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Cidade Linar, Plano Cerdá, Reforma de Paris e Plano de Haussmann

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2.3.2.1 Cidade linear de Soria y Malta 
Arture Sorio y Malta “Todos os problemas da cidade resultam do problema da circulação”.
Arture Sorio y Mata é um engenheiro espanhol especializado em trabalhos públicos, ocupou diversos cargos na administração da cidade Madri e desenvolveu a primeira linha de Tramways para a cidade em 1875 – sistema de linhas de transporte público comum e elevado e subterrâneo.
 Segundo Ferrari (1977), entre 1882 e 1883, o espanhol Arturo Soria y Mata, através de vários artigos publicados no jornal madrileno “El Progresso”, onde defendia a ideia de que a raiz de todos os males da época era devido a forma das cidades. A ideia da Cidade Linear de Sorio Y Mata basea-se na expansão das cidades sobre território rural. Em 1833, Soria y Mata publica um artigo com o seguinte tema: Cidade – problemática; neste artigo é feita uma crítica as vias urbanas (o congestionamento dos centros tradicionais com traçado radioconcêntrico), a insalubridade das habitações, saneamento e aumento da população. Soria acredita que o maior problema dos grandes centros está associado ao fluxo e ao tráfego. 
O foco principal de Arturo Soria y Mata estava voltado para a locomoção, pois deste, segundo Soria e Mata era de onde derivavam – se todos os demais serviços. Com o objetivo de resolver esses problemas Soria através do desenho urbano crio o conceito de cidade linear, em que descreve o seguinte em suas primeiras publicações sobre esse novo conceito:
 “ Uma só rua de 50 metros de largura e 500 de comprimento que fosse necessário, tal será a cidade do futuro, cujos os extremos podem ser Cádiz e São Petersbrugo, ou Pequim e Bruxelas. Coloquem-se ao centro desta imensa rua, ferrovias e rodovias, tubulações para água, gás e eletricidade, piscinas, jardins e de trecho em trecho pequenos edifícios para os diferentes serviços municipais de incêndio, de saúde, segurança e outros, e ficarão resolvidos ao mesmo tempo quase todos os complexos problemas que engendram a vida urbana de grandes massas populacionais. ” FERRARI (1977)
Fonte: portalarquitetonico.com.br
A ideia central era a de propor uma cidade que se desenvolvesse ao longo de uma faixa com largura de cinquenta metros (50 m) em linha reta, em que funcionaria como a artéria principal, ao longo dela receberia áreas arborizadas, margeada por duas faixas de terrenos urbanos. O eixo central dessa grande avenida seria percorrido por sistema de transporte férreo.
Figura xx - Projeto de cidade linear de Arturo Soria Y Mata 
Fonte: Google Imagens, modificado pelo autor (2014)
 No desenho acima Soria defendia a ideia de que os equipamentos deveriam ficar nos mesmos quarteirões das áreas residenciais; comercio e serviço, de forma policentrica linear. Com essa proposta o acesso seria bem mais fácil. Ao longo da grande avenida os primeiros lotes eram destinados ao comercio, logo depois dos primeiros lotes era o local destinado a classe média e o equipamentos de serviço e já no final dos quarteirões os últimos loteamentos voltados para a parte rural era destinados as residências de classe baixa.
A cidade idealizada por Sorio y Mata só é viável a partir da implantação de um sistema público de transporte mecânico eficiente. Em que seu crescimento deve ser ilimitado e sempre linear, pois Soria baseava-se na ideia de que para combater o problema de congestionamento nos centros das cidades, deveria ser sempre seguindo a forma linear, que possibilita a redução do tempo gasto com o deslocamento, e assim é feita uma distribuição dos serviços, áreas residenciais e de trabalho. Com tal distribuição ao longo da grande avenida, é evitado o deslocamento de toda a população para um único local nos horários de pico (de trabalho). 
Com relação à morfologia a faixa de terrenos adjacentes, deveria ser recortada por uma malha de ruas, com ruas transversais de 200 m de comprimento e 20 m de largura. Estas ruas seriam margeadas por outra faixa destinada a uso habitacional onde o lote mínimo teria 400 m² , no entanto as edificações só poderiam ocupar um quito dessas área, ou seja só seria ocupado 80 m²; o restante do terreno seriam ocupados por jardins e hortas localizadas ao fundo dos terrenos. As residências deveriam ser unifamiliares.
A proposta de Soria abandona as estruturas tradicionais: quarteirão, praça. Submetendo o desenho urbano à dimensão técnica em que é privilegiado apenas um elemento do processo urbano que é a circulação, em que é determinado a configuração espacial na forma mais racional: a linha reta.
Fonte: portalarquitetonico.com.br
No plano da Cidade Linear, não há setorização de usos, os edifícios administrativos e comerciais, se fundem aos habitacionais na malha urbana – existe o uso misto do solo.
O Plano Cerdà: A nova Barcelona proposta por Cerdà
Com a revolução industrial do século XIX, o crescimento da indústria têxtil e o crescimento das cidades, devido a migração do campo para as cidade, causou inúmeros problemas, pois com o crescimento da classe operária, que provocou insalubridade nas moradias, acabou culminando em diversos tipos de epidemias; devido as precariedades os conflitos internos eram inevitáveis. A cidade de Barcelona era circundada por antigas muralhas que uma vez a protegeram, mas que agora impediam o crescimento interno para o externo. 
Fonte: Ajuntament de Barcelona (1985). Inicis de la urbanística Municipal de Barcelona.
Fonte: Ajuntament de Barcelona (1985). Inicis de la urbanística Municipal de Barcelona.
A cidade de Barcelona, fez um concurso literário em 1840 para saber a opinião da população sobre as vantagens que a cidade poderia ganhar com a destruição de suas muralhas. O premiado foi “abajo los Muros de Pedro felipe monlau, que foi o primeiro a reivindicar a expansão da cidade para além dos muros. Logo Ildelfonso Cerdá aparece me cena, filho de uma família proprietários liberais, nasceu em San Martí de Centelles, em 23 de dezembro de 1815.
Nas décadas de 1850 e 1860 Cerdá se torna Conselheiro Municipal de Barcelona. Por volta de 1850, Cerdà começa seus estudos sobre a cidade de Barcelona e sua extensão. Em 1854, o governo decide oficialmente derrubar as muralhas, o que abre caminho para realização de um novo plano para a cidade.
A proposta do plano de Cerdà para a cidade de Barcelona, aprovada em 1859, apresenta uma intervenção completamente diferente. Os dois traçados urbanísticos básicos na época, era a quadrícula e o radial (neste caso o segundo subordinado ao primeiro) eram fundidos em um grande retângulo de sessenta por vinte módulos, que estava localizado no espaço livre deixado entre a cidade medieval e os povoados vizinhos, cortados por duas diagonais.
Fonte: https://arquitetandoblog.wordpress.com/2009/05/29/idelfonso-cerda-plano-de-expansao-de-barcelona
Imagem: Eixo viário proposto por Cerda 1859
Fonte: Cerdà, 1967
 O plano consiste em misturar os eixos radiais com as malhas quadriculadas, para explicar esse conceito cerda utiliza a analogia de pequenos rios que desaguam em rios maiores. Cerda chama de intervias os espaços entre os espaços viários, as quadras, portanto são os espaços contidos entre os sistemas viários. Assim reforçando que as quadras e as vias formam uma estrutura única e interdependente.
Cerdá foi um dos primeiros arquitetos e urbanistas a reivindicar melhores condições de vida de forma radical, com isso a primeira condição na criação da nova cidade seria a moradia, considerada como suporte fundamental da qualidade de vida. As casas planejadas por Cerdà tinham como principal característica a privacidade do indivíduo em seu lar, com condições adequadas de vida, a presença de sol, vento, ar e luz natural, deveriam estar presentes nas habitações e o custo, adaptação do empreendimento para a classe operária.
Fonte: https://arquitetandoblog.wordpress.com/2009/05/29/idelfonso-cerda-plano-de-expansao-de-barcelona/
A partir do reconhecimento da quadrícula como o traçado que reúne vantagens na circulação, topológica, construtiva, assim Cerdá chegaao módulo quadrado de 113 m de lado com um chanfro de 20 m como o mais adequado.
Com a necessidade de reduzir da cidade industrial, Cerdá dispensa as habitações unifamiliar com jardins, no entanto tenta manter a qualidade ambiental.
Imagem – Ildefonso Cerdà, Plano para Barcelona, 1859. Ilha-tipo. 
Fonte: TARRAGÓ CID, Salvador. Catálogo da exposição Cerdà, urbs i territori.
Os dois principais conceitos do plano cerdá, a habitação e a circulação, hoje ainda continuam sendo os dois pólos operacionais do urbanismo que estão presentes no plano de Barcelona na preocupação com a habitação com e no projeto das ruas, com 20 m de largura e separação entre as vias. 
Na cidade de Barcelona Cerdá prevê o fluxo continuo de pedestres, de carruagens e trens elétricos. Os serviços de água, esgoto, energia elétrica, telégrafos e ferrovias, foram projetados por Cerdá para que não poluísse a paisagem da cidade, assim toda a parte de fios, cabos eram subterrâneos 
Imagem – Ildefonso Cerdà, Plano para Barcelona, 1859. Seção viária definida com o critério da independência entre os meios de locomoção
Fonte: https://arquitetandoblog.wordpress.com/2009/05/29/idelfonso-cerda-plano-de-expansao-de-barcelona/
 
A cidade tradicional é um organismo urbano originado ao longo do processo histórico. Dessa forma tanto o sistema viário quanto a habitação não podem ser feitos separadamente. Por tanto a quadra da cidade tradicional é caracterizada por ser claramente delimitada e homogênea.
O plano de Cerdá é desenhada em uma grelha ortogonal, com quadras de 113m x 113m e vias de 20 m de largura, elevando a taxa de superfície viária, incluindo praças, de 17% para 34%. A cada conjunto de nove quadras e vias correspondentes se inscreve dentro de um quadrado de 400m de lado. A quadricula estende-se até os núcleos urbanos vizinhos e envolve a cidade medieval. O ajuste das bordas é feito de forma perfeita em que as avenidas diagonais surgem a partir de conexões pré-existentes. O corte diagonal nas bordas das quadras, além de transformar as vias, ainda gera uma sensação de amplitude visual nessas. A tipologia é ortogonal, homogênea e igualitária. O melhor exemplo de habitação coletiva inserida neste contexto é a Casa Milà de Antoni Gaudí.
Fonte: https://arquitetandoblog.wordpress.com/2009/05/29/idelfonso-cerda-plano-de-expansao-de-barcelona/
No plano de Cerdá, a ocupação das quadras só poderia ocorrer de forma perimetral , conforme na imagem a seguir; pois o plano previa quadra com ocupação perimetral em dois ou três lados no máximo. As construções não podem ultrapassar os dois terços da superfície da quadra. Já os espaços internos se abririam para a cidade assim proporcionando grandes áreas verdes. É importante lembrar que neste momento a quadra passa de uma condição de residual e passa a ser um suporte de uma composição urbana que a tem como espaço da cidade. O perímetro das quadras deixa de ser tido como limite entre o espaço público e o privado. 
Fonte: https://arquitetandoblog.wordpress.com/2009/05/29/idelfonso-cerda-plano-de-expansao-de-barcelona/
Imagem: Volumetria com a ocupação das quadras em várias formas, sem ultrapassar o máximo construído de 67 000 m² .
Fonte: https://arquitetandoblog.wordpress.com/2009/05/29/idelfonso-cerda-plano-de-expansao-de-barcelona/
Fonte: https://arquitetandoblog.wordpress.com/2009/05/29/idelfonso-cerda-plano-de-expansao-de-barcelona/
Imagem: A sensação de amplitude visual causada pelo ajustes das bordas das quadras
Fonte: https://arquitetandoblog.wordpress.com/2009/05/29/idelfonso-cerda-plano-de-expansao-de-barcelona/
Fonte: https://arquitetandoblog.wordpress.com/2009/05/29/idelfonso-cerda-plano-de-expansao-de-barcelona/
Em 1865, com a epidemia de cólera e a crise industrial, houve uma redução das verbas para a continuação do crescimento da cidade. Logo após essa crise uma grande quantia é liberada para a continuidade das obras, no entanto o uso desses recursos está dividido entre a construção das vias, indenização dos moradores e o novo planejamento de uso do solo. 
O arquiteto do governo Garriga, sugere a construção de boulevard, com largura de 60 m ligado a área da antiga muralha; no entanto Cerdá é contra esse projeto, só posteriormente ele altera o projeto dos boulevar. Os projetos das ruas eram feitos de acordo com a orientação solar. As paisagens, praças e quadras deveriam interagir entre si, além de serem elementos harmônicos na cidade: isso seria possível através da análise de cortes (relação altura x largura).
 Fonte: https://arquitetandoblog.wordpress.com/2009/05/29/idelfonso-cerda-plano-de-expansao-de-barcelona/
 
Os centros de ação de Cerdà eram determinados de acordo com as atividades exercidas e o fluxo permitido pelo espaço: políticos ou administrativos, econômicos ou industriais, viários existentes, lazer ou áreas verdes. De acordo com o desejo de Cerdá a única coisa que permaneceu foi o traçado das vias, é o elemento mais conhecido de sua obra; já as quadras foram quase preenchidas totalmente, o que a aproximou da quadra tradicional. Originalmente as quadras foram concebidas em média com 67.000m³ de área construída, atualmente após 150 anos de adensamento progressivo temos em média 295.000m³ de área construída por quadra. 
Fonte: https://arquitetandoblog.wordpress.com/2009/05/29/idelfonso-cerda-plano-de-expansao-de-barcelona/
Na imagem abaixo é possível notar como está a atual ocupação da cidade de Barcelona em que ocorre ocupação das quadras quase que total. Em destaque com uma malha e ocupação totalmente irregular, e vias visivelmente estreitas é a antiga cidade de Barcelona. 
Imagem: Atual situação da cidade de Barcelona e em destaque a cidade antiga.
Fonte: Google Maps. 
A Cidade de Paris
Planta de Paris em 1853, antes dos trabalhos de Haussmann.
Fonte: Livro História da Cidade, Leonardo Benevolo.
A Reforma de Paris e o Plano de Haussmann
A paris de hoje não é nada parecida com o que era antigamente, pois com a grande revolução industrial as grandes cidades tiveram grandes crescimentos populacional, e com isso o agravamento de problemas públicos, como doenças, trafego, lixo, habitação e ruas. 
Haussmann foi prefeito de paris entre 1853 e 1870 e foi responsável pela reforma urbana da cidade. O grande objetivo da reforma da cidade idealizada por haussmann era liberar o tecido urbano para facilitar as manobras militares.. A grande transformação da cidade ocorre em um terço do tecido da cidade sobre a ideia da grande expansão.
Um dos principais pontos da reforma de Haussmann é a reforma da Ìlle de la Cité em área militar. Para que essa reforma fosse possível todas as edificações são demolidas, de acordo com Haussmann “a arquitetura é um problema administrativo” e só deve priorizar os interesses de Napoleão; os interesses de napoleão estão voltados apenas para as questões militares. Com isso o urbanismo produzido é totalmente racionalista e visa somente a técnica, deixando de lado os aspectos históricos.
 O principal objetivo de Haussmann é resolver os problemas de circulação, para que em todos os locais o acesso seja rápido, assim estabelecendo uma imagem geral de modernidade. Para que isso ocorra os bairros considerados degradados são eliminados, dando espaço para novas ruas amplas, arborizadas e iluminadas. 
A cidade antiga cheia de ruas estreitas são cortadas por eixos e contornadas por um anel viário. Nessa nova cidade idealizada por haussmann são criadas praças, jardins públicos, como:
Jardim do Tulleries, 
Imagem: Jardin dês Tulleries.
Fonte: https://www.conexaoparis.com.br/2015/04/12/como-visitar-o-jardim-tuileries-em-paris/
Parque Montsouris
Imagem: Parque Montsouris
Fonte: http://paris1900.lartnouveau.com/paris14/parc_montsouris.htm
Parque Montsouris 
Imagem: Parque Montsouris
Fonte: http://paris1900.lartnouveau.com/paris14/parc_montsouris.htm
 Além de jardins também foram construídos monumentos e váriosboullevard e as rotatórias (Carrefour). Com essas mudanças o traçado existente é eliminado. 
Na imagem a seguir do com o novo projeto de paris, as linhas mais grossas, são as novas ruas, a parte tracejada quadriculada, são os novos bairros; o tracejado horizontal, são os dois grandes parques periféricos.
Imagem: De Paris com o novo traçado viário. 
 Fonte: Livro História da Cidade, Leonardo Benevolo.
No plano de Haussmann o quarteirão é resultado do sistema viário, ou seja, os quarteirões agora são resultados do que sobra depois dos traçados urbanos, assim esses quarteirões tornam-se complexos e com lotes irregulares. A partir disso é que é definido como essas quadras devem ser ocupadas, já que cada lote é perpendicular à rua e não possuem uma medida padrão.Imagem: Detalhe da Avenue de l’Opera – novo traçado e demolição dos quarteirões antigos Fonte: Livro História da Cidade, Leonardo Benevolo
 
A cidade passa a ser dividida em 20 distritos, praticamente autônomos. 
Divisão de Paris em 20 arrondissements – a linha mais grossa define o antigo cinturão alfandegário do século XVIII.
Fonte: Livro História da Cidade, Leonardo Benevolo.
Uma das leis estabelecidas é a padronização das fachadas; a tipologia urbana segue um catálogo pré-definido, passam a ter unicidade arquitetônica; as galerias e passagens passam a ter função comercial – multifuncionalidade do quarteirão e abrigam cafés e lojas. São definidas áreas especiais para as estações ferroviárias.
Palácio parisiense construído na época de Haussmann – padronização de fachadas.
Fonte: Livro História da Cidade, Leonardo Benevolo.
Imagem: Padronização das fachadas. 
Fonte: http://dicasdefrances.blogspot.com.br/2014/05/as-belas-construcoes-haussmann-em-paris.html
A Ìlle de la Cité em que era uma área militar, passa a ser também uma área administrativa e se torna o coração de cidade de Paris. Na reforma de Paris, foram destruídos 49 km de ruas estreitas antigas, construídos 165 km, de novas vias, foi implantado o sistema de esgoto (considerado até hoje um dos melhores do mundo e que atende à cidade toda).
É importante ressaltar que a cidade de Paris de Haussmann, é a Paris de hoje. 
Planta de Paris em 1873 (do Guia Hachette).
Fonte: Livro História da Cidade, Leonardo Benevolo.

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