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AULA 7 ANTROPOLOGIA DA ALIMENTAÇÃO Historia e antropologia da nutrição

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ANTROPOLOGIA DA ALIMENTAÇÃO
UNIVERSIDADE ESTÁCIO DE SÁ
Prof. Maria Cecília Santos
HISTORIA DA ALIMENTAÇÃO
Acontece em 3 estágios:
 As sociedades primitivas sobreviviam da caça, pesca e colheita natural: raízes e frutos que colhiam. 
 Depois surge o segundo estágio, que é praticamente a produção de alimentos onde ocorre uma domesticalização de plantas e animais, passando o homem a ser um produtor e não caçador de alimentos. 
 O terceiro estágio é o da Revolução Urbana e Revolução Industrial, em que há grande concentração de pessoas nos centros urbanos, havendo necessidade de produção em grandes escalas de alimentos e inserção da produção industrial. 
 
 
A CULTURA ALIMENTAR
Comer é mais que ingerir um alimento, significa também as relações pessoais, sociais e culturais que estão envolvidas. A cultura alimentar está diretamente ligada com a manifestação desta pessoa na sociedade. 
Os métodos de procurar e processar os alimentos estão ligados à expressão cultural e social de um povo. 
A CULTURA ALIMENTAR BRASILEIRA
 A cultura alimentar brasileira traz em si um “mix” de diferentes culturas em sua formação, tais como a africana, a portuguesa, e a indígena. 
Ao pensar na importância dos frutos e hortaliças na alimentação, é preciso pensar em termos de provocar mudanças de hábitos alimentares. 
A ALIMENTAÇÃO NA CULTURA BRASILEIRA
Alimento é tudo aquilo que pode ser ingerido para manter uma pessoa viva; Comida é tudo que se come com prazer, de 
acordo com as regras mais sagradas de comunhão e comensalidade. 
 O alimento é algo universal e geral. Algo que diz respeito a todos os seres humanos. 
 Comida se refere a algo costumeiro, alguma coisa que ajuda a estabelecer uma identidade, definindo, um grupo, classe ou pessoa (...) Comida não é apenas uma substância alimentar, mas é também um modo, um estilo e um jeito de alimentar-se (...) A comida vale tanto para indicar uma operação universal – ato de alimentar-se – quanto para definir e marcar identidades pessoais e grupais, estilos regionais e nacionais de ser, fazer, estar e viver. ( DaMatta, 1984). 
 A cultura alimentar no Brasil é algo bem peculiar, sendo que nosso hábito alimentar é formado a partir de três povos distintos: 
 1) A herança alimentar dos índios: estes viviam exclusivamente da caça, pesca e das raízes colhidas. Os produtos bases da alimentação indígena eram: mandioca, inhame, milho verde, batata doce, banana da terra, brotos, preparados numa culinária de fogo de chão. 
 2) A herança alimentar dos africanos: são as comidas misturadas na mesma panela. Saiu-se do hábito de assar, para o cozinhar os ingredientes. O arroz com alguma coisa junto, o amendoim com outra coisa. O “cozido” junto nas panelas vem da culinária escrava africana. Houve grande uso do fubá, da farinha, da rapadura, da goma, do polvilho. Uma herança baseada nos carboidratos, nos cozidos, nas massas e caldos. 
 
 
3) A herança alimentar dos portugueses: a base cultural da comida portuguesa é a oliva. Ainda hoje a comida portuguesa é sobrecarregada de azeite de oliva, ocorrendo, assim, a predominância de gorduras. 
 A herança alimentar portuguesa trouxe os requintes da mesa e o manuseio de melhores pratos. Os pastéis, as massas e os doces. Houve criação de variedades de pratos, o frango com quiabo e outros, o doce de leite, os doces em compotas. Sendo a calda para conservar o doce, e o queijo para quebrar um pouco do doce das compotas. 
 A herança portuguesa em nosso hábito alimentar: alto teor de gordura e açúcar. 
 
Em Minas se preparava a galinha com arroz, a galinhada. 
Na Bahia, a riqueza das moquecas, do azeite de dendê, leite de coco, tudo na mesma panela. 
No Rio de Janeiro, a feijoada.
 A nossa comida brasileira é a comida da mistura no mesmo prato. Gostamos de tudo junto e misturado. O feijão com arroz, o cozido, a peixada, a feijoada, a moqueca, a farofa, o tropeiro, o carreteiro, o pirão, as dobradinhas e papas, os guisados e mexidos. 
 A herança alimentar destes três povos distintos e a mistura de seus hábitos formaram a deliciosa comida brasileira. 
MUDANÇA DE HÁBITOS ALIMENTARES
 “Toda mudança implica transformação mais ou menos súbita até a instauração de um equilíbrio. 
 (...)
 Todas as nossas mudanças de conduta, da ruptura de hábitos, envolvem um conjunto de aspectos funcionais e emocionais” (Maionneuve,1977). 
Hábitos alimentares: 
“Tipos de escolha e consumo de alimentos por um indivíduo, ou grupo, em resposta a influências fisiológicas, psicológicas, culturais e sociais”(Dutra, 2001). 
 Nossa alimentação é mais voltada para o prazer de comer, do que para o valor nutritivo do alimento. Come-se por prazer e não pelo que aquele alimento representa nutricionalmente. 
 Não se dá ênfase ao valor nutricional do alimento, mas ao gosto e prazer da alimentação. 
A comida brasileira, a comida do povo, se concentra em massas, gorduras, açúcares e carne. 
 Na cultura alimentar brasileira não há lugar de destaque para as frutas e hortaliças.
 Daí a proposta de um redirecionamento alimentar, de uma mudança na cultura alimentar, de uma educação nos valores e hábitos alimentares do povo brasileiro. 
 
AS FRUTAS E HORTALIÇAS NA ALIMENTAÇÃO BRASILEIRA
 
 Por isso a necessidade da formação de um novo conceito alimentar, da inserção de novos valores na cultura alimentar. 
 Trata-se de uma mudança de hábitos, em que o conhecimento da importância das frutas e hortaliças na alimentação, venha direcionar um novo rumo para o consumo destes alimentos e como eles irão aparecer na mesa e no dia-a-dia do povo brasileiro.
 Esta noção de prazer, de gosto pela comida, deve interagir no prazer pela saúde e pela vida.
PRÁTICAS ALIMENTARES E O CUIDADO COM A SAÚDE
 A alimentação é um aspecto fundamental para a promoção da saúde da criança e da família. 
 Nutrir, amamentar, comer e oferecer comida são práticas sociais. 
 Os hábitos e as práticas alimentares são permeados pelo aprendizado materno, que tem início na infância e é associado aos hábitos urbanos de consumo.
 A amamentação, a introdução de alimentos complementares até a alimentação cotidiana da família é um processo construído pela experiência e aprendizado próprios de cada grupo social. 
 As práticas alimentares são construídas a partir de diferentes dimensões: temporal, de saúde e doença, de cuidado, afetiva, econômica e de ritual de socialização.
ALIMENTAÇÃO DE RISCO
 Alguns alimentos, se consumidos durante longos períodos de tempo, fornecem o tipo de ambiente que uma célula cancerosa necessita para crescer, se multiplicar e se disseminar. Esses alimentos devem ser evitados ou ingeridos com moderação. Alimentos ricos em gorduras, carnes vermelhas, frituras, molhos com maionese, leite integral e derivados, bacon, presuntos, salsichas, lingüiças, mortadelas...
Os alimentos que contêm níveis significativos de agentes cancerígenos: os NITRITOS E NITRATOS usados para conservar alimentos, como picles, salsichas e outros embutidos e alguns tipos de enlatados. As NITROSAMIDAS, são responsáveis pelos altos índices de câncer de estômago.
 Os defumados e churrascos são impregnados pelo alcatrão proveniente da fumaça do carvão, o mesmo encontrado na fumaça do cigarro e que tem ação carcinogênica conhecida. 
 Os alimentos preservados em sal, como carne-de-sol, charque e peixes salgados, também estão relacionados ao desenvolvimento 
de câncer de estômago. 
PREVENÇÃO
A adoção de  uma alimentação saudável contribui não só para a prevenção do câncer, mas também de doenças cardíacas, obesidade e outras enfermidades crônicas como diabetes e hipertensão.
 Desde a infância até a idade adulta, o ganho de peso e aumentos na circunferência da cintura devem ser evitados.
 Frutas, verduras, legumes e cereais integrais contêm nutrientes,tais como vitaminas, fibras, antioxidantes e outros compostos, que auxiliam as defesas naturais do corpo a destruírem os carcinógenos. 
 Vale a pena frisar que a alimentação saudável somente funcionará como fator protetor, quando adotada constantemente, no decorrer da vida. 
ALIMENTAÇÃO DO BRASILEIRO
 No Brasil, observa-se que os tipos de câncer que se relacionam aos hábitos alimentares estão entre as seis primeiras causas de mortalidade de acordo com uma pesquisa do Ministério da Saúde.
 Apesar de ter aumentado um pouco o consumo de frutas e verduras, o brasileiro continua a comer muita carne gordurosa e tem optado por alimentos práticos, como comidas semiprontas, que são menos nutritivas. 
 A ingestão de fibras também é baixa. 
 O feijão, alimento rico em ferro e fibras, que tradicionalmente fazia o famoso par com o arroz, perdeu espaço na mesa dos brasileiros. Para agravar o quadro, eles também tem se exercitado menos. 
 Pode ser atribuída às mudanças na dinâmica da família brasileira, que tem tido cada vez menos tempo de preparar comida em casa. 
 Outro dado negativo é que os refrigerantes e sucos artificiais - que têm alta concentração de açúcar - têm ganhado espaço na preferência dos brasileiros. Entre os jovens de 18 a 24 anos, a popularidade dos refrigerantes é ainda maior: tomam refrigerantes quase todos os dias. Os jovens também preferem alimentos como hambúrguer, cachorro-quente, batata frita que incluem a maioria dos fatores de risco alimentares e que não apresentam nenhum fator protetor. Essa tendência se observa não só nos hábitos alimentares das classes sociais mais abastadas, mas também nas menos favorecidas. 
 O consumo de alimentos ricos em fatores de proteção, tais como frutas, verduras, legumes e cereais, tem aumentado, mas ainda é muito baixo. 
OBRIGADA!!!!!
Próxima aula:
 Globalização – Material Didático – 1ª. Edição – 10.
 “ A simplicidade é o último degrau da sabedoria”.
 Khalil Gibran

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