Buscar

Curso de Conhecimentos Bancários - Vestcon

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você viu 3, do total de 121 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você viu 6, do total de 121 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você viu 9, do total de 121 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Prévia do material em texto

CURSO DE CONHECIMENTOS BANCÁRIOS
AULA 01
CONCEITO E ESTRUTURA DO SISTEMA FINANCEIRO NACIONAL (SFN) 
Conceito de SFN
Conjunto de agentes que se dedicam ao trabalho de propiciar condições para a 
manutenção de um fluxo de recursos entre poupadores e investidores (Assaf 
Neto, 2001, in Mercado Financeiro). 
No SFN, estão reunidos os poupadores, os tomadores e os intermediadores de 
recursos. Quando uma instituição financeira (IF) capta recursos de 
poupadores, ela está fazendo uma operação passiva. 
Por sua vez, quando uma IF aplica os recursos captados, repassando-os aos 
tomadores, ela está fazendo uma operação passiva.
Captando ou aplicando recursos, uma IF está desempenhando uma atividade 
que lhe é típica. A intermediação financeira. Observe que a figura acima 
mostra uma IF entre poupadores e tomadores de recursos.
Poupadores Tomadores
IFs
CAPTAÇÃO – Operação Passiva
APLICAÇÃO – Operação Ativa
1
Conceito de Instituição Financeira (IF)
A Lei 4.595/64 (Lei que definiu o atual SFN), conceitua instituições financeiras 
como: 
“as pessoas jurídicas públicas ou privadas, que tenham como atividade 
principal ou acessória a coleta, intermediação ou aplicação de recursos 
financeiros próprios ou de terceiros, em moeda nacional ou 
estrangeira, e a custódia de valor de propriedade de terceiros” 
(Art.17).
Estrutura do SFN
Conforme o próprio Banco Central do Brasil, o SFN está estruturado da 
seguinte forma:
Fonte: Banco Central do Brasil. Disponível no site: www.bcb.gov.br
Observem que o quadro acima, segrega o SFN em 3 grandes grupos: os 
órgãos normativos, as entidades normativas e os operadores. Cada órgão 
Orgãos 
normativos 
Entidades 
supervisoras 
Operadores 
Banco Central do 
Brasil - Bacen 
Instituições 
financeiras 
captadoras 
de 
depósitos à 
vista 
Demais 
instituições 
financeiras 
Conselho 
Monetário 
Nacional - 
CMN 
Comissão de 
Valores 
Mobiliários - CVM 
Bolsas de 
mercadorias 
e futuros 
Bolsas de 
valores 
Outros 
intermediários 
financeiros e 
administradores 
de recursos de 
terceiros 
Superintendência 
de Seguros 
Privados - Susep 
Conselho 
Nacional de 
Seguros 
Privados - 
CNSP 
IRB-Brasil 
Resseguros 
Sociedades 
seguradoras 
Sociedades 
de 
capitalização 
Entidades 
abertas de 
previdência 
complementar 
Conselho de 
Gestão da 
Previdência 
Complementar 
- CGPC 
Secretaria de 
Previdência 
Complementar - 
SPC 
Entidades fechadas de previdência 
complementar 
(fundos de pensão) 
 
2
normativo tem suas entidades supervisoras que os auxilia na supervisão dos 
operadores. 
Note que a estrutura não se limita as instituições financeiras propriamente 
ditas, mas abrange o mercado de seguros, capitalização e os planos de 
previdência privados, sejam abertos ou fechados.
Os órgãos normativos são os entes superiores dentro de cada subdivisão do 
SFN. São a instância decisória e não têm estrutura física. São geralmente, 
entes políticos .
As entidades supervisoras são órgãos do Governo que implementam e fazem 
cumprir as decisões dos órgãos normativos dentro do SFN. Como se verá 
podem ser constituídos na forma de autarquias, empresas públicas ou 
secretárias.
Os operadores são as entidades e empresas que operam no SFN, segundo as 
regras definidas, seja na legislação, seja pelos órgãos normativos e entidades 
supervisoras. Como demonstrado são os bancos, financeiras, corretoras, 
bolsas, seguradoras etc.
EXERCÍCIOS
 1. (BACEN - 2000) Na estrutura do SFN, o Subsistema Operativo, que tem por 
função operacionalizar a transferência de recursos entre poupador para o 
tomador, inclui
a) bancos de investimento.
b) sociedades de crédito, financiamento e investimento.
c) bancos múltiplos sem carteira comercial ou de crédito imobiliário.
d) cooperativas de crédito.
e) bancos comerciais.
RESPOSTA: TODOS OS ITENS SÃO VERDADEIROS.
 
AULA 02
OS ÓRGÃOS NORMATIVOS DO SFN
São 3 os órgãos normativos do SFN:
- O Conselho Monetário Nacional – CMN;
- O Conselho Nacional de Seguros Privados – CNSP; e
- O Conselho de Gestão da Previdência Complementar - CGPC
3
Para fins de estudo e avaliação de conhecimento é preciso saber a composição, 
a função e as entidades subordinadas a cada um destes conselhos:
O CONSELHO MONETÁRIO NACIONAL
É composto por 3 representantes: O ministro da Fazenda, o ministro do 
Planejamento, Orçamento e Gestão e o Presidente do Banco Central do Brasil. 
A presidência deste conselho cabe ao Ministro do Planejamento.
São funções do CMN, dentre outras:
1. Adaptar o volume dos meios de pagamento às reais necessidades da 
economia nacional.
2. Regular o valor interno da moeda.
3. Regular o valor externo da moeda.
4. Orientar a aplicação dos recursos das instituições financeiras públicas ou 
privadas, de forma a garantir condições favoráveis ao desenvolvimento 
equilibrado da economia nacional.
1. 5.Propiciar o aperfeiçoamento das instituições e dos instrumentos 
financeiros, de forma a tornar mais eficiente o sistema de pagamento e 
mobilização de recursos.
5. Zelar pela liquidez e pela solvência das instituições financeiras.
6. Coordenar as políticas monetárias, creditícia, orçamentária, fiscal e da 
dívida pública interna e externa.
O CMN utiliza a estrutura do Bacen para normatizar e acompanhar o mercado 
financeiro, que abrange bancos, financeiras, cooperativas de crédito, caixas 
econômicas, empresas de arrendamento mercantil (leasing) etc. Utiliza, ainda, 
a Comissão de Valores Mobiliários (CVM) para realizar a supervisão do 
mercado de títulos e valores mobiliários, abrangendo as bolsas de valores e de 
mercadorias e futuros, as corretoras, distribuidores etc.
O CONSELHO NACIONAL DE SEGUROS PRIVADOS
Atualmente o CNSP é composto de 6 membros, quais sejam:
1. • Ministro de Estado da Fazenda ou seu representante, na qualidade de 
Presidente;
2. Superintendente da Superintendência de Seguros Privados (SUSEP), na 
qualidade de Vice-Presidente;
3. Representante do Ministério da Justiça;
4. Representante do Banco Central do Brasil;
5. Representante do Ministério da Previdência e Assistência Social;
6. Representante da Comissão de Valores Mobiliários.
São funções do CNSP, dentre outras:
1. Fixar as diretrizes e normas da política de seguros privados;
4
2. Regular a constituição, organização, funcionamento e fiscalização dos 
que exercerem atividades subordinadas a este Conselho, bem como a 
aplicação das penalidades previstas;
3. Estipular índices e demais condições técnicas sobre tarifas, 
investimentos e outras relações patrimoniais a serem observadas pelas 
Sociedades Seguradoras;
4. Fixar as características gerais dos contratos de seguros;
5. Fixar normas gerais de contabilidade e estatística a serem observadas 
pelas Sociedades Seguradoras;
6. Delimitar o capital do IRB e das Sociedades Seguradoras, com a 
periodicidade mínima de dois anos, determinando a forma de sua 
subscrição e realização;
7. Estabelecer as diretrizes gerais das operações de resseguro; e
8. Disciplinar as operações de cosseguro, nas hipóteses em que o IRB não 
aceite resseguro do risco ou quando se tornar conveniente promover 
melhor distribuição direta dos negócios pelo mercado
O utiliza a estrutura da Superintendência de Seguros Privados (SUSEP), e do 
Instituto de Resseguros do Brasil (IRB) para normatizar e acompanhar o 
mercado de seguros, que abrange seguradoras, empresas de capitalização e 
os fundos abertos de previdência complementar.
O CONSELHO DE GESTÃO DA PREVIDÊNCIA COMPLEMENTAR (CGPC)
É composto por 8 conselheiros, a seguir descritos: 
1. o ministro da Previdência Social (presidente), 
2. oSecretário da Previdência Complementar, 
3. um representante da Secretaria da Previdência Social, 
4. um representante do Ministério da Fazenda, 
5. um representante do Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão, 
6. um representante dos patrocinadores e instituidores de entidades 
fechadas de previdência complementar
7. um representante das entidades fechadas de previdência complementar, 
e 
8. um representante dos participantes assistidos das entidades fechadas de 
previdência complementar
São funções do CGPC, dentre outras:
1. estabelecer as normas gerais complementares à legislação e 
regulamentação aplicável às entidades fechadas de previdência 
complementar, em consonância com os objetivos da ação do Estado 
discriminados no art. 3º da Lei Complementar nº 109, de 2001;
2. estabelecer regras para a constituição e o funcionamento da entidade 
fechada, reorganização da entidade e retirada de patrocinador;
3. normatizar a transferência de patrocínio, de grupo de participantes, de 
planos e de reservas entre entidades fechadas;
5
4. determinar padrões para a instituição e operação de planos de 
benefícios, de modo a assegurar sua transparência, solvência, liquidez e 
equilíbrio financeiro;
5. normatizar novas modalidades de planos de benefícios; 
6. estabelecer normas complementares para os institutos da portabilidade, 
do benefício proporcional diferido, do resgate e do autopatrocínio, 
garantidos aos participantes; 
7. estabelecer normas especiais para a organização de planos instituídos;
8. determinar a metodologia a ser empregada nas avaliações atuariais;
9. estabelecer regras para o número mínimo de participantes ou associados 
de planos de benefícios;
O CGPC utiliza a estrutura da Secretaria da Previdência Complementar (SPC) 
para normatizar e acompanhar os fundos fechados de previdencia complentar 
(conhecidos como fundos de pensao).
EXERCÍCIOS
1. (BACEN 2000) O Conselho Monetário Nacional (CMN) é composto pelo 
ministro da Fazenda, pelo ministro do Planejamento e Orçamento e pelo 
presidente do BACEN e tem como principais atribuições
a) expedir normas gerais de contabilidade e estatística a serem observadas 
pelas instituições financeiras.
b) delimitar o capital máximo das instituições financeiras.
c) estabelecer limites para as alíquotas de tributos federais (imposto de 
renda, contribuição social, PIS etc.) aplicáveis às instituições financeiras 
autorizadas a funcionar no país.
d) determinar recolhimentos compulsórios e encaixes obrigatórios de 
depósitos à vista, do total dos depósitos e/ou outros títulos contábeis 
das instituições financeiras.
Resposta: letras a e d – verdadeiras. Demais letras são falsas.
2. (BB - 2001) Em 1964, foi instituído o CMN, no contexto da reforma bancária 
realizada por meio da Lei 4.595/1964. À época, o CMN era integrado pelo 
ministro da Fazenda, que o presidia; pelo presidente do BB, pelo presidente do 
Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico; por seis membros nomeados 
pelo Presidente da República e aprovados pelo Senado Federal, escolhidos 
entre brasileiros de ilibada reputação e notória capacidade em assuntos 
econômico-financeiros, com mandato de seis anos, podendo ser reconduzidos. 
Podiam, ainda, participar das reuniões o ministro da Indústria e Comércio e o 
ministro para Assuntos de Planejamento e Economia. O CMN teve sua 
composição modificada diversas vezes, a última em 1995. Dos seus 
integrantes originais, ainda permanece(m) como membro(s) componente(s)
a) o ministro da Fazenda.
b) o presidente do BB.
6
c) o presidente do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico, hoje 
denominado Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social.
d) seis membros nomeados pelo Presidente da República, após aprovação 
pelo Senado Federal, escolhidos entre brasileiros de ilibada reputação e 
notória capacidade em assuntos econômico-financeiros, atualmente com 
mandato de quatro anos.
e) o ministro da Indústria e Comércio, hoje denominado ministro do 
Desenvolvimento, Indústria e Comércio.
Resposta: Somente a letra a é verdadeira.
2. (BB/2003) O Conselho Nacional de Seguros Privados (CNSP) inclui um 
representante do(a)
a) Ministério da Fazenda, escolhido entre os membros do segundo escalão.
b) Ministério da Previdência e Assistência Social.
c) Superintendência de Seguros Privados (SUSEP), o qual exerce a função 
de presidente desse conselho.
d) Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão.
e) Comissão de Valores Mobiliários (CVM), o qual exerce a função de 
presidente-substituto desse conselho.
Resposta: Somente a letra b é verdadeira.
AULA 03
ENTIDADES SUPERVISORAS DO SFN
Conforme quadro apresentado na aula 2, o Banco Central do Brasil (Bacen), a 
Comissão de Valores Mobiliários (CVM), a Superintendência de Seguros 
Privados (SUSEP), o Instituto de Resseguros do Brasil (IRB) e a Secretaria da 
Previdência Complementar (SPC) são as entidades supervisoras do SFN. 
Relativamente a tais entidades é preciso saber, principalmente, como são 
constituídas e suas funções e atividades.
O BANCO CENTRAL DO BRASIL
Criado em 1964, após a extinção as SUMOC – Superintendência da Moeda e do 
Crédito. É uma autarquia federal dirigida por 8 diretores e 1 presidente, 
nomeados pelo Presidente da Republica, que só são conduzidos ao cargo após 
sabatina no Senado Federal. É o principal executor das políticas traçadas pelo 
Conselho Monetário Nacional e órgão supervisor do Sistema Financeiro 
Nacional. É um banco fiscalizador e disciplinador do mercado financeiro. Após 
Março de 1986, passou a ser a única autoridade monetária no Brasil.
Tem como principais funções :
1. emitir papel-moeda e moeda metálica nas condições e limites 
autorizados pelo CMN;
7
2. executar os serviços do meio circulante;
3. receber os recolhimentos compulsórios dos bancos comerciais e os 
depósitos voluntários das instituições financeiras e bancárias que 
operam no país;
4. realizar operações de redesconto e empréstimo às instituições 
financeiras dentro de um enfoque de política econômica do governo ou 
como socorro a problemas de liquidez;
5. regular a execução dos serviços de compensação de cheques e outros 
papéis;
6. efetuar, como instrumento de política monetária, operações de compra e 
venda de títulos públicos federais;
7. emitir títulos de responsabilidade própria, de acordo com as condições 
estabelecidas pelo CMN;
8. exercer o controle do crédito sob todas as suas formas;
A COMISSÃO DE VALORES MOBILIÁRIOS
Autarquia federal vinculada ao Ministério da Fazenda, cujas atribuições são a 
normatização, regulamentação, desenvolvimento, controle e fiscalização do 
mercado de valores mobiliários do país. É administrada por um presidente e 4 
diretores, todos nomeados pelo Presidente da República. A lei atribui à CVM 
competência para apurar, julgar e punir irregularidades eventualmente 
cometidas no mercado de valores mobiliários.
Tem como principais funções :
1. assegurar o funcionamento eficiente e regular dos mercados de bolsa e 
de balcão;
2. proteger os titulares e valores mobiliários emitidos; 
3. evitar ou coibir modalidades de fraude ou manipulação no mercado;
4. estimular o funcionamento das bolsas de valores e das instituições 
operadoras do mercado acionário; 
5. assegurar a lisura nas operações de compra e venda de valores 
mobiliários; 
6. dar proteção aos investidores de mercado. 
A SUPERINTENDENCIA DE SEGUROS PRIVADOS (SUSEP)
A SUSEP é uma autarquia federal vinculada ao Ministério da Fazenda, 
pertencente ao Sistema Nacional de Seguros Privados (SNSP), responsável 
pelo controle e fiscalização do mercado de seguro, previdência privada aberta 
e capitalização. Ela egerida por um superintendente e 4 diretores. Suas 
atribuições são de fiscalizar a constituição, organização, funcionamento e 
operação das sociedades seguradoras, de capitalização, entidades de 
previdência privada aberta e resseguradores, na qualidade de executora da 
política traçada pelo CNSP. 
8
Tem como principais funções :
1. Fiscalizar a constituição, organização, funcionamento e operação das 
Sociedades Seguradoras, de Capitalização, Entidades de Previdência 
Privada Aberta e Resseguradores, na qualidade de executora da política 
traçada pelo CNSP;
2. Atuar no sentido de proteger a captação de poupança popular que se 
efetua através das operações de seguro, previdência privada aberta, de 
capitalização e resseguro;
3. Zelar pela defesa dos interesses dos consumidores dos mercados 
supervisionados;
4. Promover o aperfeiçoamento das instituições e dos instrumentos 
operacionais a eles vinculados, com vistas à maior eficiência do Sistema 
Nacional de Seguros Privados e do Sistema Nacional de Capitalização; 
5. Promover a estabilidade dos mercados sob sua jurisdição, assegurando 
sua expansão e o funcionamento das entidades que neles operem;
6. Zelar pela liquidez e solvência das sociedades que integram o mercado;
7. Disciplinar e acompanhar os investimentos daquelas entidades, em 
especial os efetuados em bens garantidores de provisões técnicas;
8. Cumprir e fazer cumprir as deliberações do CNSP e exercer as atividades 
que por este forem delegadas;
9. Prover os serviços de Secretaria Executiva do CNSP.
O INSTITUTO DE RESSEGUROS DO BRASIL
Sociedade de economia mista com controle acionário da União, jurisdicionada 
ao Ministério da Fazenda, com o objetivo de regular o cosseguro, o resseguro e 
a retrocessão (operações típicas do mercado de seguros), além de promover o 
desenvolvimento das operações de seguros no País. E composto por uma 
diretoria colegiada.
Tem como principais funções :
1. elaborar e expedir normas reguladoras de cosseguro, resseguro e 
retrocessão;
2. aceitar o resseguro obrigatório e facultativo, do País ou do exterior;
3. reter o resseguro aceito, na totalidade ou em parte;
4. promover a colocação, no exterior, de seguro, cuja aceitação não 
convenha aos interesses do País ou que nele não encontre cobertura;
5. impor penalidade às Sociedades Seguradoras por infrações cometidas na 
qualidade de cosseguradoras, resseguradas ou retrocessionárias;
6. organizar e administrar consórcios, recebendo inclusive cessão integral 
de seguros;
7. proceder à liquidação de sinistros, de conformidade com os critérios 
traçados pelas normas de cada ramo de seguro;
8. distribuir pelas Sociedades a parte dos resseguros que não retiver e 
colocar no exterior as responsabilidades excedentes da capacidade do 
mercado segurador interno, ou aquelas cuja cobertura fora do País 
convenha aos interesses nacionais;
9
9. representar as retrocessionárias nas liquidações de sinistros amigáveis 
ou judiciais;
10.publicar revistas especializadas e toda capacidade do mercado nacional 
de seguros.
A SECRETARIA DE PREVIDENCIA COMPLEMENTAR
Ligada ao Ministério da Previdência e Assistência Social, é o órgão regulador e 
fiscalizador das entidades fechadas de previdência complementar (mais 
conhecidos fundos de pensão). Tem como principal missão a fiscalização e 
controle dos planos de benefícios complementar das entidades fechadas de 
previdência complementar.
Tem como principais funções :
1. Propor diretrizes básicas para o Sistema de Previdência Complementar;
2. Harmonizar as atividades das entidades fechadas de previdência privada 
com as políticas de desenvolvimento;
3. Supervisionar, coordenar, orientar e controlar as atividades relacionadas 
com a previdência complementar fechada;
4. Fiscalizar as atividades das entidades fechadas de previdência privada.
EXERCÍCIOS
1. (BACEN - 2000) Na estrutura do SFN, o Subsistema de Supervisão possui as 
funções de editar normas que definam os parâmetros para a transferência de 
recursos de poupadores aos tomadores e de controlar o funcionamento das 
instituições e entidades que efetuem atividades de intermediação financeira. 
Participa da composição desse subsistema o (a):
a) BACEN.
b) Banco do Brasil S.A.
c) Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social.
d) Comissão de Valores Mobiliários.
e) Secretaria de Previdência Complementar.
Resposta: letras b e c – falsas. Demais letras são verdadeiras.
2. (BB - 2002) No SFN existem órgãos de regulação e fiscalização que se 
encarregam de verificar o cumprimento das leis e normas administrativas 
referentes às atividades das instituições sob sua jurisdição. Com relação ao 
contexto, julgue os itens abaixo.
a) todas as entidades ligadas aos sistemas de previdência e seguros são 
supervisionadas unicamente pela Superintendência de Seguros Privados 
(SUSEP).
b) todas as entidades do sistema de liquidação e custódia são fiscalizados 
exclusivamente pelo Bacen.
10
c) os bancos comerciais são duplamente supervisionados pelo Bacen e pela 
CVM.
d) as bolsas de mercadorias e de futuros são duplamente supervisionados, 
pelo Bacen e pela CVM.
Resposta: somente a letra d eh verdadeira.
AULA 04
INSTITUICOES FINANCEIRAS QUE CAPTAM DEPOSITOS A VISTA
No SFN, algumas instituições podem captar depósitos a vista da população. O 
deposito a vista e aquele que o cliente de uma instituição financeira mantem 
em sua conta-corrente, podendo movimenta-lo livremente. Tal deposito não 
pode ser remunerado pela instituição financeira e são bastante importantes no 
controle do credito e da inflação realizados pelo Banco Central, que faz a 
supervisão de tais entidades. 
Podem captar depósitos à vista:
1. Bancos Comerciais
2. Caixas Econômicas
3. Bancos Múltiplos com Carteira Comercial
4. Cooperativas de Crédito e bancos cooperativos
BANCO COMERCIAL
É instituição financeira privada ou pública que tem como atividade tipica a 
captacao de depósitos a vista, embora também possa captar depósitos à 
prazo. Tem como objetivo principal proporcionar o suprimento oportuno e 
adequado dos recursos necessários para financiamento a curto e médio prazos. 
Deve ser constituído sob a forma de sociedade anônima, devendo constar a 
palavra “Banco” em sua denominação social.
CAIXAS ECONOMICAS
Equiparam-se aos bancos comerciais pois podem captar depósitos à vista, 
realizar operações ativas e prestar serviços. Concedem empréstimos e 
financiamentos a programas e projetos nas áreas de assistência social. São 
instituições de cunho social. A Caixa Econômica Federal é atualmente a única 
instituição com esta característica no SFN.
BANCOS MÚLTIPLOS COM CARTEIRA COMERCIAL
11
As instituições financeiras operam no SFN em segmentos nos quais elas são 
especializadas. Estes segmentos são chamados, no jargão do mercado 
financeiro, de carteiras. O banco múltiplo pode operar com 2 ou mais carteiras, 
sendo, necessariamente, uma comercial ou de investimentos. Isto indica que 
um banco múltiplo pode realizar todas as operações realizadas por um banco 
comercial e por um banco de investimento. Indica ainda que ele pode fazer 
qualquer atividade típica de outra instituição financeira, desde que ele tenha a 
autorização especifica para operar. As demais carteiras que um banco múltipo 
pode operar são: de desenvolvimento (para bancos públicos); de crédito 
imobiliário; de crédito, financiamento e investimento e de arrendamento 
Mercantil. O Banco do Brasil atua como um banco múltiplo.
COOPERATIVAS DE CRÉDITO E BANCOS COOPERATIVOS
São sociedades constituídas sob a forma de associação civil, com 
regulamentação específica. Atuando tanto no setor rural quanto no urbano, as 
cooperativas de crédito podemse originar da associação de funcionários de 
uma mesma empresa ou grupo de empresas, de profissionais de determinado 
segmento, de empresários ou mesmo adotar a livre admissão de associados 
em uma área determinada de atuação, sob certas condições. Os eventuais 
lucros auferidos com suas operações - prestação de serviços e oferecimento de 
crédito aos cooperados - são repartidos entre os associados. As cooperativas 
de crédito devem adotar, obrigatoriamente, em sua denominação social, a 
expressão "Cooperativa", vedada a utilização da palavra "Banco". Devem 
possuir o número mínimo de vinte cooperados e adequar sua área de ação às 
possibilidades de reunião, controle, operações e prestações de serviços. Estão 
autorizadas a realizar operações de captação por meio de depósitos à vista e a 
prazo somente de associados, de empréstimos, repasses e refinanciamentos 
de outras entidades financeiras, e de doações. Podem conceder crédito, 
somente a associados, por meio de desconto de títulos, empréstimos, 
financiamentos, e realizar aplicação de recursos no mercado financeiro.
Diversas cooperativas de crédito singulares podem ser reunir formando 
cooperativas de crédito centrais. As cooperativas de crédito centrais também 
podem ser reunir formando os sistemas cooperativos. Os principais sistemas 
cooperativos no Brasil são o SICOOB, o SICREDI e o UNICRED. As cooperativas 
de crédito de crédito também podem ser reunir e constituir os bancos 
cooperativos. Tais bancos são constituídos sob a forma de bancos comerciais e 
devem seguir a regulamentação especifica aplicável aos bancos comerciais. 
EXERCÍCIOS
1. Relativamente a captação de depósitos a vista por parte de instituições 
financeiras, e correto afirmar que:
a) As cooperativas de credito podem receber depositos a vista da 
população em geral.
b) O banco múltiplo sem carteira comercial só pode receber depósitos a 
vista quando tiver a carteira de investimento.
12
c) As caixas econômicas estão autorizadas a receber depósitos a vista 
desde que vinculado a um financiamento habitacional.
d) Os bancos comerciais, alem de depósitos a vista, realizam, normalmente 
operações de credito de curto e medio prazos.
e) Os bancos de investimento podem captar depósitos a vista e a prazo, 
desde que autorizados pela CVM.
Resposta: somente d é verdadeira.
AULA 05
INSTITUICOES FINANCEIRAS QUE NÃO CAPTAM DEPOSITOS A VISTA
Como já comentado, algumas instituições financeiras não estão autorizadas a 
operar com depósitos à vista, possuindo, no entanto, características 
operacionais específicas. Isto quer dizer que tais entidades não podem oferecer 
aos seus clientes contas-correntes, mas podem trabalhar com diversos outros 
produtos. Tais entidades também são supervisionadas pelo Banco Central.
As instituições que não podem receber depósitos à vista, classificadas no 
quadro da aula 2, como “demais instituições financeiras”, são as elencadas a 
seguir:
1. Bancos de Investimento 
2. Bancos de Desenvolvimento 
3. Sociedades Crédito, Financiamento e Investimento 
4. Sociedades de Crédito Imobiliário 
5. Associações de Poupança e Empréstimo 
6. Agências de Fomento 
7. Companhias Hipotecárias 
8. Sociedades de Crédito ao Microempreendedor
BANCOS DE INVESTIMENTO
Os bancos de investimento são instituições financeiras privadas especializadas 
em operações de participação societária de caráter temporário, de 
financiamento da atividade produtiva para suprimento de capital fixo e de giro 
e de administração de recursos de terceiros. Devem ser constituídos sob a 
forma de sociedade anônima e adotar, obrigatoriamente, em sua denominação 
social, a expressão "Banco de Investimento". 
13
Não possuem contas correntes e captam recursos via depósitos a prazo, 
repasses de recursos externos, internos e venda de cotas de fundos de 
investimento por eles administrados. As principais operações ativas são 
financiamento de capital de giro e capital fixo, subscrição ou aquisição de 
títulos e valores mobiliários, depósitos interfinanceiros e repasses de 
empréstimos externos.
BANCOS DE DESENVOLVIMENTO
Os bancos de desenvolvimento são instituições financeiras públicas controladas 
pelos governos estaduais (exceto o Banco Nacional de Desenvolvimento 
Econômico e Social – BNDES, que é controlado pela União), e têm como 
objetivo precípuo proporcionar o suprimento oportuno e adequado dos 
recursos necessários ao financiamento, a médio e a longo prazos, de 
programas e projetos que visem a promover o desenvolvimento econômico e 
social do respectivo Estado. 
As operações passivas são depósitos a prazo, empréstimos externos, emissão 
ou endosso de cédulas hipotecárias, emissão de cédulas pignoratícias de 
debêntures e de Títulos de Desenvolvimento Econômico. As operações ativas 
são empréstimos e financiamentos, dirigidos prioritariamente ao setor privado. 
Devem ser constituídos sob a forma de sociedade anônima, com sede na 
capital do Estado que detiver seu controle acionário, devendo adotar, 
obrigatória e privativamente, em sua denominação social, a expressão "Banco 
de Desenvolvimento", seguida do nome do Estado em que tenha sede.
SOCIEDADES DE CRÉDITO, FINANCIAMENTO E INVESTIMENTO
As sociedades de crédito, financiamento e investimento, também conhecidas 
por financeiras, são instituições financeiras privadas que têm como objetivo 
básico a realização de financiamento para a aquisição de bens, serviços e 
capital de giro. Devem ser constituídas sob a forma de sociedade anônima e na 
sua denominação social deve constar a expressão "Crédito, Financiamento e 
Investimento". Tais entidades captam recursos por meio de aceite e colocação 
de Letras de Câmbio.
SOCIEDADES DE CRÉDITO IMOBILIÁRIO
As sociedades de crédito imobiliário são instituições financeiras criadas para 
atuar no financiamento habitacional. Constituem operações passivas dessas 
instituições os depósitos de poupança, a emissão de letras e cédulas 
hipotecárias e depósitos interfinanceiros. Suas operações ativas são: 
financiamento para construção de habitações, abertura de crédito para compra 
ou construção de casa própria, financiamento de capital de giro a empresas 
incorporadoras, produtoras e distribuidoras de material de construção. 
14
Devem ser constituídas sob a forma de sociedade anônima, adotando 
obrigatoriamente em sua denominação social a expressão "Crédito 
Imobiliário". 
ASSOCIAÇÕES DE POUPANÇA E EMPRÉSTIMO
As associações de poupança e empréstimo são constituídas sob a forma de 
sociedade civil, sendo de propriedade comum de seus associados. Suas 
operações ativas são, basicamente, direcionadas ao mercado imobiliário e ao 
Sistema Financeiro da Habitação (SFH). As operações passivas são constituídas 
de emissão de letras e cédulas hipotecárias, depósitos de cadernetas de 
poupança, depósitos interfinanceiros e empréstimos externos. 
Os depositantes dessas entidades são considerados acionistas da associação e, 
por isso, não recebem rendimentos, mas dividendos. Os recursos dos 
depositantes são, assim, classificados no patrimônio líquido da associação e 
não no passivo exigível.
AGÊNCIAS DE FOMENTO
As agências de fomento têm como objeto social a concessão de financiamento 
de capital fixo e de giro associado a projetos na Unidade da Federação onde 
tenham sede. Devem ser constituídas sob a forma de sociedade anônima de 
capital fechado e estar sob o controle de Unidade da Federação, sendo que 
cada Unidade só pode constituir uma agência. 
Tais entidades têm status de instituição financeira, mas não podem captar 
recursos junto ao público,recorrer ao redesconto, ter conta de reserva no 
Banco Central, contratar depósitos interfinanceiros na qualidade de depositante 
ou de depositária e nem ter participação societária em outras instituições 
financeiras. De sua denominação social deve constar a expressão "Agência de 
Fomento" acrescida da indicação da Unidade da Federação Controladora. 
É vedada a sua transformação em qualquer outro tipo de instituição integrante 
do Sistema Financeiro Nacional. As agências de fomento devem constituir e 
manter, permanentemente, fundo de liquidez equivalente, no mínimo, a 10% 
do valor de suas obrigações, a ser integralmente aplicado em títulos públicos 
federais. 
COMPANHIAS HIPOTECÁRIAS
As companhias hipotecárias são instituições financeiras constituídas sob a 
forma de sociedade anônima, que têm por objeto social conceder 
financiamentos destinados à produção, reforma ou comercialização de imóveis 
residenciais ou comerciais aos quais não se aplicam as normas do Sistema 
Financeiro da Habitação (SFH). 
15
Suas principais operações passivas são: letras hipotecárias, debêntures, 
empréstimos e financiamentos no País e no Exterior. Suas principais operações 
ativas são: financiamentos imobiliários residenciais ou comerciais, aquisição de 
créditos hipotecários, refinanciamentos de créditos hipotecários e repasses de 
recursos para financiamentos imobiliários. Tais entidades têm como operações 
especiais a administração de créditos hipotecários de terceiros e de fundos de 
investimento imobiliário.
SOCIEDADES DE CRÉDITO AO MICROEMPREENDEDOR
As sociedades de crédito ao microempreendedor são entidades que têm por 
objeto social exclusivo a concessão de financiamentos e a prestação de 
garantias a pessoas físicas, bem como a pessoas jurídicas classificadas como 
microempresas, com vistas a viabilizar empreendimentos de natureza 
profissional, comercial ou industrial de pequeno porte. 
São impedidas de captar, sob qualquer forma, recursos junto ao público, bem 
como emitir títulos e valores mobiliários destinados à colocação e oferta 
públicas. Devem ser constituídas sob a forma de companhia fechada ou de 
sociedade por quotas de responsabilidade limitada, adotando obrigatoriamente 
em sua denominação social a expressão "Sociedade de Crédito ao 
Microempreendedor", vedada a utilização da palavra "Banco". 
EXERCÍCIOS
1. Julgue os itens a seguir relativos ao SFN:
a) Os bancos de desenvolvimento podem ser públicos e privados.
b) As sociedades de credito imobiliário podem receber depósitos a vista.
c) Um banco de múltiplo pode ter carteira de investimento e de 
arrendamento mercantil.
d) As sociedades de crédito ao microempreendedor foram criadas para 
viabilizar o acesso ao crédito pela parcela de baixa renda da população.
e) As financeiras, alem de atuarem no financiamento de compra de bens de 
consumo durável, podem conceder financiamentos habitacionais.
Resposta: somente as letras c e d são verdadeiras.
AULA 06
OUTROS INTERMEDIÁRIOS FINANCEIROS
Além das instituições financeiras vistas nas aulas 5 e 6, o SFN possui outros 
intermediários financeiros que são supervisionados pelo Banco Central ou pela 
Comissão de Valores Mobiliários. Tais entidades não podem ser consideradas 
16
taxativamente como instituições financeiras, pois geralmente atuam apenas 
prestando um serviço aos seus clientes. São elas:
1. Sociedades de arrendamento mercantil 
2. Sociedades corretoras de títulos e valores mobiliários 
3. Sociedades distribuidoras de títulos e valores mobiliários
4. Sociedades corretoras de câmbio 
5. Administradoras de Consórcio 
SOCIEDADES DE ARRENDAMENTO MERCANTIL
As sociedades de arrendamento mercantil são constituídas sob a forma de 
sociedade anônima, devendo constar obrigatoriamente na sua denominação 
social a expressão "Arrendamento Mercantil". Tais entidades realizam as 
operações conhecidas como “leasing”. 
As operações passivas dessas sociedades são emissão de debêntures, dívida 
externa, empréstimos e financiamentos de instituições financeiras. Suas 
operações ativas são constituídas por títulos da dívida pública, cessão de 
direitos creditórios e, principalmente, por operações de arrendamento 
mercantil de bens móveis, de produção nacional ou estrangeira, e bens 
imóveis adquiridos pela entidade arrendadora para fins de uso próprio do 
arrendatário. São supervisionadas pelo Banco Central do Brasil.
SOCIEDADES CORRETORAS DE TÍTULOS E VALORES MOBILIÁRIOS
As sociedades corretoras de títulos e valores mobiliários são constituídas sob a 
forma de sociedade anônima ou por quotas de responsabilidade limitada. São 
supervisionadas pelo Banco Central do Brasil e pela Comissão de Valores 
Mobiliários, dentro de suas esferas de atuação.
Dentre seus objetivos estão: operar em bolsas de valores, subscrever 
emissões de títulos e valores mobiliários no mercado; comprar e vender títulos 
e valores mobiliários por conta própria e de terceiros; encarregar-se da 
administração de carteiras e da custódia de títulos e valores mobiliários; 
exercer funções de agente fiduciário; instituir, organizar e administrar fundos e 
clubes de investimento; emitir certificados de depósito de ações e cédulas 
pignoratícias de debêntures; intermediar operações de câmbio; praticar 
operações no mercado de câmbio de taxas flutuantes; praticar operações de 
conta margem; realizar operações compromissadas; praticar operações de 
compra e venda de metais preciosos, no mercado físico, por conta própria e de 
terceiros; operar em bolsas de mercadorias e de futuros por conta própria e de 
terceiros. 
SOCIEDADES DISTRIBUIDORAS DE TÍTULOS E VALORES MOBILIÁRIOS
As sociedades distribuidoras de títulos e valores mobiliários são constituídas 
sob a forma de sociedade anônima ou por quotas de responsabilidade limitada, 
devendo constar na sua denominação social a expressão "Distribuidora de 
17
Títulos e Valores Mobiliários". Exercem praticamente as mesmas atividades das 
corretoras, com exceção do fato de não poderem operar em ambiente de bolsa 
de valores. São supervisionadas pelo Banco Central do Brasil e pela Comissão 
de Valores Mobiliários, dentro de suas esferas de atuação.
Algumas de suas atividades: intermedeiam a oferta pública e distribuição de 
títulos e valores mobiliários no mercado; administram e custodiam as carteiras 
de títulos e valores mobiliários; instituem, organizam e administram fundos e 
clubes de investimento; operam no mercado acionário, comprando, vendendo 
e distribuindo títulos e valores mobiliários, inclusive ouro financeiro, por conta 
de terceiros; fazem a intermediação com as bolsas de valores e de 
mercadorias; efetuam lançamentos públicos de ações; operam no mercado 
aberto e intermedeiam operações de câmbio. 
SOCIEDADES CORRETORAS DE CÂMBIO
As sociedades corretoras de câmbio são constituídas sob a forma de sociedade 
anônima ou por quotas de responsabilidade limitada, devendo constar na sua 
denominação social a expressão "Corretora de Câmbio". Têm por objeto social 
exclusivo a intermediação em operações de câmbio e a prática de operações 
no mercado de câmbio de taxas flutuantes. São supervisionadas pelo Banco 
Central do Brasil.
ADMINISTRADORAS DE CONSÓRCIO
As administradoras de consórcio são pessoas jurídicas prestadoras de serviços 
relativos à formação, organização e administração de grupos de consórcio, 
estando sujeitos a supervisão do Banco Central do Brasil por força do disposto 
de Lei. Ao Banco Central cabe, ainda, autorizar a constituição de grupos de 
consórcio, a pedido de administradoras previamente constituídas sem 
interferência expressa da referida Autarquia,mas que atendam a requisitos 
estabelecidos, particularmente quanto à capacidade financeira, econômica e 
gerencial da empresa. 
Também cumpre ao Bacen fiscalizar as operações do segmento de consórcio e 
aplicar as penalidades cabíveis. Ademais, o Bacen pode intervir nas empresas 
de consórcio e decretar sua liquidação extrajudicial. O grupo é uma sociedade 
de fato, constituída na data da realização da primeira assembléia geral 
ordinária por consorciados reunidos pela administradora, que coletam 
poupança com vistas à aquisição de bens, conjunto de bens ou serviço 
turístico, por meio de autofinanciamento.
EXERCÍCIOS
1. (BB/2003) O BACEN estabelece as normas operacionais de todas as 
instruções financeiras que operam no território brasileiro, definindo as suas 
características e as suas possibilidades de atuação. Com relação a essas 
18
normas atualmente vigentes, julgue os itens subseqüentesJulgue os itens a 
seguir relativos ao SFN:
a) As sociedades distribuidoras de títulos e valores mobiliários têm uma 
faixa operacional bem mais ampla que a das sociedades corretoras de 
títulos e valores mobiliários.
b) As cooperativas de crédito atuam basicamente no setor primário da 
economia, permitindo melhor comercialização de produtos rurais e 
facilitando o escoamento das safras agrícolas para os centros 
consumidores. Destaca-se que os usuários finais dos créditos por elas 
concedidos são sempre os cooperados.
c) O objetivo principal dos bancos comerciais é proporcionar o suprimento 
oportuno e adequado de recursos necessários para a concessão de 
financiamento a curto e médio prazo ao comércio, à indústria, às 
empresas prestadoras de serviços e às pessoas físicas.
d) As sociedades de arrendamento mercantil nasceram do reconhecimento 
de que o lucro de uma atividade produtiva pode advir da simples 
utilização do equipamento e não necessariamente de sua propriedade.
e) As companhias hipotecárias podem captar depósitos a prazo com 
correção monetária, por meio de letras imobiliárias, e estabelecer 
convênios com bancos comerciais para funcionarem exclusivamente 
como agentes do Sistema Financeiro da Habitação.
Resposta: somente as letras “a” e “e” são falsas.
AULA 07
AS BOLSAS, O SELIC E O CETIP
Além das instituições financeiras e dos demais intermediários financeiros vistos 
nas últimas aulas, o SFN, especificamente, o sujeito à supervisão do Bacen e 
da CVM, conta com a participação de outras entidades responsáveis pela 
criação de ambientes propícios aos negócios e pelo registro e validação das 
operações realizadas. São elas:
1. As bolsas de valores;
2. As bolsas de mercadorias e futuros;
3. O Sistema Especial de Liquidação e Custódia de Títulos Públicos
4. A Central de Liquidação e Custódia de Títulos Públicos
BOLSAS DE VALORES
As bolsas de valores são associações privadas civis, sem finalidade lucrativa, 
com objetivo de manter local adequado ao encontro de seus membros e à 
realização, entre eles, de transações de compra e venda de títulos e valores 
19
mobiliários pertencentes a pessoas jurídicas públicas e privadas, em mercado 
livre e aberto, especialmente organizado e fiscalizado por seus membros e pela 
Comissão de Valores Mobiliários. Possuem autonomia financeira, patrimonial e 
administrativa. A principal e mais conhecida bolsa de valores no Brasil e a 
Bovespa.
BOLSAS DE MERCADORIAS E FUTUROS
As bolsas de mercadorias e futuros são associações privadas civis, sem 
finalidade lucrativa, com objetivo de efetuar o registro, a compensação e a 
liquidação, física e financeira, das operações realizadas em pregão ou em 
sistema eletrônico. A única bolsa de mercadorias e futuros no Brasil e a BM&F.
Tais entidades desenvolvem, organizam e operacionalizam um mercado de 
derivativos livre e transparente, que proporcione aos agentes econômicos a 
oportunidade de efetuarem operações de hedging (proteção) ante flutuações 
de preço de commodities agropecuárias, índices, taxas de juro, moedas e 
metais, bem como de todo e qualquer instrumento ou variável 
macroeconômica cuja incerteza de preço no futuro possa influenciar 
negativamente suas atividades. Possuem autonomia financeira, patrimonial e 
administrativa e são fiscalizadas pela Comissão de Valores Mobiliários. 
Atualmente, a única bolsa de mercadorias e futuros no Brasil e a BM&F.
SISTEMA ESPECIAL DE LIQUIDAÇÃO E CUSTÓDIA DE TÍTULOS 
PÚBLICOS
É um sistema eletrônico de teleprocessamento que permite a atualização diária 
das posições das instituições financeiras em títulos públicos federais. Foi 
desenvolvido pelo Banco Central e a Andima em 1979, voltado a operar com 
títulos públicos de emissão do BACEN e do Tesouro Nacional. Tem por 
finalidade controlar e liquidar financeiramente as operações de compra e venda 
de títulos públicos, e manter a custódia escritural dos documentos. 
CENTRAL DE LIQUIDAÇÃO E CUSTÓDIA DE TÍTULOS PÚBLICOS.
É uma empresa privada de custódia e de liquidação que se constitui em um 
mercado de balcão organizado para registro e negociação de valores 
mobiliários de renda fixa. Sem fins lucrativos, foi criada em conjunto pelas 
instituições financeiras e o Banco Central, em março de 1986, para garantir 
mais segurança e agilidade às operações do mercado financeiro brasileiro.
Atualmente, a CETIP oferece o suporte necessário a toda a cadeia de 
operações com títulos privados, prestando serviços integrados de custódia; 
negociação on line; registro de negócios e liquidação financeira. Custodia 
quase a totalidade de títulos e valores mobiliários privados de renda fixa, alem 
de derivativos, dos títulos emitidos pelos estados e municípios e do estoque de 
papeis utilizados como moedas de privatização, de emissão do Tesouro 
Nacional. 
20
EXERCÍCIOS
1. (ESAF/BACEN/2002) Tanto o SELIC (Sistema Especial de Liquidação e 
Custódia), quanto a CETIP (Central de Custódia e Liquidação Financeira de 
Títulos) correspondem a sistemas em que são feitas a custódia e liquidação de 
operações com títulos. Sobre esses dois sistemas, assinale a opção correta:
a) A custódia e liquidação das operações com títulos públicos federais 
podem ser feitas tanto no SELIC, quanto na CETIP, cabendo às partes 
envolvidas no negócio realizar a escolha do sistema a ser utilizado.
b) Os títulos negociados no SELIC são escriturais, o que praticamente 
elimina os riscos relativos a extravio, roubo ou falsificação dos papéis 
negociados naquele sistema.
c) A liquidação das operações realizadas na CETIP são feitas 
exclusivamente pela Centralizadora de Compensação de Cheques e 
Outros Papéis.
d) Somente instituições com conta de reserva bancária junto ao Banco 
Central do Brasil podem registrar suas operações na CETIP.
e) A CETIP custodia e promove a liquidação tanto dos CDBs (Certificados 
de Depósito Bancário) ao portador quanto dos CDBs nominativos.
Resposta: somente a letras “b” é correta.
AULA 08
AS SOCIEDADES SEGURADORAS, AS SOCIEDADES DE CAPITALIZACAO 
E ENTIDADES ABERTAS DE PREVIDENCIA PRIVADA
Como estudado nas aulas 3 e 4 uma das subdivisões do SFN é o segmento de 
seguros. Tal segmento é normatizado pelo Conselho Nacional de Seguros 
Privados (CNSP), tendo como entidades supervisoras a Superintendência de 
Seguros Privados e o Instituto de Resseguros do Brasil (IRB). Nesta aula, serão 
estudadas as características das entidades que operam neste setor. São elas:
1. As sociedades seguradoras
2. As sociedades de capitalização
3. As entidades abertas de previdência privada
4. As corretoras de seguro
Alem detais entidades, serão feitas algumas considerações sobre as 
sociedades administradoras de seguro-saúde.
SOCIEDADES SEGURADORAS
São entidades, constituídas sob a forma de sociedades anônimas, 
especializadas em pactuar contrato, por meio do qual assumem a obrigação de 
21
pagar ao contratante (segurado), ou a quem este designar, uma indenização, 
no caso em que advenha o risco indicado e temido, recebendo, para isso, o 
prêmio estabelecido.
SOCIEDADES DE CAPITALIZACAO
São entidades, constituídas sob a forma de sociedades anônimas, que 
negociam contratos (títulos de capitalização) que têm por objeto o depósito 
periódico de prestações pecuniárias (pagamentos) pelo contratante, o qual 
terá, depois de cumprido o prazo contratado, o direito de resgatar parte dos 
valores depositados corrigidos por uma taxa de juros estabelecida 
contratualmente; conferindo, ainda, quando previsto, o direito de concorrer a 
sorteios de prêmios em dinheiro.
ENTIDADES ABERTAS DE PREVIDENCIA PRIVADA
Entidades abertas de previdência complementar - são entidades constituídas 
unicamente sob a forma de sociedades anônimas e têm por objetivo instituir e 
operar planos de benefícios de caráter previdenciário concedidos em forma de 
renda continuada ou pagamento único, acessíveis a quaisquer pessoas físicas. 
São regidas pelo Decreto-Lei 73, de 21 de novembro de 1966, e pela Lei 
Complementar 109, de 29 de maio de 2001. Tais entidades são reguladas e 
supervisionadas pelo Ministério da Fazenda, por intermédio do Conselho 
Nacional de Seguros Privados (CNSP) e da Superintendência de Seguros 
Privados (SUSEP).
CORRETORAS DE SEGURO
A Corretora de Seguros é a pessoa autorizada a realizar a corretagem, isto é, 
analisar o risco, determinar as coberturas e as importâncias seguradas, 
elaborar a proposta de seguros e de protocolar a proposta em uma 
seguradora. No Brasil, nenhuma operação de seguro pode ser contratada sem 
que haja um Corretor de Seguro. A Corretora de Seguros pode ser uma 
pessoa física ou jurídica. 
ADMINISTRADORAS DE SEGURO-SAÚDE
As seguradoras que atuem no segmento do seguro saúde devem ser 
especializadas nesta área. Tais entidades estão subordinadas a uma estrutura 
de regulação e fiscalização vinculada ao Ministério da Saúde, juntamente com 
outras modalidades de operadoras de planos de saúde privados. Seguem 
regulamentação específica da Agência Nacional de Saúde Complementar – 
ANS.
EXERCÍCIOS
1. Relativamente às entidades integrantes do subsistema de seguros, é 
possível afirmar que:
22
a) As administradoras de seguro-saude são entidades supervisionadas pela 
SUSEP.
b) Somente pessoas jurídicas podem operar como corretoras de seguro.
c) As sociedades de capitalização fornecem ao publico a possibilidade de 
constituição de um capital mínimo, que será pago em moeda corrente, 
dentro de um prazo maximo estabelecido pelo próprio plano.
d) As entidades abertas de previdência privada são conhecidas como 
fundos de pensão.
e) Uma sociedade seguradora pode explorar qualquer outro ramo de 
atividade comercial ou industrial.
Resposta: somente as letras “c” e “e” são corretas.
AULA 09
AS ENTIDADES FECHADAS DE PREVIDENCIA COMPLEMENTAR, AS 
SOCIEDADES DE FOMENTO MERCANTIL E AS ADMINISTRADORAS DE 
CARTOES DE CREDITO
Entidades fechadas de previdencia complementar
Como estudado nas aulas 3 e 4, uma das subdivisões do SFN é o segmento de 
previdência complementar. Tal segmento é normatizado pelo Conselho de 
Gestão de Previdência Complementar (CGPC), tendo como entidade 
supervisora a Secretaria de Previdência Complementar (SPC). As entidades 
que operam neste segmento são chamadas de “entidades fechadas de 
previdência complementar” , mais conhecidas como fundos de pensão.
As entidades fechadas de previdência complementar (fundos de pensão) são 
organizadas sob a forma de fundação ou sociedade civil, sem fins lucrativos e 
são acessíveis, exclusivamente:
1. aos empregados de uma empresa ou grupo de empresas ou aos 
servidores da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios 
(entes denominados patrocinadores) ou 
2. aos associados ou membros de pessoas jurídicas de caráter profissional, 
classista ou setorial (denominadas instituidores)
Sociedades de fomento mercantil
São empresas que compram direitos creditórios de empresas comerciais, 
antecipando recursos para a empresa originadora dos créditos. Tais empresas 
não são consideradas instituições financeiras, não sendo fiscalizadas pelo 
Bacen, pela CVM ou por qualquer outro órgão do Governo
23
O fomento mercantil (factoring) é uma operação comercial que soma a 
prestação de serviços à compra de ativos. Ao adquirir os créditos de outra 
empresa, a factoring (empresa que compra os créditos) fomenta a atividade 
mercantil. O devedor do credito é a pessoa sacada. O factoring permite a 
antecipação dos fluxos de caixa de uma empresa, viabilizando a solução de 
problemas relativos à ausência de capital de giro. A empresa de factoring não 
tem, pela Lei, o direito de regresso em uma operação de factoring.
Sociedades administradoras de cartões de crédito
São empresas que emitem cartões de crédito, que são utilizados para compras 
em estabelecimentos credenciados. As administradoras de cartão de crédito, 
também chamadas emissoras, utilizam-se das “bandeiras” existentes, firmando 
acordos com estas empresas. No Brasil, grande parte das administradoras de 
cartão são ou estão ligadas às instituições financeiras.
EXERCÍCIOS
1. Em relação a participação no SFN e possível afirmar que:
a) O factoring e tipicamente uma atividade comercial, não sendo, portanto, 
característica de uma instituição financeira.
b) As entidades fechadas de previdência privada não são supervisionadas 
pela SUSEP.
c) As empresas de factoring estão sujeitas a fiscalização do Banco Central 
do Brasil.
d) Todas as administradoras de cartões de credito são fiscalizadas pela 
CVM.
e) O Conselho Nacional de Gestão da Previdência Complementar expede 
normas a serem seguidas pelas entidades abertas e fechadas de 
previdência complementar.
Resposta: somente a letras “a” é correta.
2. (Banco de Brasília – 2001 – Cespe) Nas operações de fomento mercantil 
(factoring),
I – não há captação de recursos.
II – os financiamentos são efetuados mediante o desconto de títulos.
III – ocorrem transações de natureza mercantil.
IV – o devedor é a empresa sacada.
A quantidade de itens certos é igual a
a) 0.
b) 1.
c) 2.
d) 3.
e) 4.
Resposta: a letras “D” é correta.
24
AULA 10
PRODUTOS E SERVICOS BANCÁRIOS – CAPTAÇÔES POR DEPÓSITOS
Como visto na aula 1, quando uma instituição financeira recebe recursos de 
poupadores (investidores), ela está fazendo uma captação de recursos ou esta 
contratando uma operação passiva. Nesta aula, serão estudadas as captações 
de recursos realizadas por instituições financeiras por meio de depósitos:
1. Depósitos a vista (Contas-Correntes),
2. Depósitos a Prazo (CDB e RDB),
3. Depósitos de Poupança (Conta Poupança),
DEPÓSITOS A VISTA
E o tipo mais comum de conta. Também conhecido como conta-corrente. Pode 
ser mantido por pessoas físicas e jurídicas de direito público ou privado e 
constitui-se na principal fontes de recursos dos bancos. São recursos de livre 
movimentação. As normas do SFN não permitem a remuneração de depósitos 
à vista. Somente os bancos com carteira comercial podem captar recursos de 
depósitos à vista. Tais depósitos podem ser movimentados por meio de 
cheques.
Para abertura desta conta, o cliente deve preencher ficha-proposta com sua 
identificação completa. A ficha-propostadeve conter, no mínimo, as seguintes 
informações :
1. Pessoas Físicas : nome completo, filiação, nacionalidade, data e local 
de nascimento, sexo, estado civil, nome do cônjuge (se casado), 
profissão, documento de identificação (tipo, número, data de emissão e 
órgão emissor), inscrição no Cadastro de Pessoa Física - CPF.
2. Pessoas Jurídicas : razão social, atividade principal, forma e data de 
constituição, documentos, contendo as informações referidas na alínea 
anterior, que qualifiquem e autorizem os represetantes, mandatários ou 
prepostos a movimentar a conta, CNPJ e atos constitutivos, 
devidamente registrados, na forma da lei, na autoridade competente.
Além destes itens, é indispensável a apresentação : endereço, telefones, 
referências, data da abertura da conta e assinatura dos depositantes. As 
instituições devem condicionar a abertura de conta para pessoas físicas 
estejam inscritas no CPF. Tanto na abertura quanto nas atualizações cadastrais 
a instituição deverá verificar a situação do titular da conta no CPF.
Se o titular da conta for menor ou incapaz : além da qualificação, é necessário 
indicar uma pessoa responsável que o assistirá ou o representará nas 
operações necessárias.
25
A instituição deverá arquivar, juntamente com a ficha-proposta, cópia dos 
documentos apresentados. Eles poderão ser microfilmados e é obrigatório a 
manutenção em arquivo até 5 anos após o encerramento da conta.
O CMN proíbe a concessão de talonário enquanto as informações prestadas não 
houverem sido checadas ou quando forem constatadas irregularidades na 
informação. Se o titular da conta estiver impedido de receber talão, a 
movimentação vai ocorrer por meio eletrônico ou cheque avulso sem ônus para 
o correntista. A IF não poderá criar limitações à sustação do pagamento de 
cheques, mas poderá cobrar tarifa se existir cláusula prevendo na ficha-
proposta;
É facultado à instituição a entrega de talonário pelo correio ou por empresas 
especializadas desde que autorizada pelo depositante. O CMN facultou à IF a 
abertura, manutenção ou encerramento de conta-corrente de depósito à vista 
cujo titular figure ou tenha figurado no cadastro de emitentes de cheque sem 
fundo. É vedado, no entanto, o fornecimento de talonário de cheques para 
pessoas que ainda figurem neste cadastro.
Existe um tipo especial de conta que é a chamada conta-salário. Esta conta 
não está sujeita às tarifas bancárias e não é movimentável por cheques.
DEPÓSITOS A PRAZO
Os depósitos a prazo caracterizam-se por terem data de resgate previamente 
definida. Não têm livre movimentação. Podem ter remuneração pré e pós-
fixada. Isto quer dizer que a remuneração do depósito pode ser conhecida no 
momento em que ele é feita (prefixada) ou somente no futuro (pos-fixada). 
Os depósitos a prazo podem ser contratados com emissão de certificado (CDB) 
e sem emissão (RDB). Os CDBs são um dos principais títulos emitidos por 
bancos comerciais, de investimento, múltiplos e caixas econômicas. Esses 
papéis podem ou não ter deságio em sua emissão. Tem como objetivo captar 
recursos das pessoas físicas e jurídicas não financeiras. Essas operações 
permitem que tais entidades obtenham dinheiro para emprestarem às 
empresas que necessitem de numerário para financiar operações e negócios. 
Parte destes recursos irão financiar captados na modalidade de CDB vão 
financiar o crédito direto ao consumidor (CDC), empréstimos para capital de 
giro das empresas e compra de bens e serviços.
O CDB pode ser transferido por endosso em preto (isto é, com o nome e 
qualificação do endossatário), quando não for emitido de forma escritural. Não 
pode ser prorrogado, mas renovado de comum acordo. 
O Recibo de Depósito Bancário (RDB) é muito semelhante ao CDB, 
diferenciando-se deste pelo fato de não poder ser resgatado antecipadamente. 
Nos contratos de CDB, caso o investidor tenha uma emergência, existe a 
26
possibilidade dele negociar o resgate antes do prazo programado. Nessa 
situação, o banco irá compatibilizar a taxa ao prazo em que o dinheiro foi 
investido. Para os RDB's essa possibilidade não existe.
DEPÓSITOS DE POUPANCA
Os depósitos de poupança foram criados na década de 60, para fortalecimento 
da poupança popular. Tais depósitos estão vinculados ao crédito habitacional. 
Seu rendimento anual eh de TR + 6% a.a. A apropriação mensal dos 
rendimentos se da de forma pró rata, ou seja, todo mês é feita a apropriação 
proporcional a 1/12 da remuneração anual. A movimentação é livre, mas há 
perda de remuneração caso o saque seja feito antes de 1 mês do deposito do 
recurso.
Somente os Bancos Múltiplos com carteira de crédito imobiliário, a Caixa 
Econômica Federal, as sociedades de crédito imobiliário e as associações de 
poupança e empréstimo podem receber depósitos de poupança. As sociedades 
de crédito imobiliário e as associações de poupança e empréstimo podem, 
mediante prévia autorização do Banco Central do Brasil, estabelecer convênios 
com bancos múltiplos com carteira comercial e bancos comerciais para a 
captação de depósitos de poupança.
Para efeito de rendimento, os depósitos efetuados em cheque, se honrados na 
primeira compensação e independente do prazo necessário para tal, devem ser 
considerados a partir do dia do depósito.
A poupança, como é dito no mercado, é um dinheiro carimbado, ou seja, 
possui uma destinação previamente definida pelo Conselho Monetário Nacional. 
Grande parte dos recursos captados sob a forma de poupança, mais 
especificamente, no mínimo 65% destes, deverão ser aplicados em operações 
no mercado imobiliário. Deste valor, pelo menos 80%, ou seja, 52% do total, 
deve ser aplicado em operações de financiamento habitacional no âmbito do 
Sistema Financeiro da Habitação – SFH. 
Existem ainda recursos que são captados em depósitos de poupança rural pelo 
Banco da Amazônia S.A., Banco do Brasil S.A. e Banco do Nordeste do Brasil 
S.A. e deverão ter uma destinação diferente da poupança convencional. Destes 
valores captados sob a forma de poupança rural, 15% do montante deve ser 
depositado compulsoriamente no Banco Central do Brasil, no mínimo, 40% 
deve ser mantido em operações de crédito rural e, no máximo, 45% dos 
recursos podem ser aplicados em títulos da dívida pública federal, estadual, 
municipal, depósitos interfinanceiros, financiamentos para habitação rural e 
outros empréstimos.
EXERCÍCIOS
27
1. (BB - 2002) Uma pessoa física foi abrir uma conta-corrente em uma 
instituição bancária. No ato de abertura da conta, demandou que certas 
informações fossem prestadas pelo banco e que essas informações estivessem 
previstas em cláusulas explicativas na ficha-proposta, que é o contrato de 
abertura da conta, celebrado entre o banco e a pessoa física. Em face dessa 
situação, é dever do banco informar ao cliente:
f) o saldo médio mínimo exigido para a manutenção da conta.
g) as condições para fornecimento de talonário de cheques.
h) a necessidade de o cliente comunicar, por escrito, qualquer mudança de 
endereço ou número de telefone..
i) as condições para a inclusão do nome do depositante no Cadastro de 
Emitentes de Cheques sem Fundos.
j) que os cheques liquidados, uma vez microfilmados, poderão ser 
destruídos.
Resposta: Todos os itens são verdadeiros.
2. (BB - 2003) Julgue os itens a seguir quanto aos tipos de conta bancária 
existentes no mercado brasileiro.
a) Da conta de poupança, o dinheiro só pode ser sacado depois de um 
prazo fixado por ocasião do depósito.
b) A conta de depósito a prazo foi criada com o fim específico de estimular 
a economiapopular e permite a aplicação de valores até R$ 1.000,00, 
que passam a gerar rendimentos mensalmente.
c) A conta-salário — tipo especial de conta de depósito à vista destinada a 
receber salários, vencimentos, aposentadorias, pensões e similares — é 
movimentável por cheques e está sujeita aos regulamentos aplicáveis às 
demais contas de depósitos, mas é isenta da cobrança de tarifas. 
d) Na conta de depósito à vista, o dinheiro depositado fica à disposição do 
titular para ser sacado a qualquer momento.
Resposta: Somente o item `d` é verdadeiro.
AULA 11
PRODUTOS E SERVICOS BANCÁRIOS –LETRAS DE CAMBIO E 
COMMERCIAL PAPERS
28
As captações de recursos pelas empresas podem ser feitas diretamente junto 
aos sócios, pela emissão de ações. Outra forma de captação é a contratação de 
empréstimos e financiamentos junto as instituições financeiras. Uma terceira 
forma de captação de recursos é a emissão de títulos de divida por parte de 
tais entidades. Nesta aula, estudaremos os seguintes instrumentos de 
captação:
1. As letras de cambio, muito utilizadas pelas financeiras, e
2. Os commercial papers, papeis emitidos pelas sociedades anônimas (SA).
AS LETRAS DE CÂMBIO
Representa um instrumento de captação típico das sociedades de credito, 
financiamento e investimento, estando sempre relacionado com uma operação 
comercial. Em uma operação de Letra de Câmbio existem três elementos 
fundamentais: o mutuário é quem emite a Letra de Câmbio, confessando que 
pagara um determinado valor no futuro; o aceitante é a sociedade de Crédito, 
Financiamento e Investimento (financeira); e o tomador ou mutuante é o 
investidor da Letra de Câmbio e, por isso, recebe um rendimento.
O fluxo de emissão, aceite e negociação pode ser visto desta maneira:
A Letra de Câmbio é emitida por entidade não-financeira e usuários de bens e 
serviços, existindo o aceite, bem como a coobrigação das sociedades de 
crédito, financiamento e investimento (financeiras) e tem por finalidade a 
obtenção de recursos por parte das financeiras, visando a financiar o 
consumidor final.
COMMERCIAL PAPERS
A regulamentação brasileira denomina tais títulos como notas promissórias. E 
uma nota promissória emitida por uma empresa no mercado externo para 
captação de recursos à curto prazo, gerando portanto uma dívida de curto 
Financeira Investidor
MÁQUINA
Mutuário
Emitente
1 – O devedor emite a letra de câmbio e entrega a financeira
2 – A financeira dá o seu aceite e negocia com o investidor
Aceitante Tomador
3 – O investidor adquire os aceites cambiais emitidos pelas financeiras
29
prazo para a empresa. Tal captação é feita para atender necessidades 
financeiras de uma empresa (expansão, investimentos, etc). É 
caracteristicamente um titulo de curto prazo, emitido por empresas não 
financeiras. Seu prazo maximo é de 6 meses, caso seja emitido por uma S.A. 
de capital fechado, e de ateh um ano caso seja emitido por uma companhia 
aberta. O commercial paper não pode oferecer garantias reais, podendo ser 
garantido por fiança bancária. 
O objetivo de tais títulos é facilitar para as empresa a obtenção de recursos de 
curto prazo. Sua emissão é regulamentada pela CVM por meio da Instrução nº 
134, de 1/11/90. É negociável em mercado secundário, ou seja, os títulos 
podem ser negociados, após sua emissão, entre investidores. Tal negociação 
normalmente ocorre com um desconto sobre o valor de emissão (também 
chamado de valor de face).
EXERCÍCIOS
1. (CAIXA/1998) É ordem de pagamento
a) a ação ordinária.
b) a fatura.
c) a nota promissória.
d) warrant.
e) a letra de câmbio.
Resposta: Somente o item `e` é verdadeiro.
2. (Cespe/Banco do Brasil – 2001) Um commercial paper com vencimento em 
120 dias, cujo valor nominal é de R$ 10.000,00, foi negociado por uma 
empresa por R$ 9.400,00. Acerca dessa situação hipotética e de commercial 
papers, julgue os itens abaixo.
a) Usualmente, no Brasil, o commercial paper é negociado no 
mercado por um valor descontado, sendo recomprado pela 
empresa emitente pelo seu valor de face, como na situação 
hipotética em apreço.
b) Além dos juros pagos, a empresa emitente de commercial papers 
incorre também em despesas de emissão.
c) O commercial paper é, de praxe, utilizado para a captação de 
capital para investimentos de longo prazo das empresas.
d) A operação de commercial papers costuma ter como vantagens 
agilidade e custo financeiro inferior ao das operações de 
empréstimo bancário.
e) Na situação hipotética apresentada, a taxa de rentabilidade é 
inferior a 1% ao mês.
Resposta: Os itens `c` e `e` são falsos.
30
AULA 12
PRODUTOS E SERVIÇOS FINANCEIROS – OPERAÇÕES DE CRÉDITO
A principal aplicação dos recursos captados por instituições financeiras é a 
contratação das operações de crédito, mais conhecidas como empréstimos e 
financiamentos. Tais operações também são chamadas de operações ativas. 
Nesta aula, estudaremos os seguintes tipos de operações de crédito. 
1. Hot Money
2. Contas Garantidas
3. Crédito Rotativo
4. Descontos de Títulos
5. Financiamento de Capital de Giro
HOT MONEY
O hot money pode ser definido como um empréstimo de curtíssimo prazo, 
normalmente por um dia ou, no máximo, por 10 dias. A formação de taxa para 
o hot money é definida pela taxa do CDI do dia da operação acrescido dos 
custos do PIS (0,75%) e do COFINS (2,00%) sobre o faturamento da 
operação. Por ser uma operação de curto prazo o hot money tem a vantagem 
de permitir uma rápida mudança de posição no caso de uma variação brusca 
nas taxas de juros para baixo.
CONTAS GARANTIDAS
Caracterizadas como empréstimos de curto prazo, para os quais o tomador 
mantém sob a custódia de uma instituição financeira valores a receber junto a 
seus clientes, numa proporção que garanta o pagamento do empréstimo, no 
caso de inadimplência por parte do tomador. São semelhantes ao crédito 
rotativo, exceto pelo fato de ter, obrigatoriamente, garantias vinculadas à 
operação.
CRÉDITO ROTATIVO
São empréstimos em conta corrente, de natureza rotativa, com cobrança de 
encargos mensais somente sobre os valores utilizados no período do contrato. 
São direcionadas tanto para as pessoas físicas como jurídicas. Quanto às suas 
modalidades, quando destinadas às pessoas físicas, denominam-se Cheque 
Especial, e quando às jurídicas, Cheque Especial Empresa ou com o nome 
genérico Empréstimos Em Conta Corrente.
Tanto para as pessoas físicas, quanto para as jurídicas, as amortizações são 
parciais do saldo devedor, através de simples depósitos em conta, até a 
liquidação total do débito; no vencimento do contrato, dá-se a liquidação do 
saldo devedor. Os prazos variam de acordo com o período de captação dos 
31
recursos. O que se faz normalmente é um contrato para um prazo de 180 dias, 
com repactuação dos encargos a cada 30 dias.
DESCONTO DE TÍTULOS
É o adiantamento de recursos ao cliente feito pelo banco, sobre os valores 
referenciados em duplicatas de cobrança ou notas promissórias, de forma a 
antecipar o fluxo de caixa do cliente, que transfere o risco do recebimento de 
suas vendas a prazo ao banco. O banco deve selecionar cuidadosamente a 
qualidade de crédito das duplicatas de forma a evitar a inadimplência. 
Nesta operação, a empresa emitente da duplicata transfere o título para o 
banco, recebendo o líquido do valor nominal.
Nesta operação, o banco cobra juros, comissões e IOF, que será calculado 
sobre o principal. Na data do vencimento do título, caso o mesmo não seja 
liquidado, a empresa é a responsável pelo mesmo junto ao banco, efetuando o 
pagamento do título acrescido de jurose multa pelo atraso.
FINANCIAMENTO DE CAPITAL DE GIRO
Destinados ao suprimento da necessidade de capital de giro de empresas. 
Empréstimos vinculados a um contrato específico, contendo prazos, taxas, 
valores e garantias. Através dessa modalidade de empréstimo, as empresas 
garantem recursos para sua movimentação a curto prazo. A amortização do 
empréstimo será negociada entre as partes.
EXERCÍCIOS
1. (CEF – 2004 – Fundação Carlos Chagas) Julgue o item correto, a partir das 
afirmativas abaixo:
a) Sobre a operações de Crédito Rotativo não incidem juros e IOF.
b) Operações Hot Money são operações de empréstimo de curto e curtíssimo 
prazos, demandas para cobrir as necessidades de longo prazo da empresa. O 
custo dessas operações é baseado na taxa ao CDI do dia mais o spread 
cobrado pelo banco.
c) As operações Hot Money são referenciadas pelo CDI – Certificado de 
Depósito Interfinanceiro – e
as taxas são repactuadas diariamente. 
d) Crédito Rotativo é uma linha de crédito aberta pelos bancos para 
financiamento de investimentos
permanentes.
e) As operações de Crédito Rotativo, por serem simples de operar, não exigem 
garantias.
Resposta: Somente o item c é verdadeiro.
2. (CEF – 2004 – Fundação Carlos Chagas) Julgue o item correto, a partir das 
afirmativas abaixo
32
a) Nas operações de desconto bancário, o risco é assumido pela instituição 
financeira.
b) A operação de Desconto de Títulos diz respeito ao adiantamento de recursos 
ao cliente, feito pelo banco, como uma antecipação dos valores a pagar a seus 
fornecedores.
c) Na operação de Desconto de Títulos, o valor liberado ao tomador é superior 
ao valor nominal (valor de resgate) dos títulos, em razão do encargos 
financeiros cobrados antecipadamente.
d) Nas operações de desconto bancário, a responsabilidade final da liquidação 
do titulo negociado perante a instituição financeira, caso o cedente não pague 
no vencimento, é do tomador de recursos, ou seja, o sacado.
e) A operação de Desconto de Títulos dá ao banco o direito de regresso, caso o 
título não seja pago pelo sacado. 
Resposta: Somente o item `e` é verdadeiro.
33
AULA 13
PRODUTOS E SERVIÇOS FINANCEIROS – OPERAÇÕES DE CRÉDITO
Nesta aula, estudaremos mais 3 tipos de operação de crédito. São eles:
1. Vendor Finance e Compror/Finance
2. Financiamento de Capital Fixo
3. Crédito Direto ao Consumidor
VENDOR FINANCE E COMPROR FINANCE
Operação realizada visando permitir ao comerciante o recebimento à vista de 
vendas realizadas a prazo, com a intermediação de uma instituição financeira. 
A seguir são apresentadas duas representações de operações de credito. A 
primeira, sem a presença do vendor. 
A segunda representação apresenta a intermediação de uma instituição 
financeira, com o contrato de vendor com o comerciante vendedor.
34
Neste tipo de operação, a empresa vendedora transfere seu crédito ao banco 
em troca de uma taxa. Os impostos e taxas serão menores, já que a empresa 
não embute o valor dos impostos e taxas no valor da mercadoria. Um 
exemplo: A empresa “A” efetua uma operação de venda a prazo cliente “B”, no 
valor de $ 20.000,00. Se não houver a operação de Vendor, o valor final da 
operação será de $ 21.500,00. Já com a operação de Vendor, o valor que a 
empresa “A” cobrará do banco será de $ 20.000,00, enquanto o mesmo 
financiará as mercadorias para o cliente “B”, no valor de $ 21.230,00.
O Compror Finance é uma operação inversa ao vendor finance, ocorrendo 
quando pequenas indústrias vendem para grandes redes comerciais. Neste 
caso o fiador do contrato é o próprio comprador. É um instrumento que dilata 
o prazo de pagamento de compras para os adquirentes, sem envolver o 
vendedor, tendo em vista que a instituição financeira financia a aquisição.
FINANCIAMENTO DE CAPITAL FIXO
35
O capital fixo é representando por máquinas, equipamentos, imóveis, 
instalações, etc. Em muitos casos é muito difícil as empresas terem condições 
para efetuarem investimentos em bens fixos, pois seria necessária uma 
descapitalização para a aplicação nas aquisições de tais bens. As instituições 
financeiras dispõem de recursos destinados ao financiamento de bens fixos.
Tais recursos podem ter origem própria ou através de repasses de órgãos do 
governo ou de recursos obtidos no exterior para tal finalidade. Várias são as 
linhas de financiamento para a aquisição de capital fixo, inclusive com recursos 
oriundos do BNDES. As operações de arrendamento mercantil podem ser vistas 
como uma modalidade de financiamento de capital fixo. 
Os encargos cobrados pelas instituições para liberação dos financiamentos 
variam conforme a política do governo, através de resoluções do Banco Central 
do Brasil. A modernização do parque industrial é um dos pontos importantes 
para o desenvolvimento do país, e sendo assim, o Governo em muitas 
oportunidades facilita a política de financiamento a médio e longo prazos, 
inclusive com determinações que visam facilitar a importação de equipamentos 
vindos do exterior.
CRÉDITO DIRETO AO CONSUMIDOR
Empréstimos ou financiamentos concedidos para uso por parte do cliente na 
aquisição de bens, geralmente eletro-eletrônicos e carros. O CDC é concedido 
diretamente ao consumidor, pessoas jurídicas ou pessoas físicas por bancos e 
sociedades de crédito, financiamento e investimento (financeiras).
Além dos juros é cobrado o IOF (Imposto sobre operações de crédito, câmbio e 
seguro ou relativos a títulos e valores imobiliários), que incide de forma 
diferente nas pessoas físicas e jurídicas. Neste caso específico, o IOF arcado 
pelas pessoas jurídicas é maior do que aquele pago pelas pessoas físicas. Em 
geral, as operações obedecem a um sistema de pagamento Price, ou seja, a 
quitação do financiamento é efetuada em prestações iguais, mensais e 
sucessivas.
O CDC é uma alternativa de financiamento de veículos leves e pesados, 
máquinas e equipamentos médicos e odontológicos, equipamentos de 
informática, serviços diversos, entre outros. Os prazos variam entre 1 e 48 
meses, de acordo com o bem financiado.
O CDC Interveniência é uma modalidade de CDC na qual a empresa 
vendedora da mercadoria atua como garantidora do crédito concedido pela 
financeira ou pelo banco.
EXERCÍCIOS
36
1. (BB/1999-1) Um cliente industrial deseja tomar recursos bancários para 
financiar suas vendas, de forma a otimizar sua receita e suas despesas fiscais. 
Que produto lhe seria corretamente recomendado?
a) Vendor.
b) CDC com Interveniência.
c) Desconto de Duplicatas.
d) Contrato de Abertura de Crédito Rotativo.
e) Empréstimo para Capital de Giro.
Resposta: Somente o item a é verdadeiro.
2. (BB/1998) Nas operações de Crédito Direto ao Consumidor – CDC, as taxas 
de juros cobradas pela Financeira e/ou Banco Múltiplo com esta carteira são, 
via de regra, maiores que as taxas de juros cobradas nas operações de Crédito 
Direto ao Consumidor com Interveniência – CDCI. Tal fato se deve à (ao):
a) prática de mercado;
b) maior complexidade operacional do CDC;
c) maior custo administrativo do CDC;
d) menor risco de crédito inerente ao CDCI;
e) impacto nos Depósitos à vista.
Resposta: Somente o item d é verdadeiro.
37
AULA 14
PRODUTOS E SERVIÇOS FINANCEIROS – CRÉDITO RURAL
O crédito rural no Brasil é uma operação bastante regulada e, notoriamente, 
cheia de subsídios governamentais. Representa importante operação ativa 
realizada pelo Banco do Brasil, sendo que tal instituição é o principal agente do 
Governo Federal neste segmento.
As fontes de recursos do Crédito Rural
O crédito rural pode ser concedido com recursos de 2 categorias:
a) controlados: assim

Outros materiais