Teoria da Burocracia Final (2009)

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Mónica Nunes 
Maria das Dores Policarpo 
João Feijão 
Faculdades de Ciências Sociais e Humanas
Departamento de Sociologia - Ano Lectivo 2009/ 2010
Sociologia das Organizações
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O que é burocracia?
“A burocracia é uma forma de organização humana e que se baseia na racionalidade instrumental, isto é, na adequação dos meios aos objectivos (fins) pretendidos, a fim de garantir a máxima eficiência possível no alcance desses objectivos.” 
Max Weber 
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Max Weber e a Burocracia
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Conceitos Weberianos 
Autoridade
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Para Weber existem três tipos de Autoridade Legítima : 
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A Burocracia é baseada em: 
 1. Caráter legal das normas e regulamentos
 2. Caráter formal das comunicações.
 3. Caráter racional e divisão do trabalho.
 4. Impessoalidade nas relações.
 5. Hierarquia de autoridade.
 6. Rotinas e procedimentos estandardizados
 7. Competência técnica e meritocracia
 8. Especialização da administração 
 9. Profissionalização dos participantes
10. Completa previsibilidade do funcionamento
Características da Burocracia
(Max Weber)
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Vantagens da Burocracia (Max Weber)
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FRAGILIDADE DA ESTRUTURA BUROCRÁTICA 
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Disfunções da Burocracia: 
1. Interiorização das normas 
2. Excesso de formalismo e papelada 
3. Resistência a mudanças 
4. Despersonalização do relacionamento 
5. Categorização das decisões
6. Super-conformidade às rotinas e procedimentos
7. Exibição de sinais de autoridade 
8. Dificuldades com clientes 
Robert K. Merton
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Modelo Burocrático de Robert K. Merton
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Modelo Burocrático de Selznick
 Contrariamente a Weber, Philip Selznick demonstrou a possibilidade de adaptção da burocracia às: 
Exigências externas dos clientes 
Exigências internas dos participantes 
Estudo sobre Tennessee Valley Authority (T.V.A)
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Conclusões de Selznick 
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Conclusões de Selznick (cont.)
 Para atingir os seus objectivos, a Organização utiliza dois mecanismos de defesa: 
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Conclusões de Selznick (cont.)
“Da mesma forma que Merton, Selznick demonstra que as consequências não previstas provêm de problemas ligados à organização informal.” (Chiavenatto: 29)
“(…) Para Selznick a burocracia não é rígida nem estática, como afirmava Weber, mas adaptativa e dinâmica, interagindo intensamente com o ambiente externo e adaptando-se a ele.” (Chiavenatto: 29)
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Modelo Burocrático de Selznick
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Alvin Gouldner e os graus de burocratização
FASE 1
FASE 2
O controlo com pouco frequência do comportamento dos operários 
Regras formais ignoradas 
Infracções raramente punidas
 
4, Pouca pressão para produzir 
5. Atitude favorável e positiva (dos operários) em relação à fábrica 
Implantação de relatórios e controlo da produção (diários e semanais)  trabalho suplementar dos supervisores 
Corte dos favores pessoais 
Ciclo da supervisão fechada 
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Ciclo da supervisão fechada 
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Conclusões de Gouldner 
 Identificação das funções das regras burocráticas 
 Identificação de três tipos de comportamento burocrático: 
 1. Burocracia fingida 
 2. Burocracia representativa
 3. Burocracia punitiva 
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Conclusões de Gouldner (cont.) 
 Identificação das consequências imprevistas comuns a todos os modelos burocráticos 
 Para Gouldner não há um tipo único de burocracia, mas vários que oscilam entre os excessivamente burocratizados e os pouco burocratizados 
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Modelo Burocrático de Gouldner
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Teoria da Burocracia: uma apreciação crítica….
Burocracia super-racionalizada
Não leva em conta a natureza organizacional
Vantagens da burocracia são exageradas
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Burocracia: uma apreciação crítica… (cont.)
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Warren G. Bennis 
Oposições à Burocracia: 
BUROCRACIA 
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Ameaças à burocracia (Bennis) 
Transformações rápidas e inesperadas do ambiente 
Aumento de tamanho (o acréscimo das actividades da organização não é suficiente para sustentar o seu crescimento) 
Inovação da tecnologia (maior integração entre actividades e pessoas altamente especializadas e de competência muito diferentes) 
Mudanças radicais no comportamento administrativo 
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 Para Chavienato, a teoria da Burocracia caracteriza-se por uma abordagem descritiva e explicativa
As componentes descritiva e explicativa proporcionam um conhecimento mais profundo sobre o objecto de estudo e uma ampla flexibilidade e versatilidade na solução dos problemas. 
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Críticas à perspectiva burocrática de Weber 
É o que Merton pretende mostrar, ao estudar as disfunções da burocracia, que a forma burocrática tem influência na personalidade dos seus membros e estimula uma aderência às norma e regulamentos.
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Burocracia: uma apreciação crítica… (cont.)
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Burocracia: uma apreciação crítica… (cont.)
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Posição da Teoria da Burocracia dentro da Teoria das Organizações 
 Para alguns autores, o modelo burocrático constitui um terceiro pilar da Teoria Tradicional da Organização, ao lado do “Taylorismo” e da obra de Fayol e Gulick (Teoria Clássica) 
 Pode dizer-se que Weber é considerado o precursor do estruturalismo, estando mais identificado com a organização formal 
 Contudo, existem diferenças entre a Teoria Burocrática de Weber e a Teoria Clássica: 
A racionalidade é um instrumento para chegar à eficiência 
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Pág 27
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Pág 30 
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Pág 35
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Argumentos defensivos da burocracia por parte de Charles Perrow
Referir ideias de Katz e Kahn cit. Pag 37
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O grau variável de burocratização e determinado pela medição das dimensões da burocracia, as quais ele vai buscar cruzando os diversos modelos burocraticos .
Existe portanto um continuum entre as duas dimensões:
Excessiva burocratização rígidez e inflexibilidade
 Burocratização insuficiente desorganização e indisciplina
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Em suma, o modelo weberiano da burocracia é mecanicista aproximando-se mais do modelo de Fayol do que dos modelos de Merton, Selznick e Gouldner que se desenvolveram estudos a partir dele 
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