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Aula 1 - Introdução

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PLANO DE CURSO
EMENTA
 
Conceito de cultura através dos Estudos Culturais. Compreensão da diversidade cultural. Os desafios do diálogo num mundo multicultural. Comunicação e Conteúdos Culturais. Os efeitos da comunicação e os produtos culturais. Políticas de fomento e práticas educomunicativas a favor da diversidade cultural. Educação para a diversidade. Aprendizagem participativa e competências interculturais.
OBJETIVO DA DISCIPLINA
 
Compreender os fenômenos da comunicação no mundo contemporâneo e sua relação com a diversidade cultural. Refletir acerca da importância da diversidade cultural nos diferentes domínios de intervenção (comunicação, línguas, educação e criatividade), que, à margem das suas funções intrínsecas, revelam-se fundamentais para a salvaguarda e para a promoção da diversidade cultural.
 
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PLANO DE CURSO
PROGRAMA
 
Módulo I: Introdução aos Estudos Culturais. Conceito de cultura. Multiculturalismo. Diversidade cultural.
 
Módulo II: A comunicação como mediação simbólica e a diversidade cultural.
 
Módulo III: Práticas educomunicativas e diversidade cultural.
 
Metodologia: aulas expositivas; leitura, análise e debates, seminários e arguições; dinâmicas de grupo, orientação de trabalhos.
 
Forma de Avaliação: relatório de investigação dos movimentos culturais; projetos de ação educomuticativa com movimentos culturais.
 
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PLANO DE CURSO
Bibliografia básica
 
CANCLINI, Nestor García. Culturas Híbridas. São Paulo, EDUSP, 3ª ed., 2000.
HALL, Stuart. Da diáspora – Identidades e mediações culturais. Belo 
Horizonte/Brasília: Editora UFMG/UNESCO, 2003.	
_______. A identidade cultural na pós modernidade. 10. ed. Rio de Janeiro: DP&A,2005.
JOHNSON, Steven. Cultura da Interface. Rio de Janeiro, Zahar.  MARTÍN-BARBERO, Jesús. Dos meios às mediações: comunicação, cultura e hegemonia. Rio de Janeiro: Ed. UFRJ, 2003.
RECTOR, Mônica e NEIVA, Eduardo (org.). Comunicação na Era Pós-Moderna. Petrópolis, Vozes, 1995.
SODRÉ, Muniz. Reinventando a cultura: a comunicação e seus produtos. Petrópolis, Vozes, 1996.
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É acumulação de saberes? 
A cultura sofre alguma forma de determinação?
O que você entende por cultura?
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ESTUDOS CULTURAIS BRITÂNICOS 
1964: Fundação do Centre for Contemporary Cultural Studies (CCCS), no  English Department, da Universidade de Birmingham.
Richard Hoggart, fundador do Centro.
Contexto Histórico:
A Inglaterra vivenciava o período do pós-guerra; a classe operária atravessava um período de transformações nos seus valores tradicionais. 
Eixo de pesquisa:
Relações entre a cultura contemporânea e a sociedade; relação das formas, instituições e práticas culturais com as mudanças sociais. Relações entre cultura, história e sociedade.
Referencial teórico: 
Marxismo
Raymond Willians
Edward Thompson
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ESTUDOS CULTURAIS BRITÂNICOS 
Visão do Marxismo ortodoxo:
A sociedade se divide entre a produção (economia) e a dominação (ideologia). De modo que as ideias que prevalecem na sociedade são as ideias de uma classe dominante. Assim, toda ação cultural, nessa perspectiva, é determinada pela economia. 
Inovação dos Estudos Culturais:
 
Nova forma de enxergar a dinâmica cultural através da comunicação. Nesse sentido, a ação cultural não é vista como um resíduo das relações econômicas e de classe, mas como um local de construção de significados. Desse modo, não se concebe uma relação passiva de dominação das classes dominantes sobre as camadas populares. Assim, as formas de recepção passam a ser investigadas. Isto é, as camadas populares não são vistas como meramente passivas, e a cultura não é determinada pela economia, uma vez que há processos de construção de significados na recepção das mensagens. Portanto, há um interesse privilegiado no estudo das culturas populares. 
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ESTUDOS CULTURAIS BRITÂNICOS 
AMPLIAÇÃO DO CONCEITO DE CULTURA:
 A cultura não é, meramente, sabedoria acumulada, nem tampouco experiência passiva.
 A cultura se manifesta de forma diferente em qualquer formação social e época histórica.
 A cultura se constrói a partir de intervenções ativas e se manifesta através do discurso e do simbólico.
 A cultura se situa dentro de um espaço social e econômico, manifestando-se como forma material e simbólica, mas não é condicionada pelo econômico.
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ESTUDOS CULTURAIS BRITÂNICOS 
"a identificação explícita das culturas vividas como um projeto distinto de estudo, o reconhecimento da autonomia e complexidade das formas simbólicas em si mesmas; a crença de que as classes populares possuíam suas próprias formas culturais, dignas de nome, recusando todas as denúncias, por parte da chamada alta cultura, do barbarismo das camadas sociais mais baixas; e a insistência em que o estudo da cultura não poderia ser confinado a uma disciplina única, mas era necessariamente inter, ou mesmo anti,disciplinar" (SCHWARZ, 1994:380).
Intersecção entre diversas disciplinas para um projeto teórico:
 Literatura Inglesa (preocupação com as formas culturais populares; compreensão dos textos e textualidades para além da linguagem);
 Sociologia (análise crítica e sociológica do corpo social);
 História (reconhecimento da história oral e da memória popular).
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ESTUDOS CULTURAIS BRITÂNICOS 
Fases, etapas, deslocamentos...
ANOS 70
Início dos anos 70: interesse na emergência de formações culturais que oferecem focos de resistência às estruturas dominantes de poder.
Segunda metade dos anos 70: interesse na importância crescente dos meios de comunicação de massa.
Questionamentos e interesses: estudos das culturas populares, dos seus sistemas de significação e valores, do seu universo de sentido, das formas de resistência às estruturas dominantes. A questão da autonomia das culturas populares, da constituição de identidades coletivas que negociam sentidos e apresentam focos de resistência às relações de poder que lhes afetam.
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ESTUDOS CULTURAIS BRITÂNICOS 
ANOS 70 – ESTUDOS CULTURAIS - FEMINISMO
As questões de gênero e sexualidade para a compreensão da categoria de “poder”;
As questões em torno do subjetivo e do sujeito – aproximações entre teoria social e psicanálise;
Trabalhos desenvolvidos a partir de 1974, constituindo um foco de interesse dentro do Centro;
Interesse no estudo das imagens da mulher no meio massivo, do trabalho doméstico, etc.
Novos questionamentos em torno dos processos de constituição das identidades.

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