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APOSTILA DE LUBRIFICAÇÃO REVISADA

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Mecânico de Manutenção 1 
 
 
 
 
 
 
 
 
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 Mecânico de Manutenção 2 
 
 
 
 
Presidente da FIEMG 
Robson Braga de Andrade 
 
Gestor do SENAI 
Petrônio Machado Zica 
 
Diretor Regional do SENAI e 
Superintendente de Conhecimento e Tecnologia 
Alexandre Magno Leão dos Santos 
 
Gerente de Educação e Tecnologia 
Edmar Fernando de Alcântara 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 Mecânico de Manutenção 3 
 
SSuummáárriioo 
 
Apresentação 
 
 
1. Lubrificação Industrial.............................................................................. 05 
2. O que é lubrificar...................................................................................... 08 
2.1 Tipos de lubrificantes......................................................................... 08 
 2.2 Óleos lubrificantes............................................................................ 10 
 2.3 Aditivos............................................................................................... 12 
3. Graxas lubrificantes................................................................................... 15 
3.1 Vantagens da utilização das graxas................................................ 15 
4. Tipos de graxas.......................................................................................... 17 
4.1 Graxas betuminosas............................................................................ 18 
 4.2 Aditivos para graxas...................................................................... 18 
5. Métodos de lubrificação............................................................................ 19 
5.1 Lubrificações com perda total............................................................ 19 
6. Aplicação com reaproveitamento............................................................. 
7. Precaução com os lubrificantes............................................................... 
 7.1 Estocagem............................................................................................. 
 7.2 Manuseio e transporte de lubrificantes............................................... 
8. Técnicas preditivas por analise de óleo.................................................. 
9. Classe NlGI ................................................................................................ 
10. Normas de lubrificantes.......................................................................... 
11. Planejamento de lubrificação ................................................................. 
23 
28 
28 
29 
30 
33 
34 
35 
12. Contaminação........................................................................................... 37 
13. Referência bibliográfica........................................................................... 40 
 
 
 
 Mecânico de Manutenção 4 
 
Apresentação 
 
 
 
“Muda a forma de trabalhar, agir, sentir, pensar na chamada sociedade do 
conhecimento. “ 
Peter Drucker 
 
 
 
O ingresso na sociedade da informação exige mudanças profundas em todos 
os perfis profissionais, especialmente naqueles diretamente envolvidos na 
produção, coleta, disseminação e uso da informação. 
 
O SENAI, maior rede privada de educação profissional do país,sabe disso , e 
,consciente do seu papel formativo , educa o trabalhador sob a égide do 
conceito da competência:” formar o profissional com responsabilidade no processo 
produtivo, com iniciativa na resolução de problemas, com conhecimentos técnicos 
aprofundados, flexibilidade e criatividade, empreendedorismo e consciência da 
necessidade de educação continuada.” 
 
Vivemos numa sociedade da informação. O conhecimento, na sua área 
tecnológica, amplia-se e se multiplica a cada dia. Uma constante atualização 
se faz necessária. Para o SENAI, cuidar do seu acervo bibliográfico, da sua 
infovia, da conexão de suas escolas à rede mundial de informações – internet- 
é tão importante quanto zelar pela produção de material didático. 
 
 
Isto porque, nos embates diários,instrutores e alunos , nas diversas oficinas 
e laboratórios do SENAI, fazem com que as informações, contidas nos 
materiais didáticos, tomem sentido e se concretizem em múltiplos 
conhecimentos. 
 
O SENAI deseja , por meio dos diversos materiais didáticos, aguçar a sua 
curiosidade, responder às suas demandas de informações e construir links 
entre os diversos conhecimentos, tão importantes para sua formação 
continuada ! 
 
Gerência de Educação e Tecnologia 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 Mecânico de Manutenção 5 
 
2. LUBRIFICAÇÃO INDUSTRIAL 
 
 
 
 
 
 
 
 AAttrriittoo 
 
Quando um corpo qualquer, sólido, líquido ou gasoso, move-se sobre a 
superfície de outro, origina-se uma resistência a este movimento, a qual pode 
ser expressa ou representada por uma força que é a tangente às superfícies 
em contato. A esta força que tende a se opor ao movimento denominamos 
atrito. 
 
A força de atrito é proporcional à força de compressão: 
 
Figura 1: Demonstração de atrito.por deslizamento 
 
 
Figura 2: Demonstração de atrito por rolamento. 
 
 
 Mecânico de Manutenção 6 
 
 
Existem duas formas de atrito: externo e interno. 
 
Atrito externo pode ser definido como a resistência ao movimento de duas 
superfícies em contato. Isto, se deve às irregularidades, mesmo microscópicas, 
que as superfícies apresentam. Quando se interpõe uma camada de óleo entre 
duas superfícies metálicas, a forma de atrito diminui consideravelmente, pois é 
evitado o contato entre as mesmas. Nesse caso, o atrito externo é substituído 
pelo chamado atrito interno, que consiste na força necessária para vencer a 
coesão entre as moléculas de uma determinada matéria (sólida, líquida ou 
gasosa). 
 
 
 
Figura 3: Demonstração de resistência ao movimento. 
 
Ao vencermos o atrito interno apresentado pela camada de óleo e que se 
origina dos choques entre moléculas de óleo, temos, necessariamente, a 
geração de calor, o que provoca um aumento de temperatura. 
 
Observe a ilustração: 
 
 
Figura 4: Geração de calor em engrenagens. 
 
 
 
 
 Mecânico de Manutenção 7 
 
 
Daí surge à técnica da lubrificação, cuja importância e funções veremos no 
decorrer desta publicação. 
 
Ao usarmos a lubrificação, pretendemos manter mínimos os atritos externo e 
interno, reduzindo o desgaste das peças em atrito, sem, com isso, 
provocarmos demasiado aumento de temperatura. 
 
 
 
 
Estudos realizados pelo MIT – Massachusetts Institute of Technology – 
revelaram que cerca de 70% dos equipamentos industriais ficam inoperantes 
por conseqüência da degradação superficial, onde 50% provêm de desgaste 
mecânico e 20% da corrosão. Esses tipos de falha podem estar ligados a 
problemas de lubrificação. 
 
A finalidade da lubrificação é a transformação de um atrito severo em um 
mais brando e, além disso, absorver e dissiparo calor gerado pelo atrito 
brando. 
 
 Mecânico de Manutenção 8 
 
2. O que é lubrificar? 
Lubrificar é aplicar uma substância (lubrificante) entre duas superfícies em 
movimento relativo, formando uma película que evita o contato direto entre as 
superfícies. 
O lubrificante tem como objetivo promover a diminuição do atrito, pois 
transforma o atrito sólido em atrito fluido. Com isso, reduz a perda de energia e, 
conseqüentemente, o desgaste, já que minimiza o contato entre as superfícies 
e absorve o calor gerado pelo contato de superfícies. 
 
2.1 Tipos de Lubrificantes 
 
Os primeiros lubrificantes eram de origem animal, mas com o passar do tempo, 
o homem foi aperfeiçoando-os e, por necessidade, os lubrificantes foram 
evoluindo, passando a ter bases de origem vegetal, mineral e sintética. 
 
Os lubrificantes de base vegetal ainda não representam uma fatia 
significativa no mercado mundial, mas devido à conscientização ecológica 
estão ficando mais atrativos mesmo tendo custo mais elevado e características 
levemente inferiores. 
O lubrificante de base mineral é obtido através do refinamento do petróleo, 
sendo o mais comum entre os lubrificantes, já que a relação custo - beneficio é 
bem atrativa. 
 
Os lubrificantes podem ser classificados também pelo seu estado físico: 
GASOSOS: são os lubrificantes ideais. Apresentam coeficiente mínimo de 
atrito e são encontrados em abundância na natureza. É utilizado na indústria 
apenas em alguns pequenos mancais de alta rotação e baixa carga, pois não 
há como manter uma pressão de gás alta o suficiente para suportar grandes 
cargas; 
 
 
 Mecânico de Manutenção 9 
 
LÍQUIDOS: Os lubrificantes líquidos mais comuns são: óleos vegetais, óleos 
minerais e os óleos sintéticos. Para uso mais específico são adicionados 
alguns aditivos na composição dos lubrificantes líquidos a fim de melhorar suas 
características. 
 
SEMI-SÓLIDOS: Os lubrificantes semi-sólidos são os que se encontram em 
estado “pastoso”, por exemplo, a graxa. 
A graxa é composta por um espessante (sabão) e óleo, podendo ter até 80% 
de óleo em sua composição. Os diferentes tipos de espessante, na composição 
das graxas, determinam suas principais características e, também, eventuais 
usos na indústria; 
 
SÓLIDOS: os lubrificantes sólidos são substâncias com características de 
baixo atrito. Freqüentemente, são usados particulados e dissolvidos nos 
lubrificantes tradicionais (óleo, graxas) para suprir algumas de suas limitações 
e melhorando, assim, as suas características. Exemplos de lubrificantes 
sólidos: grafite, bisulfeto de Mo, Boratos. 
 
Obtido o óleo básico tratado, este é chamado de mineral puro – contido em três 
categorias: 
 
a) Naftênico: oriundo do petróleo com resíduo asfáltica; 
 
b) Parafínicos: oriundo do petróleo com resíduo ceroso (parafina); 
 
c) Misto: mistura dos dois resíduos. 
 
De acordo com sua origem, esses óleos apresentam diferenças de 
propriedades, que os indicam para umas aplicações e contra-indicam para 
outras. Mostraremos, a seguir, algumas diferenças desses óleos: 
 
 
Condições 
 
Parafínicos Naftênico 
Frio intenso Congela Suporta 
Forma cinza ao queimar-se Bastante Pouca 
Na água Não mistura Mistura 
Mudando a temperatura, a 
viscosidade Pouco se altera Muito se altera 
Quadro 1 – Diferenças entre óleos 
 
 
 
 Mecânico de Manutenção 10 
 
Não devemos esquecer que atualmente, essas características podem ser 
alteradas com o uso dos modernos equipamentos usados nas refinadoras. 
 
Além, do óleo mineral puro conseguido do petróleo, obtêm-se outros tipos de 
lubrificantes não-minerais: 
 
• Óleos graxos – são os óleos vegetais e animais, poucos usados, 
atualmente, por serem caros e se tornarem ácidos e corrosivos com o 
uso. Uma grande vantagem é a sua aderência á superfície metálica. Os 
mais comumente, usados com os minerais são: óleo de mamona, de 
palmas e de baleia. 
 
• Óleos compostos – consistem em uma mistura de 1 a 25% de óleo 
graxo + óleo mineral, visando dar maior aderência do lubrificante no 
metal e poder formar emulsões com a água. Aplicações mais comuns: 
óleo para perfuratrizes, óleo para locomotivas a vapor (aquelas que não 
reaproveitam o vapor) e óleos emulsionáveis solúveis. 
 
• Óleos sintéticos – atualmente, com os problemas mundiais do petróleo, 
encontra-se em fase de grande desenvolvimento o campo dos óleos 
sintéticos. Os mais conhecidos são: 
 
- Ésteres de silicatos: agüentam altas temperaturas, mas em 
presença de água formam uma pasta abrasiva. São usados: em 
graxas especiais, óleos para transferências de calor, fluidos 
hidráulicos de altas temperaturas; 
 
- Silicones: obtidos do silício, estão entre os melhores sintéticos, 
podendo ser usados em equipamentos com cargas médias e 
moderados, possuindo grande poder lubrificante. Desvantagem: 
são caros demais; 
 
- Ésteres de poliglicol: podem ser usados em fluidos hidráulicos e 
em diversas aplicações. Resistem a inflamar-se, podem ser 
solúveis ou não a água. 
 
2.2 ÓLEOS LUBRIFICANTES 
 Os lubrificantes básicos são obtidos misturando-se óleos-base de diferentes 
viscosidades para se obter uma viscosidade intermediária. 
Viscosidade 
A viscosidade é a principal característica de um óleo lubrificante. A viscosidade 
está relacionada com o atrito entre as moléculas do fluído e pode ser definida 
como a medida da resistência oferecida por qualquer fluido (líquido ou gás) ao 
movimento ou ao escoamento. A viscosidade é responsável pela capacidade 
dos óleos lubrificantes em formar uma película protetora; 
 
 
 Mecânico de Manutenção 11 
 
Índice de Viscosidade 
 Alguns fluídos tendem a ter sua viscosidade reduzida quando aquecidos e 
aumentada quando são resfriados. Dessa forma, quanto maior o índice de 
viscosidade menor será a variação da viscosidade com a temperatura. Por 
exemplo, se dois óleos, a uma determinada temperatura, possuírem a mesma 
viscosidade, quando resfriados, aquele que possuir menor índice de 
viscosidade ficará mais espesso (mais viscoso); 
 
Ponto de fulgor (ou de lampejo) e ponto de inflamação (ou de 
combustão): 
 
 O ponto de fulgor é a temperatura em que o óleo, quando aquecido, 
desprende os primeiros vapores que inflamam momentaneamente em contato 
com uma chama. O ponto de inflamação é a temperatura na qual o óleo 
inflama-se em toda a superfície por mais de 5 segundos; 
 
Pontos de fluidez e névoa 
 
Ponto de fluidez é a menor temperatura na qual uma amostra de óleo ainda 
flui quando resfriada sob determinadas condições. 
 
 Já ponto de névoa é a temperatura na qual é observada uma névoa ou 
turvação da amostra; 
 
Corrosão 
Os lubrificantes são submetidos a testes sob determinadas condições visando 
determinar a sua ação corrosiva sobre os materiais; 
 
Acidez e Alcalinidade 
O grau de acidez ou alcalinidade de um óleo pode ser avaliado pelo seu 
número de neutralização. O número de neutralização é a quantidade, em mg, 
de KOH (hidróxido de potássio) ou de uma substância ácida, como o ácido 
clorídrico ou sulfúrico, que é necessária para neutralizar um grama de óleo; 
 
Oxidação 
Oxidação é a capacidade de óleo combinar-se quimicamente com o oxigênio 
do ar. Essa combinação leva à formação de um verniz e uma borra que 
corroem (ataque físico/químico) os mancais. 
 
Os ensaios de laboratório que determinam a resistência à oxidação submetem 
o lubrificante a temperaturas maiores do que aquelas que são atingidas em 
regime de trabalho. A oxidação do óleo é ativada pelo uso do oxigênio puro 
injetado sob pressão. O resultado é expresso pelo número de neutralização da 
amostra após ensaio; 
 
Espuma 
Os óleos lubrificantes quando agitados em presença de ar estão propensos a 
formar uma espuma. Essa espuma é indesejável,principalmente em sistemas 
hidráulicos e caixas de engrenagens, pois impede a formação de uma película 
lubrificante contínua sob as superfícies lubrificadas; 
 
 Mecânico de Manutenção 12 
 
 
Ponto de Anilina 
Ponto de Anilina é a temperatura mais baixa na qual um volume de um produto 
de petróleo é completamente miscível em igual volume de anilina. O ponto de 
anilina dá idéia do poder solvente de um derivado do petróleo. 
 
Essa característica é indesejável nos lubrificantes, pois ela indica a tendência 
desse lubrificante atacar peças de borracha. Quanto mais baixo for o ponto de 
anilina do óleo, maior será seu poder solvente e maiores serão os danos 
causados à borracha. A principal conseqüência desse ataque à borracha é o 
aumento de volume da peça atacada. 
 
2.3 ADITIVOS 
Os lubrificantes básicos possuem limitações em seu uso devido a algumas 
restrições em suas propriedades físico-químico. Com intuito de alterar essas 
propriedades foram desenvolvidos os aditivos. 
Portanto, os ADITIVOS são substâncias químicas que conferem aos 
lubrificantes propriedades adicionais, como resistência à oxidação, divergência, 
dispersância, proteção contra ferrugem e corrosão, resistência à extrema 
pressão e formação de espuma, melhor índice de viscosidade, maior 
adesividade, demulsibilidade, entre outros. 
Os principais tipos de aditivos para óleos lubrificantes são: 
Antioxidantes; 
Antioxidantes são agentes químicos que retardam a oxidação do óleo. Um óleo 
exposto ao ar tende a oxidar-se devido à presença do oxigênio; 
 
Anticorrosivo; 
O aditivo anticorrosivo protege as partes metálicas da ação corrosiva dos 
ácidos provenientes da oxidação do óleo; 
 
Antiferrugem; 
Antiferrugem são agentes químicos que têm a finalidade de evitar a corrosão 
dos metais ferrosos pela ação da água ou da umidade; 
 
Antiespumante; 
 O aditivo Antiespumante promove a aglutinação das pequenas bolhas de ar 
que se encontram na massa de óleo, formando bolhas maiores, forçando o seu 
deslocamento para a superfície, onde as bolhas se desfazem sem romper o 
filme lubrificante; 
 
Dispersante – detergente; 
Os Dispersantes (detergente) são aditivos que em motores de combustão 
interna têm a finalidade de manter em suspensão, finamente dispersa, a 
fuligem formada pela queima incompleta do combustível e os produtos da 
oxidação do óleo; 
 
 Mecânico de Manutenção 13 
 
Extrema Pressão; 
Tanto os aditivos de extrema pressão (EP) quanto os antidesgaste lubrificam 
quando a espessura da película lubrificante é mínima. Quando a pressão 
excessiva é agravada por uma ação de deslizamento e acontecer o 
rompimento da película, o desgaste será reduzido, pois o aditivo de extrema 
pressão reage com as superfícies metálicas formando uma película lubrificante 
limítrofe: 
 
Antidesgaste; 
Os aditivos antidesgaste são semelhantes aos de extrema pressão, tendo, 
porém ação mais branda. 
 
 
Abaixador de ponto de fluidez. 
O aditivo abaixador de ponto de fluidez tem a finalidade de envolver os 
cristais de parafina que se formam em baixas temperaturas, evitando, assim, 
que eles aumentem e se agrupem, o que impediria a circulação do óleo. 
2.1.2 Classificação do SAE 
 
 
A sociedade de engenheiros automotivos (SAE) adotou esta classificação 
(tabela a seguir) para óleos de motores, transmissões e diferenciais: 
 
Nº SAE SSU a –18ºc SSU a 38,9ºc 
 
SSU a 100ºc 
 
5w Máx. 6000 - - 
10w Máx. 12000 - - 
20w Máx. 48000 - - 
5 - 60-150 …40 
10 - 150-250 40-45 
20 - 250-400 45-58 
30 - 400-600 58-70 
40 - 600-850 70-85 
50 - 850-1500 85-110 
90 - - 75-120 
140 - - 120-200 
250 - - 200… 
VISCOSIDADE 
 
A viscosidade, como já vimos antes, é a principal característica de um óleo 
lubrificante. Para determinar a viscosidade de um lubrificante é utilizado um 
aparelho chamado viscosímetro. (Um viscosímetro básico é formado por um 
tubo de seção cilíndrica, com um estreitamento (estrangulamento) em sua 
parte inferior.) 
 
O método utilizado para determinar a viscosidade é verificar o tempo 
necessário para o escoamento de uma quantidade de óleo, a uma temperatura 
estabelecida. 
 
 Mecânico de Manutenção 14 
 
 
Insere-se uma quantidade de lubrificante no tubo do Viscosímetro que, por sua 
vez, fica mergulhado em banho de água ou óleo com temperatura pré-
estabelecida e controlada por termostato. 
 
 
Método simples para 
determinar a viscosidade 
 
 Ao atingir e manter a temperatura determinada para o ensaio, deixa-se 
o lubrificante escoar através do estreitamento inferior (orifício de dimensões 
específicas), medindo-se o tempo total para escoamento de todo lubrificante. 
 
O tempo total para o escoamento do lubrificante será diretamente proporcional 
à viscosidade desse lubrificante. 
 
Na prática, é muito comum as pessoas confundirem a viscosidade com 
oleosidade. Várias vezes presenciamos lubrificadores, em postos de serviço, 
prender entre os dedos uma pequena quantidade de lubrificante e, depois de 
afastá-los, dizer: “Este óleo não tem viscosidade”. O certo seria dizer que “o 
óleo perdeu a oleosidade ”. 
 
 A oleosidade é a propriedade que um lubrificante possui de aderir às 
superfícies (adesividade) e permanecer coeso (coesividade). 
 
Como exemplo, citaremos a água, que não possui adesividade nem 
coesividade. Colocando uma gota de água sobre uma superfície plana e 
dando um golpe sobre esta gota, verificaremos que a mesma se divide em 
várias pequenas gotas, pois não possui coesividade. Verificamos, ainda, 
que a adesão da água ao dedo e à superfície é praticamente nula. O 
mesmo não acontece se, em vez de uma gota de água, for usado o óleo 
lubrificante.) 
 
 
 
 
 Mecânico de Manutenção 15 
 
33.. GGRRAAXXAASS LLUUBBRRIIFFIICCAANNTTEESS 
 
 
As graxas são compostos lubrificantes constituídos por óleos minerais com 
viscosidades diversas, mais aditivos e mais agentes engrossadores (sabões 
metálicos). 
 
Os sabões engrossadores são obtidos pela reação química entre um ácido 
graxo (geralmente sebo) e um produto alcalino, que pode ser cal virgem (sabão 
de cálcio), soda cáustica (sabão de sódio) ou hidróxido de lítio (sabão de lítio) e 
argila modificada (bentonita). 
 
Cerca de 10% do total de lubrificantes consumidos são constituídos por graxas. 
 
Fabricação 
 
A fabricação das graxas é mais uma arte do que uma técnica e cada fabricante 
têm seus métodos de preparo. 
 
Os equipamentos usados são: tachos de mistura para o sabão, o óleo e 
aditivos, filtros para impurezas, homogeneizador (pequeno moinho) e bombas 
para circular a graxa nas instalações. 
 
3.1 Vantagens da utilização das graxas 
 
• Em mancais de rolamento: 
 
- Possuem boa retenção 
- Proporcionam lubrificação instantânea na partida 
- Permitem o mínimo de vazamento 
- Evitam contaminações 
- Permitem operações em várias posições 
- Podem se aplicadas com menos freqüência 
- Apresentam baixo consumo; 
 
 
• Em mancais de deslizamento 
 
- Possuem boa retenção 
- Permanecem nos locais onde são colocadas 
- Resistem a choques; 
 
 
• Em engrenagens 
 
- Resistem a pressões de carga 
- Possuem boa retenção, principalmente em engrenagens abertas 
- Resistem à remoção de forças tangenciais. 
 
 
 Mecânico de Manutenção 16 
 
Além das características inerentes ao óleo lubrificante, as graxas apresentam 
atributos específicos que definem a sua classificação e condições de uso. 
Esses atributos são: 
Consistência 
A consistência de uma graxa é determinada através da medida, em décimos de 
milímetro, da penetração de um cone padronizado na graxa. O teste é 
realizado com a amostra de graxa a 25ºC; após 5 segundos do disparo do 
cone, faz-se a leitura diretamente no aparelho. 
 
Como valor obtido verifica-se, em uma tabela, o grau de consistência da graxa. 
Quanto menor a variação de consistência, melhor será o desempenho da graxa 
no uso prático. A classificação NLGI (National Lubricating Grease Institute) 
arbitrou números que correspondem a diferentes faixas de penetração; 
 
Ponto de gota 
Ponto de gota é a temperatura na qual a graxa passa do estado sólido ou 
plástico para o líquido, sob determinadas condições. O procedimento para esse 
ensaio consiste em colocar uma amostra da graxa num recipiente com um 
pequeno furo e aquecê-lo até que a graxa goteje pelo orifício; 
 
Teor de óleo mineral 
Teor de Óleo Mineral é o percentual de óleo contido em determinada graxa. 
Esse valor é de grande importância para o fabricante determinar o rendimento 
de fabricação 
 
Teor de sabão 
A adição de sabões aos óleos forma as graxas. O percentual de sabão (teor de 
sabão) utilizado na fabricação da graxa influenciará em suas características 
físico-químicas, como por exemplo, na sua consistência. 
A lubrificação é realizada pelo óleo, mas a consistência é originada pelo sabão 
e pelos espessantes adicionados; 
 
Resistência à água 
A natureza do sabão dá graxa a característica de boa ou má resistência à 
água. A resistência à água se caracteriza pela capacidade da graxa resistir ou 
não à presença de água sem se dissolver; 
 
Número de neutralização 
Número de neutralização é o número que indica a quantidade (em miligramas) 
de hidróxido contido em um grama de amostra. A importância principal desse 
número está no controle da contaminação e na produção das graxas; 
 
Cargas 
Cargas são os lubrificantes sólidos colocados na graxa, tais como: grafite, 
mica, asbesto, dissulfeto de molibdênio, negro de fumo, lã de vidro, zinco, 
chumbo, etc. Para determinar os constituintes das cargas, a graxa é diluída em 
nafta especial e filtrada. Em seguida, o resíduo da filtragem é analisado 
quimicamente. 
 
 
 Mecânico de Manutenção 17 
 
 
4. TIPOS DE GRAXAS 
 
Atualmente, vários são os tipos de graxas existentes no mercado; uma para 
cada caso específico de aplicação. Abordaremos os mais comuns: 
 
• Graxas de cálcio – têm uma textura amanteigada pelo fato de 
possuírem fibras curtas. Não podem trabalhar em temperaturas 
acima de 70ºc por possuírem baixo ponto de gota, mas apresentam 
grande resistência à água. São largamente empregadas em mancais 
de bucha, operando a temperaturas normais (60ºc) e cargas médias 
(15 kgf./cm2), não sendo recomendadas para elevadas pressões e 
altas temperaturas; 
 
• Graxas de sódio – de aparência fibrosa (podendo ser de 
consistência amanteigada) não resistem à água, mas toleram 
perfeitamente temperaturas mais elevadas, entre 110ºc e 150ºc. 
 
• Graxas de lítio – estas satisfazem às duas exigências: resistem às 
altas temperaturas e às lavagens pela água. As mesmas atendem a 
inúmeros casos industriais e são chamadas de multi purpose grease, 
isto é, graxas de múltiplas aplicações. 
 
Suportam até 180ºc, não apresentam resistência à ferrugem e devem 
ser aditivadas. Apresentam também qualidades de extrema pressão 
para condições severas; 
 
• Graxas grafitadas – a grafita é um lubrificante sólido que, ao ser 
incorporado à graxa, faz com que ela possa ser empregada em 
temperaturas elevadíssimas, como é o caso, por exemplo, da 
lubrificação dos moldes de fabricação de vidros. Nesta aplicação, a 
grafita representa papel preponderante na lubrificação, uma vez que 
temperaturas e pressões severas. 
 
• Graxas sem sabão – são tipos de graxas que não utilizam o sabão 
como engrossante. Normalmente são as sílica-gel e argilas 
(bentonita); 
 
• Graxas de sílica-gel – resistem a temperaturas altas, porém não 
resistem à água; 
 
• Graxas bentoníticas – são de bombeamento difícil e custo alto. 
Resistem à água e a altas temperaturas. 
 
Além dos lubrificantes e graxas em uso no mercado, existem outros tipos de 
lubrificantes que possuem grande campo de aplicação. São os lubrificantes 
de composição betuminosa. 
 
 
 
 Mecânico de Manutenção 18 
 
4.1 Composições betuminosas 
 
São lubrificantes de elevada aderência – consistem numa mistura de óleo 
mineral com asfalto. Podem apresentar vários graus de viscosidade e duas 
formas: 
 
a) Sólida – em que se faz aquecer o tambor ou balde para poder aplicá-los; 
 
b) Diluída em solvente – após a aplicação o solvente se evapora e o 
lubrificante se solidifica. 
 
Formas de aplicação: através de pincéis, espátulas e banhos. 
 
4.2 Aditivos usados para graxas 
 
Nem sempre é possível, pela simples seleção do óleo, do agente 
engrossante e dos processos de fabricação, associar numa graxa todas as 
características desejadas. Muitas vezes, a questão pode ser resolvida pelo 
uso de aditivos. 
 
São estes os principais usados para graxas: 
• Antioxidantes; 
• Extrema pressão; 
• Agentes de adesividade; 
• Lubrificantes sólidos; 
• Anticorrosivos; 
• Corantes; 
• Odoríferos. 
Observação: as graxas não podem ser misturadas entre si. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 Mecânico de Manutenção 19 
 
 
5. MÉTODOS DE LUBRIFICAÇÃO 
 
Uma lubrificação adequada é aquela aplicada no local correto e em quantidade 
exata. Por isso, os métodos de aplicação dos lubrificantes são decisivos para o 
sucesso da lubrificação. 
Para que se tenha uma lubrificação correta é necessário que o lubrificante seja: 
• Adequado ao equipamento (condições de temperatura, rotação, etc); 
• Aplicado no local correto; 
• Usado em quantidade exata; 
• Usado em intervalos corretos. 
Os métodos de aplicação dos lubrificantes se dividem em dois grupos: 
Aplicação com perda total - Nesse método, não existe recuperação do 
lubrificante empregado. 
 
Aplicação com reaproveitamento - O fluido circula constantemente entre as 
partes móveis e o tanque (reservatório de óleo ou caixa de mancal). Por não 
haver perdas, após certo tempo é necessário trocar o óleo, visto que os 
aditivos perdem sua eficiência. 
 
5.1 Aplicação com perda total 
 
Como vimos, no método aplicação com perda total não existe recuperação 
do lubrificante empregado. Geralmente são utilizados os seguintes dispositivos: 
1 - Almotolia: a almotolia é uma pequena bomba manual de óleo que é 
utilizada para lubrificar, periodicamente, pontos de lubrificação indicados pelos 
fabricantes de determinadas máquinas. Esses pontos devem ser mantidos 
limpos; sempre que possível, deve ser instalada uma proteção contra 
impurezas. São necessárias apenas algumas gotas de óleo em cada ponto. 
 
 
 
 Mecânico de Manutenção 20 
 
2 - Copo graxeiro: O copo graxeiro pode ser manual ou automático. O 
principal cuidado para esse método de lubrificação é o enchimento periódico e 
a limpeza dos copos. Podem ocorrer problemas por falta de lubrificação, 
quando o mancal aquecer a ponto de provocar o escorrimento livre da graxa, 
ou seja, ocorre o vazamento pelas extremidades do mancal e o copo se 
esvazia rapidamente. 
 
3 - Pistola graxeira: são indicadas para a lubrificação de pinos graxeiros ou 
alemites colocados nos mancais. Antes de se aplicar a graxa, os pinos devem 
ser bem limpos, para evitar a entrada de partículas abrasivas. 
 
4 - Pincel e a espátula: são métodos aplicados em correntes, cabos de aço e 
engrenagens aplicadas em sistemas rotativos abertos. Estes instrumentos 
devem ser periodicamente limpos com solventes, para evitar a formação de 
uma pasta abrasiva oriunda da mistura do lubrificante com a poeira, e então 
lubrificados com óleo de boa adesividade ou com graxas de base asfáltica. 
 
 
 
 Mecânico de Manutenção 21 
 
4 - Copo conta-gotas: é um dispositivo que permite a aplicação do 
lubrificante na quantidade e periodicidade desejada. Porém, exigeatenção 
constante do operador para verificação do nível de óleo, preenchimento e 
regulagem do número de gotas por minuto. 
 
6 - Copo com mecha tipo sifão: esse dispositivo consiste em uma ou mais 
pernas de fios de lã. As fibras da mecha levam óleo, por capilaridade, até o 
mancal. A quantidade de óleo fornecida varia com o nível do óleo e a 
temperatura de trabalho. 
 
7 - Lubrificador por névoa: esse lubrificador tem por finalidade pulverizar 
o óleo em uma fina camada e distribuí-lo através de uma tubulação. Esse 
sistema foi desenvolvido principalmente para a lubrificação de mancais de 
rolamentos que giram a altíssimas velocidades. 
 
 
 
 
 Mecânico de Manutenção 22 
 
8 - Lubrificador mecânico: esse mecanismo consiste em um reservatório de 
óleo e várias unidades individuais de bombeamento. 
Essas unidades fornecem o óleo em pequenas quantidades, sob pressão, para 
tubos que conduzem o óleo ao ponto de aplicação. 
 
9 - Lubrificação centralizada: é um sistema de lubrificação, para graxa ou 
óleo, com a finalidade de lubrificar um elevado número de pontos de uma 
máquina (ou de um conjunto de máquinas simultaneamente) nas quantidades, 
pressões e freqüências corretas, a partir de um reservatório central. 
 
Nesse sistema, o lubrificante é conduzido limpo, sem manuseio e nem 
desperdício, permitindo a racionalização do consumo de lubrificantes, 
economia de mão-de-obra e a lubrificação com a máquina em movimento. 
 
 
 
 
 
 Mecânico de Manutenção 23 
 
6. Aplicação com reaproveitamento 
No método aplicação com reaproveitamento uma determinada quantidade de 
fluido circula constantemente entre as partes móveis e o tanque (reservatório 
de óleo ou caixa de mancal). Por não haver perdas, após certo tempo, é 
necessário trocar o óleo, visto que os aditivos perdem sua eficiência. Os 
principais sistemas da aplicação com reaproveitamento são: 
1 - Por banho de óleo: nesse sistema, o lubrificante está num recipiente que, 
em geral, é a própria carcaça da máquina. As partes que serão lubrificadas 
mergulham total ou parcialmente no óleo. 
 
 
 
2 - Banho de óleo com anel: é um sistema no qual o óleo fica num 
reservatório abaixo do mancal. Ao redor do eixo do mancal repousa um anel 
com diâmetro maior que o do eixo e com a parte inferior mergulhada no óleo. 
Devido ao movimento do eixo, o anel também gira e transporta o óleo até um 
canal de distribuição. 
 
 
 
 
 Mecânico de Manutenção 24 
 
3 - Banho de óleo com colar: O processo é semelhante ao banho de óleo 
com anel. Porém, o anel que repousa sobre o eixo é um colar, que pelo 
movimento do eixo transporta o óleo. 
 
 
4 - Nível constante: É um sistema auxiliar para o banho de óleo, banho de 
óleo com anel e banho de óleo com colar. O dispositivo consiste de dois 
reservatórios e uma interligação entre eles. O primeiro reservatório é o 
alimentador que, em geral, é transparente. O segundo é o reservatório de nível 
constante no qual funciona a lubrificação por banho de óleo, por banho de óleo 
com anel, por banho de óleo com colar, etc. 
 
 
 
 
 
 Mecânico de Manutenção 25 
 
5 - Por salpico: É uma derivação do banho de óleo. Neste sistema, uma 
peça mergulha no óleo e, com o movimento, salpica lubrificante em várias 
partes do conjunto mecânico. 
 É um sistema muito usado em motores de combustão interna e 
compressores de ar. 
 
 
 
6 - Banho com estopa: É um sistema que mantém um chumaço de estopa 
em contato com o eixo. 
Na extremidade inferior da estopa é colocado o óleo que atinge o eixo por 
capilaridade. 
 
 
 
 
 Mecânico de Manutenção 26 
 
7 - Sistema circulatório: são sistemas que usam bombas para distribuir o 
lubrificante. Os sistemas circulatórios podem atuar com alimentação por 
gravidade ou com alimentação por pressão. No sistema por gravidade, o fluido 
é bombeado do cárter para um reservatório superior. Do cárter superior, é 
distribuído por gravidade aos pontos de lubrificação. 
 
No sistema com alimentação por pressão, o bombeamento leva o fluido 
diretamente ao ponto de lubrificação. Nesse caso, não há segundo 
reservatório. 
 
 
Lubrificação de Equipamentos Específicos 
 
Os equipamentos industriais, de maneira geral, apresentam necessidades 
específicas quanto à aplicação de lubrificantes. Veja abaixo alguns 
componentes de máquinas industriais que podem apresentar diversos tipos de 
lubrificação: 
Mancais - Existem dois tipos de mancais: 
Mancais de deslizamento - onde o eixo desliza sobre buchas de material mais 
macio que o da composição do eixo; 
 
Mancais de rolamento - onde o eixo gira em um rolamento apoiado na caixa 
de mancal. 
 
A lubrificação satisfatória dos mancais de deslizamento depende da 
manutenção, entre superfícies, da cunha lubrificante (película espessa). Para 
isso, são fundamentais os seguintes fatores: 
Rotação do eixo; 
Viscosidade; 
Temperatura de serviço; 
Carga de trabalho; 
 
 Mecânico de Manutenção 27 
 
Distribuição do lubrificante 
 
A distribuição dos lubrificantes é feita através de ranhuras e chanfros nos 
mancais de deslizamento. As ranhuras devem ser longitudinais, cortadas em 
toda a extensão do mancal, sem, entretanto, atingir suas extremidades. 
 
 
Mancais de rolamento - Mancais de deslizamento - 
Nível de óleo na caixa do rolamento Ranhura para lubrificação 
 
Lubrificação de engrenagens fechadas. Lubrificação de engrenagens 
abertas 
Os mancais de rolamento podem ser lubrificados com óleo ou graxa, pois 
apresentam a mesma função. Geralmente, empregam-se graxas como 
lubrificantes quando os elementos de vedação não permitem uma lubrificação 
satisfatória com óleo ou, ainda, quando as temperaturas não são excessivas. 
Os parâmetros mais importantes na lubrificação dos mancais de rolamentos 
com óleo é a viscosidade do lubrificante e o nível de óleo dentro da caixa de 
mancal. 
 viscosidade = A viscosidade do óleo é inversamente proporcional à 
temperatura da caixa de mancal. Portanto, a temperatura da caixa de mancal 
deve ser monitorada periodicamente e não deve exceder à temperatura 
indicada pelo fabricante do equipamento. 
 
 Mecânico de Manutenção 28 
 
No sistema de engrenagens fechadas, o óleo é aplicado por salpico ou por 
circulação. Para tanto, usa-se um sistema centralizado ou um sistema 
individual. 
 
As engrenagens de grandes dimensões e baixas velocidades não são 
montadas em caixas metálicas por não ser prático e nem econômico, assim, 
são chamadas engrenagens abertas. 
 
As engrenagens abertas requerem fluidos de alta viscosidade e alta 
adesividade para que a película lubrificante não seja desalojada pelo 
engrenamento dos dentes ou pela força centrífuga. 
 
7. Precauções com os lubrificantes 
 
Antes mesmo da aplicação dos lubrificantes já devemos ter alguns cuidados, 
que se inicia na estocagem e vai até o descarte. 
7.1 Estocagem 
 
Durante a estocagem do lubrificante, deve haver a preocupação de manter a 
sua embalagem íntegra e acondicionada de forma correta, evitando, assim, a 
contaminação do lubrificante, vazamentos para o meio ambiente e, também, o 
risco de incêndios causados pelos vapores produzidos pelo lubrificante. 
 
O maior inimigo dos lubrificantes é a água. A contaminação por água prejudica 
sensivelmente a grande maioria dos lubrificantes, portanto, uma das grandes 
preocupações na estocagem é evitar a entrada de água nas embalagens. 
 
 
 
 
 Mecânico de Manutenção 29 
 
 
 
Armazenagem vertical 
Dessa forma, os tambores devem ser mantidos na posição horizontal e com a 
sua abertura abaixo do nível do lubrificante, deitados sobre ripas de madeira, 
sem o contato com osolo, evitando corrosão. Esse procedimento ajuda na 
detecção de vazamentos e usa o próprio lubrificante como auxiliar de vedação. 
 
 
 
7.2 Manuseio e Transporte 
 
Ao manusear o lubrificante, o operador deve utilizar o EPI específico para a sua 
função, tais como: óculos de proteção, avental, luvas de borracha e produtos 
de proteção para a pele. 
 
O descarte de qualquer lubrificante deve ser feito de forma apropriada, com 
coleta especial e destinação correta, seja para o lubrificante que será reciclado 
seja para o lubrificante inutilizado. 
 
 
 Mecânico de Manutenção 30 
 
Já o transporte dos tambores de lubrificantes deve ser feito com o uso de 
carrinhos ou empilhadeiras, certificando-se da adequada fixação desses 
tambores à lança da empilhadeira ou à plataforma do carrinho. 
 
Os tambores devem ser transportados em posição longitudinal em relação aos 
garfos da empilhadeira ou à plataforma do carrinho. Ao usarmos uma 
empilhadeira para o transporte de tambores, devemos manter os garfos o mais 
próximo possível do chão (conforme código de segurança para veículos 
industriais automotores PNB 153). 
 
Os tambores ou baldes de graxa devem ser transportados e estocados sempre 
em posição vertical, evitando-se assim que o conteúdo do recipiente pressione 
sua tampa com conseqüente vazamento do produto. 
 
No transporte, evite a colocação de objetos pesados sobre os mesmos, pois os 
baldes poderão se deformar, comprometendo a sua integridade. 
Ë muito importante evitar quedas durante o transporte de lubrificantes. 
 
8. Técnicas Preditivas por Análise de Óleo 
 
A confiabilidade e vida útil dos equipamentos industriais dependem em grande 
parte da conservação do lubrificante. 
A análise de óleo é uma ferramenta imprescindível como subsídio para um 
planejamento adequado da manutenção preditiva e preventiva destes 
equipamentos. 
Métodos de coleta 
Os principais métodos de coleta de lubrificantes envolvem válvulas de coleta, 
bombas de coleta e imersão. 
Se a máquina estiver dotada de válvulas de coletas, o método de coleta deverá 
passar pela seguinte seqüência: 
o Limpar a região da coleta; 
o Abrir a válvula permitindo uma vazão razoável para arrastar as 
partículas 
 (filete de 1/4” a 2”, proporcional à máquina); 
o Purgar 2 a 3 vezes o volume parado na tubulação da válvula; 
o Retirar o frasco quando completar o nível de coleta nele indicado; 
o Fechar a válvula (nunca abri-la ou fechá-la sobre o frasco); 
o Descartar imediatamente o lubrificante que excedeu o nível de 
coleta; 
o Tampar o frasco com batoque plástico e tampa roscada; 
o Limpar o frasco; 
o Identificar a amostra com os seguintes dados: máquina, ponto de 
coleta, empresa e data. 
A coleta de amostras de lubrificante, na maioria dos casos, pode ser feita com 
o auxílio de uma bomba de coleta. A figura seguinte mostra o esquema de uma 
 
 Mecânico de Manutenção 31 
 
Bomba de coleta 
O processo de análise de óleo é constituído pelas seguintes fases: coleta, 
análise e elaboração do relatório com a interpretação dos resultados. 
Os tipos mais comuns de análise de óleo aplicado na manutenção preditiva 
são: 
� Análise de Óleo Simples 
 
Composto pela análise físico-química e cromatográfica. 
 
� Análise de Óleo Completa 
Composto pela análise físico-química, cromatográfica, análise de 
porcentagem da umidade e análise ferrográfica. 
 
� Análise Físico-Química 
Determina a condição e o estado de envelhecimento do óleo mineral 
isolante. Se os valores encontrados estiverem dentro dos limites 
recomendados, o lubrificante está atendendo sua capacidade de 
lubrificação e refrigeração. Valores fora dos limites pré-estabelecidos 
indicam necessidade de tratamento termo-vácuo, substituição ou 
regeneração do lubrificante. 
 
� Análise Cromatográfica 
Determina a concentração de gases dissolvidos no óleo lubrificante. 
 
A relação e a concentração dos gases possibilitam a identificação de 
ocorrência de defeito interno no equipamento. 
 
Valores elevados indicam a necessidade de inspeção interna para 
verificação e correção de defeitos. 
Obs.: Para equipamentos selados, é possível verificar a eficiência do 
sistema de preservação. 
 
 
 Mecânico de Manutenção 32 
 
� Análises ferrográficas 
A ferrografia é uma técnica de avaliação das condições de desgaste dos 
componentes de uma máquina por meio de quantificação e observação 
de partículas em suspensão no lubrificante. 
 
 
 
Ferrógrafo. 
A ferrografia identifica as causas do desgaste através do exame visual da 
morfologia, cor, tamanho, distribuição e concentração das partículas no 
ferrograma. O ferrograma é uma lâmina que permite obter a dimensão 
aproximada de partículas depositadas. 
A lâmina mede aproximadamente 57 mm e, ao longo dela, passa o fluxo de 
lubrificante que vai deixando para trás as partículas de desgaste; as maiores 
ficam no início do fluxo e as menores, no final. 
 
Os benefícios conseqüentes da aplicação de uma técnica preditiva por análise 
de óleo são: 
• Acompanhamento das condições de operação do equipamento. 
 
• Permite um acompanhamento do equipamento propiciando um 
planejamento para a manutenção preventiva e preditiva determinando o 
ponto ótimo para a intervenção. 
 
• Permite determinar o tratamento mais eficaz aumentando a 
confiabilidade do equipamento. 
 
• Possibilita planejar a substituição de componentes do equipamento 
evitando situações emergenciais. 
Contaminantes: 
Para cada aplicação existe um tipo de lubrificante e, conseqüentemente, um 
tipo de contaminante específico. 
 
 Mecânico de Manutenção 33 
 
Por exemplo: os motores a combustão interna estão expostos à formação de 
lacas, vernizes e borras causadas pelas altas temperaturas internas. A 
mudança na cor de um óleo usado em um motor à combustão pode significar 
uma contaminação: 
• A cor cinza indica contaminação por chumbo da gasolina; 
• A cor preta indica contaminação por fuligem da combustão; 
• A cor branca ou leitosa indica a contaminação por água. 
Outros tipos de contaminantes como, presença de poeira, partículas 
metálicas ou não metálicas provenientes do desgaste de peças que compõe o 
equipamento, podem comprometer a vida útil do lubrificante, fazendo-o perder 
algumas de suas características principais como: 
9. CLASSES NLGI 
(Nacional Lubricating Grease Institute – USA ) 
DENSIDADE 
Classe NLGI 
(DIN 51818) 
Penetração de 
trabalho (mm/10) 
Avaliação geral 
de consistência 
Área de aplicação 
000 445 a 475 Fluida LT, C 
00 400 a 430 Pouco fluida LT, C 
0 355 a 385 Semi-fluida LT, C 
1 310 a 340 Muito macia LT, C, LR,LD 
2 265 a 295 Macia LR,LD,C 
3 220 a 250 Meio consistente LR, LD 
4 175 a 205 Consistente LR,LA 
5 130 a 160 Muito consistente LA 
6 85 a 115 Dura - 
 
LD = Lubrificação de mancais de deslizamento 
LR = Lubrificação de mancais de rolamento e de rodas 
LA = Lubrificação de bombas de água 
LT = Lubrificação de redutores 
C = Adequada para instalações de lubrificação centralizada 
 
 Mecânico de Manutenção 34 
 
10. NORMAS DE LUBRIFICANTES 
ASTM = AMERICN SOCIETY FOR TESTING MATERIAIS 
Associação para normatização de métodos e teste para lubrificantes e 
determinação para especificações de lubrificantes 
ATF 
AUTOMATIC TRANSMISSION FLUID 
Líquidos especiais para câmbios automáticos e para alguns câmbios de 
engrenagens manuais de veículos e direção hidráulica 
API 
AMERICAN PETROLIUM INSTITUTE 
Divisão de óleo de cambio 
SAE 
SOCIETY OF AUTOMOTIVE ENGINEERS 
Marcação de óleo com viscosidade diferente 
 
EXEMPLO: 
MOBIL DTE 26 
ANP – 0583 
ISSO – VG 68 
Tabela de verificação 
GRAXA 
PRODUTO 
ANP ESPECIF. 
MOBILGREASE MP 
USO = AUTOMOTIVO 
0140 NLGI 2MOBILGREASE 2 
USO = AUTOMOTIVO 
0140 NLGI 2 
MOBILUX EP 1 
USO = INDUSTRIAL 
0749 NLGI 1 
MOBIL TEMP 1 
USO = INDUSTRIAL 
0146 NLGI 1 
MOBILGREASE HP22 
USO = AUT/ IND 
 
0410 NLGI 0 
 
 
 
 Mecânico de Manutenção 35 
 
 11. Planejamento da Lubrificação 
 
Para alcançarmos uma lubrificação eficiente é necessária uma relação 
adequada entre o tipo, a quantidade, o local e o momento para aplicação do 
lubrificante, ou seja, é necessário fazer um Planejamento da Lubrificação. 
Lubrificação eficiente (As informações para se ter uma lubrificação eficiente 
devem ser fornecidas pelos fabricantes dos equipamentos. ) 
A implantação do planejamento da lubrificação passa por etapas como o 
levantamento das informações dos equipamentos, a racionalização dos 
estoques dos lubrificantes, a codificação dos pontos de lubrificação, a 
identificação dos lubrificantes, a programação dos serviços de lubrificação, o 
controle do estoque dos lubrificantes e o controle dos métodos de lubrificação. 
Redução de custos de manutenção 
Um bom plano de manutenção não só especifica quando e quanto lubrificante 
usar, mas também especifica que tipo é o mais indicado para a aplicação, 
levando em conta as suas características, vida útil, armazenamento e descarte. 
 
Alguns métodos de lubrificação podem reduzir o custo da manutenção de 
forma bastante atrativa, por exemplo, a lubrificação por névoa mistura uma 
parte de lubrificante a 200 mil partes de ar. 
Existem também alguns artifícios usados para prolongar a vida útil do 
lubrificante. Um exemplo deste método é a filtragem do lubrificante, que elimina 
partículas de desgaste do óleo e o deixa apto a ser utilizado por mais tempo. 
 CCoonnttrroollee ddaa lluubbrriiffiiccaaççããoo 
 
O controle é feito mediante a organização dos seguintes pontos: 
 
a) Estoque de lubrificantes: o controle é feito através de uma ficha de 
estoque. Cada produto possui sua própria ficha onde se registram: datas 
de saídas e entradas, estoque existente e o local de destino, nível de 
ressuprimento, tempo de ressuprimento e ponto de ressuprimento; 
 
b) Controle de consumos: este controle é feito em duas fichas: controle de 
consumo diário, que é preenchida diariamente por lubrificador, por área, 
por seção, por departamento e por tipo de produto, e controle de 
consumo periódico, que é um relatório que nos dá um panorama dos 
consumos periódicos (mensais, semestrais), dependendo do tipo de 
trabalho, da empresa, etc. 
 
 
 
 
 
 
 
 Mecânico de Manutenção 36 
 
Observe, a seguir, um modelo de fichas utilizadas para controle de lubrificação. 
 
s e n a i Controle de lubrificação U.o Nº Minas gerais 
Nome da máquina Modelo Nº patrimônio Localização 
Partes a Capac. Lubrificante Trocado Período de Próxima Visto Lubrificar Reserv. Óleo Graxa Em Trocas Troca 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Quadro 2: Controle da lubrificação 
 
Ficha de equipamento 
Equipamento: Fabricante: Modelo: 
Nº do fabricante: Nº de identificação: 
 
Lubrificação 
Itens Partes a lubrificar Lubrificante Capacidade Aplicação Freqüência 
1 
 
2 
 
3 
 
4 
 
8 
 
9 
 
10 
 
Quadro 3: Controle da lubrificação 
 
 Mecânico de Manutenção 37 
 
1122.. CCoonnttaammiinnaaççããoo 
 
 
O “aspecto ambiental”: Os elementos das atividades, produtos ou serviços de 
uma organização capazes de interagir com o meio ambiente. Um aspecto 
ambiental significativo é aquele que tem o pode ter um impacto ambiental 
significativo. 
 
O “impacto ambiental”: Qualquer mudança provocada no meio ambiente, 
adversa ou benéfica, que resulte no todo ou em parte, atividade, produtos ou 
serviços de uma organização. 
 
Identificação dos aspectos ambientais e avaliação dos impactos associados 
 
Constitui condição precedente a identificação de aspectos e avaliação dos 
impactos ambientais associados, o conhecimento detalhado do fluxograma dos 
processos respectivas tarefas. 
 
Há que se considerar a necessidade de uma compatibilização geral entre as 
listas de tarefa de todos os setores de uma organização, de forma a consolidá-
las em uma única listagem geral, que permitirá que tarefas idênticas ou 
similares, realizadas por diversos setores, possam ter seus aspectos e 
impactos identificados de forma compartilhada. 
 
Em situações específicas pode ser necessário desdobrar a tarefa em alguns 
passos para melhor identificar seus aspectos. 
 
Tendo sido listadas as tarefas com base no fluxograma de processo, devem 
ser identificados e, quando possível (sendo sempre desejável), quantificados 
os aspectos ambientais correspondentes a cada tarefa (ou produto/serviço) do 
processo. 
 
Para cada aspecto ambiental identificado devem ser elencados os respectivos 
impactos ambientais, ou seja, “qualquer modificação do meio ambiente, 
adversa ou benéfica, que resulte, no todo ou em parte, das atividades, produtos 
e serviços de uma organização.” (NBR ISO 14.001 – item 3.4). 
 
Portanto trata-se de uma relação de causa e efeito: os impactos ambientais são 
as conseqüências que as atividades, produtos e serviços da organização 
acarretam ou podem acarretar sobre o meio ambiente. 
 
Listagem de aspectos e impactos ambientais 
Esta listagem não é imutável nem prescrita, devendo ser encarada como um 
agente de facilitação. O desenvolvimento do processo de identificação dos 
aspectos permitirá que a listagem seja periodicamente atualizada. 
 
 
 
 
 
 
 
 Mecânico de Manutenção 38 
 
A – Listagem dos aspectos ambientais 
 
Categoria Aspectos 
 
 
 
 
 
Emissões atmosféricas 
(ea) 
1. Emissão de partículas totais em suspensão 
– pts 
2. Emissão de partículas inaláveis – pm10 
3. Emissão de fumaça (ex.: veículos, caldeiras) 
4. Emissão de fumos metálicos (ex.: soldas) 
5. Emissão de gases de combustão (sox, nox, 
co) 
6. Emissão de compostos clorados (ex.: 
cloretos, clorofluorcarbono – cfc’s) 
7. Emissão de compostos orgânicos voláteis – 
voc’s (ex.: solventes, tintas, desengraxantes) 
8. Geração de odor 
9. Emissão de outros gases (ex.: inertes, 
oxidantes, amônia, fotoquímicos, gases 
ácido-alcalinos) – especificar 
 
 
 
 
Efluentes líquidos (El) 
1. Geração de efluentes líquidos contendo 
óleos e graxas 
2. Geração de efluentes líquidos inorgânicos 
(ex.: ácidos, bases, cianetos, metais 
pesados) 
3. Geração de efluentes orgânicos não oleosos 
(ex.: solventes, organoclorados, detergentes, 
fenóis) 
4. Geração de esgotos domésticos 
5. Geração de outros efluentes líquidos – 
especificar 
 
Ruído (Ru) Emissão de ruído 
Vibração (vi) Emissão de vibração 
Radiação (ra) Emissão de radiação (ex.: calor, ultra-som, 
microondas) 
Recursos naturais e 
energéticos (rn) 
1. Uso de água 
2. Consumo de combustíveis fósseis (ex.: óleos 
diesel e combustível, carvão, gasolina) 
3. Consumo de energia elétrica 
 
Quadro 4: Aspectos ambientais 
 
 
 
 
 
 
 
 Mecânico de Manutenção 39 
 
 
 
B – LISTAGEM DOS IMPACTOS AMBIENTAIS 
 
Os aspectos ambientais mais freqüentemente associados aos aspectos das 
atividades, produtos e serviços de uma organização são os seguintes: 
 
Categoria Impactos 
 
Ar 
1. Alteração da qualidade do ar 
2. Alteração da camada de ozônio 
3. Geração de chuva ácida 
4. Formação de efeito estufa 
 
 
 
Água 
1. Alteração da qualidade da água 
superficial 
2. Alteração da qualidade da água 
subterrânea 
3. Assoreamentodos cursos d’água 
4. Redução da disponibilidade dos 
aqüíferos 
5. Eutrofização 
Solo Alteração da qualidade do solo 
Recursos naturais/ 
Energia 
Ineficiência no consumo / emprego de 
recursos naturais e/ou energia 
 
Meio antrópico 
1. Danos à saúde humana 
2. Incômodos ao homem – ruído, 
vibração, odor 
3. Danos materiais 
 
 
Quadro 5: Aspectos ambientais 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 Mecânico de Manutenção 40 
 
 
 
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Instituto Brasileiro de Petróleo: Apostila do curso de informação sobre 
lubrificantes e lubrificação. Rio de janeiro, Ebe, 1976. 228 p. 
 
Móbil Oil do Brasil Ind. Com. Ltda. Fundamentos da lubrificação. São Paulo, 
1979. 289 p. 
 
Moura, Carlos Roberto dos Santos. Lubrificantes e lubrificação. Rio de janeiro, 
livros técnicos e científicos, 1975. 446 p. 
 
Rousso, José. Manual de lubrificação industrial. Rio de Janeiro, CNI/DAMPI, 
1983. 125p. (manual CNI) 
 
SENAI. Departamento Regional de São Paulo. Atrito e Lubrificação /por/ Dario 
Amaral Filho. São Paulo, SENAI -DR/DMDI, 1984. 62 p. 
 
Shell do Brasil. Curso de Lubrificação Industrial. S.l., s.d. v.1 106 p. 
 
Soares, Rui Abreu. Manutenção preventiva. 6. Ed. Rio de janeiro, CNI/DAMPI, 
1986. 59 p.

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