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08/06/2018 EPS: Alunos http://simulado.estacio.br/alunos/ 1/5 Exercício: CCJ0042_EX_A8_201402119038_V1 10/05/2018 23:25:28 (Finalizada) Aluno(a): MARINETE GOMES DOS SANTOS 2018.1 Disciplina: CCJ0042 - ÉTICA GERAL E PROFISSIONAL 201402119038 Ref.: 201402993404 1a Questão Patrícia foi aprovada em concurso público e tomou posse como Procuradora do Município em que reside. Como não pretendia mais exercer a advocacia privada, mas apenas atuar como Procuradora do Município, pediu o cancelamento de sua inscrição na OAB. A partir da hipótese apresentada, assinale a afirmativa correta. Patrícia poderia ter pedido o licenciamento do exercício da advocacia, mas nada a impede de pedir o cancelamento de sua inscrição, caso não deseje mais exercer a advocacia privada; Patrícia não agiu corretamente, pois os advogados públicos estão obrigados à inscrição na OAB para o exercício de suas atividades; Patrícia agiu corretamente, pois, uma vez que os advogados públicos não podem exercer a advocacia privada, estão obrigados a requerer o cancelamento de suas inscrições. Patrícia não agiu corretamente, pois deveria ter requerido apenas o licenciamento do exercício da advocacia e não o cancelamento de sua inscrição; Nenhuma das alternativas anteriores Explicação: De acordo com o Estatuto da Advocacia e a OAB, os advogados públicos aprovados em concurso são obrigados a manter a inscrição na entidade. A questão da obrigatoriedade é antiga. Em 2012, o desembargador Marrey Uint, da 3ª Câmara de Direito Público do Tribunal de Justiça de São Paulo, negou capacidade postulatória a um defensor público de Araraquara, que havia cancelado sua inscrição na Ordem dos Advogados do Brasil. Para Marrey Uint, a inscrição nos quadros da OAB é condição obrigatória para a atuação do defensor público. A inscrição dos Defensores Públicos nos quadros da OAB não é medida facultativa, mas condição essencial para o exercício do cargo. Outras decisões foram tomadas nesse sentido e, agora, o TRF da 3ª Região ratifica essa posição pelo julgamento nesse recurso de apelação em mandado de segurança impetrado no processo nº 0016414- 67.2012.4.03.6100. Ref.: 201403107729 2a Questão Gilson Clay, advogado, foi convidado por Desembargador do Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro para ser assessor jurídico. No dia seguinte ao convite, Gilson assumiu a função comissionada (função de confiança). À luz do que dispõe o Estatuto da OAB: Gilson, ao assumir a função de assessor de Desembargador, ficará incompatibilizado para o exercício da advocacia, mesmo em causa própria Gilson, ao assumir a função de assessor de Desembargador, poderá exercer normalmente a advocacia, salvo contra ou a favor do Poder Público, em todos os níveis. Gilson deverá comunicar tal fato à OAB, a fim de que seja averbada em seus assentamentos a assunção de atividade geradora de impedimento, ficando, a partir de então, proibido de advogar contra o Estado do Rio de Janeiro Gilson, a partir da assunção da função comissionada, passará a exercer atividade incompatível com a advocacia, ficando proibido de advogar apenas contra o Estado do Rio de Janeiro Explicação: O art. 28, inciso IV, do EOAB estabele que todos vinculados ao Poder Judiciário direta ou indiretamente, tornam-se incompatíveis com a advocacia. Este é o caso de assessor de desembargador. 08/06/2018 EPS: Alunos http://simulado.estacio.br/alunos/ 2/5 Ref.: 201403107728 3a Questão Sabrina, advogada, nas eleições municipais de 2012, foi eleita Prefeita, tendo como Vice-Prefeito o advogado Carlos. À luz do Estatuto da OAB: Sabrina e Carlos, a partir da posse, passarão a exercer atividade incompatível com a advocacia, sendo caso de licença do exercício profissional. Sabrina e Carlos, a partir da posse, passarão a exercer atividade incompatível com a advocacia, ficando proibidos de advogar. Será caso de cancelamento da inscrição de ambos Sabrina, quando da posse, tornar-se-á incompatível, ficando totalmente proibida de advogar, ao passo que Carlos, na condição de Vice-Prefeito, ficará impedido de advogar apenas contra o seu Município Sabrina e Carlos, a partir da posse, passarão a exercer atividade incompatível com a advocacia, sendo caso de cancelamento da inscrição de ambos. Somente Sabrina terá vedação expressa em lei para exercer a atividade da advocacia. Explicação: A incompatibilidade, tendo em vista que é a proibição total ao exercício da advocacia, não permite sequer a advocacia em causa própria, e permanece mesmo que o ocupante do cargo ou função afaste-se temporariamente. PAULO LUIZ NETTO LÔBO ensina categoricamente: ¿(¿). Apenas cessa a incompatibilidade quando deixar o cargo por motivo de aposentadoria, morte, renúncia ou exoneração. O advogado que exercer atividade incompatível com o exercício da advocacia deverá solicitar o seu licenciamento, conforme o disposto no artigo 12 do EAOAB, se dará licença ao advogado que: "(...) Passar e exercer, em caráter temporário, atividade incompatível com a advocacia ¿ As atividades consideradas incompatíveis estão disciplinadas no artigo 28 do EAOAB. Todavia, apenas os cargos com mandado eletivo ou exoneráveis ad nutum, que possuem caráter temporário, geram a licença da inscrição do advogado"; Durante o licenciamento, a inscrição do advogado fica suspensa apenas durante um período determinado, haja vista que o profissional brevemente retornará a exercer as suas atividades. Neste período o profissional não pagará anuidade e nem votará nas eleições da OAB. Assim, quando o período de licença termina, o advogado retorna a advogar com o mesmo número de inscrição que possuía e sem precisar fazer prova dos requisitos exigidos no artigo 8º do EAOAB. Ref.: 201402993301 4a Questão Formaram-se em uma Faculdade de Direito, na mesma turma, Luana, Leonardo e Bruno. Luana, 35 anos, já exercia função de gerência em um banco quando se graduou. Leonardo, 30 anos, é prefeito do município de Pontal. Bruno, 28 anos, é policial militar no mesmo Município. Os três pretendem praticar atividades privativas de advocacia. Considerando as incompatibilidades e impedimentos ao exercício da advocacia, assinale a opção correta. Bruno, como os servidores públicos, apenas é impedido de exercer a advocacia contra a Fazenda Pública que o remunera. Os três graduados, Luana, Leonardo e Bruno, exercem funções incompatíveis com a advocacia, sendo determinada a proibição total de exercício das atividades privativas de advogado. Leonardo é impedido de exercer a advocacia apenas contra ou em favor de pessoas jurídicas de direito público, empresas públicas, sociedades de economia mista, fundações públicas, entidades paraestatais ou empresas concessionárias ou permissionárias de serviço público. Luana não está proibida de exercer a advocacia, pois é empregada de instituição privada, inexistindo impedimentos ou incompatibilidades. Nenhuma das alternativas anteriores Explicação: O fundamento está no art. 28, inciso I, VI e VIII, EOAB. Ref.: 201402793848 08/06/2018 EPS: Alunos http://simulado.estacio.br/alunos/ 3/5 5a Questão Um advogado, regularmente inscrito na OAB-RJ, foi nomeado e empossado no cargo de Presidente da Junta Comercial do Estado do Rio de Janeiro. Pergunta-se: Quanto ao exercício da advocacia e a OAB-RJ, como fica a situação daquele Advogado? (a) Continuará inscrito na OAB-RJ e exercendo livremente a advocacia (d) Será licenciado da advocacia, não podendo advogar apenas durante o tempo em que estiver ocupando o cargo de Presidente da Junta Comercial. (b) Continuará inscrito na OAB-RJ, ficando, porém, proibido de advogar apenas contra a Fazenda Pública do Estado do Rio de Janeiro, que o remunera; (c) Terá sua inscrição na OAB-RJ cancelada e, por conseqüência, não poderá exercer a advocacia; Explicação:O Licenciamento da inscrição está regulamentado no artigo 12 da Lei 8.906/94. O licenciamento deverá ser requerido pelo próprio interessado, declinando o motivo, sendo que em caso do exercício de cargo incompatível (temporário - demissível ad nutum) com a advocacia, deverá juntar ao pedido o ato de nomeação respectivo. No ato do protocolo deverá entregar os documentos de identidade de advogado (carteira e cartão). Após o deferimento da licença, será devolvida a carteira (tipo caderneta) com a anotação de ¿advogado licenciado¿, sendo que o cartão ficará retido até o retorno ao exercício da advocacia. Em caso de perda do(s) documento(s) o advogado deverá juntar Boletim de Ocorrência. Ref.: 201403107715 6a Questão Toia Bustev, advogada, foi eleita Presidente da República, assumindo seu mandato em 01 de janeiro de 2015. A partir de referido dia: tornar-se-á impedida de exercer a advocacia apenas contra a União, que será a Fazenda Pública que irá remunerá-la. tornar-se-á incompatível para o exercício da advocacia, exceto em causa própria, sendo o caso de licenciamento da atividade profissional. Tornar-se-á impedida de exercer a advocacia contra ou a favor de qualquer ente público, sendo o caso de cancelamento da inscrição. tornar-se-á incompatível para o exercício da advocacia, inclusive em causa própria, sendo o caso de licenciamento da atividade profissional. Explicação: Licenciamento é o requerimento de afastamento dos quadros sem caráter definitivo que precisa de motivação. Assim, deve justificar o pedido com um motivo plausível para a OAB deferi-lo. O advogado quando volta do licenciamento, irá continuar com o mesmo numero de inscrição, sendo certo, por outro lado, que o advogado licenciado não está sujeito ao pagamento da anuidade da OAB, bem como fica isento de voltar em época de eleições. Previsto no art. 12, do Estatuto, o licenciamento pode ocorrer sob as três hipóteses previstas nos incisos do referido dispositivo legal, in verbis: Art. 12. Licencia-se o profissional que: I ¿ assim o requerer, por motivo justificado; II ¿ passar a exercer, em caráter temporário, atividade incompatível com o exercício da advocacia; III ¿ sofrer doença mental considerada curável A hipótese prevista no inciso II do referido diploma legal deve acarretar o licenciamento quando o advogado passar a exercer, em caráter temporário, qualquer atividade incompatível com o exercício da advocacia. Ainda que a atividade seja de caráter incompatível, ou seja, disposta no rol do art. 28 do Estatuto, poderá licenciar-se por exercer em caráter temporário, como, por exemplo, os cargos comissionados. 08/06/2018 EPS: Alunos http://simulado.estacio.br/alunos/ 4/5 Ref.: 201402814757 7a Questão O Advogado Mauro Martins, inscrito na OAB-RJ, após ser nomeado e empossado no cargo de Oficial do 9º Ofício do Registro Geral de Imóveis do Rio de Janeiro, continuou funcionando como advogado num processo de inventário em que vinha trabalhando desde o seu início. Pergunta-se: Como você classifica os atos praticados por Mauro Martins naquele processo, após sua posse como Oficial do 9º RGI? São atos anuláveis São atos válidos, porque não se trata de uma causa contra a Fazenda Pública que remunera Mauro Martins São atos válidos, porque a OAB-RJ não promoveu o cancelamento da inscrição de Mauro Martins São atos nulos Explicação: "Art. 4º. São nulos os atos privados de advogados praticados por pessoa não inscrita na OAB, sem prejuízo das sanções civis, penais e administrativas. Parágrafo único. São também nulos ou praticados por advogado impedido - no âmbito do impedimento - suspenso, licenciado ou que passar a exercer atividade incompatível com a advocacia." Portanto, a nulidade dos atos de advocacia será sempre de causa formal, guardando direta relação com a situação jurídica da inscrição do indivíduo junto à OAB, assim entendida como requisito legal para o direito de exercer a advocacia, e também com as proibições circunstanciais do exercício da profissão, impostas ao advogado pelo Estatuto da Advocacia. Assim, para construção dessa doutrina das nulidades dos atos de advocacia, observei que existem dois tipos de nulidades, que assim denominei: a) nulidade de fator originário; b) nulidade de fator circunstancial; No caso da nulidade de fator originário, a pessoa que pratica atos de advocacia não é sequer inscrita nos quadros da OAB. Por essa razão, não detém a qualidade de advogado (ainda que seja bacharel em ciências jurídicas), sendo nulos todos os atos privativos de advocacia que tenha praticado. A nulidade de fator originário está prevista no caput do art. 4º do Estatuto da Advocacia, in verbis:"São nulos os atos privativos de advogado praticados por pessoa não inscrita na OAB, sem prejuízo das sanções civis, penais e administrativas." Já no caso da nulidade de fator circunstancial, a pessoa que pratica atos de advocacia deveras é inscrita nos quadros da OAB, porém seu direito de exercer a profissão sofre limitações, que podem ser parciais (quando houver impedimento) ou totais (nas hipóteses de licença, suspensão ou incompatibilidade). Ref.: 201402793817 8a Questão Um Advogado, regularmente inscrito na OAB-RJ, foi aprovado em concurso público e empossado no cargo de Oficial Administrativo da Prefeitura do Município do Rio de Janeiro, Pergunta-se: Como fica a situação daquele advogado junto à OAB-RJ e quanto ao exercício da advocacia? (c) Terá sua inscrição na OAB-RJ cancelada, ficando totalmente proibido de advogar; (b) Continuará inscrito na OAB-RJ, ficando, porém, proibido de advogar apenas contra a Fazenda Municipal do Rio de Janeiro; (d) Será licenciado da advocacia, ficando proibido de advogar durante o tempo em que exercer a atividade de Oficial Administrativo da Prefeitura. (a) Continuará inscrito na OAB-RJ e exercendo livremente a advocacia; Explicação: São impedidos de exercer a advocacia, os membros do Poder Legislativo, em seus diferentes níveis, contra ou a favor das pessoas jurídicas de direito público, empresas públicas, sociedades de economia mista, fundações públicas, entidades paraestatais ou empresas concessionárias ou permissionárias de serviço público. 08/06/2018 EPS: Alunos http://simulado.estacio.br/alunos/ 5/5 Assim, enquanto o impedimento previsto no inciso I do art. 30 do Estatuto, é apenas contra a Fazenda Pública que remunere o advogado, o impedimento do inciso II do mesmo artigo, para os membros do Poder Legislativo, é contra a Administração Pública por inteiro. Exemplificativamente, um vereador não pode advogar nem contra o Município, nem contra Estados Federados, nem contra a União, nem contra as respectivas entidades da Administração Indireta, estendendo-se a proibição ainda ao patrocínio de causas contra entidades paraestatais ou empresas concessionárias ou permissionárias de serviço público. O impedimento ocorre desde a posse, conforme art. 54, inciso II, ¿c¿, da Constituição Federal, que entendo servir de orientação também para deputados estaduais e vereadores, por força do art. 27, §1º e art. 29, inciso IX, também da Constituição Federal. Por conseguinte, entre a diplomação e a posse pode-se exercer livremente a advocacia. O advogado que estiver impedido de exercer a advocacia (artigo 30, inciso I do EOAB) poderá exercer a advocacia livremente, entretanto, não poderá advogar contra a Fazenda Pública que o remenere.
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