Buscar

PSICOFARMACOLOGIA - TRANSTORNO DE PANICO

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 5 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

1.0 CARACTERIZAÇÃO DO TRANSTORNO DO PÂNICO (TP)
O Transtorno de Pânico (TP) são ataques de pânicos recorrentes e inesperados, acompanhados por um surto abrupto de medo intenso que pode ocorrer em um estado calmo ou de um estado ansioso. Um ataque de pânico pode alcançar um pico em minutos e que durante o qual ocorrem deve se listar quatro ou mais dos 13 sintomas físicos e cognitivos. Os sintomas de critérios para o diagnostico são: palpitações, coração acelerado, taquicardia; sudorese; tremores ou abalos; sensações de falta de ar ou sufocamento; sensações de asfixia; dor ou desconforto torácico; náusea ou desconforto abdominal; sensação de tontura, instabilidade, vertigem ou desmaio; calafrios ou ondas de calor; parestesias (anestesia ou sensações de formigamento); desrealização (sensações de irrealidade) ou despersonalização (sensação de estar distanciado de si mesmo); medo de perder o controle ou “enlouquecer”; medo de morrer.
Os ataques de pânico possuem dois tipos característicos: esperados e inesperado, os ataques de pânico esperados são os para os quais existe um sinal que seja obvio, como as situações que eles ocorreram, já os ataques de pânico inesperado são aqueles nos quais não existe um desencadeamento obvio no momento em que ocorreu, como por exemplo: durante o sono, também conhecido como ataques de pânico noturno (acordar do sono em estado de pânico). O clinico é quem faz o julgamento se os ataques são esperados ou inesperados, através de questionamento cuidadoso quanto à sequência dos eventos acontecidos.
As interpretações culturais podem influenciar nos ataques de pânico serem esperados e inesperados. Em relação a frequência e a gravidade dos ataques de pânico, eles variam de forma considerável e quanto a frequência pode-se ter um por semana ou até mesmo pequenos surtos todos os dias. Em termos de gravidade as pessoas cm transtorno de pânico podem ter ataques com sintomas completos (quatro ou mais sintomas) ou com sintomas limitados (menos de quatro sintomas), porém o número e o tipo de sintomas do ataque de pânico diferem de um ataque para o seguinte. Mas para se ter o diagnóstico do transtorno de pânico é necessário mais de um ataque de pânico completo inesperado para o diagnóstico do mesmo.
2.0 CARACTERÍSTICAS ASSOCIADAS QUE APOIAM O DIAGNÓSTICO DE TRANSTORNO DE PÂNICO 
Um tipo de ataque inesperado como, como ataques de pânico noturno; muitos indivíduos com transtorno de pânico se queixam de sentimentos ou intermitentes de ansiedade, que estão relacionados a preocupações com a saúde em geral e com a saúde mental; pode haver preocupações diante da capacidade de concluir tarefas ou estresse diário e também pode haver com o uso excessivo de drogas ilícitas e medicamentos.
3.0 TRATAMENTO MEDICAMENTOSO
3.1 MONOTERAPIA
De acordo com Manfro e Blaya (2005), 
O transtorno do pânico (TP) é caracterizado pela presença de ataques súbitos de ansiedade, recorrentes, acompanhados de sintomas físicos e afetivos. É uma doença crônica que afeta 3,5% da população ao longo da vida, atingindo duas vezes mais mulheres que homens, especialmente entre a segunda e a terceira década da vida (p 1).
Os mesmos autores contribuem informando que na prática clínica, os ISRSs são importantíssimos no tratamento de TP devido à eficácia já confirmada, bem como se verifica que os ISRSs oferecem eficácia idêntica aos tricíclicos. Além disso, a monoterapia com benzodiazepínicos é caracterizada pelo seu rápido início de ação e as implicações adversas adequadas tornaram os mesmos fármacos favoráveis no tratamento. Vale mencionar que fármacos como alprazolam e clonazepam são muito estudados na terapêutica do TP cujos resultados indicam eficácia parecida aos ADTs com melhor tolerabilidade.
Não obstante, segundo Menezes et al. (2007), algumas substâncias foram descritas como eficazes em monoterapia no TP resistente ao tratamento. Relatos de caso sugerem a eficácia da trimipramina, da tiagabina e do clonazepam. 
3.2 ASSOCIAÇÕES
Segundo consta no Manual Diagnostico e Estatístico de Transtornos Mentais (DSM 5) a respeito de características associadas, a American Psychiatric Association (2014) alega que, 
Um tipo de ataque de pânico inesperado é o ataque de pânico noturno (i.e., acordar do sono em um estado de pânico, que difere de entrar em pânico depois de completamente acordado). Nos Estados Unidos, foi estimado que esse tipo de ataque de pânico ocorre pelo menos uma vez em aproximadamente um quarto a um terço dos indivíduos com transtorno de pânico, dos quais a maioria também tem ataques de pânico durante o dia. Além da preocupação acerca dos ataques e de suas consequências, muitos indivíduos com o transtorno relatam sentimentos constantes ou intermitentes de ansiedade que são mais amplamente relacionados a preocupações com a saúde em geral e com a saúde mental em específico.
Além disso, comenta-se no manual que pessoas com TP com frequência antecipam um resultado desastroso e flagelante partindo de um sintoma físico pouco acentuado ou efeito colateral de algum fármaco. Essas pessoas são relativamente intolerantes aos efeitos colaterais dos fármacos. No mais, podem ocorrer inquietações sobre a competência de concluir trabalhos e designações ou suportar o estresse cotidiano. Podem ocorrer também comportamentos extremos com objetivo de controlar os ataques de pânico.
3.3 TRATAMENTO AGUDO
De acordo com Salum et al (2009), 
Devido à sintomatologia predominantemente física desse transtorno, os pacientes geralmente procuram vários atendimentos clínicos até que o diagnóstico seja feito. Em função desses aspectos e da sua cronicidade, o TP está associado a elevados custos econômicos. O tratamento do TP pode ser feito com psicoterapia e/ou psicofármacos.
Segundo Manfro e Blaya (2005),
Diferentes classes de antidepressivos, incluindo inibidores seletivos da recaptação da serotonina (ISRS), antidepressivos tricíclicos (ADT), inibidores da monoaminoxidase (IMAO) e benzodiazepínicos, são usadas no tratamento do TP. Embora vários estudos tenham demonstrado a eficácia do tratamento farmacológico para esse transtorno, uma proporção significativa dos pacientes permanece sintomática após o tratamento agudo. Pode-se dizer que os pacientes respondem ao tratamento farmacológico agudo, mas a maioria não apresenta uma remissão completa (resolução completa dos sintomas mantida por um período de pelo menos 3 meses). Isto indica que o TP é uma doença crônica e, como tal, seu tratamento deve ser mantido por um período longo (p. 1).
Não obstante, Mangro e Blaya (2005) pertinentemente contribuem alegando que no tratamento agudo do TP, os ISRS podem ser aproveitados como monoterapia ou em acordo com psicofármacos de caráter benzodiazepínicos. A princípio, indica-se sempre doses menores, devido ao elevar da ansiedade proporcionado pelas substâncias em questão. Ademais, sugere-se aumentar a dose em prol da obtenção de decorrências adequadas ou, ainda, o advento de efeitos adversos não aguentáveis.
3.4 TRATAMENTO CRÔNICO
O TP é um transtorno crônico e com baixas taxas de remissão dos sintomas em longo prazo. Sendo assim, sugere-se que sejam delineados novos estudos para tratamento precoce dos transtornos de ansiedade ou mesmo para prevenção em crianças de risco (SALUM, BLAYA & MANFRO, 2009).
De acordo com Manfro e Blaya (2005), 
Entretanto, é necessário avaliar comorbidades e, por exemplo, não utilizar benzodiazepínicos em pacientes com potencial abusivo, uma vez que o TP é uma condição crônica que requer tratamentos em longo prazo, assim como preferir não usar antidepressivos em pacientes com história de transtorno do humor.
Para uma grande parcela dos pacientes, o TP tem o prognóstico de um transtorno crônico com recaídas e agudizações frequentes, em geral associadas aos eventos estressores de vida, e possui fases de remissão parcial ou completa dos sintomas (SALUM, BLAYA & MANFRO, 2009).
Os mesmos autores escrevem que devido a cronicidade dos transtornos mentais, profissionais da psiquiatria têm se dedicado à investigarmeios de prevenção e cuidado. Não obstante, os principais fatores de risco para transtornos de ansiedade em sujeitos na fase adulta é a presença de transtornos ou traços de ansiedade durante períodos de tenra idade, bem como na adolescência. Assim, de maneira cada vez mais fugaz, estudos atuais vêm se voltando ao tratamento precoce de sujeitos acometidos pela ansiedade ou mesmo na prevenção e cuidado para com crianças de risco. Trata-se, portanto, de um campo promissor para estudos e investigações futuras. 
4.0 REFERÊNCIAS 
American Psychiatric Association. Manual diagnóstico e estatístico de transtornos mentais (DSM-5). Porto Alegre: Artmed, 2014.
CORDIOLI, A.V. Psicofármacos: consulta rápida. Porto Alegre: Artmed, 2011. 
 
CARLSON, N. R. Fisiologia do Comportamento. São Paulo: Manole, 2002. 
 
GOODMAN, L. S. As Bases farmacológicas da terapêutica. São Paulo: Mcgraw-Hill, 2007.
MANFRO, G.G. & BLAYA, C. Transtorno do Pânico: diretrizes para o uso de psicofármacos e algoritmo. Porto Alegre: Artmed, 2005.
MENESES, G.B., MONTENELLE, L.F., MULULO, S., VERSIANI, M. Resistência ao tratamento nos transtornos de ansiedade: fobia social, transtorno de ansiedade generalizada e transtorno do pânico. REV BRAS, 2007.
SALUM, G.A., BLAYA, C., MANFRO, G.G. Transtorno do pânico. Rev Psiquiatr RS. 2009; 31(2): 86-94.

Outros materiais