa e contém diversas glândulas 
sebáceas e terminações nervosas sensitivas. 
 Clitóris 
Estrutura feminina homóloga ao pênis, 
o clitóris compõe um órgão erétil – com dois 
corpos cavernosos e um corpo esponjoso - 
localizado no ponto de encontro dos lábios 
menores anteriormente. Ele se divide em 
uma raiz e um corpo, formados por dois 
ramos, pelos dois corpos cavernosos e pela 
glande do clitóris – proeminente e que se 
enrijece de sangue durante a excitação sexual 
-, a qual se recobre por um prepúcio. 
A glande do clitóris dispõe de uma 
rica rede nervosa - compondo a porção mais 
inervada do clitóris -, além de uma alta 
densidade de terminações sensitivas, o que 
lhe concede papel chave na excitação sexual. 
 Vestíbulo 
O vestíbulo se enquadra como um espaço circundado pelos lábios menores no qual se abrem os óstios da 
uretra e da vagina e os ductos das glândulas vestibulares maiores e menores. De cada lado do óstio externo da 
uretra – que se localiza póstero-inferiormente à glande do clitóris e anteriormente ao óstio da vagina – há aberturas 
dos ductos das glândulas vestibulares menores (ou de Skene). O tamanho e a aparência do óstio da vagina variam 
de acordo com a condição do hímen, uma prega anular de fina mucosa, que circunda a luz, imediatamente dentro do 
óstio da vagina. Após sua ruptura, apenas remanescentes do hímen – as carúnculas himenais – permanecem 
visíveis. Esses remanescentes demarcam a vagina do vestíbulo. 
 Bulbos do vestíbulo 
Os bulbos do vestíbulo caracterizam-se como massas de tecido 
erétil alongado, com por volta de 3cm de comprimento. Os bulbos 
localizam-se ao longo das laterais do óstio da vagina, superior ou 
profundamente aos lábios menores, imediatamente abaixo da 
membrana do períneo (a qual pode ser vista nas imagens de seção 
“períneo” mais abaixo). Recobrem-se inferior e lateralmente pelos 
músculos bulboesponjosos que se estendem ao longo de seu 
comprimento. Os bulbos apresentam homologia ao bulbo do corpo 
esponjoso do pênis. 
Esquematização da anatomia externa e interna da vulva. Atente à anatomia mais 
detalhada do clitóris, evidenciando os corpos cavernosos do clitóris (corpus caverno-
sum) e a glândula do clitóris 
Fotografia da vulva, destacando os óstios vaginal, uretral externo e das 
glândulas vestibulares maior (Bartholin) e menor (Skene) 
 Glândulas vestibulares 
As glândulas vestibulares maiores – também conhecidas como glândulas de Bartholin -, com cerca de 0,5cm 
de diâmetro, localizam-se de ambos os lados do vestíbulo, póstero-lateralmente ao óstio da vagina e inferiormente à 
membrana do períneo; dessa maneira, situam-se no espaço superficial do períneo. As glândulas vestibulares maiores 
possuem aspecto redondo ou oval e se mostram parcialmentesuperpostas posteriormente pelos bulbos do vestíbulo 
sendo, assim como estes, parcialmente circundadas pelos músculos bulboesponjosos. Os ductos delgados dessas 
glândulas seguem profundamente aos bulbos do vestíbulo e desembocam no vestíbulo dos dois lados do óstio 
vaginal. Essas glândulas têm por função secreção muco para o vestíbulo durante a excitação sexual. 
As glândulas vestibulares menores – denominadas glândulas de Skene – qualificam-se como pequenas 
glândulas localizadas dos dois lados do vestíbulo, as quais se abrem neste entre os óstios da uretra e da vagina. Essas 
glândulas – que possuem homologia com a próstata masculina - secretam muco para o vestíbulo, o que umedece os 
lábios e o vestíbulo. Estudos das últimas décadas apontam para essa glândula como a responsável pela controversa 
“ejaculação feminina”. 
 Pelve óssea 
A pelve, na anatomia, compreende o espaço ou 
compartimento circundado pelo cíngulo do membro 
inferior (pelve óssea ou quadril), parte do esqueleto 
apendicular do membro inferior. 
Externamente, a pelve se recobre pela parede 
anterolateral do abdômen anteriormente, a região 
glútea do membro inferior posterolateralmente e o 
peritônio inferiormente. 
 Cíngulo do membro inferior 
Qualifica-se como um anel de ossos, em forma de 
bacia – daqui provém seu nome popular de “bacia” -, 
que une a coluna vertebral aos dois fêmures. As 
funções primárias do cíngulo do membro inferior listam-
se abaixo. 
 Sustentar o peso da parte superior do 
corpo nas posições sentada e de pé; 
 Transferir o peso do esqueleto axial 
para o esqueleto apendicular inferior para ficar de pé e 
caminhar; 
 Oferecer fixação para os fortes músculos 
da locomoção e postura, bem como aqueles da parede do 
abdômen, resistindo às forças geradas por suas ações. 
As funções secundárias do cíngulo do membro inferior, discutidas nas próximas páginas, são: 
 Conter e proteger as vísceras pélvicas, principalmente, mas também as vísceras abdominais infer i-
ores (intestino), permitindo a passagem de suas partes terminais através do períneo; 
 Proporcionar sustentação às vísceras abdominopélvica e para o útero grávido; 
 Proporcionar fixação aos corpos eréteis dos órgãos genitais externos; 
Estruturas ósseas e ligamentos da pelve masculina e feminina 
 Permitir a fixação de músculos e membranas que auxiliam nessas funções, formando o assoalho 
pélvico e preenchendo espaços existentes nele ou ao seu redor. 
Ossos e características do cíngulo do membro inferior 
No indivíduo adulto, o cíngulo do membro inferior compõe-se por três ossos: 
 Ossos do quadril direito e esquerdo (ossos ilíacos): ossos grandes, de formato irregular, cada um se 
desenvolvendo a partir da fusão de três ossos, o ílio, o ísquio e o púbis; 
 Sacro: formado pela fusão de cinco vértebras sacrais, originalmente separadas. 
 As faces internas (mediais ou pélvicas) dos ossos do quadril limitam a pelve, formando as suas 
paredes laterais. 
O ílio salienta-se como a parte superior, 
em forma de leque, do osso do quadril. A asa do 
ílio representa a abertura do leque; ao passo que o 
corpo do íleo, o cabo do leque. Em sua face 
externa, o corpo participa na formação do 
acetábulo. A crista ilíaca, a borda do leque, 
possui uma curva que segue o contorno da asa 
entre as espinhas ilíacas anterossuperior e 
posterossuperior. A face côncava anteromedial 
da asa forma a fossa ilíaca. Posteriormente, a 
face sacropélvica do ílio possui uma face 
auricular e uma tuberosidade ilíaca, para 
articulação sinovial e sidesmótica com o sacro, 
respectivamente. 
O ísquio dispõe de um corpo e um ramo. 
O corpo do ísquio auxilia na formação do 
acetábulo, enquanto que o ramo do ísquio 
origina parte do forame obturado. A grande 
protuberância posteroinferior do ísquio recebe a 
denominação de tuberosidade isquiática ou 
túber isquiático – esse nome ajudará a lembrar 
do ligamento que se fixa a ela, que será visto mais 
adiante. A pequena projeção posteromedial 
pontiaguda perto da junção do ramo e do corpo, 
por sua vez, chama-se espinha isquiática – outra 
peça que nos ajudará a lembrar do nome do 
ligamento que se fixa a ela. A concavidade entre a 
espinha isquiática e a tuberosidade isquiática fica 
conhecida como incisura isquiática menor, ao 
passo que a concavidade maior - superior à 
espinha isquiática e parcialmente formada pelo 
ílio – recebe a nomenclatura de incisura 
isquiática maior. 
O púbis se qualifica como um osso 
alongado com um ramo superior - o qual ajuda 
na formação do acetábulo - e um ramo inferior - 
que ajuda a originar o forame obturado. Um 
espessamento na parte anterior do corpo do púbis 
ganha o nome de crista púbica, esta que termia 
lateralmente como um botão proeminente, o 
Ilustração anatômica do osso do quadril (coxal) em vista lateral 
Vista anterior de esquematização do osso sacro e do cóccix 
tubérculo púbico. A parte lateral do ramo superior do púbis dispõe de uma estria oblíqua, a linha pectínea do púbis. 
Anatomicamente, pode-se dividir a pelve em duas porções pelo plano oblíquo da abertura superior da pelve: 
 Pelve maior (falsa): situada na região superior da pelve. Seu limite anterior é a sínfise púbica e 
a parede abdominal; o limite posterolateral, as fossas ilíacas; e o limite posterior, as vértebra L5-S1. A pelve maior 
concede proteção às vísceras abdominais inferiores (íleo e colo sigmoide, p.ex.), principalmente por meio das asas 
dos ílios; 
 Pelve menor (verda-
deira): situada mais abaixo na região 
pélvica, entre as aberturas superior e 
inferior da pelve, próxima aos órgãos 
urogenitais. Seu limite anterior é a sínfise 
púbica; o inferior, os mm. do diafragma 
pélvico; o lateral, o ílio e o ísquio; e o 
posterior, o sacro e o cóccix. Ela inclui a 
cavidade pélvica verdadeira e as partes 
profundas do períneo (compartimento 
perineal), especificamente as fossas 
isquioanais. A pelve menor oferece a 
estrutura óssea para os compartimentos da 
cavidade pélvica e do períneo no tronco, 
separados pelo diafragma da pelve 
musculofascial. Juntamente a isso, a pelve 
menor apresenta importante significado 
obstétrico e ginecológico. 
A margem óssea que circunda e 
define a abertura superior da pelve é 
também denominada margem da pelve, sendo composta por: 
 Promontório e asa do sacro (face superior de sua parte lateral, adjacente ao corpo); 
 As linhas terminais direita e esquerda juntas formam a estria oblíqua contínua, que consiste em: 
linha arqueada na face interna do íleo, e linha pectínea do púbis e crista púbica, formando a margem 
superior do ramo superior e corpo do púbis. 
O arco púbico se constitui pelos ramos isquiopúbicos dos dois lados. Tais ramos se encontram na sínfise 
púbica, suas margens inferiores definindo o ângulo subpúbico – determinado pelo ângulo entre os dedos indicador e 
médio nos homens, e pelo ângulo entre os dedos indicador e polegar nas mulheres. A largura do ângulo subpúbico se 
determina pela distância entre os túberes isquiáticos direito e esquerdo, que pode ser medida pelo toque vaginal 
durante o exame pélvico. 
A abertura inferior da pelve (saída pélvica) limita-se por: 
 Arco púbico anteriormente; 
 Túberes isquiáticos lateralmente; 
 Margem inferior do ligamento sacrotuberal posterolateralmente; 
 Extremidade do cóccix posteriormente. 
 Os limites da abertura inferior da pelve também são os limites profundos do períneo. 
A face superior côncava do diafragma pélvico musculofascial forma o assoalho da cavidade pélvica 
verdadeira, que assim é mais profunda centralmente. A face inferior convexa do diafragma pélvico origina o teto do 
períneo, que é, portanto, mais superficial no centro e profunda na periferia. Suas partes laterais (fossas isquioanais) 
estendem-se bem para cima até a pelve menor. 
Ossos e ligamentosda pelve em vista posterior 
 Articulações e ligamentos importantes da pelve 
Articulações primárias: são as articulações sacroilíacas e a sínfise púbica. 
 Articulações sacroilíacas 
Caracterizam-se aqui uma articulação 
sinovial anterior (entre as faces auriculares do 
sacro e do ílio) e uma sindesmose posterior (entre 
as tuberosidades dos mesmos ossos). 
Ligamentos 
 Ligamentos sacroilíacos anterio-
res: parte da cápsula fibrosa da parte sinovial da 
articulação; 
 Ligamentos sacroilíacos interós-
seos; 
 Ligamentos sacroilíacos posterio-
res; 
 Ligamentos sacrotuberais: formam 
o forame isquiático; 
 Ligamentos sacroespinais: dividem 
o forame isquiático em forames isquiáticos maior 
e menor. 
 Sínfise púbica 
Essa articulação consiste em um disco 
interpúbico fibrocartilaginoso e ligamentos 
adjacentes unindo os corpos dos ossos púbis no 
plano mediano. 
Ligamentos: 
 Ligamento púbico superior; 
 Ligamento púbico inferior (arqueado). 
 Articulações lombossacrais 
Compõem as articulações entre a vértebra L5 e 
o osso sacro. Seus corpos são unidos por um sínfise, 
incluindo um disco intervertebral. 
Ligamentos: 
 Ligamentos iliolombares. 
 Articulações sacrococcígeas 
Classificam-se como articulação cartilaginosa 
secundária com um disco intervertebral; une o ápice 
do sacro à base do cóccix. 
Ligamentos: 
 Ligamento sacrococcígeo anterior; 
 Ligamento sacrococcígeo posterior; 
 Ligamentos sacrococcígeos laterais. 
Ossos e ligamentos da pelve em vista anterior 
Principais ligamentos sacrais e púbicos em vista posterior 
 
 
 
 Paredes e assoalhos da cavidade pélvica 
 Parede anteroinferior da pelve 
Formada principalmente pelo corpo e pelos ramos 
do púbis e pela sínfise púbica. 
 Paredes laterais da pelve 
Formadas pelos ossos do quadril esquerdo e direito, 
cada qual incluindo um forame obturado fechado por uma 
membrana obturatória, e pelos músculos obturadores 
internos e pelas fáscias obturatória que revestem as faces 
mediais desses músculos. 
 Parede posterior (parede posterola-
teral e teto) 
Formada pela parede e pelo teto ósseos na linha 
mediana (sacro + cóccix) e pelas paredes posterolaterais 
músculo-ligamentares (ligamentos das articulações 
sacroilíacas e mm. piriformes); nervos do plexo sacral. 
 Assoalho pélvico 
Formado pelo diafragma pélvico, o qual é composto 
pelos seguintes músculos: 
 Mm. coccígeos; 
 M. levantador do ânus (mm. puborretal, 
pubococcígeo e íliococcígeo); 
Funções do m. levantador do ânus: 
 Formam uma alça muscular para sustentar 
as vísceras abdominais; 
 Resiste ao aumento da pressão interna; 
 Ajuda a manter as vísceras pélvicas em 
posição. 
 A lesão do m. levantador do ânus, princi-
palmente no m. pubococcígeo, pode causar incontinências 
urinárias por esforço. 
 Principais estruturas neurovasculares 
Nervos pélvicos 
 Tronco lombossacral: parte descendente 
do nervo L4 juntamente ao ramo anterior do nervo L5. 
 Plexo sacral: a maioria dos ramos do 
plexo sacral sai da pelve por meio do forame isquiático maior: 
Vista inferior da camada profunda do assoalho pélvico 
Vista laterossuperior dos músculos do assoalho pélvico 
Nervo isquiático: maior nervo do corpo, formado pelos ramos anteriores dos nervos espinais L4 à S3; 
Nervo pudendo: principal nervo do períneo e o principal nervo sensorial dos órgãos genitais externos; 
derivado dos amos anteriores dos nervos espinais S2 à S$; 
Nervo glúteo superior: origina-se nos ramos anteriores dos nervos espinais L5 à S2; inerva o m. glúteo 
máximo. 
 Artérias pélvicas 
Principal delas: artéria ilíaca interna. 
Ramos da artéria ilíaca interna: 
Divisão anterior: 
 A. umbilical, que se transforma na a. vesical superior; 
 A. obturatória; 
 A. vesical inferior (em homens)/ a. vaginal (em mulheres); 
 A. retal média; 
 A. uterina; 
 A. pudendo interna; 
 A. glútea inferior; 
Divisão posterior: 
 A. glútea superior; 
 A. iliolombar; 
 Aa. sacrais laterais; 
 A. ovárica; 
 A. sacral mediana; 
 A. retal superior. 
 Estreitos e diâmetros da pelve 
 Pelve maior 
No estudo da pelve maior, condisseram-se os diâmetros transverso e anteroposterior. 
 Diâmetro transverso: o diâmetro biespinha (entre as espinhas ilíacas) estende-se da espinha ilía-
ca anterossuperior ao lado oposto e mede cerca de 24cm; o diâmetro bicrista (entre as cristas ilíacas) vai do ponto 
mais alto da crista ilíaca até o lado oposto, medindo por volta de 28cm. 
 Diâmetro anteroposterior: o diâmetro sacropúbico externo – ou conjugata externa – estende-se 
da fosseta situada abaixo do processo espinhoso da última vértebra lombar até a borda superior da sínfise púbica, 
medindo 20cm. 
 Pelve menor 
Na pelve menor, podemos descrever ao menos três estreitos. O estudo dessas regiões se faz importante visto 
que nelas podem acontecer algumas intercorrências durante o parto, uma vez que o canal de parto é, de fato, mais 
estreito nessas regiões. São eles: 
 Estreito superior: ao nível superior da pelve, 
isto é, limite entre as pelves maior e menor; 
 Estreito médio: ao nível das espinhas isquiáti-
cas; 
 Estreito inferior: ao nível da abertura inferior 
da pelve, ou seja, limite inferior da bacia obstétrica. 
Passaremos a estudar de forma mais detalhada, agora, 
cada estreito. 
 Estreito superior 
O estreito superior corresponde à abertura superior da 
pelve, justamente onde dividimos a pelve maior da pelve 
menor. Trata-se, portanto, do limite superior da bacia menor. 
É devido ao estreito superior que se pode classificar o osso do quadril dependendo do grau de sua abertura (ou 
diâmetros). Dessa maneira, podemos classificar as pelves da seguinte maneira: pelve ginecoide (feminina, com 
estreito superior de formato oval arredondado e diâmetro transversal largo) e pelve androide (masculina, com estreito 
superior mais triangular e diâmetro anteroposterior relativamente pequeno). 
O estreito superior apresente, pelo menos, três diâmetros principais. Tais diâmetros se responsabilizam pela 
classificação morfológica da pelve. 
 Diâmetro conjugado anatômico: anteroposteriormente, entre o promontório e a borda superior da 
sínfise púbica, medindo cerca de 12cm de comprimento. 
Recebe a denominação também de conjugata vera anatômica. 
 Diâmetro anteroposterior ou conjugado 
obstétrico: traçado desde o promontório até a borda 
posterossuperior da sínfise púbica (ponto de Crouzart). Mede 
cerca de 11cm. 
 Diâmetro conjugado diagonal: vai da 
borda inferior da sínfise púbica até o promontório sacral, 
podendo ser medido manualmente por meio da vagina. Esse 
diâmetro mede cerca de 12,5cm. 
O conjugado obstétrico é calculado indiretamente pela 
medida do conjugado diagonal. O conjugado obstétrico é 
cerca de 1,5 a 2cm mais curto que o diagonal. Geralmente, é 
necessário que o conjugado obstétrico apresente um 
diâmetro de 11cm ou mais para que a cabeça do feto seja 
acomodada corretamente e possa atravessar a pelve. 
Para medir o conjugado diagonal, palpa-se o promontório sacral com a extremidade do dedo médio, utilizan-
do a outra mão para marcar o nível da margem inferior da sínfise púbica na mão do examinador. Após a retirada da 
mão, é medida a distância entre a extremidade do dedo indicador (1,5cm mais curto que o dedo médio) e o nível 
marcado da sínfise púbica para avaliar o conjugado obstétrico. 
 Diâmetro transverso médio: traçado entre os extremos das linhas arqueadas dos dois lados. Mede, 
aproximadamente, 13cm. 
 Diâmetros oblíquos: traçados desde a articulação sacroilíaca de um lado até a eminência iliopectínea do 
outro. Medem cerca de 12cm. 
Diâmetros do e streito superior. 
1 - Conjugado obstétrico; 
2 - Transverso médio; 
3 - Primeiro oblíquo. 
Conjugadoobstétrico e conjugado diagonal 
 Estreito médio 
Localiza-se ao nível das espinhas isquiáticas. Consiste na zona de 
maior estreitamento da pelve. 
Os diâmetros que constituem o estreito médio da pelve são: 
 Diâmetro sacro-médio púbico (SMP): traçado 
desde o terço inferior do sacro até o ponto mediado da sínfise púbica. 
Mede cerca de 12cm. 
 Diâmetro transverso ou biisquiático: traçado 
entre as duas espinhas isquiáticas. Consiste no menor diâmetro da 
pelve, medindo cerca de 10,5cm. 
 Estreito inferior 
O estreito inferior é o mais complexo e diferente dos demais. 
Isso se dá por duas diferenças básicas: não apresenta um formato 
circular característico, mas sim em losango; os dois triângulos que 
compõem o losango estão dispostos em dois planos diferentes, estando 
as suas bases unidas em uma linha comum. Seus limites anatômicos 
são, portanto, representados por dois triângulos de base comum. 
Os diâmetros do estreito inferior são: 
 Diâmetro cóccix-subpúbico (CSP): com disposição 
anteroposterior, é traçado desde o cóccix até o ponto mediado abaixado 
da sínfise púbica. Mede cerca de 9,5cm, e chega a aproximadamente 
11cm graças ao fenômeno de retropulsão do cóccix durante o parto. 
Recebe também a denominação de conjugata exitus. 
 Diâmetro bituberoso: traçado entre as duas tuberosidades 
isquiáticas. Mede cerca de 11cm. 
 Períneo 
O períneo refere-se tanto a uma área superficial externa quanto a um “compartimento” superficial do corpo. O 
períneo se limita pela abertura inferior da pelve e é separado da cavidade da pelve pelo diafragma da pelve, o qual 
se compõe com o músculo levantador do ânus e o músculo isquicoccígeo. 
O músculo levantador do ânus – que apresenta como principal função suportar e elevar ligeiramente o 
assoalho pélvico - é formado por um grupo de três músculos: 
 Músculo puborretal: alça muscular que deixa o púbis, contorna o reto e retorna ao púbis do lado 
oposto; Esse músculo é o responsável pela formação de flexura anorretal; 
 Músculo pubococcígeo: sai do púbis e direciona-se ao cóccix; 
 Músculo isquiococcígeo: deixa o terço médio do íleo – espessamento da fáscia – e vai em direção 
ao cóccix. 
Diâmetros do estreito médio. 
1 - SMP; 
2 - Biisquiático. 
Diâmetros do estreito inferior; 
Na posição anatômica, a superfície do períneo – área perineal – refere-se à região estreita entre as partes 
proximais das coxas; todavia, quando os membros inferiores se encontram abduzidos, é uma área em forma de 
losango que se estende do monte do púbis anteriormente, das faces mediais das coxas lateralmente, e das pregas 
glúteas e da extremidade superior da fenda interglútea posteriormente. 
As estruturas osteofibrosas que marcam os limites do períneo listam-se abaixo: 
 Sínfise púbica, anteriormente; 
 Ramos inferiores do púbis e ramos isquiáticos, ântero-lateralmente; 
 Túberes isquiáticos, lateralmente; 
 Ligamentos sacrotuberais, póstero-lateralmente; 
 Parte inferior do sacro e cóccix, posteriormente. 
Uma linha transversa que une as extremidades anteriores dos túberes isquiáticos divide o períneo, em forma 
de losango, em dois triângulos – o trígono anal e o trígono urogenital -, cujos planos oblíquos se cruzam na linha 
transversa. 
O trígono anal situa-se posterior a 
essa linha. O canal anal e seu orifício, o 
ânus, constituem as principais características 
profundas e superficiais do triângulo, 
situados no centro e circundados pelo corpo 
adiposo isquioanal. 
O trígono urogenital (UG) situa-se 
anterior a essa linha e, ao contrário do 
trígono anal aberto, o trígono urogenital é 
“fechado” por uma fina lâmina de fáscia 
profunda e resistente, a membrana do 
períneo, que se estende entre os dois lados 
do arco púbico, cobrindo a parte anterior 
da abertura inferior da pelve. A membrana 
do períneo ocupa, assim, a abertura anterior 
no diafragma da pelve (o hiato urogenital), 
mas é perfurada pela uretra em ambos os 
sexos e pela vagina na mulher. A membrana 
Ilustração esquemática do períneo feminino em corte frontal 
Ilustração básica do períneo masculino e do feminino 
e os ramos isquiopúbicos aos quais se fixa fornecem uma base para os corpos eréteis dos órgãos genitais externos – 
pênis e escroto dos homens e vulva das mulheres – que são características superficiais do triângulo. 
O ponto médio da linha que une os túberes isquiáticos recebe a denominação de ponto central do períneo. 
Essa se mostra a localização do corpo do períneo, uma massa irregular, de tamanho e consistência variáveis, e que 
contém fibras colágenas e elásticas e músculo esquelético e liso. O corpo do períneo localiza-se profundamente à 
pele, com pouco tecido subcutâneo sobrejacente, posteriormente ao vestíbulo ou bulbo do pênis e anteriormente 
ao ânus e canal anal. 
Fibras de vários músculos convergem e se entrelaçam na região do corpo do períneo, incluindo os listados 
abaixo: 
 Músculo bulboesponjoso; 
 Músculo esfíncter externo do ânus; 
 Músculos transversos superficial e profundo do períneo; 
 Alças lisas e voluntárias de músculo do esfíncter externo da uretra, levantador do ânus e 
túnicas musculares do reto. 
Anteriormente, o corpo do períneo funde-se à margem posterior da membrana do períneo e, superiormente, 
ao septo retovesical ou retovaginal. 
 Fáscias e espaços do trígono urogenital 
A fáscia do períneo apresenta 
camadas superficial e profunda. O 
tecido subcutâneo do períneo – 
também denominado tela subcutânea 
do períneo – constitui-se por um 
panículo (camada) adiposo superficial 
e um estrato membranáceo – conhecido 
como fáscia de Colles. 
Nas mulheres, o panículo adiposo 
forma a substância dos lábios maiores e 
do monte púbis, além de ser contínuo 
anterior e superiormente ao panículo 
adiposo do abdômen – chamado de 
fáscia de Camper. Nos homens, o 
panículo adiposo mostra-se bastante 
reduzido no trígono urogenital, 
substituindo-se completamente no pênis 
e escroto pelo músculo dartos 
(musculatura lisa). Em ambos os sexos, 
o panículo adiposo do tecido 
subcutâneo do períneo se continua 
posteriormente com o corpo adiposo da 
fossa isquioanal na região anal. 
O estrato membranáceo da tela subcutânea do períneo não se estende até o trígono anal, estando fixado 
posteriormente à margem posterior da membrana do períneo e ao corpo do períneo. Lateralmente, demonstra-se 
fixado à fáscia lata da face medial superior da coxa. Anteriormente no homem, o estrato mostra-se contínuo com a 
túnica dartos do pênis e escroto. Todavia, lateral e anteriormente ao escroto de ambos os lados, o estrato 
membranáceo se torna contínuo com o estrato membranáceo da tela subcutânea do abdômen – a chamada fáscia 
de Scarpa. Nas mulheres, o estrato passa superiormente ao panículo adiposo – originando os lábios maiores – e se 
torna contínuo com o estrato membranáceo da tela subcutânea do abdômen. 
Ilustração esquemática do períneo masculino em corte frontal 
A fáscia de revestimento do 
períneo – a fáscia de Gallaudet - cobre 
intimamente os músculos 
isquiocavernoso, bulboesponjoso e 
transverso superficial do períneo. 
Também está fixada lateralmente aos 
ramos isquiopúbicos. Anteriormente, 
evidencia-se fundida ao ligamento 
suspensor do pênis, e é contínua com a 
fáscia muscular que recobre o músculo 
oblíquo externo do abdômen e a bainha 
do reto. Nas mulheres, a fáscia de 
revestimento do períneo está fundida ao 
ligamento suspensor do clitóris e, como 
em homens, com a fáscia profunda de 
revestimento do abdômen. 
 Espaço superficial do 
períneo 
O compartimento superficial do 
períneo qualifica-se como um espaço 
virtual entre o estrato membranáceo da 
tela subcutânea e a membrana do 
períneo, limitado lateralmente pelos 
ramos isquiopúbicos. 
Nos homens, o espaço superficial contém:Raiz (bulbo e ramos) do pênis e os músculos isquiocavernoso e bulboesponjoso; 
 Porção proximal (bulbar) da parte esponjosa da uretra; 
 Músculos transversos superficiais do períneo; 
 Ramos perineais profundos dos vasos pudendos internos e nervos pudendos. 
Em mulheres, o espaço possui: 
 Clitóris e músculo isquiocavernoso; 
 Bulbos do vestíbulo e músculo bulboesponjoso; 
 Glândulas vestibulares maiores; 
 Músculos transversos superficiais do períneo; 
 Vasos e nervos relacionados (ramos perineais profundos dos vasos pudendos internos e nervos 
pudendos). 
 Espaço profundo do períneo 
O espaço profundo do períneo limita-se inferiormente pela membrana do períneo, superiormente pela 
fáscia inferior do diafragma da pelve e lateralmente pela porção inferior da fáscia obturatória (cobrindo o 
músculo obturador interno). Inclui os recessos anteriores cheios de gordura da fossa isquioanal. 
Em ambos os sexos, o espaço profundo do períneo contém: 
 Parte da uretra, centralmente; 
Períneo masculino em vista anterior, demonstrando as fáscias de Colles e de Scarpa 
 A parte inferior do músculo 
esfíncter externo da uretra, acima do 
centro da membrana do períneo, 
circundando a uretra; 
 Extensões anteriores dos 
corpos adiposos isquioanais; 
Em homens, o espaço profundo do 
períneo apresenta: 
 Parte membranácea da 
uretra, a parte mais estreita da uretra 
masculina; 
 Músculos transversos 
profundo do períneo, imediatamente 
superiores à membrana do períneo (em sua 
face superior), seguindo transversalmente ao 
longo da sua face posterior; 
 Glândulas bulbouretrais, 
incrustadas na musculatura profunda do 
períneo; 
 Estruturas neurovasculares dorsais do pênis. 
Nas mulheres, o espaço profundo do períneo possui: 
 Parte proximal da uretra; 
 Uma massa de músculo liso no lugar dos músculos transversos profundo do períneo na mar-
gem posterior da membrana do períneo, associada ao corpo do períneo; 
 Neurovascularização dorsal do clitóris. 
 Características do trígono anal 
 Fossas isquioanais 
As fossas isquioanais de cada lado do canal anal mostram-se grandes espaços cuneiformes, revestidos por 
fáscia, situados entre a pele da região anal e o diafragma pélvico. O ápice de cada fossa localiza-se superiormente 
onde o músculo levantador do ânus origina-se da fáscia obturatória. As fossas isquioanais, largas inferiormente e 
estreitas superiormente, são preenchidas por gordura e tecido conjuntivo frouxo. As duas fossas isquioanais 
comunicam-se por meio do espaço pós-anal profundo sobe o corpo anococcígeo, uma massa fibrosa localizada 
entre o canal anal e a extremidade do cóccix. 
Cada fossa isquioanal limita-se: 
 Lateralmente pelo ísquio e parte inferior sobrejacente do músculo obturador interno, coberto pela 
fáscia obturatória; 
 Medialmente pelo músculo esfíncter externo do ânus, com uma parede medial superior inclinada 
ou teto formado pelo músculo levantador do ânus em sua descida para se fundir ao esfíncter; as duas estruturas 
circundam o canal anal; 
 Posteriormente pelo ligamento sacrotuberal e músculo glúteo máximo; 
Dissecação profunda do períneo feminino. Notar o m. transverso profundo do períneo, bem como a 
fáscia inferior do diafragma urogenital 
 Anteriormente pelos corpos do púbis, abaixo da origem do músculo puborretal. Essas partes das 
fossas, que se estendem até o trígono urogenital superior à membrana do períneo, são conhecidas como recessos 
anteriores das fossas isquioanais. 
Cada fossa isquioanal é ocupada por um corpo adiposo da 
fossa isquioanal. Esses corpos adiposos sustentam o canal anal, 
entretanto são facilmente deslocados para permitir a descida e a 
expansão do canal anal durante a passagem das fezes. Os corpos 
adiposos são atravessados por faixas fibrosas e resistentes, e 
também por várias estruturas neurovasculares, influindo os vasos e 
nervos anais inferiores/retais e dois outros nervos cutâneos, o ramo 
perfurante de S2 e S3 e o ramo perineal do nervo S4. 
 Canal do pudendo 
O canal do pudendo – também conhecido como canal de 
Alcock – caracteriza-se como uma passagem praticamente 
horizontal na fáscia obturatória que recobre a face medial do 
músculo obturador interno e reveste a parede lateral da fossa 
isquioanal. A artéria e veia pudendas internas, o nervo pudendo 
e o nervo para o músculo obturador interno entram nesse canal na 
incisura isquiática menor, inferiormente à espinha isquiática. Os 
vasos pudendos internos suprem e drenam a maior parte do 
períneo, ao passo que o nervo pudendo se responsabiliza pela 
inervação de maior parte dessa região. 
Quando a artéria e o nervo entram no canal, originam a 
artéria retal inferior e os nervos anais (retais) inferiores, que 
seguem medialmente para suprir o músculo esfíncter externo do 
ânus e a pele perianal. Próximo à extremidade distal do canal pudendo, a artéria e o nervo bifurcam-se, dando origem 
ao nervo e à artéria perineais - que são distribuídos principalmente para o espaço superficial -, e à artéria e ao nervo 
dorsais do pênis ou clitóris – que seguem no espaço profundo. Assim que as últimas estruturas chegam ao dorso do 
pênis ou clitóris, os nervos seguem 
distalmente na face lateral da 
continuação das artérias pudenda interna, 
enquanto ambos prosseguem para a 
glande. 
O nervo perineal possui dois 
ramos: os ramos perineais superficiais 
dão origem aos nervos escrotais ou 
labiais posteriores (cutâneos), e os ramos 
perineais profundos (musculares) 
suprem os músculos dos espaços 
profundo e superficial do períneo, a pele 
do vestíbulo e a mucosa da parte inferior 
da vagina. Os nervos anais inferiores se 
comunicam com os nervos escrotal ou 
labial posterior e perineal. O nervo 
dorsal do pênis ou clitóris é o nervo 
sensitivo primário que serve ao órgão 
masculino ou feminino, principalmente a 
sensível glande na extremidade distal. 
 
Vista medial do canal do pudendo 
Vista superior do canal do pudendo 
 Oração ao cadáver desconhecido 
“Ao curvar-te com a lâmina rija de teu bisturi sobre o cadáver desconhecido, lembra-te que este corpo nasceu 
do amor de duas almas; cresceu embalado pela fé e esperança daquela que em seu seio o agasalhou, sorriu e sonhou 
os mesmos sonhos das crianças e dos jovens; por certo amou e foi amado e sentiu saudades dos outros que partiram, 
acalentou um amanhã feliz e agora jaz na fria lousa, sem que por ele tivesse derramado uma lágrima sequer, sem que 
tivesse uma só prece. Seu nome só Deus o sabe; mas o destino inexorável deu-lhe o poder e a grandeza de servir a 
humanidade que por ele passou indiferente.” 
Karl Rokitansky (1986). 
 
Ao cadáver, respeito e agradecimento por ser, em vida, criatura provocante e indecifrável como todo ser 
humano, e, em morte, tornar-se instrumento de aprendizado e amadurecimento a todos os bons estudantes do mundo. 
 
Referências bibliográficas utilizadas 
- SOBOTTA, Johannes. Atlas de Anatomia Humana. 23ª Ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2013. 
- NETTER, Frank H.. Atlas de Anatomia Humana. 5ª Ed. Rio de Janeiro: Elsevier, 2011. 
- MOORE, Keith L.. Anatomia Orientada para a Prática Clínica. 6ª Ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 
2011. 
- GRAY, Henry. Anatomia – A Base Anatômica da Prática Clínica. 40ª Ed. Rio de Janeiro: Elsevier, 2010. 
- LEIBLUM, Sandra R., PhD, and Rachel Needle, MS; Female ejaculation: Fact or Fiction; Current Sexual 
Health Reportes 2006;

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