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Direito Tributário 
 
O Direito Tributário é um ramo do Direito Público que trata das normas 
jurídicas tributárias. 
Nas relações de Direito Tributário o Estado exerce seu poder de Império, 
obrigando o particular a cumprir obrigações tributárias. O Estado atua como sujeito 
ativo de uma relação jurídica chamada de obrigação tributária. 
Do outro lado dessa relação está o sujeito passivo, que é o particular, e 
que deve contribuir com seus recursos para manutenção do Estado. Para atingir sua 
finalidade de promover o bem comum, o Estado exerce funções para cujo custeio é 
preciso de recursos financeiros ou receitas. 
A Constituição de 1988 está vigente até hoje, encontramos nela os artigos 
145 a 162, referentes às tributações, os quais definem as limitações ao poder de 
tributar do Estado, organiza o sistema tributário e detalha os tipos de tributos e a 
quem cabe cobrá-los. 
 
Formação da obrigação tributária 
 
A imposição de pagar o tributo surge do vínculo que se estabelece entre o 
particular (devedor - sujeito passivo - contribuinte) quando há a ocorrência de um 
fato gerador: é uma situação prevista em lei, que faz com que surja o vínculo entre 
o particular e o Estado (a obrigação tributária). 
O particular fica determinado a pagar uma prestação de cunho 
patrimonial, prevista na legislação. A prestação pode servir para pagar tributo, ou 
penalidade, dependendo de como é definido pela lei o ato praticado pelo particular. 
 
Fontes do Direito Tributário 
 
Leis, Emendas Constitucionais, Tratados e Convenções Internacionais, 
Leis Complementares, Leis Ordinárias, Leis Delegadas, Medidas Provisórias, 
Decretos Legislativos e Resoluções do Senado Federal. 
 
Espécies Tributárias 
 
Mas afinal o que é um tributo? O Tributo resulta de uma exigência do 
Estado, cuja finalidade é financiar as despesas públicas, seja com guerra, com 
segurança interna ou com o que seja necessário para o bem estar dos cidadãos. 
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Tributos são prestações compulsórias, ou seja, são de cumprimento 
obrigatório e não voluntário, e que deve feitas em dinheiro ou algo que o represente. 
Entretanto, o tributo não pode ser utilizado punição pela prática de uma infração. 
Vejamos quais são as espécies de tributos especificados pelo Código 
Tributário Nacional (CTN): 
 
* IMPOSTO 
De acordo com o artigo 16 do Código Tributário Nacional – CTN, imposto é o tributo 
cuja obrigação tem por fato gerador uma situação independente de qualquer 
atividade estatal específica, relativa ao contribuinte. São chamados de não 
vinculados, pois não estão atrelados a nenhuma ação estatal. 
 
1) Federal – No caso dos impostos federais, somente a União tem competência 
para instituí-los. Os principais são: 
IR – Imposto de Renda é um tributo pago ao Estado a partir de um cálculo feito em 
cima das remunerações (salários, lucros, juros, dividendos e aluguéis.) Há dois tipos 
de IR: o IRPF (Imposto de Renda de Pessoa Física) e IRPJ (Imposto de Renda de 
Pessoa Jurídica). 
IPI – Imposto sobre Produtos Industrializados é um tributo pago a todo produto 
industrializado, mesmo que este esteja em fase intermediária, parcial ou incompleta 
de industrialização. O IPI é regulamentado pelo Decreto 4.544 de 2002 (RIPI/2002). 
São imunes ao IPI: I – os livros, jornais, periódicos e o papel destinado à sua 
impressão; II – os produtos industrializados destinados ao exterior; III – o ouro, 
quando definido em lei como ativo financeiro ou instrumento cambial; IV – a energia 
elétrica, derivados de petróleo, combustíveis e minerais do País. 
IOF – Imposto sobre Operações Financeiras (Crédito, Câmbio, Seguro, ou relativas 
a Títulos e Valores Imobiliários) é um tributo pago pelos envolvidos nas operações, 
com base de cálculo diferenciada para cada uma delas. 
ITR – Imposto sobre Territorial Rural é um tributo pago por proprietário de terras fora 
do perímetro urbano. A base de cálculo é apenas em cima da terra em si, sem levar 
em consideração beneficiamentos, tais como plantações. 
 
2) Estadual – Os impostos Estaduais são de competência dos Estados e do Distrito 
Federal. Os principais são: 
ICMS – Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços é um tributo pago por 
qualquer pessoa, física ou jurídica, que realize operações com intuito comercial e 
prestação de serviços. 
IPVA – Imposto sobre Propriedade de Veículos Automotores é um tributo pago 
anualmente pelos proprietários de automotores (automóveis, motocicletas, 
embarcações, aeronaves, etc). O imposto varia de acordo com o Estado, o modelo 
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do automotor, estado de conservação e quilometragem e sua base de cálculo é em 
cima do valor de mercado. 
 
3) Municipal - Os principais impostos municipais são: 
IPTU – Imposto sobre a Propriedade Predial e Territorial Urbana é um tributo pago 
anualmente por pessoas física ou jurídicas, proprietários de imóveis em áreas 
urbanas. O cálculo do tributo é baseado no valor de mercado dos imóveis, por meio 
de critérios estabelecidos em lei municipal e da aplicação de alíquotas diferenciadas. 
ITBI – Imposto sobre Transmissão Inter Vivos de Bens e Imóveis é um tributo cuja 
hipótese de incidência, ou fato gerador in abstrato, é, genericamente, a transmissão, 
por ato oneroso, de bens imóveis, excluindo-se a sucessão (causa mortis). Tem a 
legislação própria de cada município. O ITBI não incide sobre a transmissão dos 
bens ou direitos: I – quando efetuada para sua incorporação ao patrimônio de 
pessoa jurídica em pagamento de capital nela subscrito; II – quando decorrente da 
incorporação ou da fusão de uma pessoa jurídica por outra ou com outra. 
ISS – Impostos sobre Serviços é um tributo pago sobre a mão-de-obra utilizada para 
a execução dos serviços. Considera-se que mão-de-obra é tudo que sobrar após o 
desconto dos valores referentes as notas fiscais de compra de materiais. A base de 
cálculo varia conforme o município. 
 
* TAXA 
É um tributo contraprestacional de serviços públicos ou de benefícios feitos, postos à 
disposição ou custeados pelo Estado, em favor de quem paga, ou seja, o 
contribuinte. É cobrada pela prestação de serviços públicos e da polícia (alvarás, 
licenças e autorizações). O valor da taxa é calculado com base no custo do serviço 
prestado pelo Estado em favor do contribuinte. 
De acordo com o Código Tributário Nacional (CTN, artigo 77) - As taxas podem ser 
cobradas pela União, pelos Estados, pelo Distrito Federal, e pelos os Municípios, no 
âmbito de suas respectivas atribuições. Ou seja, as pessoas de Direito Público não 
podem interferir na competência umas das outras. Por exemplo, a União não poderá 
cobrar taxas que são de competência de um Município. 
As taxas podem ser: de iluminação pública, de limpeza pública, de extinção de 
incêndio, de fiscalização e funcionamento e etc. Podendo variar de localidade para 
localidade. 
 
* CONTRIBUIÇÃO DE MELHORIA 
É um tributo definido pelo Código Tributário Nacional (CTN, artigo 81), pago pelo 
contribuinte no caso de obra pública onde há valorização de imóveis nas 
imediações. Esta contribuição pode abranger desde a cobrança do custo da obra 
pública realizada até uma porcentagem sobre os benefícios auferidos com a obra. 
Não tem sido cobrada, no Brasil, devido à exigência legal de publicação do 
orçamento da obra, e porque o contribuinte tem o direito de impugnar o respectivo 
valor. O fato gerador não é a obra, mas a melhoria que ele agrega. 
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* EMPRÉSTIMO COMPULSÓRIO 
É um tributo estabelecido por lei, em que o contribuinte adquire uma determinada 
quantia de dinheiro em forma de empréstimo para depois resgatá-lo, conforme as 
determinações estabelecidas por lei. Serve para atender a situações excepcionais, e 
só pode ser instituído pela União (artigo 15 do CTN). 
Somente a União,nos seguintes casos excepcionais, pode instituir empréstimos 
compulsórios: 
I - guerra externa, ou sua iminência; 
II - calamidade pública que exija auxílio federal impossível de atender com os 
recursos orçamentários disponíveis; 
III - conjuntura que exija a absorção temporária de poder aquisitivo. 
 
* CONTRIBUIÇÕES ESPECIAIS 
Pagas pelo contribuinte possuem natureza eminentemente tributária. As 
contribuições sociais corresponderiam a um "salário social" enviado para a 
previdência social, atendendo condições previamente estabelecidas em Lei. As 
contribuições sociais dividem-se em: 
1) Sociais - São aquelas que visam garantir o financiamento da seguridade social, 
destina-se a assegurar os direitos sociais relativos à saúde, à previdência e à 
assistência social. A exemplo, o Instituto de Seguridade Social – INSS. 
2) Corporativas - São tributos pagos no interesse de categorias profissionais ou 
econômicas, exercem atividade de cunho estatal, quando atuam e fiscalizam as 
atividades desenvolvidas por estes grupos. Destinando-se aos custeio das 
atividades dos órgãos sindicais e profissionais, inclusive para execução de 
programas das aludidas categorias, como a contribuição para a OAB, conselhos 
federais de Medicina, Sesi/Senai/Sesc/Senac e etc. Encontram fundamento 
constitucional no art. 149, que diz que poderão ser instituídas contribuições de 
interesse de categorias profissionais ou econômicas, como instrumento de atuação 
estatal nas respectivas áreas. Funcionam como instrumento do Estado no 
acompanhamento do exercício das atividades dessas categorias, profissionais ou 
econômicas, que estejam sob sua coordenação. 
3) CIDE - É um tributo criado pela Lei nº 10.168/2000, que tem por função estimular 
o desenvolvimento tecnológico do país, por meio de programas de pesquisas 
científicas e tecnológicas com cooperativas Universidades-Empresas, centros de 
pesquisa e o setor produtivo, tais como, setor industrial, de combustíveis e etc. Por 
ser setorial, a CIDE atua apenas no setor alcançado pela medida interventiva, 
corrigindo assim, distorções em tais setores da atividade econômica, servindo como 
o próprio instrumento de intervenção – na intervenção indireta – ou como meio de 
custeio – na intervenção direta. A destinação da renda obtida através da CIDE é 
aplicada nessas intervenções (combustível, marinha mercante, açúcar e álcool). 
4) CIP - Tributo instituído através da Emenda Constitucional – EC nº39 de 
19/12/2002. Tem por finalidade custear serviços na iluminação pública de municípios 
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e no Distrito Federal do país. Esses serviços podem ser: manutenção dos postes, 
lâmpadas, expansão da rede, e, até mesmo, para pagar a fatura emitida pela 
concessionária de energia. Varia de município para município, pois o valor da 
cobrança é de competência de cada município. Não possui um beneficiário 
específico, já que na iluminação pública não é apenas uma pessoa que se beneficia, 
e sim a coletividade. 
 
Competência Tributária 
 
É a aptidão inerente à União, aos Estados, ao Distrito Federal, e aos 
Municípios para criar, modificar e extinguir tributos, mediante a expedição de lei 
(princípio da legalidade). 
A Constituição Federal não cria tributos, mas outorga competência 
tributária aos agentes políticos. 
 
Imunidade Tributária 
 
A Imunidade Tributária é o obstáculo decorrente de regra da Constituição 
à incidência de regra jurídica de tributação, pois aquele que é imune não pode sofrer 
tributação (limitação da competência tributária). 
1) Imunidade Recíproca – é vedado às pessoas políticas instituírem impostos sobre 
o patrimônio, renda, serviços umas das outras. O mesmo se dá para as autarquias e 
fundações públicas (artigo 150, VI, “a” da CRFB). 
2) Imunidade Religiosa – esta imunidade aplica-se a templos de qualquer culto e 
abrange o patrimônio, os bens e os serviços relacionados com as finalidades 
essenciais da instituição religiosa (artigo 150, VI, “b” da CRFB). 
3) Partidos Políticos e suas fundações, entidades sindicais dos trabalhadores 
e instituições de educação e assistência social sem fins lucrativos - atendidos 
os requisitos da lei (artigo 150, VI, “c” da CRFB). 
4) Imunidade Cultural (Livros, periódicos e papel destinado a sua impressão) – 
essa imunidade visa proteger a liberdade de manifestação do pensamento, e o 
direito de informar e ser informado (artigo 150, VI, “d” da CRFB).

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