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APOSTILA TEÓRICA 
DE 
COSMETOLOGIA 
Prof. Herbert Cristian de Souza 
 
 
 
Curso de Farmácia IMEPAC Araguari 
2015-02 
 
 
 
SUMÁRIO 
1 INTRODUÇÃO ................................................................................................................................... 5 
2 CLASSIFICAÇÃO DE PRODUTOS COSMÉTICOS ..................................................................................... 7 
3 COMPONETES BÁSICOS DE UMA FORMULAÇÃO COSMÉTICA ............................................................. 9 
3.1 VEÍCULOS .................................................................................................................................... 10 
3.2 UMECTANTES .............................................................................................................................. 10 
3.3 EMOLIENTE ................................................................................................................................. 10 
3.4 ESPESSANTES/VISCOSANTES ........................................................................................................ 11 
3.4.1 AGENTES ORGÂNICOS ............................................................................................................................... 11 
3.4.2 AGENTES INORGÂNICOS (ELETRÓLITOS) ....................................................................................................... 11 
3.5 TENSOATIVOS .............................................................................................................................. 11 
3.6 CLASSIFICAÇÃO ................................................................................................................................ 12 
3.6.1 TENSOATIVOS ANIÔNICOS .......................................................................................................................... 12 
3.7 HIDRATANTE ............................................................................................................................... 15 
3.7.1 EXERCÍCIOS SOBRE OS HIDRATANTES ........................................................................................................... 15 
3.8 ALCALINIZANTES, ACIDIFICANTES E NEUTRALIZANTES. .................................................................. 15 
3.9 CONSERVANTES ........................................................................................................................... 15 
3.9.1 LISTA DE CONSERVANTES PERMITIDOS ......................................................................................................... 16 
3.10 ANTIOXIDANTES ............................................................................................................................ 16 
3.10.1 ANTIOXIDANTES VERDADEIROS: INTERVÊM NAS CADEIAS DE RADICAIS LIVRES .................................................... 17 
3.10.2 ANTIOXIDANTES QUE ATUAM SOFRENDO OXIDAÇÃO (AGENTES REDUTORES) .................................................... 17 
3.10.3 ANTIOXIDANTE QUE ATUA POR MECANISMOS PREVENTIVOS .......................................................................... 17 
3.11 FRAGRÂNCIAS ............................................................................................................................ 17 
3.12 CORANTES ................................................................................................................................. 18 
3.13 EXERCÍCIOS DE FIXAÇÃO ................................................................................................................... 18 
4 NOMENCLATURA DE INGREDIENTES COSMÉTICOS (INCI) ................................................................. 19 
4.1 EXERCÍCIOS AVALIATIVOS ............................................................................................................ 20 
5 PELE ............................................................................................................................................... 23 
5.1 FLORA CUTÂNEA .......................................................................................................................... 24 
5.2 FILME OU MANTO HIDROLIPÍDICO ................................................................................................ 24 
5.3 VÍDEO AULA: PELE – A EMBALAGEM PERFEITA .............................................................................. 25 
5.4 EPIDERME ................................................................................................................................... 26 
5.5 DERME ........................................................................................................................................ 27 
5.8 APÊNDICES EPIDÉRMICOS ............................................................................................................ 31 
5.8.1 GLÂNDULAS SEBÁCEAS ........................................................................................................................ 31 
5.8.2 GLÂNDULAS SUDORÍPARAS ................................................................................................................. 32 
5.9 HIPODERME ................................................................................................................................ 33 
5.10 TIPOS DE PELE ............................................................................................................................ 33 
 
 
5.11 MELANINA – CÉLULAS DE PIGMENTO .......................................................................................... 34 
5.11.1 DISCROMIAS ...................................................................................................................................... 35 
5.12 GRAU DE ACIDEZ DA PELE ........................................................................................................... 36 
6 XAMPUS (SHAMPOO) ..................................................................................................................... 37 
6.1 COMPONENTES BÁSICOS DOS XAMPUS .................................................................................................. 37 
6.1.1 TENSOATIVOS .......................................................................................................................................... 37 
6.1.2 ESPUMA ................................................................................................................................................. 38 
6.1.3 O PH E OS COSMÉTICOS CAPILARES ............................................................................................................. 39 
6.1.4 ESPESSANTES ....................................................................................................................................... 39 
6.1.5 SUAVIZANTES OU CONDICIONADORES ............................................................................................... 40 
6.1.6 AGENTES QUELANTES .......................................................................................................................... 40 
6.1.7 PRESERVANTES – CONSERVANTES ...................................................................................................... 40 
6.1.8 PEROLIZANTES - OPACIFICANTES ......................................................................................................... 40 
6.1.9 SUBSTÂNCIAS ESPUMANTES ............................................................................................................... 40 
6.1.10 AJUSTADORES DE PH ......................................................................................................................... 41 
6.1.11 CORANTES E ESSÊNCIAS ..................................................................................................................... 41 
6.2 AVALIAÇÃO DAS PROPRIEDADES DOS XAMPUS ............................................................................. 41 
7 CONDICIONADORES ........................................................................................................................42 
8 DESODORANTES E ANTIPERSPIRANTES ............................................................................................ 43 
8.1 MECANISMO DE SECREÇÃO .......................................................................................................... 44 
8.2 EXERCÍCIOS DE FIXAÇÃO ..................................................................................................................... 46 
9 PROTETOR SOLAR ........................................................................................................................... 47 
9.1 RADIAÇÃO ULTRAVIOLETA E A PELE .............................................................................................. 47 
9.2 MELANOGÊNESE .......................................................................................................................... 48 
9.3 TIPOS DE FILTROS ......................................................................................................................... 48 
9.4 FATOR DE PROTEÇÃO SOLAR (FPS) ................................................................................................ 49 
9.5 EFICÁCIA DOS PROTETORES .......................................................................................................... 50 
9.6 EXCIPIENTES UTILIZADOS ............................................................................................................. 51 
9.7 CARACTERÍSTICAS SENSORIAIS ..................................................................................................... 51 
9.8 BRONZEAMENTO / AUTOBRONZEAMENTO .................................................................................. 51 
10 ENVELHECIMENTO DA PELE ............................................................................................................ 52 
10.1 MECANISMOS DE CORREÇÃO ..................................................................................................... 55 
10.1.1 PREENCHIMENTO CUTÂNEO ..................................................................................................................... 55 
10.1.2 TOXINA BOTULÍNICA - BOTOX® ................................................................................................................ 56 
10.2 ACNE ......................................................................................................................................... 56 
10.3 PEELING ..................................................................................................................................... 58 
10.3.1 PEELING FÍSICO .................................................................................................................................. 58 
 
 
10.3.2 PEELING QUÍMICO ............................................................................................................................. 59 
10.3.3 PEELING BIOLÓGICO .......................................................................................................................... 59 
11 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ........................................................................................................ 60 
12 CONTEÚDO EXTRA .......................................................................................................................... 61 
12.1 CABELO E PÊLO .......................................................................................................................... 61 
12.2 DIFERENÇAS ÉTNICAS ................................................................................................................. 63 
 
 
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5 Apostila Teórica de Cosmetologia - Prof. Herbert Cristian de Souza 
1 INTRODUÇÃO 
 
Definição de cosmetologia 
 
a) É a ciência que serve de suporte à 
fabricação dos produtos de beleza e 
permite verificar as suas propriedades; 
b) É a ciência e a arte que tem por objetivo o 
cuidado e a melhoria dos caracteres 
estéticos da pele e seus anexos, através 
de formulações de produtos naturais ou 
sintéticos, os cosméticos. 
 
História 
 
Cosmético era o nome dado às substâncias naturais destinadas a suavizar o cabelo e dar-lhe 
brilho. Após a 1ª Guerra Mundial, o domínio dos produtos de beleza aumentou e o nome 
cosmético tomou sentido mais amplo, designando toda substância de origem animal, vegetal e 
mineral, utilizada para embelezar a pele e seus anexos (cabelos, unhas, dedos, etc.). 
 
A busca da beleza e da juventude é gera exigências cada vez maiores dos pacientes no 
desenvolvimento de novas técnicas cirúrgicas e de novos procedimentos estéticos, pois, com o 
avanço da idade, a pele começa a sofrer alterações como aparecimento de rugas, diminuição da 
espessura da epiderme, ressecamento, que modificam seu aspecto, o qual é caracterizado pelo 
envelhecimento cutâneo. 
 
A aparência pessoal é hoje requisito de grande importância em todos os segmentos, levando a 
população atual a dar maior valor a sua aparência, e buscar nos cosméticos as ferramentas para 
essa realização. 
 
A natureza expressa sua perfeição através 
dos três reinos naturais: mineral, vegetal e 
animal. Em todos há manifestação do ciclo 
vital que envolve concepção, crescimento, 
maturidade, envelhecimento e colapso. A 
diferença entre os três reinos é o grau de 
complexidade de suas estruturas. Atualmente 
o homem entendeu que deve atuar em 
harmonia com seus processos vitais e buscar 
nestes reinos os recursos naturais para a 
manutenção e aprimoramento da estética de 
seu corpo. 
 
 
 
A cosmética e os bioativos têm como proposta atuar nas estruturas extremas do corpo humano 
(pele e cabelos) de forma idêntica aos processos vitais, auxiliando o metabolismo para que se 
possa prolongar a juventude, retardando o envelhecimento. Cosmetologia é a ciência que serve de 
 
 
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6 Apostila Teórica de Cosmetologia - Prof. Herbert Cristian de Souza 
suporte à fabricação dos produtos de beleza e permite verificar as suas propriedades. A utilização 
tópica de itens que tenham identidade com a pele e cabelos baseia-se em: 
 
 Fornecimento de precursores biológicos; 
 Catálise de reações vitais; 
 Sequestro de radicais livres; 
 Manutenção do teor de água; 
 Formação de filmes protetores; 
 Reestruturação de estruturas danificadas; 
 Lubrificação adequada dos tecidos; 
 Condicionamento e brilho. 
 
O conhecimento das leis naturais e a correta utilização dos bioativos fazem da cosmética moderna 
uma opção no atendimento das necessidades dos homens. Ao atender tais expectativas, os 
cosméticos estão sendo transformados em verdadeiros agentes de tratamento, com propostas e 
sugestões que podem modificar a estrutura e a atividade da pele. Fato este que confronta a 
legislação vigente, a qual considera cosmético como preparações que justamente não modificam a 
estrutura e atividade da pele. 
 
Foi neste momento que o termo Cosmecêutico foi criado. Existem várias substâncias que já há 
tempos vem sendo utilizadas em cosméticos e que estão sendo investigadas, revelando ter alta 
bioatividade podendo, portanto, serem classificadas como substâncias médicas. Normalmente 
produtos cosméticos os quais não necessitam de intervenção do governo podem ser produzidos 
muito mais rapidamente, sendo então, por este motivo é uma desvantagem para a indústria 
cosmética se estes ingredientes forem classificados como substância ativa. 
 
 
Definições de Cosméticos 
 
a) São produtos que servem para higienização, manutenção, proteção e decoração da pele e 
dos cabelos, que se apresentam livres de patologias. 
b) São formulações de aplicação local, baseados em conceitos científicos, destinados à 
manutenção e ao melhoramento da pele humana e dos seus anexos, sem interferência nas 
funções vitais, sem irritar, sensibilizarou provocar fenômenos secundários indesejáveis. 
c) O conceito de cosmético como produto de tratamento de beleza é compreendido de uma 
forma cada vez mais abrangente, onde se procura aliar propriedades verdadeiramente 
terapêuticas nesses produtos, através do uso de ativos cada vez mais eficazes, resultando 
na moderna cosmecêutica, a cosmética terapêutica. 
d) Devemos ter sempre em mente o conceito de que “beleza vem de dentro para fora” e que 
um produto cosmético só vai ser efetivamente um produto de beleza em um organismo 
saudável e equilibrado 
 
 
 
 
 
 
 
 
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7 Apostila Teórica de Cosmetologia - Prof. Herbert Cristian de Souza 
2 CLASSIFICAÇÃO DE PRODUTOS COSMÉTICOS 
 
Cosméticos, Produtos de Higiene e Perfumes são preparações constituídas por substâncias 
naturais ou sintéticas, de uso externo nas diversas partes do corpo humano, pele, sistema capilar, 
unhas, lábios, órgãos genitais externos, dentes e membranas mucosas da cavidade oral, com o 
objetivo exclusivo ou principal de limpá-los, perfumá-los, alterar sua aparência e ou corrigir odores 
corporais e ou protegê-los ou mantê-los em bom estado. 
 
Os grupos de produtos estão enquadrados em quatro categorias e classificados quanto ao grau de 
risco (Resolução RDC nº 79, de 28 de agosto de 2000) a que oferecem dados a sua finalidade de 
uso, para fins de análise técnica, quanto do seu pedido de registro, a saber: 
 
A - Categorias: 
 Produto de Higiene 
 Cosmético 
 Perfume 
 Produto de Uso Infantil 
 
B - Grau de Risco: 
 Grau 1 - Produtos com risco mínimo, ou seja, são produtos de higiene pessoal, cosméticos 
e perfumes cuja formulação se caracteriza por possuírem propriedades básicas ou 
elementares, cuja comprovação não seja inicialmente necessária e não requeiram 
informações detalhadas quanto ao seu modo de usar e suas restrições de uso, devido às 
características intrínsecas do produto. 
 
 Grau 2 - Produtos com risco potencial, ou seja, são produtos de higiene pessoal, 
cosméticos e perfumes cuja formulação possui indicações específicas, cujas características 
exigem comprovação de segurança e/ou eficácia, bem como informações e cuidados, 
modo e restrições de uso. 
 
Os critérios para essa classificação foram definidos em função da finalidade de uso do produto, 
áreas do corpo abrangidas, modo de usar e cuidados a serem observados, quando de sua 
utilização. 
 
Observações importantes 
 
Os produtos classificados como Grau 1 que apresentarem os seguintes benefícios (ou assim 
entendidos), deverão anexar, no momento da petição de Notificação, a comprovação necessária: 
 
 
COMPROVAÇÃO DE EFICÁCIA/SEGURANÇA (FINALIDADE E MENÇÕES NA ROTULAGEM) 
• Indicação de FPS 
• Dermatologicamente Testado 
• Hipoalergênico 
• Não Comedogênico 
• Para Pele Sensível 
• Menções quanto às Rugas, Celulite, Estrias, Firmeza da Pele, Ação Antisséptica. 
 
 
 
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8 Apostila Teórica de Cosmetologia - Prof. Herbert Cristian de Souza 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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9 Apostila Teórica de Cosmetologia - Prof. Herbert Cristian de Souza 
3 COMPONETES BÁSICOS DE UMA FORMULAÇÃO COSMÉTICA 
 
A grande dificuldade encontrada em classificar e estudar os diversos itens que compõem as 
preparações cosméticas sob variadas formas de apresentação, nos impulsiona a agrupar as 
matérias-primas utilizadas e a partir destes grupos, discutirem as diversas possibilidades de 
composição que estas preparações estão sujeitas. 
 
As matérias-primas são utilizadas nas formulações de acordo com suas propriedades funcionais e 
físico-químicas. Estas propriedades são derivadas de suas respectivas estruturas químicas. As 
matérias-primas são classificadas: 
 
 
Quanto à origem: 
 Inorgânicos 
 Orgânicos 
Quanto à constituição química 
 Ester 
 Éter 
 Aldeído 
 Cetona 
 Ácido carboxílico 
 Amina 
 Amida 
Quanto à função: 
Conservantes, Veículos/excipientes, Umectantes, Emolientes, Espessantes, viscosantes, 
Neutralizantes, Detergentes, Emulsionantes, Espumantes, Sobreengordurantes, 
Antioxidantes, Sequestrantes, Fragrâncias, Colorantes. 
 
EXEMPLO DE UMA FORMULAÇÃO: 
 
 
 
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10 Apostila Teórica de Cosmetologia - Prof. Herbert Cristian de Souza 
3.1 VEÍCULOS 
É o componente que geralmente aparece em maior quantidade na fórmula e que tem a função de 
receber os outros componentes, isto é, nele são incorporadas estas outras substâncias. 
 
Devem ter grande capacidade de solubilização ou de dispersão, conforme o caso. A escolha do 
tipo de veículo deve se basear na compatibilidade com os outros componentes e também no tipo 
de pele a que se destina o produto. Podem ser: água, álcool, mistura hidroalcoólica, óleo, 
glicerina, loções base, cremes base. 
 
3.2 UMECTANTES 
 
São substâncias higroscópicas que tem o objetivo de reduzir a dessecação superficial pelo contato 
com o ar (das fórmulas) e sobre a pele forma uma película que permanece sobre esta após a 
aplicação do produto favorecendo a hidratação. Estes reduzem a velocidade da perda da água, 
porém este efeito pode ser reforçado com adequado nível de vedação dado pelas tampas das 
embalagens. 
 
Podem ser: 
 
 Polióis (glicois): álcoois contendo mais de um grupo OH, solúveis em água, possuem toque 
untuoso (pegajoso). Ex.: propilenoglicol, glicerina, sorbitol. 
 Poliglicois: São solúveis e água, seu estado físico depende do grau de etoxilação (PM). Ex.: 
polietilenoglicol 
 Carboidratos: aldeídos ou cetonas que são ao mesmo tempo polióis. Ex.: Açucares (glicose, 
frutose), amido, celulose. 
 Derivados do ácido carboxílico: ac. Carb. Reagem com bases e formam Sais Orgânicos com 
capacidade de hidratação. Ex.: Lactato de Sódio (ac. Lático + NaOH), Glicolato de Sódio. 
 
3.3 EMOLIENTE 
São responsáveis pelo espalhamento e lubrificação da pele e cabelo, que juntamente com os 
umectantes serão responsáveis pela hidratação da pele e cabelo. São responsáveis nas 
formulações por consistência e aparência. 
 
EMOLIENTE ESPALHABILIDADE CARÁTER OLEOSO 
Vaselina Baixa Alto 
Óleo de amêndoa Baixa Alto 
Óleo mineral Baixa Alto 
Triglicerídeo cáprico-caprílico Média Médio 
Esqualano Média Médio 
Álcool oleílico Média Médio 
Miristato de miristila Média Médio 
Dimeticone ou fluido de silicone Média Médio 
Palmitato de isopropila Alta Baixo 
Adipato de butila Alta Baixo 
Éter dicaprílico Alta Baixo 
PPG-15 estearil éter Alta Baixo 
 
 
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11 Apostila Teórica de Cosmetologia - Prof. Herbert Cristian de Souza 
3.4 ESPESSANTES/VISCOSANTES 
Substâncias responsáveis por aumentar a viscosidade das formulações. Os espessantes 
podem ser orgânicos e inorgânicos. Os espessantes orgânicos dividem-se por sua vez em 2 classes: 
 
3.4.1 Agentes orgânicos 
 
(1) De fase oleosa 
São espessantes de fase oleosa, que são insolúveis em água e solúveis em óleo. São 
empregados em cremes, loções e condicionadores. Exemplos: Alcoóis graxos; 
Monoestearato de gliceríla; Ésteres de alcoóis e ácidos graxos; Ceras naturais e minerais, 
óleos e gorduras. 
 
(2) De fase aquosa 
Conferem viscosidade à fase aquosa. São 
normalmente insolúveis na fase oleosa. 
Exemplos: CMC – carboximetilcelulose; HEC 
- hidroxietilcelulose – natrosol; Vinílicos: 
Carbômero, PVP, álcool polivinílico; 
Polissacarídeos: amido, agar-agar, gomas e 
alginatos; 
 
3.4.2 Agentes Inorgânicos (eletrólitos)Cloreto de sódio 
 Citrato de sódio 
 Fosfato de sódio ou amônio 
 
 
3.5 TENSOATIVOS 
Os tensoativos apresentam a propriedade de reduzir a tensão superficial da água e de outros 
líquidos (daí a origem de seu nome, vide Box abaixo). Apesar de possuírem uma composição 
química muito variável, apresentam uma característica comum: sua molécula apresenta um 
componente hidrófilo e outro hidrófobo (Figura). 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Figura 1 - O esquema representa uma molécula anfipática, isto é, uma molécula que possui uma porção apolar que 
interage com lipídios e uma porção polar que interage com a água. 
 
 
 
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12 Apostila Teórica de Cosmetologia - Prof. Herbert Cristian de Souza 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Sua ação, portanto, é na maioria das vezes equilibrada pela associação com outros aniônicos mais 
leves ou com outros tensoativos tais como os anfóteros ou os não iônicos. 
 
As moléculas dos tensoativos são compostas principalmente por: 
 
1. Parte hidrófoba ou hidrofóbica: cadeias de hidrocarbonetos alifáticos linerares ou 
ramificados. São insolúveis em água. 
a. CH3-CH2-(CH2)N 
b. N = geralmente entre 10 e 18 
 
2. Parte hidrófila ou hidrofílica: grupos ácidos ou básicos. São solúveis em água. 
a. COOH: grupo carboxila 
b. SO3H: grupo sulfônico 
c. OSO3H: grupo monoéster sulfúrico 
d. -NH2: amina primária 
e. =NH: amina secundária 
f. =N: amina terciária 
g. =N+: amina quaternário 
 
 
É justamente esta dupla afinidade da molécula que determina a tendência destes compostos se 
concentrarem nas interfaces. 
 
Os tensoativos apresentam a propriedade de reduzir a tensão superficial da água e de outros 
líquidos. Podem ser classificados em aniônicos, catiônicos, não iônicos e anfóteros. 
 
 
3.6 Classificação 
 
3.6.1 Tensoativos aniônicos 
 
Os tensoativos aniônicos são os normalmente empregados nos xampus. Sua família é grande, mas 
os que se acham mais frequentemente na base de lavagem dos xampus são os sulfatos ou éter 
sulfato de álcool graxo. São limpadores excelentes e ensaboam bem. Mas sua ação deslipidante 
não deve ser levada ao extremo porque, se a queratina do cabelo suporta bem esta deslipidação, 
o mesmo não ocorre com o couro cabeludo. 
Os sabonetes entram nesta categoria, mas não representam um bom método de limpeza dos 
cabelos, danificando-os, pois são extremamente alcalinos em solução. Além disso, eles formam 
BOX INFORMATIVO – TENSÃO SUPERFICIAL 
 
Tensão superficial é definida como a força necessária para romper uma superfície. Ela é determinada 
pelo grau de coesividade entre as moléculas que formam esta superfície. A água líquida forma uma 
extensa rede de pontes de hidrogênio que lhe confere uma grande tensão superficial. Quando um 
tensoativo é adicionado à água, as extremidades hidrofílicas que se espalham na superfície competem 
pelas pontes de hidrogênio que contribuem para a coesividade da superfície. Como resultado, a tensão 
superficial é diminuída. 
 
 
 
 
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com o calcário da água, sais de cálcio insolúveis que se depositam nos cabelos, tornando-os sem 
brilho, ásperos e difíceis de desembaraçar. São exemplos de tensoativos aniônicos: lauril sulfato 
de sódio (Figura), lauril éter sulfato de sódio, lauril éter sulfato de trietanolamina (Figura). 
 
 
 
 
 
 
 
Figura 2 – Exemplo de tensoativo aniônico bastante usado em xampus: Lauril sulfato de sódio 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Figura 3 – Outro exemplo de tensoativo aniônico: Lauril sulfato de trietanolamina 
 
3.6.1.1 Tensoativos catiônicos 
Esses tensoativos têm uma grande afinidade com a queratina, à qual conferem maciez e brilho. 
Eles facilitam o desembaraçar dos cabelos e diminuem a eletricidade estática. Mas esta afinidade 
os torna difíceis de separar do cabelo no enxágue, deixando-os mais pesados. 
 
Eles não são muito utilizados e são incompatíveis com os aniônicos. Na prática, os tensoativos 
catiônicos são formulados com não iônicos. Podemos citar como exemplos de tensoativos 
catiônicos as seguintes moléculas: 
 
Sais quaternários de amônio 
Cloreto de cetil trimetril amônio 
Cloreto de dimetil benzil amônio 
Cloreto de benzalcônio 
 
Polímeros Quaternizados 
Polyquartenium 10 
Polyquartenium 7 
Polyquartenium 44 
 
 
 
 
Figura 4 – Estrutura esquemática da molécula de cloreto de distearildimônio. 
 
 
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14 Apostila Teórica de Cosmetologia - Prof. Herbert Cristian de Souza 
3.6.1.2 Tensoativos anfóteros 
Estes tensoativos apresentam um poder detergente e espumante menor que os aniônicos, mas 
em geral, são muito bem tolerados. Devem ser associados a outros tensoativos para modular as 
propriedades de lavagem e espuma. Eles entram de preferência na composição dos xampus para 
uso frequente e xampus para bebês. A betaína (ácidos graxos clorados e trimetilamina), a 
cocoamidopropil betaína (Figura) e a cocoamidopropil hidroxisultaína são exemplos de tensoativos 
anfóteros. 
 
 
Figura 5 – Estrutura esquemática da cocoamidopropil betaína, um tensoativo anfótero. 
 
 
3.6.1.3 Tensoativos não iônicos 
 
São considerados bons emulsionantes, umectantes ou solubilizantes. Muitas vezes estão 
associados aos tensoativos anfóteros ou aniônicos pouco agressivos, para fazer deles xampus 
leves. Eles são considerados como os mais leves dos tensoativos tendo, no entanto, um bom 
poder detergente, mas um fraco poder de espuma. 
 
Curiosidade 
De fato, o poder de espuma, que não é correlato ao poder detergente, o é no espírito do público: 
um xampu que não espume muito tem poucas chances de sucesso. Por outro lado, é preciso 
reconhecer que a quantidade de espuma gerada por um xampu permite dosar a quantidade 
necessária. 
 
 
Tensoativos não iônicos utilizados na indústria cosmética: alcanolamidas de ácidos graxos (MEA, 
DEA – Figura, TEA), polietilenoglicol e derivados. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Figura 6 – Estrutura esquemática do tensoativo não iônico coco amida DEA (dietanolamida de ácido graxo de coco). 
 
 
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3.7 HIDRATANTE 
São matérias-primas higroscópicas intracelulares, ou seja, substâncias que intervém no processo 
de reposição do teor de água da pele de maneira ativa. Por isso, diferenciam-se dos umectantes, 
que são um processo passivo. 
 
3.7.1 Exercícios sobre os Hidratantes 
 
1) Conceitue pele seca, pele normal e pele hidratada; 
 
 
2) Quais as condições ambientais que levam a desidratação da pele? 
 
 
3) Conceitue umectante 
 
 
4) Conceitue hidratante 
 
 
5) Qual o modo de ação dos umectantes e dos hidratantes na pele e nos produtos 
 
 
 
3.8 ALCALINIZANTES, ACIDIFICANTES E NEUTRALIZANTES. 
São usados em cosméticos para conferir alcalinidade às soluções, para neutralizar ácidos graxos e 
obter sabões, umectantes, géis de carbômeros e corrigir pH. 
 
Podem ser de origem inorgânica e orgânica. Exemplos: TEA - trietanolamina e NaOH. Os ácidos 
mais usados em cosméticos são os orgânicos. São usados para obtenção de sabões e umectantes e 
correção de pH. Exemplos: Ácido cítrico e Ácido fosfórico; 
 
 
3.9 CONSERVANTES 
As preparações cosméticas estão sujeitas a contaminação microbiológica, seja ela por bactérias ou 
fungos. Estes são transmitidos por diversas fontes, tais como: água, insetos, matérias-primas, 
vidrarias, equipamentos, tanques de armazenagem, embalagens, manipuladores e usuários. Na 
verdade, quando em pequenas quantidades estas são aceitáveis, porém ao extrapolaros limites 
pré-determinados já são considerados como contaminação e, portanto devem ser evitadas. 
 
Os conservantes são, portanto, aquelas substâncias que adicionadas aos produtos tem como 
finalidade preservá-los de danos causados por micro-organismos durante a estocagem, ou mesmo 
de contaminações acidentais produzidas pelos consumidores durante o uso. 
 
 
 
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Para cada tipo de agente conservante e dependendo da formulação existe uma concentração 
máxima permitida que deva ser seguida rigorosamente. Os contaminantes se dividem entre 
bactérias e fungos. 
 
Os agentes conservantes podem ser utilizados individualmente ou principalmente em associações, 
o que assegura maior espectro de atividade, sinergismo e cada um poderão estar em menor 
quantidade gerando possivelmente menos efeitos tóxicos. 
 
 
3.9.1 Lista de conservantes permitidos 
 
Lista de substâncias de ação conservante permitidas para produtos de higiene pessoal, cosméticos 
e perfumes. 
 
 
3.10 Antioxidantes 
Substâncias que inibem ou bloqueiam o processo de oxidação dos componentes orgânicos (óleos 
vegetais, gorduras vegetais ou animais, óleos essenciais e vitaminas). 
 
Estes processos de oxidação podem se manifestar principalmente por modificações do odor e da 
cor podendo até provocar irritações no tecido cutâneo. 
 
Os componentes mais propensos a sofrerem oxidação são as fragrâncias, os corantes, alguns 
ativos e os óleos (emolientes). 
 
 
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3.10.1 Antioxidantes verdadeiros: intervêm nas cadeias de radicais livres 
 
Antioxidante Faixa de concentração Solubilidade 
BHT butilhidroxitolueno (0,03% a 0,1%) Lipossolúvel 
BHA butilhidroxianisol (0,005% a 0,01%) Lipossolúvel 
Galato de propila (0,005% a 0,15%) Lipossolúvel 
Tocoferol (0,05% a 2%) Lipossolúvel 
 
3.10.2 Antioxidantes que atuam sofrendo oxidação (agentes redutores) 
Antioxidante Faixa de concentração Solubilidade 
Metabissulfito de Sódio (0,02% a 1,0%) Hidrossolúvel 
Bissulfito de Sódio (0,05% a 3,0%) Hidrossolúvel 
Ac. Ascórbico (vit. C) (0,1%) Hidrossolúvel 
Palminato de Ascorbila (0,01% a 0,2%) Lipossolúvel 
 
3.10.3 Antioxidante que atua por mecanismos preventivos 
Antioxidante Faixa de concentração Solubilidade 
EDTA (ac. Etilenodiaminotetracético) (0,1%) Hidrossolúvel 
 
3.11 FRAGRÂNCIAS 
a) Substâncias que geram odores agradáveis aos produtos; 
b) Sua escolha deve ser baseada em um consenso entre os corantes, a finalidade e o tipo do 
produto. Deve estar harmonizada com atributos do produto e expectativas do consumidor; 
c) A constituição de uma fragrância é identificada através das notas (odor): notas de cabeça ou 
saída, notas de corpo, notas de fundo. A fragrância é uma sucessão de impressões olfativas e 
não um conjunto homogêneo de todas elas; 
d) Cada tipo de fragrância é uma mistura de diferentes funções químicas e estas matérias 
primas podem ser de origem natural (animal ou vegetal) e sintética. 
 
 
 
 
 
 
 
 
Tipo de produto Faixa de concentração 
Antiperspirante 0,5 – 1,0% 
Sabonete comum 1,0 – 1,5% 
Sabonete transparente 1,5 – 3,0% 
Sabonete Líquido 1,0 – 1,5% 
Talco 0,5 – 1,0% 
Espuma de banho 1,0 – 3,0% 
Creme de barbear 1,0% 
Baton 0,5 – 1,0% 
Shampoo 0,2 – 0,5% 
Cremes 0,2 – 0,5% 
Condicionadores 0,2 – 0,5% 
Bronzeadores 0,2 – 0,5% 
 
 
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3.12 CORANTES 
Substância responsável por conferir cor a um produto. De acordo com sua solubilidade podem ser 
nomeados de corantes ou pigmentos. 
 
a. Corantes: substâncias que desenvolvem seu poder de colorir quando são dissolvidas no 
meio em que são utilizadas. 
b. Pigmentos: substâncias que desenvolvem seu poder de colorir quando são dispersas no 
meio em que são utilizadas. 
 
Estes produtos são classificados segundo 2 modos, um europeu (Colour Index) e um norte 
americano (D&C, FD&C, External D&C). Para a escolha do colorante deve ser consultada a lista da 
ANVISA que os classifica através do Colour Index, indica quais são permitidos em diversas 
situações e suas limitações. 
 
 
3.13 Exercícios de fixação 
 
1) As principais classes de matérias-primas em cosméticos estão listadas abaixo. Em cada uma 
explique a sua funcionalidade em um cosmético. 
 
1. Tensoativos: 
 
2. Emolientes: 
 
3. Umectantes: 
 
4. Hidratantes: 
 
5. Espessantes: 
 
6. Conservantes: 
 
7. Antioxidantes: 
 
8. Corantes: 
 
9. Perfumes: 
 
10. Ativos dermatológicos: 
 
 
 
 
 
 
 
 
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4 NOMENCLATURA DE INGREDIENTES COSMÉTICOS (INCI) 
 
INCI é a sigla para “Internacional Nomenclature Of Cosmetic Ingredients”. Em português seria, 
Nomenclatura Internacional de Ingredientes Cosméticos. 
 
O INCI é um sistema internacional de codificação da nomenclatura de ingredientes cosméticos, 
reconhecido e adotado mundialmente, criado com a finalidade de padronizar os ingredientes na 
rotulagem dos produtos cosméticos. O INCI é regulado no Brasil pela RDC Nº 211/05 Anexo III item 
1 (ANVISA) e Anexo IV-B-14 e C-13 (rótulo). 
 
Se não existisse o INCI, os ingredientes cosméticos poderiam ser classificados da seguinte 
maneira: 
 
1. Nomes químicos (IUPAC) (International Union of Pure and Applied Chemistry); 
2. Denominação comum internacional (INN – International Non-proprietary Name); 
3. Denominações de farmacopéias (americana, brasileira, europeia); 
4. Nomes comerciais (um para cada fornecedor); 
5. CAS – Chemical Abstracts Service (codificação mundial); 
6. NCM – Nomenclatura Comum do MERCOSUL (codificação regional); 
7. EINECS – European Inventory of Existing Commercial Chemical Substances (inventário 
europeu das substâncias químicas existentes no mercado); 
 
São mais de 9mil ingredientes usados nas formulações cosméticas e cada ingrediente pode ser 
descrito de diferentes maneiras. Com a INCI a identificação fica padronizada em nível mundial! Por 
exemplo, temos o formol: 
 
 NOMES QUÍMICOS: metanal, formaldeído, aldeído fórmico, metil aldeído, oximetileno, 
oxometano, formalina. 
 NOMES COMERCIAIS: Karsan, Ivalon, Fanoform, Lysoform. 
 INCI: FORMALDEHYDE 
 
No que respeita à rotulagem dos ingredientes utilizados nos corantes cosméticos, deve utilizar-se 
o número do "Colour Index" (CI) ou a denominação prevista no anexo IV. O número CI constitui, 
deste modo, a denominação INCI para este tipo de ingredientes. 
 
A classificação dos ingredientes cosméticos pelo INCI é importante para haver maior agilidade, 
precisão, clareza na identificação dos ingredientes, onde não há confusão com sinônimos e 
diferentes sistemas de nomenclatura, e facilitam o trabalho de localização de informações e de 
orientação para consumidores, profissionais de saúde e de vigilância sanitária. 
 
A organização dos componentes respeita uma ordem sequenciada começando no ingrediente 
mais concentrado até ao menos concentrado. Em primeiro lugar aparece muitas vezes a água, 
porque é quase sempre um dos maiores constituintes. No final costumam encontram-se letras 
seguidas de números, que indicam os ingredientes usados como corantes ou conservantes 
também apresentados segundo uma escala internacional. 
 
 
 
 
 
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4.1 EXERCÍCIOS AVALIATIVOS 
Nome do aluno: 
 
 
1) Nas seguintes formulações cosméticas, fornece a função de cada componente. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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2) Busque pelo menos dois produtos cosméticos em sua residência e extraia (liste) as matérias-
primas dos mesmos. Indique a função cosmética de cada um (ou seja, qual a finalidade de uso), 
com base na relação completa do INCI. 
Baixe a lista INCI em http://farmacia.imepac.edu.br/p/downloads_15.html 
 
 
Produto Finalidade de uso 
 
 
 
 
 
Componente 
(descrever da mesma forma da embalagem) 
Função 
1. 
2. 
3. 
4. 
5. 
6. 
7. 
8. 
9. 
10. 
11. 
12. 
13. 
14. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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5 PELE 
 
A pele forma a superfície externa contínua ou tegumento do corpo, sendo o maior órgão, 
constituindo quase um sexto do seu peso total (1,75m²). É representada pele epiderme com o seu 
manto córneo, a qual se assenta sobre um tecido de sustentação fibrilar, a derme, que repousa 
por sua vez sobre o panículo célulo-adiposo da hipoderme. Possui as seguintes funções principais: 
 Proteção contra lesões mecânicas, químicas e térmicas; 
 Termo-regulação: a pele impede o corpo de perder calor; 
 Impermeabilidade à água e impede que ela também saia (Conservação de fluídos); 
 Barreira a organismos patogênicos – barreira física; 
 Detecção de estímulos sensoriais; 
Apesar dessas variações que refletem diferentes demandas funcionais, todos os tipos de pele 
possuem a mesma estrutura básica. A pele espessa cobre a palma da mão e a planta dos pés, 
possui glândulas sudoríparas, mas não possuem folículos pilosos (Pele glabra), músculos eretores 
do pêlo e glândulas sebáceas. A pele delgada cobre a maior parte do resto do corpo e contém 
folículos pilosos, músculos eretores do pêlo, glândulas sudoríparas e glândulas sebáceas (Pele 
pilificada). 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Figura 7 – Esquema das camadas da pele. 
 
 
 
 
 
 
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5.1 FLORA CUTÂNEA 
A pele é preenchida em toda sua superfície por diversos tipos e microorganismos (fungos ou 
bactérias), constituindo a flora cutânea. Ela é formada: 
 Por uma flora chamada residente ou permanente, compostos por germes saprófitos, 
normalmente não patogênicos, mas podendo tornar-se devido a certas condições. 
 Por uma flora transitória ou patogênica, resultantes da contaminação diária. Os 
microorganismos que a compõem são hóspedes acidentais da pele, cuja sobrevivência 
sobre o território cutâneo é fraca e temporária. 
 
A competição entre os microorganismos resistentes e os transitórios permite uma proteção 
relativa contra estes últimos. É, portanto primordial conservar a flora cutânea resistente em bom 
estado, garantindo maior proteção contra a inoculação de microorganismos patógenos. 
 
 
5.2 FILME OU MANTO HIDROLIPÍDICO 
 
É uma emulsão do tipo A/O que recobre a camada córnea, e tem como funções: 
1. Manter a hidratação da camada córnea graças à presença dos componentes do NMF; 
2. Manter a acidez cutânea devido ao poder tampão dos aminoácidos; 
3. Desempenha a função de barreira contra agressões externas; 
4. Permite a presença da flora saprófita que defende a pele contra os germes patogênicos. 
 
O filme hidrolipídico varia conforme a idade, sexo, regiões do corpo, etc. e são formadas por 
substâncias como: 
 
 Produtos de desintegração dos queratinócitos: queratina 
 Cimento intercelular: Colesterol, ceramidas, ácidos graxos, triglicerídeos; 
 Componentes do NMF – Natural Moisturinzing Factor (uréia, ácido lático e PCA – ácido 
pilorridônico carboxílico); 
 Secreção sudoral: água e sais minerais como o cloreto de sódio, KCl, Ca e Mg; 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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5.3 VÍDEO AULA: PELE – A EMBALAGEM PERFEITA 
Assistir o vídeo e anotar os pontos mais importantes com relação à pele, protetor solar, melanina, 
vitaminas, glândulas, fibras, etc. Em seguida, responder as seguintes perguntas: Vídeo também 
disponível em: http://farmacia.imepac.edu.br/p/downloads_15.html 
 
1) Qual o tamanho da epiderme? 
2) Quais as características da pele? 
3) Para que serve os protetores solares? 
4) Para que serve a melanina? 
5) Qual a principal vitamina que o sol produz na pele? 
6) Qual o papel da elastina e do colágeno na pele? 
7) Quanto de suor que as glândulas sudoríparas produzem por dia? 
8) O que acontece com os pelos na presença do calor e do frio? 
9) De que forma o pelo fica ereto? 
10) Como os sensores no corpo agem? 
11) Quais as partes do corpo sem pelos? 
12) Quanto cresce um fio de cabelo? 
13) Para que serve as sobrancelhas? 
14) A idade é o principal fator de envelhecimento da pele? 
 
 
 
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5.4 EPIDERME 
A epiderme é a camada mais externa do corpo e está em contato direto com o meio externo. É um 
epitélio queratinizado estratificado pavimentoso composto principalmente de queratinócitos, as 
células epiteliais especializadas responsáveis pela renovação, coesão e barreira da epiderme. 
 
A figura abaixo mostra que esta camada externa 
da pele é subdividida em cinco camadas (de 
dentro para fora). 
 
Estas camadas são formadas pela diferenciação 
seqüencial de células migrando da camada basal 
para a superfície. 
 
A epiderme se renova a cada 20 a 30 dias 
dependendo da região da pele. 
 
A epiderme é composta por 4 tipos celulares: 
Queratinócitos, Melanócitos, Células de Merkel, 
Células de Langerhans. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Figura 8 – Microscopia de uma pele, com ênfase na epiderme e suas subcamadas. 
 
 
 A camada basal (stratum basale) ou camada germinativa é a mais profunda da epiderme e 
fica repousada sobre a derme. É a camada com a maior atividade mitótica, pois contêm 
células-fonte da epiderme, onde há constante renovação celular; 
 
 
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 A camada espinosa (stratum spinosum), nome este dado às suas características poligonais 
cubóides. É importante por conferir à epiderme coesão nas células e resistência ao atrito; 
 A camada granulosa (stratum granulosum). As células possuem grânulos que são expulsos 
para o meio extracelular, e que confere à epiderme impermeabilidade à água e a outras 
moléculas; 
 A camada lúcida (stratum lucidum). É pouco representativa, onde representa uma 
transição entre a camada granulosa e a camada córnea; 
 
A camada córnea (stratum corneum) tem espessura muito variável e é constituída por células 
achatadas, mortas e sem núcleo. O citoplasma destas células apresenta-se repletode uma 
escleroproteína dura chamada de QUERATINA, rica em ligações dissulfeto (S-S), que confere força 
e integridade. 
 
Esta camada fornece 98% de habilidade de retenção de água da epiderme. A membrana 
plasmática se torna grossa devido à deposição e ligação cruzada de proteínas, como a involucrina, 
ao longo da superfície interna para formar o envelope córneo. O stratum lucidum é parte desta 
camada. 
 
Outros integrantes da epiderme são as células de Langerhans apresentadoras de antígeno, os 
linfócitos T epidérmicos, ambos derivados da medula óssea; os melanócitos formadores de 
pigmentos e as células de Merkel neuroepiteliais, queratinócitos modificados que possuem 
queratinas e formam ligações desmossomais de queratinócitos. 
 
 
5.5 DERME 
 
A derme, localizada imediatamente sob a epiderme, é um tecido conjuntivo que contém fibras 
protéicas, vasos sangüíneos, terminações nervosas, órgãos sensoriais e glândulas. As principais 
células da derme são os fibroblastos, responsáveis pela produção de fibras e de uma substância 
gelatinosa, a substância amorfa, na qual os elementos dérmicos estão mergulhados. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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A epiderme penetra na derme e origina os folículos pilosos, glândulas sebáceas e glândulas 
sudoríparas. 
 
A derme é constituída por duas camadas, de limites poucos distintos: a papilar (superficial), e a 
reticular (mais profunda). 
 
1. A camada papilar é delgada, constituída por tecido conjuntivo frouxo que forma as papilas 
dérmicas. Nesta camada foram descritas fibrilas especiais de colágeno, que se inserem por 
um lado da membrana basal e pelo outro penetram profundamente na derme. Essas 
fibrilas contribuem para prender a derme à epiderme. 
2. A camada reticular é mais espessa, constituída por tecido conjuntivo denso. 
 
As duas camadas possuem fibras elásticas que dão elasticidade a pele. 
 
a. A grande maioria da fibras dérmicas são de colágenos, principalmente os tipos I e III, 
responsáveis pelo mecanismo de resistência da pele. 
b. As fibras elásticas são responsáveis pela propriedade retrátil da pele, pode ser visualizadas 
pela coloração especial (orceina). Na papila dérmica elas são finas e na derme reticular 
ficam mais espessas. 
c. As fibras reticulínicas visualizadas com coloração especial de prata consiste 
bioquimicamente em fibras de colágeno (tipos I e III) e fibronectina. 
d. As macromoléculas encontradas entre as fibras e células dérmicas e mais abundantemente 
na papila dérmica e ao redor dos anexos cutâneos. Bioquimicamente são glicoproteínas e 
proteoglicanas (principal componente é ácido hialurônico). Essas substâncias não são 
visualizadas em exames de rotina, mas são coradas pela coloração especial (alcian blue). 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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29 Apostila Teórica de Cosmetologia - Prof. Herbert Cristian de Souza 
 
Na derme encontramos ainda: músculo eretor de pêlo, fibras elásticas (elasticidade), fibras 
colágenas (resistência), vasos sanguíneos e nervos. 
 
A derme é o elemento de sustentação e nutrição da epiderme e seus anexos. Contém entre 20% a 
40% de água total do corpo graças, em parte, às propriedades hidrofílicas. A sua espessura 
aumenta no decorrer da infância e da adolescência, para estacionar e diminuir depois dos 50 anos. 
 
Outros componentes da DERME 
 
a. Substância Fundamental: Responsável pelo volume da derme. Substância semelhante a gel 
em íntima relação com os componentes fibrosos, é a substância de preenchimento. 
b. Vasos Sanguíneos Cutâneos: Plexo vascular profundo: na interface entre derme e gordura 
subcutânea. Plexo vascular superficial: nas porções superficiais da derme reticular. 
c. Nervos Cutâneos: A pele recebe sistema eferente (controle vascular cutâneo) e sistema 
aferente (apreciação das sensações cutâneas). 
d. Células Fibroblastos: São produtores de colágeno e elastina; 
 
Os fibroblastos são as células fundamentais da derme que sintetiza colágeno e 
fibras elásticas, além do substrato de substância fundamental amorfa. Os 
fibrócitos são fibroblastos pequenos e quiescentes sem atividade metabólica 
óbvia e são encontrados em tecidos conectivos maduros. 
 
e. Células Migratórias de Defesa: Linfócitos e mastócitos; 
f. Matriz Extracelular: Rede complexa de macromoleculares (é o conjunto de tudo) 
 
 
5.6 FIBRAS DE COLÁGENO 
 
As fibras de colágeno conferem resistência à tração, extensibilidade e estabilidade estrutural. 
Estas são fibras finas na derme papilar e são agrupamentos na derme reticular; Formado por 3 
cadeias polipeptídicas, cada uma helicoidal e entrelaçadas entre si (super-helicoidal); Contém 
caracteristicamente os aminoácidos hidroxiprolinas e hidroxilisinas; São produzidos pelos 
fibroblastos. 
 
 
 
 
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5.7 FIBRAS DE ELÁSTINA 
 
Estão intimamente ligadas ao colágeno. Na derme papilar: fibras finas que tendem a correr 
perpendiculares à superfície da pele. Na derme reticular: as fibras são mais grossas e tendem a 
permanecer paralelos à superfície da pele. São produzidos pelos fibrobastos. É constituído pela 
elastina onde conferem as propriedades de estiramento e retração elástica. 
 
A elastina é sintetizada por fibroblastos em uma forma precursora conhecida como tropoelastina, 
que sofre polimerização no ambiente extracelular. A deposição de elastina na forma de fibras 
requer a presença de microfibrilas da glicoproteína estrutural fibrilina, que são incorporadas à 
estrutura. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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5.8 APÊNDICES EPIDÉRMICOS 
1. Glândulas Sebáceas 
2. Glândulas sudoríparas apócrinas 
3. Glândulas sudoríparas écrinas 
4. Pêlo 
5. Unha 
 
 
5.8.1 GLÂNDULAS SEBÁCEAS 
 
As glândulas sebáceas são glândulas secretoras de uma substância oleosa, chamada de sebo e 
encontram-se na pele dos mamíferos. Normalmente, seus dutos desembocam nos folículos 
pilosos. Porém, em certas regiões, como lábio, glande e pequenos lábios da vagina, os ductos se 
abrem diretamente na superfície da pele. A pele localizada na palma das mãos e na sola dos pés, 
não possuem este tipo de glândula. 
 
Estas células proliferam e diferenciam-se em células arredondadas, e acumulam em seu 
citoplasma o produto de secreção de natureza lipídica. À medida que ocorre esta proliferação, as 
células que estão sendo produzidas, vão empurrando as células mais antigas para o centro do 
alvéolo, e estas, por sua vez, morrem e se rompem, dando origem à secreção sebácea. Ou seja, 
progressivamente as células se carregam de gotículas lipídicas e tornam-se cada vez mais 
volumosas. Depois da lipidização completa, as células se desintegram totalmente, tornando-se, 
elas mesmas, o produto da secreção ou sebo. 
 
As células mortas são repostas por mitose na periferia da 
glândula. A secreção é o sebo, uma mistura de triglicérides e 
colesterol tipo cera. Funciona como um agente protetor e 
mantém a textura da pele e a flexibilidade do cabelo. 
 
1. O tamanho da glândula é inversamente proporcional 
ao pêlo ao qual está anexado: ou seja, uma pele com 
pêlos curtos são mais propensos à acne. 
 
 
2. Sua quantidade determina o tipo de pele. 
 
 
3. A quantidade de sebo que é secretado é da ordem de 
1 a 2g por dia. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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5.8.2 GLÂNDULAS SUDORÍPARAS 
 
As glândulas sudoríparas são membranas especializadas na secreção de um líquido transparente 
muito específico, denominado suor, composto, sobretudo por água e pela dissolução de sais e 
vários resíduos do metabolismo, que deságua no exterior. Cada glândula é formada por duas 
partes: uma situada na profundidade da pele, que se encarrega da produção do suor, e um fino 
canal, através do qual a secreção é transportada para o exterior. 
 
Embora existam milhões de glândulas sudoríparas distribuídas por toda a superfície corporal, a sua 
distribuição difere em diferentes áreas, já que são especialmente abundantes nas palmas das 
mãos e nas plantas nos pés, na fronte e no peito, sendo muito menos numerosas, por exemplo, 
nas costas. Apesar de todas as glândulas sudoríparas serem muito semelhantes, é possível 
distinguir dois tipos com estruturas e funções diferentes: as Écrinas e as apócrinas. 
 
Écrinas 
 
As glândulas sudoríparas Écrinas são glândulas tubulares em espiral, estão na camada profunda da 
derme ou sobre a hipoderme e estão presentes em todo o corpo. A sua função primária é o 
resfriamento por evaporação (transpiração). 
 
A secreção écrina consiste de um líquido aquoso, fino e inodoro, onde a ação microbiana não 
consegue degradar. São controladas por fibras colinérgicas do Sistema nervoso autônomo pelo 
estímulo térmico e fatores psicogênicos. 
 
1. Elas secretam o suor de maneira intermitente. 
2. O suor é um liquido aquoso, incolor, ácido, que contêm 99% de água, de NaCl, de 
amoníaco, de ácido lático, de ácido uricânio e de aminoácidos livres. 
3. Respondem a estímulos físicos (temperatura, exercícios), e a estímulos psíquicos (emoções 
– palma das mãos e planta dos pés). 
 
 
Apócrinas 
 
As glândulas sudoríparas apócrinas são glândulas 
tubulares que desembocam nos folículos pilosos 
nas axilas e regiões urogenitais. A secreção é uma 
mistura de proteínas, carboidratos e íons férricos 
que não possui odor, porém torna-se fétida após 
ação de bactérias comensais da pele. 
 
São mais numerosas nas mulheres e na raça negra. 
 
São sensíveis aos hormônios androgênicos e 
reguladas por nervos adrenérgicos em resposta ao 
atrito, agentes farmacológicos e fatores 
emocionais. 
 
 
 
 
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5.9 HIPODERME 
 
É um tecido subcutâneo que une a derme aos órgãos profundos. É formado por tecido conjuntivo 
adiposo de espessura muito variável conforme sua localização. A hipoderme tem as seguintes 
funções: 
 Reserva de gorduras: gorduras provenientes do fígado e do intestino chegam ao adipócito 
pela corrente sanguínea sob a forma de ácidos graxos e de triglicerídeos. 
 Energética: em caso de necessidade a lipólise libera rapidamente os ácidos graxos; 
 Termorregulação: regula a temperatura corporal; 
 Mecânica: amortecimento, sobretudo no nível dos órgãos internos. 
 
 
 
5.10 TIPOS DE PELE 
 
1. Pele normal ou eudérmica - pele ideal ou de criança, secreções equilibradas, emulsão 
epicutânea perfeita (tipo O/A). 
2. Pele oleosa - espessura aumentada e bem hidratada, produção de sebo alterada (pH ácido), 
emulsão tipo A/O, aspecto oleoso (untuoso, com brilho acentuado), pele resistente a 
problemas alérgicos. Complicações comuns como seborréia, acne e desidratação. 
3. Pele seca - secreção sebácea insuficiente, pessoas de pele muito clara, fina e sensível, frágil e 
facilmente irritável, rugas finas e precoces. 
4. Pele mista - óstios dilatados na região do T, secura e irritação nas outras áreas. 
 
 
 
 
 
 
 
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5.11 MELANINA – CÉLULAS DE PIGMENTO 
A melanina é um pigmento que determina a cor da pele, filtram os raios UV (protege o núcleo 
celular, agrupando-se em torno dele), neutralizam os radicais livres (que são fatores de 
envelhecimento celular). 
 
As melaninas são produzidas por células especializadas da camada basal germinativa: os 
melanócitos, que repousam sobre a camada basal. Seus dedritos se desenvolvem lateralmente e 
para cima, o que permite entrar em contato com os queratinócitos vizinhos. No pêlo os 
melanócitos se localizam no bulbo pilar. Depois dos 40 anos, o número de melanócitos diminui, 
assim como sua atividade de síntese. 
 
O melanócito, a partir do aparelho de golgi, sintetiza o melanossomo, organela complexa que 
contém melanina. O melanossomo possa por 4 estágios de maturação graças a uma enzima, a 
tirosinase: é a melanização do melanossomo. 
 
Os pigmentos melânicos podem ser classificados em dois grupos: 
 
 Eumelanina: são os mais escuros (castanhos ou marrons). Encontram-se na epiderme, 
nos cabelos e nos pêlos; 
 
 Feomelanina: são pigmentos mais claros (castanhos a louro, inclusive ruivos). 
Composição química da melanina 
 
A síntese da melanina resulta da ação de uma enzima, a tirosinase, sobre um aminoácido, a 
tirosina, com produção de DOPA. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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5.11.1 DISCROMIAS 
 
A. HIPERCROMIAS (AUMENTO DA PIGMENTAÇÃO) 
 
Melasma ou cloasma – hiperpigmentação facial que afeta frequentemente mulheres grávidas ou 
que usam estrógenos (anticoncepcional). Elas aumentam com de intensidade com a exposição 
solar, que é estimulante da formação da melanina. 
 
Sardas – são manchas castanho-claras que aparecem na infância, após a exposição solar. 
 
Melanose solar (senil) – manchas marrons, variando de claras a escuras, que surgem no dorso das 
mãos e antebraços em pessoas com mais de 40 anos. 
 
P.A DESPIGMENTANTES PROPRIEDADES OBSERVAÇÕES 
Ácido glicólico Esfoliante 
Uso dermatológico. Pode ser usado junto 
com ácido Kójico e hidroquinona. 
Ácido kojico 
Atua como agente quelante do metal cobre, 
elemento do qual a enzima tirosinase depende 
para a formação da melanina. 
Obtido a partir da fermentação de um 
substrato pelo fungo A. orizae. 
Ácido retinóico Esfoliante Usado como coadjuvante. 
Azeloglicina Atua como sebostático. É o diglicinato de azeloil potássio. 
Hidroquinona 
Atua inibindo a tirosinase no estágio inicial da 
melanogênese 
 
VC-PMG 
Atua inibindo a tirosinase. Tem ação anti-
radicais livres. 
 
 
 
B. ACROMIAS – AUSÊNCIA DE PIGMENTAÇÃO 
 
Vitiligo 
 
É uma doença caracterizada pela despigmentação da pele, formando manchas acrômicas de 
bordas bem delimitadas e crescimento centrífugo. Também é possível que haja despigmentação 
do cabelo. É frequente em 1% da população e, em 30% dos casos, há ocorrência familiar. O 
diagnóstico em doentes com patologias oculares é significantemente maior que na população em 
geral. Eventualmente, o vitiligo surge após traumas ou queimaduras solares. 
 
A causa não está esclarecida, mas há três teorias para explicar a destruição dos melanócitos: 
 
Teoria Imunológica: 
Admite que o vitiligo é uma doença auto-imune pela formação de anticorpos antimelanócitos. É 
associada a doenças imunológicas, tais como diabetes, anemia perniciosa, lúpus, esclerose, 
síndrome de Down, tireoidite de Hashimoto, entre outras. 
 
Teoria Cititóxica: 
 
 
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É possível que os metabólitos intermediários - dopaquinona e indóis - formados durante a síntese 
da melanina, possam destruir as células melanocíticas. 
Teoria Neural: 
Um mediadorneuroquímico causaria destruição de melanócitos ou inibiria a produção de 
melanina. 
 
Albinismo 
 
A palavra albinismo deriva do latim albus (branco) e se refere à incapacidade de um indivíduo ou 
animal de fabricar um pigmento denominado melanina (do grego melan, negro), que dá cor à pele 
e protege da radiação ultravioleta tanto do Sol como de qualquer dispositivo artificial, como as 
câmaras de bronzeamento artificial. 
 
Diferentes alterações dos genes podem causar albinismo. Por exemplo, a falta de alguma das 
enzimas sintetizadoras da melanina ou a incapacidade da enzima para entrar nas células 
responsáveis pela pigmentação e transformar o aminoácido tirosina, a base para construir o 
pigmento, em melanina. 
 
Isto é, no caso do albinismo, o indivíduo ou animal possui melanócitos, onde se gera a melanina, 
mas uma disfunção não permite que estas células fabriquem o pigmento. 
 
As pessoas ou animais com albinismo têm muito pouca ou nenhuma pigmentação em seus olhos, 
pele ou cabelo. Os cabelos, as sobrancelhas e as pestanas são totalmente brancas ou de um 
amarelo muito pálido, a tez é extremamente clara e os olhos podem chegar a ser rosados. A 
despigmentação com que nascem não se modifica com a idade. 
 
Os albinos têm dificuldade de enxergar em lugares muito claros e podem sofrer queimaduras por 
radiação solar muito facilmente, sendo muito provável que desenvolvam câncer de pele caso não 
se protejam adequadamente. 
 
O albinismo pode se apresentar de forma total ou parcial, afetando respectivamente todo o corpo 
ou só determinadas zonas. A forma mais comum, no entanto, é a total. 
 
 
5.12 GRAU DE ACIDEZ DA PELE 
Para que seja sadia é essencial haver equilíbrio ácido-base. No estado normal, a superfície da pele 
tem sempre reação ácida, devido à presença de ácido orgânica (propiônico, acético, caprílico, 
lático, cítrico, ascórbico) que se encontra em alta concentração devido a evaporação do suor que 
os contém. 
 
O grau de acidez varia com idade, sexo e de indivíduo para indivíduo. A reação torna-se alcalina à 
medida que se penetra nos tecidos. O manto ácido é importante em relação aos agentes 
exteriores, barreira à penetração dos microorganismos e fungos, que toleram mal a acidez. 
 
Valores fisiológicos de ph: 
Couro cabeludo: 4,0; Rosto: 4,7; Axila: 6,5; Tronco: 4,7; Linhas mamárias: 6,0; 
Perna, tornozelo: 4,5; Seios: 6,2; Mãos: 4,5; Pés: 7,2; Vagina: 4,5; 
 
 
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6 XAMPUS (SHAMPOO) 
 
Os xampus têm por objetivo a limpeza dos cabelos e do couro cabeludo e, para tal, eles devem ser 
capazes de: 
a) Deixar os cabelos soltos, leves, brilhantes e fáceis de pentear; 
b) Conferir-lhes ordem, sem eletricidade estática; 
c) Não modificar o pH do couro cabeludo; 
d) Preservar parte do óleo natural que cobre o cabelo e, sobretudo o couro cabeludo. 
 
 
Para lavar é necessário eliminar tanto produtos lipossolúveis quanto hidrossolúveis, daí a 
necessidade de um tensoativo. A classe de sujidades a ser retirada varia com o clima, estilo de 
vida, tipo de trabalho, funções fisiológicas e práticas de higiene. 
 
As sujidades podem ser compostas por corpos oleosos secretados pelas glândulas sebáceas, restos 
queratínicos, provenientes da descamação do couro cabeludo, derivados minerais ou orgânicos, 
resultantes da evaporação do suor, poeiras depositadas, restos de cosméticos diversos. Sua 
remoção ocorre como descrita a seguir: 
1. A sujidade, em contato com a água, adquire carga elétrica positiva enquanto o substrato 
(cabelo e couro cabeludo) apresenta carga negativa. Assim se explica a força aderente das 
sujidades do cabelo. 
2. A molécula tensoativa, por sua ação na tensão superficial da água, confere maior poder 
molhante, introduzem-se nos intertícios existentes entre substrato e eliminam as 
sujidades. 
3. Uma vez iniciada a remoção das sujidades, o processo pode ser continuado por meios 
mecânicos, dispersando as partículas na água, havendo simultaneamente a formação de 
micelas nas quais as partículas de sujidades ficam envolvidas por cadeias carbônicas com 
os pólos hidrofílicos virados para o exterior. 
 
 
6.1 Componentes básicos dos xampus 
 
6.1.1 Tensoativos 
 
O elemento essencial da composição dos xampus é a presença de um ou mais tensoativos, 
agentes de lavagem cuja concentração deve ser suficientemente capaz de limpar os cabelos em 
toda sua extensão (cuja superfície pode atingir de 4-8 m2!). Estes detergentes constituem a base 
de todos os xampus. 
 
Lavar o cabelo ou o prato consiste em remover a sujeira com água. Como a sujeira do cabelo, ou 
em um prato de comida, é tipicamente formada por substâncias hidrofóbicas como gorduras, a 
interação água/sujeira não é muito grande. A propriedade tensoativa dos detergentes possibilita 
um aumento de contato da água com a sujeira a ser removida. Além disso, para minimizar o 
contato das caudas hidrofóbicas com a água, o detergente orienta-se as inserindo na sujeira, que é 
hidrofóbica, deixando sua cabeça polar em contato com a água. A água então pode interagir 
melhor com a sujeira, carregando-a da superfície em que está adsorvida (Figura). 
 
 
 
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Figura 9 – Esquema representando a interação da gordura (gota de óleo) com as moléculas de detergente, 
possibilitando sua remoção pela água. 
 
 
 
6.1.2 Espuma 
 
Quando um tensoativo é dissolvido em água, as suas moléculas orientam-se de tal maneira que as 
extremidades hidrofílicas se dirigem para água e as hidrofóbicas para as interfaces água/recipiente 
ou água/ar (Figura). Havendo outro corpo presente, por exemplo, sujeira, este também será 
envolto por uma película de tensoativo, orientada da mesma forma. Em função deste fenômeno 
de orientação dos produtos tensoativos quando em solução, temos a formação de espuma e o 
poder detergente (Figura). 
 
 
 
 
Figura 10 – (A) A figura mostra a dispersão de um tensoativo (detergente) em água. As moléculas 
do detergente tendem primeiramente à superfície da solução, tornando as interações porção 
hidrofóbica/ar e porção hidrofílica/água possíveis. Com o aumento da concentração do detergente 
em água, suas moléculas irão para o interior da solução, formando micelas, numa tentativa de 
aumentar a interação entre suas próprias caudas hidrofóbicas para excluir as moléculas de água 
desta porção. (B) A figura mostra a formação de uma bolha, que ocorre quando a quantidade de 
detergente em solução é ainda maior e ele passa a interagir com o ar. Quando em solução está 
 
 
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presente a gordura (sujeira), é com ela que sua porção hidrofóbica irá interagir, permitindo sua 
solubilização e remoção pela água. 
 
 
6.1.3 O pH e os cosméticos capilares 
 
O pH ácido é capaz de selar as cutículas dos fios, um cabelo com as cutículas seladas e alinhadas é 
um cabelo capaz de reter a hidratação e os nutrientes nos fios, é um cabelo com brilho e saudável. 
Por outro lado, o pH alcalino abre as cutículas, um cabelo com as cutículas abertas é o que 
chamamos de um cabelo poroso, é um cabelo que não é capaz de reter a hidratação ou qualquer 
tipo de nutriente, é um cabelo frágil e sem vida 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
A primeira foto é um cabelo é um cabelo danificado com cutículas abertas, e a segunda é uma foto 
de um cabelo saudável com as cutículas alinhadas. 
 
Como o pH dos cabelos é em torno de 5. O ideal para shampoos é pH em torno de 5 e 6, dessa 
forma não há um dano grandeas cutículas. 
 
Shampoos anti resíduos normalmente possuem pH em torno de 8, por isso ouve-se dizer que esse 
tipo de produto danifica os fios, pois ele abre bem as cutículas, mas se usado corretamente (leia-
se uma vez a cada 15 dias, ou uma vez por mês) ou mesmo antes de tratamentos não causa danos 
aos fios, muitas pessoas gostam de usar anti resíduos antes de tratamentos justamente pelo fato 
dele abrir as cutículas, sendo assim o cabelo está pronto para receber o tratamento. 
 
 Pessoas que possuem escova progressiva deve evitar shampoos anti resíduos, uma vez que a 
progressiva sela os fios, quando você lava com anti resíduos e abre as cutículas você retira mais 
rapidamente a progressiva. Por isso quem tem escova progressiva deve usar shampoos com pH de 
5,0 a 6,0. 
 
 
6.1.4 ESPESSANTES 
 
Substâncias que promovem o aumento da viscosidade do xampu. Podem ser de dois tipos, 
promovendo o espessamento por processos diferentes: 
 
 
 
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 1° Processo: modificação dos parâmetros reológicos do sistema água-tensoativo mediante 
adição de eletrólitos (NaCL, NH4CI, Na2SO4) ou de amidas de ácidos graxos. O aumento da 
viscosidade não é proporcional ao aumento dos eletrólitos, chega a um ponto máximo 
depois decresce. 
 2° Processo: pela incorporação de substâncias espessantes convencionais, tais como gomas 
(adraganta, arábica), derivados da celulose, polímeros carboxivinílicos (carbopol), álcool 
polivinílico e derivados de PVP. Sua adição não é sempre conveniente, pois pode se separar 
quando em repouso. 
 
6.1.5 SUAVIZANTES OU CONDICIONADORES 
 
Para evitar ou diminuir uma possível ação detergente excessiva, recorre-se ao emprego de 
substâncias que promoverão certa lubrificação ou, ainda, diminuição de atrito que permitirá 
pentear mais fácil, com maior volume. Esses efeitos são conseguidos pela adição, quer de 
derivados de lanolina, de polivinilpirrolidona, de óleos vegetais, de derivados de lecitina, de 
ésteres graxos de glicol ou glicerol e ainda de hidrocolóides e derivados de proteína. 
 
6.1.6 AGENTES QUELANTES 
 
Destinados a complexar os íons Ca++ ou Mg++ das águas de enxágüe a fim de evitar a formação de 
sais insolúveis, são, em geral sais de ácido diamino etileno tetracético (EDTA). 
 
6.1.7 PRESERVANTES – CONSERVANTES 
 
Têm como finalidade evitar aparecimento e desenvolvimento de microorganismos nas 
formulações dos xampus que provocariam alterações nas formulações, a curto e a longo prazos, 
comprometendo os requisitos iniciais dos produtos. 
 
 
6.1.8 PEROLIZANTES - OPACIFICANTES 
 
Substâncias incorporadas com o objetivo de evitar a transparência dos xampus lhes conferindo um 
aspecto cremoso. Como exemplo tem-se: ácido esteárico, álccol cetílico, álcool estearílico, 
diestearatos de etilenoglicol, dibeinatos de etilenoglicol, monoésteres de etinoglicol, monoésteres 
de propileno glicol, emulsões viscosas de polímeros viscosos e estearatos de magnésio e zinco. 
 
Estas substâncias dissolvidas a quente na formulação, emulsionam ou cristalizam com o 
resfriamento, conferindo o aspecto pretendido. 
 
 
6.1.9 SUBSTÂNCIAS ESPUMANTES 
 
A espuma é uma característica desejada pelo consumidor, não tem relação com o poder 
detergente do produto, pois a espuma é formada na interface ar/líquido, enquanto que a remoção 
do sebo ocorre na interface cabelo/líquido. 
Estes agem introduzindo bolhas de gás na água. 
 
 
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Com a remoção do sebo, a espuma aumentará, porque o sebo inibe a formação de bolhas 
Exemplo: dietanolamida láurica. 
 
6.1.10 AJUSTADORES DE PH 
 
Como a maioria dos xampus é alcalina, o que ocasiona o aumento de feixe do cabelo, isto é a 
abertura das escamas da cutícula, devem ser usadas substâncias que permitam sua neutralização. 
Exemplos: ácido cítrico, ácido lático, ácido glicólico. 
 
6.1.11 CORANTES E ESSÊNCIAS 
 
 ADITIVOS “COSMIÁTRICOS”: silicones, hidrolisados de proteínas, trigo, queratina, 
colágeno. 
 ADITIVOS FITOTERÁPICOS: extratos glicólicos de jaborandi, hamamelis, camomila, algas. 
 ATIVOS MEDICAMENTOSOS: anticaspa, seborréia, antiqueda, anti-psoríase. 
 
 
 
6.2 AVALIAÇÃO DAS PROPRIEDADES DOS XAMPUS 
Medidas que permitem comparações e verificação da performance cosmética dos xampus: 
 
 A melhoria na superfície do cabelo pode ser constatada mediante observação com 
microscópio eletrônico; 
 A facilidade em pentear pode ser medida, nos cabelos molhados, mediante uma 
experiência com pene especial que registra a resistência oposta à sua passagem 
(intensidade de cada passagem do pente e número de passagens); 
 Pode-se medir a eletricidade estática existente no cabelo após a lavagem: o cabelo 
eletrizado se torna difícil de pentear e fica “arrepiado”: (para calcular a quantidade de 
cargas elétricas desenvolvidas mede-se o afastamento da extremidade da mecha dos 
cabelos); 
 O brilho pode ser igualmente medido por reflectometria (quando um feixe de luz incide 
sobre uma superfície perfeitamente lisa, como um espelho, o ângulo de incidência é 
exatamente igual ao ângulo de reflexão). 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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7 CONDICIONADORES 
 
O condicionador de cabelo é uma associação de diversos produtos que apresentam características 
que complementam o tratamento do cabelo. São os produtos a serem utilizados após a lavagem 
dos cabelos e são constituídos basicamente por: 
 
 Tensoativo Não-iônico 
 Tensoativos catiônicos (quaternários de amônio – Cloreto de cetiltrimetilamônio) 
 Agentes lubrificantes (óleos, álcoois graxos, lanolina, silicones) 
 Aditivos (vitaminas) 
 Fragrâncias 
 Estabilizantes (EDTA, espessantes, conservantes) 
 Veículo: água. 
 
a. O efeito condicionador se baseia na deposição ao longo da superfície dos cabelos, dos 
componentes catiônicos e graxos resistentes ao enxágüe subseqüente. 
b. Alguns tipos de cabelos, como os mais ressecados, tendem a uma aparência sem vida, 
tornando-se ásperos e quebradiços, ficando patente a necessidade de suprir-se uma 
deficiência natural de gordura com o emprego de condicionadores. 
c. Também, o rápido crescimento destes produtos, se deve ao aumento de tratamentos 
químicos e então à necessidade de tratar-se os cabelos danificados ou enfraquecidos. 
d. Além do aspecto reposição graxa, o condicionamento está baseado na concepção de 
substantividade, ou seja, na absorção de ingredientes capazes de modificar as 
propriedades superficiais e estruturais do cabelo. Tal característica se explica pelo fato do 
fio do cabelo que é formado por queratina adquirir carga negativa após tratamentos 
químicos, vento, exposições solares etc. Os agentes catiônicos, por neutralizarem as cargas 
negativas, são capazes de dar maleabilidade, maciez e volume aos cabelos. 
 
 
Funções e Requisitos Desejados aos Condicionadores: 
 
 Manter a aparência dos cabelos atraente e saudável; 
 Ser de fácil aplicação e enxágüe; 
 Ser adaptado ao tipo e condição do cabelo; 
 Proporcionar boa penteabilidade a úmido e a seco; 
 Ser suave, não tóxico, não irritante; 
 Deixar os cabelos desembaraçados, com brilho, maciez, volume e maleabilidade; 
 Não causar a formação de carga estática; 
 Ter fragrância agradável com boa expansão e fixação; 
 Ser estável durante o período de validade; 
 Não ser susceptível a contaminação microbiológica; 
 Ter boa relação custo/benefício; 
 Ter pequena quantidade de espuma;

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