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Inclusao de pessoas com deficiencia auditiva

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Recursos tecnológicos promovem inclusão de pessoas com deficiência visual e auditiva
No Espírito Santo, quase 170 mil pessoas possuem algum tipo de deficiência. Esse número corresponde a cerca de 20% da população capixaba, com base na estimativa populacional para o ano de 2016 do Censo 2010 do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
Não é novidade dizer que essas pessoas enfrentam desafios diários, inclusive na questão da comunicação. Para quem tem deficiência auditiva, por exemplo, a alternativa é o uso da Língua Brasileira e Sinais (Libras). Já para os deficientes visuais o mais indicado é que haja opções em áudio ou em alto relevo.
Por meio de aplicativos para smartphones ou tablets e programas de computador, é possível que essas pessoas realizem diversas atividades sem a necessidade da colaboração de outras pessoas. Este é o caso da Fabiana Siqueira, de 27 anos, que perdeu toda a capacidade de enxergar quando criança e precisou a aprender desde cedo a ‘enxergar’ com os dedos.
No computador, Fabiana usa os programas de voz que fazem a leitura de todas as informações que aparecem na tela. “Isso me ajuda muito, porque posso fazer minhas pesquisas sem o auxílio de outra pessoa, além de interagir com os amigos nas redes sociais”, disse. O próximo passo, segundo ela, é adquirir um smartphone para usar a inteligência artificial com recursos de voz do aparelho.
O instrutor de informática do Instituto Luis Braille de Espirito Santo, Paulo Henrique de Souza Lima, também utiliza programas de acessibilidade para ensinar os 25 alunos com deficiência visual cadastrados no local. Segundo ele, para utilizar o programa NVDA, basta que o usuário tenha um fone de ouvido ou uma caixa de som ligada ao computador.
Além dos recursos de voz, o instituto ainda utiliza impressora especial em braille. Alguns alunos ainda usam o teclado do computador com sinais em alto relevo, para facilitar a localização das teclas. “Nem todos os alunos usam este recurso, eles se orientam pelos sinais que existem nas letras ‘F’ e ‘J'”, conta.
Paulo Henrique trabalha nesta função há cerca de dois anos e diz que os recursos tecnológicos cumprem um papel fundamental na inclusão das pessoas com deficiência. “Eles podem desenvolver o próprio intelecto, passa a ter acesso às informações, pode se capacitar para o mercado de trabalho, ingressar na faculdade e socializar com outras pessoas. O deficiente pode compreender o mundo de uma maneira mais comum”, disse.
O programa utilizado no instituto é gratuito e está disponível neste link. Para celulares, além dos recursos de voz já nativo nos aparelhos, outros aplicativos podem facilitar ainda mais a vida de quem tem deficiência visual ou auditiva. Confira cinco deles:
Be My Eyes
Muito mais do que um simples aplicativo, o Be My Eyes se tornou uma rede de voluntários que ‘emprestam’ os olhos para os deficientes visuais.
A ideia do aplicativo é que pessoas cegas sejam conectadas com pessoas que enxergam para que recebam ajuda em tarefas do dia a dia, como a validade de um produto na hora da compra, por exemplo.
Toda essa colaboração é feita por videochamada. Por este motivo, o aplicativo exige uma conexão com uma Internet de boa qualidade, seja por Wi-Fi ou 3G/4G. O Be My Eyes está disponível somente para o sistema IOS.
Ao utilizar o aplicativo, o usuário seleciona a opção de deficiente visual ou voluntário. Neste segundo caso, uma notificação chega ao celular sempre que alguém solicitar a ajuda. Caso aceite a chamada, a conexão é estabelecida e o voluntário só precisa descrever tudo o que vê pela tela do celular usando a voz.
Para o deficiente, uma grande ajuda. Para o voluntário, uma forma de colaborar com aqueles que precisam. Como incentivo, o Be My Eyes concede pontos a quem atende à um chamado, criando uma espécie de ranking.
Hand Talk
Hugo é o personagem intérprete do aplicativo
Foto: Reprodução
O Hand Talk é um tradutor de texto e áudio em Libras. Todo o texto digitado ou falado no aplicativo é interpretado pelo personagem Hugo, que dá vida ao aplicativo.
Reconhecido pela Organização das Nações Unidas (ONU) em 2013 com o título de Melhor Aplicativo Social do Mundo, o Hand Talk já possui, aproximadamente, um milhão de downloads e está disponível para os sistemas Android e IOS.
A empresa responsável pelo aplicativo também oferece o serviço de tradução em sites, inserindo uma aba de acionamento e o texto selecionado pode ser interpretado em Libras pelo Hugo.
O aplicativo ainda pode ser usado em salas de aula, como um recurso complementar de comunicação entre professores, alunos e intérpretes ou em casa, entre pais e filhos. Estudantes de Libras também podem reforçar o vocabulário com a ajuda do aplicativo.
Conversor de QR Code em Voz
O QR code é uma espécie de código bidimensional que permite que diversos objetos possam ser catalogados. Na prática, funciona como um código de barras, mas ao ser lido por um smartphone, o ele pode trazer informações adicionais, como link de sites, músicas ou arquivos de voz.
Para os deficientes visuais, o Conversor de QR Code em Voz pode ser um grande aliado na hora identificar peças de roupas, objetos ou produtos alimentícios, por exemplo.
Para usar o aplicativo, os códigos deverão ser gerados de forma dinâmica, que são aqueles que podem ter alterações posteriores. Após a impressão, o código deve ser escaneado pelo aplicativo, e será solicitada a gravação em áudio da descrição deste objeto.
Posteriormente, com o aplicativo em funcionamento, ao apontar a câmera para o QR Code, o áudio que foi gravado será reproduzido, permitindo a identificação.
De acordo com informações no site oficial do aplicativo, a proposta é que quem conheça pessoas com deficiência visual possa oferecer um auxílio a elas nesse processo de utilização. O sistema está disponível apenas para aparelhos Android.
VLibras
O VLibras tem a funcionalidade parecida com o Hand Talk. O usuário pode digitar o texto ou falar no aplicativo e um boneco em 3D fará a tradução em Libras.
O VLibras também conta com um intérprete virtual
Foto: Reprodução
O diferencial deste aplicativo é que, além de estar disponível para os sistemas Android e IOS, ele também pode ser instalado nos computadores como um programa ou como uma extensão do navegador utilizado.
Para utilizar o programa instalado no computador, basta selecionar o texto que se deseja traduzir e dar um play na janela do VLibras. O usuário também pode configurar a velocidade da tradução e o tamanho da janela de visualização. Saiba como instalar no site oficial do aplicativo.
No entanto, especialistas alertam que aplicativos como esse são apenas paliativos e não substituem o intérprete de Libras. A língua de sinais precisa ser interpretada no contexto da conversa e não somente como palavras “soltas”.
NantMobile
Pagar alguma coisa pode ser algo muito comum e simples para qualquer pessoa, mas para aqueles que não enxergam ou têm a visão reduzida, pode ser uma das tarefas mais difíceis do dia a dia. Uma nota de R$ 100 pode ser facilmente confundida com uma cédula de R$ 2, por exemplo.
Uma alternativa para a solução deste problema é o NantMobile, que reconhece instantaneamente as notas e o valor é dito por meio de voz para o usuário do aplicativo. Basta colocar a cédula diante da câmera do dispositivo e o valor é reconhecido em tempo real.
Além das cédulas de Real, o aplicativo ainda reconhece a moeda de vinte países. Entre eles, o Dólar Americano e canadense, o Euro, o Peso mexicano, o Iene japonês e a Rúpia indiana. As vozes da tradução também podem ser configuradas em vários outros idiomas além do português.
O aplicativo está disponível apenas para dispositivos IOS e não precisa de conexão com a internet para o funcionamento. Também não é necessário que a cédula esteja completamente parada para o reconhecimento. O NantMobile, em seu site oficial, alerta que o aplicativo não deve ser usado na identificação de notas falsas.

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