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Aula - Contas Monetárias e Financeiras

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Contas Monetárias e 
Financeiras 
Prof. Chrystian Mendes 
UNIVERSIDADE FEDERAL DE OURO PRETO 
INSTITUTO DE CIÊNCIAS SOCIAIS E APLICADAS 
DEPARTAMENTO DE CIÊNCIAS ECONÔMICAS E GERENCIAIS 
CSA 123 – CONTABILIDADE NACIONAL 
Mariana-MG 
2014 
 Os dados monetários e financeiros de um país apresentam 
informações relevantes sobre a oferta de moeda, empréstimos 
e financiamentos concedidos pelos bancos, operações com 
títulos públicos e etc. 
 
 Importantes para o acompanhamento das políticas monetária 
e cambial, evolução dívida pública, do grau de endividamento 
dos agentes, etc 
 
 As estatísticas monetárias servem de base para a elaboração 
das estatítsticas financeiras que hoje são integradas ao SCN. 
Introdução 
 Composto pelo conjunto dos instrumentos financeiros, instituições e 
mercados financeiros; 
 
 Os instrumentos financeiros são emitidos por instituições 
financeiras, empresas e governo, sendo que cada um possui 
características específicas de risco, liquidez e rentabilidade e pode 
ser classificado como instrumentos de propriedade ou de dívida 
 
 Títulos de propriedade são aqueles represetantivos de um ativo real. 
Ex: ações de uma empresa. 
 
 Ações  títulos de renda variável 
 
 Títulos de dívida  representam uma dívida para quem os emite. 
Empresas não financeiras obtem financiamentos através de créditos 
comerciais 
Moeda e o Sistema Financeiro Nacional 
Instrumentos Financeiros 
 Títulos de dívida também podem ser: debêntures, notas promissórias 
ou commercial papers em geral são adquiridos por empresas 
financeiras 
 
 No caso dos bancos, eles podem obter fundos para financiar suas 
operações ativas (empréstimos) através da captação de depósitos à 
vista (passivo monetário); podem oferecer poupança ou títulos de 
renda fixa, como CDB e letras de câmbio (passivo não monetário) 
 
 Já os governos financiam seus déficits emitindo títulos da dívida 
pública, ou simplesmente títulos públicos, que também são títulos 
de renda fixa 
 
 Exemplos de títulos públicos: letra financeira do tesouro (LFT); letra 
do tesouro nacional (LTN); notas do tesouro nacional (NTN’s) 
 
Moeda e o Sistema Financeiro Nacional 
Instrumentos Financeiros 
 Depósitos à vista: também chamados de depósitos em conta 
corrente. Não são remunerados, mas são os ativos de maior liquidez 
 Depósitos à prazo: depósitos a prazo na forma de CDB e dos RDB 
são a mais importante fonte de captação de recursos para os bancos. 
Rendimentos podem ser pré ou pós fixados 
 Depósitos em poupança: os depósitos em poupança são 
remunerados de acordo com a variação da TR – que corresponde a 
65% do rendimento médio dos CDB’s – acrescida de 0,5% ao mês 
 Letras de câmbio: é um instrumento de renda fixa referenciado pela 
rentabilidade dos certificados de depósitos interbancários (CDI) e de 
prazo semelhante ao dos CDB 
 Letras Hipotecárias: emitidas por instituições habilitadas a 
conceder financiamento pelas regras do SFH. Rendem a TR (taxa 
referencial) mais juros de 5% ao ano. O prazo mínimo é de 180 dias 
 
Moeda e o Sistema Financeiro Nacional 
Instrumentos Financeiros – Instituições Financeiras 
 Ações: são títulos de propriedade, ou seja, representam a 
propriedade de uma fração da empresa emissora. Sua valorização 
depende do comportamento do mercado acionário 
 Ordinárias: dão direito a voto e recebem dividendos depois 
dos acionistas preferenciais 
 Preferênciais: possuem prioridade na divisão dos 
dividendos e não concedem direito a voto 
 Debêntures: são títulos de dívida emitidos por sociedades por ações, 
de capital aberto ou fechado. São nominativos, negociáveis e de 
médio e de longo prazo. Podem ser convertidas em ações da empresa 
no término do contrato caso previsto previamente 
 Notas Promissórias: conhecidos como commercial papers são títulos 
cujos prazos de vencimento variam de 30 a 180 dias, rendimento 
pré-fixado, não há garantias reais 
 
Moeda e o Sistema Financeiro Nacional 
Instrumentos Financeiros – Instituições Não-Financeiras 
 Títulos do Tesouro Nacional: o governo financia seus déficits 
através da venda de títulos, conhecidos como títulos públicos 
 Os títulos públicos compõem a dívida pública mobiliária, ou 
simplesmente a dívida pública 
 LFT – Letra Financeira do Tesouro: remuneradas pela SELIC, valor 
de emissão múltiplos de R$ 1.000,00, escriturais, nominativas e 
negociáveis 
 LTN – Letra do Tesouro Nacional: escriturais, nominativas e 
negociáveis, múltiplos de R$ 1.000,00, remuneração pré-fixada 
 NTN – Notas do Tesouro Nacional 
 Série B: remuneração variação do IPCA 
 Série C: variação do IGP-M 
 Série D: variação através da PTAX 
 Série F: remuneração pre-fixada 
Moeda e o Sistema Financeiro Nacional 
Instrumentos Financeiros – Instituições Não-Financeiras 
 Classificação dos principais instrumentos financeiros, por tipo de 
instrumento no Brasil: 
 
Instrumentos Financeiros 
Instrumento Descrição 
F1 Meios de pagamento internacionais 
F1.1 Ouro monetário 
F1.2 DES (declaração eletrônica de serviços) 
F1.3 Divisas 
F2 Meios de pagamento nacionais 
F2.1 Papel-moeda 
F2.2 Depósitos à vista 
F3 Depósitos não-monetários 
F3.1 Poupança 
F3.2 A prazo sem certificado 
Instrumentos Financeiros 
Instrumento Descrição 
F4 Títulos de renda fixa 
F4.1 Públicos 
F4.2 Certificado de depósito bancário (CDB) 
F5 Títulos de renda variável 
F5.1 Ações 
F5.2 Contratos com base em renda variável 
F6 Empréstimos e financiamentos 
F6.1 Curto prazo 
F6.2 Longo prazo, exceto arrendamento mercantil 
F6.3 Arrendamento mercantil (leasing) 
F7 Créditos comerciais 
F8 Provisões técnicas de seguro 
 Os ativos financeiros podem ser divididos em: 
 
 (i) Ativos monetários: papel-moeda (emitido pelo Banco 
Central) e depósitos à vista, emitidos pelos bancos emissores de 
moeda. O somatório do papel moeda em poder do público e dos 
depósitos à vista constitui os meios de pagamentos no seu sentido 
restrito (M1) 
 
 (ii) Ativos financeiros não monetários: depósitos de poupança 
e a prazo emitidos por bancos, e títulos da dívida pública emitidos 
pelo Tesouro Nacional, entre outros. São denominados quase-moeda, 
dependendo do maior ou menor grau de liquidez e fazem parte de 
um conceito mais amplo de meios de pagamento (M2, M3 e M4) 
Meios de Pagamento 
 M1 = somatório de papel moeda em poder do público e do saldo de 
depósitos à vista nos bancos emissores de moeda 
 
 M2 = M1 + depósitos especiais remunerados + depósitos de 
poupança + títulos emitidos por instituições depositárias 
 
 M3 = M2 + quotas de fundos de renda fixa + operações 
compromissadas registradas no Selic 
 
 M4 = M3 + títulos públicos de alta liquidez. Corresponde também ao 
conceito de poupança financeira 
Meios de Pagamento 
Sistema Financeiro Nacional 
SISTEMA 
FINANCEIRO 
NACIONAL 
HISTÓRICO 
ESTRUTURA 
ATUAL 
AUTORIDADES 
MONETÁRIAS 
AUTORIDADES 
DE APOIO 
INSITUTIÇÕES 
FINANCEIRAS 
SISTEMA 
FINANCEIRO 
DA HABITAÇÃO 
SUPERINT. NAC. 
DE PREVIDÊNCIA 
COMPLEMENTAR 
PREVIC 
SUPERINT. 
DE SEGUROS 
PRIVADOS 
REGULAMENTAÇÃO 
DO ARTIGO 192 
DA CONSTITUIÇÃO 
Sistema Financeiro Nacional - Histórico 
 Lei da correção monetária (4.357/64) 
 Problema: alta inflação, Lei da Usura juros a mais de 12% a.a. 
Limitação da capacidade do Governo de se auto financiar. 
 Solução: normas de indexação de débitos fiscais, criação de títulos 
federais com cláusula de correção monetária com objetivo de 
antecipar receitas,cobrir déficit e promover investimento. 
 Lei do Plano Nacional de Habitação (4.380/64) 
 Problema: criação de empregos na construção civil. 
 Solução: criado o BNH destinado a fomentar a construção de casas 
populares e infra-estrutura urbana. 
 Lei da reforma do Sistema Financeiro Nacional (4.595/64) 
 Problema: concentração de decisões no Ministério da Fazenda. 
 Solução: criado o CMN e o BACEN, normas operacionais, 
funcionamento e subordinação das entidades do sistema financeiro. 
 Lei do Mercado de Capitais 4.728/65) 
 Problema: interessava ao governo a evolução dos níveis de 
poupança interno e direcionamento dos investimentos. 
 Solução: normas e regulamentações para a estruturação de um 
sistema de investimento ao desenv. Nacional e a demanda por crédito. 
 Lei da CVM (6.385/76) 
 Problema: faltava uma entidade que absorvesse a regulamentação e 
fiscalização do mercado de capitais. 
 Solução: criada a CVM, transferindo ao BACEN as responsabilidades 
pela regulamentação e fiscalização das entidades relacionadas ao 
mercado de valores mobiliários. 
 Lei das S.A. (6.404/76) 
 Problema: atualização da legislação sobre as sociedades anônimas. 
 Solução: regras claras quanto as características, constituição, 
composição acionária, estrutura das demonstrações financeiras etc. 
Sistema Financeiro Nacional - Histórico 
Sistema Financeiro Nacional - Histórico 
 Nova Lei das S.A. (10.303/01), Decreto 3.995 e MP 8, todos de 
31/10/2002 
 Problema: ausência de proteção ao acionista e insegurança quanto 
as aplicações. 
 Solução: consolidação dos dispositivos da Lei do CVM e da Lei das 
S.A., e força ao CVM na fiscalização e regulação do mercado de 
capitais, fundos de investimentos e os mercados de derivativos. 
 
 Resolução CMN 3.040 de 28/11/2002 e seu regulamento anexo 
 Problema: regras claras para uma melhor atuação do BACEN. 
 Solução: estabelecidas novas regras para disciplinar os requisitos e 
procedimentos para a constituição, autorização de funcionamento das 
instuições financeiras. 
Sistema Financeiro Nacional - Estrutura 
 
 
Segundo Fortuna: “O Sistema Financeiro é conjunto de instituições que se 
dedicam, de alguma forma, ao trabalho de propiciar condições satisfatórias 
para a manutenção de um fluxo de recursos entre poupadores e investidores” 
 
 
FORTUNA, E. Mercado Financeiro – Produtos e Serviços. Ed. Quality Mark. 
A 
B 
Classificações: 
Sistema Financeiro Nacional - Estrutura 
 Sistema Normativo 
 Regulamenta e fiscaliza 
 Sistema de Intermediação 
 Recebe o dinheiro dos poupadores e repassa aos tomadores 
 
 
 
 Sistema Monetário 
 Operam com depósito à vista, poupança, etc. 
 Sistema Não Monetário 
 Movimenta ações, seguros, etc. 
 
Órgão Normativo Conselho Monetário Nacional (CMN) 
Entidades 
Supervisoras 
Banco Central 
do Brasil 
(BACEN) 
Comissão de Valores 
Mobiliários 
(CVM) 
Operadoras 
Instituições 
Financeiras 
Captadoras de 
Dep. à vista 
Bolsa de Mercadorias 
e Futuros 
Demais Instituições 
financeiras 
Bolsa de Valores 
Outros intermediários 
Financeiros e 
Administradores de 
Recursos de 
terceiros 
Sistema Financeiro Nacional - Estrutura 
Conselho 
Monetário 
Nacional 
(CMN) 
Órgão supremo do SFN 
 
Sua finalidade é formular 
a política da moeda e do 
crédito 
 
Ministro da 
Fazenda 
Ministro do 
Planejamento 
Presidente do 
Banco Central 
Sistema Financeiro Nacional - Estrutura 
 Órgão normativo, por excelência, não lhe cabem funções executivas, 
responsável pela fixação das diretrizes das políticas monetária, creditícia e cambial 
do País. 
 
Competências: 
 
 Estabelecer a meta de inflação; 
 Estabelecer medidas de prevenção ou correção de desequilíbrios 
econômicos; 
 Regular as condições de constituição, funcionamento e fiscalização das 
instituições financeiras. 
 Zelar pela liquidez e pela solvência das instituições financeiras; 
Sistema Financeiro Nacional 
Conselho Monetário Nacional (CMN) 
 Atribuições específicas: 
 
 autorizar as emissões de papel-moeda; 
 aprovar orçamentos monetários do BACEN; 
 fixar diretrizes e normas da política cambial; 
 disciplinar crédito em suas modalidades e das formas das operações 
creditícias; 
 estabelecer limites para a remuneração das operações e serviços 
bancários ou financeiros; 
 determinar as taxas de recolhimentos compulsório das instituições 
financeiras; 
 regulamentar as operações de redesconto de liquidez; 
 
 regular a constituição, o funcionamento e a fiscalização de todas as 
instituições financeiras que operam no país. 
Sistema Financeiro Nacional 
Conselho Monetário Nacional (CMN) 
Sistema Financeiro Nacional 
Banco Central do Brasil (BACEN) 
 Entidade criada para atuar como órgão executivo central do sistema 
financeiro, cabendo-lhe a responsabilidade de cumprir e fazer cumprir as 
disposições que regulam o funcionamento do sistema e as normas expedidas 
pelo CMN. 
 
Competências: 
 autorizar o funcionamento e fiscalizar as instituições financeiras; 
 receber os recolhimentos compulsórios dos bancos comercias e depósitos 
voluntários das instituições financeiras e bancárias no país; 
 realizar operações de redesconto e empréstimo às instituições financeiras 
dentro de um enfoque de política econômica do Governo ou como socorro a 
problemas de liquidez; 
 efetuar, como instrumento de política monetária, operações de compra e 
venda de títulos públicos federais; 
 emitir papel-moeda e metálica nas condições e limites autorizados pelo CMN; 
 determinar, via COPOM, a taxa de juros de referência para as operações de 
um dia – a taxa Selic. 
Sistema Financeiro Nacional 
BACEN e a Política Monetária 
 A política monetária é definida como o controle da oferta de 
moeda e das taxas de juros de curto prazo que garanta a 
liquidez ideal de cada momento econômico 
 
 O objetivo é encontrar crescimento econômico compatível 
com a menor taxa de inflação possível 
 
 O BACEN é responsável pela execução da política monetária 
e tem a sua disposição diversos mecanismos de controle da 
liquidez, dos meios de pagamento, dos juros e do crédito 
Sistema Financeiro Nacional 
BACEN e a Política Monetária 
 Instrumentos de Política Monetária 
 
 Open Market: compra e venda de títulos públicos com o objetivo de 
regular a liquidez de mercado 
 
 Redesconto: empréstimo de última instância concedido pelo BACEN 
a título de assistência de liquidez para instituições financeiras que 
apresentem desequilíbrios em seu fluxo de caixa 
 
 Compulsório: representa uma parcela dos recursos dos depósitos 
nos bancos que é compulsoriamente recolhida ao BACEN em moeda 
corrente ou títulos públicos 
Sistema Financeiro Nacional 
BACEN e a Política Monetária 
 
Open 
Market 
O BACEN vende títulos públicos – retira dinheiro 
do mercado – portanto diminui a liquidez da 
economia 
Efeito na Taxa 
de Juros 
 
 
Redesconto 
Elevar a taxa de juros do empréstimo de assitência 
financeira (taxa de redesconto) causa redução na 
liquidez do sistema 
 
 
Compulsório 
O governo eleva o percentual exigido de reserva 
compulsória – diminui o montante de recursos 
disponíveis aos bancos para livre aplicação e 
empréstimos, portanto, diminui a liquidez da 
economia 
 Política Monetária Restritiva 
Sistema Financeiro Nacional 
BACEN e a Política Monetária 
 
Open 
Market 
O BACEN compra títulos públicos – coloca 
dinheirona economia – portanto aumenta a 
liquidez da economia 
Efeito na Taxa 
de Juros 
 
 
Redesconto 
Reduzir a taxa de juros do empréstimo de 
assitência financeira (taxa de redesconto) causa 
aumento da liquidez do sistema 
 
 
Compulsório 
O governo reduz o percentual exigido de reserva 
compulsória – aumenta o montante de recursos 
disponíveis aos bancos para livre aplicação e 
empréstimos, portanto, aumenta a liquidez da 
economia 
 Política Monetária Expansionista 
Sistema Financeiro Nacional 
BACEN e as Metas de Inflação 
 O regime de Política Monetária com metas de inflação caracteriza-se pelo 
compromisso do Banco Central em ter, como objetivo prioritário, a 
manutenção da taxa de inflação em torno de um determinado nível 
 
 O nível meta de inflação é determinado pelo CMN – Conselho Monetário 
Nacional, tendo como índice balizador o IPCA 
 
 Comitê de Política Monetária – COPOM 
 
 Constituído em 20 de junho de 1996 com o objetivo de estabelecer as diretrizes 
da política monetária e definir a taxa de juros básica da economia 
 Objetivos são: 
 Implementar diretrizes de política monetária 
 Definir a meta da taxa SELIC e seu eventual viés 
 Analisar relatório de inflação 
 
Sistema Financeiro Nacional 
BACEN e as Metas de Inflação 
Comitê de Política Monetária – COPOM 
 
 Composto pelos oitos membros da Diretoria Colegiada do Banco Central do 
Brasil, com direito a voto, sendo presidido pelo Presidente do Banco Central, que 
tem direito a voto de qualidade, ou seja, voto de desempate 
 
 Índice de referência (benchmark): trata-se de referência ou parâmetro para a 
análise de retorno de investimentos, pode ser taxa de juros (DI), um índice de 
preços (IPCA) ou uma carteira teórica (IBOVESPA) 
 
 Taxa SELIC meta: é decidida pelo COPOM com base na previsão de inflação 
 
 Taxa SELIC over: é a taxa média ponderada pelo volume de operações de 
financiamento por um dia, lastreadas em títulos públicos federais e registradas no 
sistema SELIC. 
 
Sistema Financeiro Nacional 
Autoridades de Apoio 
Comissão de Valores Mobiliários (CVM) 
 É responsável por regulamentar, desenvolver, controlar e fiscalizar o 
mercado de valores mobiliários do país, promovendo medidas para a 
canalização da poupança ao mercado de capitais. 
 
 Competências: 
 organização, funcionamento e operações da Bolsa de Valores e 
Bolsa de Mercadorias e Futuros 
 intermediação e negociação no mercado de valores mobiliários e 
derivativos 
 
 Valores Mobiliários 
 ações, debêntures e bônus de subscrição 
 cotas de fundos de investimento em valores mobiliários ou de 
clubes de investimento 
 contratos futuros de opções e outros derivativos 
Sistema Financeiro Nacional 
Bancos Comerciais 
 Intermediários financeiros que recebem recursos de quem tem e os 
distribuem através do crédito seletivo a quem necessita de recursos, 
naturalmente criando moeda através do efeito multiplicador 
 
 Atividades 
 
 descontar títulos; 
 operações de abertura de crédito simples ou em conta corrente; 
 captar depósito à vista e a prazo fixo; 
 financiamentos de curto e médio prazos a comércio, indústria e as 
pessoas físicas. 
Sistema Financeiro Nacional 
Bancos Múltiplos 
 São instituições financeiras que realizam operações ativas (crédito), 
passivas (captação) e serviços, por intermédio das seguintes carteiras 
 
 Comercial 
 Investimento 
 Desenvolvimento, exclusiva para bancos públicos 
 Crédito imobiliário 
 Crédito, financiamento e investimento 
 Arrendamento mercantil (leasing) 
 
 
 O Banco deve ser constituído por, no mínimo, duas carteiras, sendo uma 
delas, obrigatoriamente, comercial ou de investimento 
 
 O banco múltiplo com carteira comercial pode captar depósito à vista 
Sistema Financeiro Nacional 
Banco do Brasil (BB) 
 Teve a função típica de autoridade monetária até janeiro de 1986. Hoje o 
BB é um conglomerado financeiro de ponta, ajustando-se a estrutura de um 
banco múltiplo e ainda operando como agente financeiro do Governo 
Federal. 
 
 Funções: 
 
 efetuar pagamentos e suprimentos necessários à execução do 
Orçamento Geral da União; 
 agenciamento dos pagamentos e recebimentos fora do País; 
 executor oficial da política de crédito rural. 
Sistema Financeiro Nacional 
Caixa Econômica Federal (CEF) 
 Criada em 1969, é um dos maiores bancos múltiplos brasileiros. Capta 
diversos tipos de depósitos e administra fundos de investimento assim 
como os bancos múltiplos. Instituição financeira responsável pela 
operacionalização das políticas do Governo Federal para habitação popular, 
saneamento básico, caracterizando-se como banco de apoio ao 
trabalhador. 
 
 Atividades: 
 
 captação de recursos em poupança, depósitos judiciais a prazo 
 empréstimos vinculados a habitação 
 recursos do FGTS são direcionados para áreas de saneamento e infra-
estrutura urbana 
 administração de loterias, fundos e programas: FGTS, PIS, FAS, FDS 
 
Sistema Financeiro Nacional 
Cooperativas de Crédito 
 Na Lei 5.764 de 16/12/71 ficou estabelecido que celebram o contrato de 
sociedade cooperativa as pessoas que reciprocamente se obrigam a 
contribuir com bens e serviços para o exercício de uma atividade 
econômica, sem objetivo de lucro. 
 
 Constituição desejada: livre admissão de associados. 
 
 Quanto a captação: 
 captar depósito à vista; 
 obter empréstimos de outras instituições financeiras; 
 Quanto a empréstimos: 
 conceder empréstimos a associados, inclusive de crédito rural; 
 aplicar recursos no mercado financeiro 
 Serviços: 
 custódia de títulos, cobrança, recebimentos e pagamento de 
convênios; 
 
Sistema Financeiro Nacional 
Balanço Patrimonial dos Bancos 
Ativo Passivo 
Reservas Depósitos do público 
Empréstimos concedidos Títulos de Emissão Própria 
Títulos públicos e privados Redesconto do BACEN 
Ativo permanente PATRIMÔNIO LÍQUIDO 
Ativo Total Passivo Total 
 Reflete a posição da empresa em um determinado momento, assim é uma 
conta de estoque. 
 
Sistema Financeiro Nacional 
Balanço Patrimonial dos Bancos 
AS CONTAS DO ATIVO 
 
 Reservas: as reservas são voluntárias ou compulsórias. As voluntárias são 
as reservas que os bancos decidem manter para honrar seus 
compromissos de curto prazo (saques de correntistas); já as compulsórias 
são aquelas determinadas pelo BACEN 
 
 Títulos: uma das formas utilizadas pelos bancos para conceder crédito é a 
aquisição de títulos emitidos por empresas ou pelo governo 
 
 Empréstimos: o banco concede empréstimos – geralmente renováveis – 
de curto prazo, na medida que suas fontes de recursos também são de 
curto prazo. 
 
 Ativo Permanente: nesta conta são registrados os investimentos dos 
bancos em outras empresas – participação acionária em empresas 
controladas e coligadas – assim como imóveis e outros bens do imobilizado 
Sistema Financeiro Nacional 
Balanço Patrimonial dos Bancos 
AS CONTAS DO PASSIVO 
 
 Depósitos do Público: os depósitos podem ser à vista, a prazo e de 
poupança 
 Títulos de emissão própria: possibilita um maior controle de suas contas 
ativas e passivas, sendo uma outra forma de captação de recursos. São 
emissões de títulos próprios, como commercial papers, bônus, debêntures, 
etc 
 Redesconto: quando a banco está impossibilitado de cumprir seus 
compromissos de caixa no curto prazo, ou seja, apresenta problema de 
liquidez, o banco pode recorrer a um empréstimo do BACEN 
Sistema Financeiro NacionalOutras Instituições Bancárias 
Bancos de Investimento 
 Criados para canalizar recursos de médio e longo prazos para suprimento 
de capital fixo ou de giro das empresas. Atualmente, concentram-se suas 
atividades: 
 subscrição de ações e títulos 
 administração de fundos 
 processos de fusão e aquisição de empresas 
 empréstimos a prazo mínimo de um ano para financiamento de 
capital fixo; 
 empréstimo a prazo mínimo de um ano para financiamento de 
capital de giro; 
 aquisição de ações, obrigações ou quaisquer outros títulos e 
valores mobiliários para investimento ou revenda no mercado de 
capitais; 
Não possuem contas correntes e captam recursos via depósitos a prazo 
(CDB e RDB), repasses de recursos internos e externos. 
Sistema Financeiro Nacional 
Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social 
 Criado em 1952 o BNDES é o principal financiador de longo prazo do Brasil. 
É a principal instituição de fomento do país. 
 
 Objetivos: 
 
 impulsionar o desenvolvimento econômico e social do País 
 promover o desenvolvimento integrado das atividades agrícolas, 
industriais e de serviços 
 promover o crescimento e a diversificação das exportações 
 
 
Sistema Financeiro Nacional 
Banco Estaduais de Desenvolvimento 
 Controlados pelo governos estaduais e possuem como objetivo 
financiamento de médio e longo prazo de programas e projetos 
considerados oportunos pelos seus respectivos governos 
 
 Operações passivas são depósitos a prazo, empréstimos externos, emissão 
de cédulas hipotecárias e de títulos de desenvolvimento econômico 
 
 Operações ativas são empréstimos e financiamentos, dirigidos ao setor 
privado 
 
 
Sistema Financeiro Nacional 
Fundos de Investimento 
 São intermediários financeiros que reúnem em fundo comum os recursos 
de muitos investidores, vendendo-lhes cotas de participação e investindo 
esse pool de recursos em títulos e ações 
 
 No Brasil, a grande maioria dos fundos são administrados por bancos 
múltiplos com carteira de investimento ou corretoras e distribuidoras a ele 
vinculadas 
 
 
Sistema Financeiro Nacional 
Outras Instituições Bancárias 
FINANCEIRAS 
 Especializadas na concessão de crédito ao consumidor. 
 
SOCIEDADES DE CRÉDITO IMOBILIÁRIO (SCI) 
 São tipicamente bancos de poupança, ou seja, o passivo pe 
basicamente constituído de depósitos em poupança e cujas 
operações ativas estão concentradas em financiamentos para a 
construção e aquisição de imóveis residenciais. Hoje foram totalmente 
absorvidas pelas carteiras habitacionais dos Bancos Múltiplos 
 
COMPANHIAS HIPOTECÁRIAS 
 Concedem financiamentos à produção, reforma ou comercialização de 
imóveis residenciais ou comerciais fora das normas do SFH. Captam 
recursos através da emissão de letras hipotecárias e debêntures, além 
de empréstimos e financiamentos no exterior 
 
 
 
Sistema Financeiro Nacional 
Instituições Financeiras não Bancárias 
Sociedades de Arrendamento Mercantil 
 Suas operações ativas são basicamente operações de leasing de bens 
móveis e bens imóveis adquiridos pela entidade arrendadora para fins 
próprios do arrendatário 
 Captam recursos através da emissão de debêntures, dpivida externa, 
empréstimos e financiamentos de instituições financeiras 
 
 LEASING: é um contrato pelo qual uma empresa cede a outra, por 
determinado período, o direito de usar e obter rendimentos com bens de 
sua propriedade, como imóveis, automóveis, máquinas e equipamentos 
 
 Não pode ser considerado financiamento, por que o cliente não recebe 
recursos para aquisição, e sim o bem pretendido 
 
 
 
 
 
Sistema Financeiro Nacional 
Corretoras de Títulos e Valores Mobiliários 
 São instituições típicas do mercado acionário, operando com compra, 
venda e a distribuição de valores mobiliários por conta de terceiros 
cobrando taxas e comissões por seus serviços 
 
 Atividades 
 operar em bolsa de valores 
 lançamento público de ações 
 comprar e vender títulos públicos e valores mobiliários por conta de 
terceiros 
 instituir, organizar e administrar fundos e clubes de investimento 
 operar em bolsas de mercadorias e futuros por conta própria e de 
terceiros 
 
As Corretoras de Títulos e Valores Mobiliários estão sujeitas à 
fiscalização da própria bolsa de valores, CVM e BACEN 
Sistema Financeiro Nacional 
Distribuidoras de Títulos e Valores Mobiliários 
 Basicamente funções semelhantes às Corretoras, entretanto NÃO PODEM 
OPERAR NA BOLSA DE VALORES 
 
 Atividades 
 
 operam em mercado aberto (Open Market) e operações de câmbio 
 intermediação da colocação de emissões de capital no mercado 
 comprar e vender títulos públicos e valores mobiliários por conta de 
terceiros 
 instituir, organizar e administrar fundos e clubes de investimento 
 
As Distribuidoras de Títulos e Valores Mobiliários estão sujeitas à 
fiscalização da própria bolsa de valores, CVM e BACEN 
 Possuem como objetivo social a concessão de financiamento de capital fixo 
e de giro associado a projetos na unidade da federação onde tenha sede 
 
 Tem status de instituição financeira, mas não podem captar recursos junto 
ao público, recorrer ao redesconto, ter conta de reserva no BACEN, 
contratar depósitos interfinanceiros na qualidade de depositante ou de 
depositária e nem ter participação societária em outras instituições 
financeiras 
 
 
 
 
 
 
Sistema Financeiro Nacional 
Agências de Fomento 
COMPANHIAS DE SEGURO 
 Assumem o risco de perdas financeiras derivadas de determinados eventos 
fortuitos ou previsíveis de indivíduos e empresas. 
 Os segurados pagam a seguradora um prêmio de seguro. As companhias 
acumulam reservas técnicas para pagamentos de eventuais sinistros 
aplicando recursos captados principalmente em títulos de dívida, assim 
como no mercado acionário 
 
INSTITUTO DE RESSEGUROS DO BRASIL 
 É uma companhia de resseguros é uma seguradora que aceita a 
transferência dos riscos de outra seguradora 
 Atividade eminentemente internacional, dado o porte das transações. 
 No Brasil, as funções são reguladas pela SUSEP 
 
Sistema Financeiro Nacional 
Empresas de Seguro e Resseguro 
SOCIEDADES DE CAPITALIZAÇÃO 
 Emitem títulos de capitalização que tem por objetivo o depósito periódico de 
prestações pecuniárias pelo contratante. Após cumprido o prazo contratado, 
tem o direito de resgatar parte dos valores depositados corrigidos por uma 
taxa de juros estabelecida 
 
ENTIDADES ABERTAS DE PREVIDÊNCIA COMPLEMENTAR (PPA) 
 Constituídas sob a forma de AS e têm por objetivo operar planos de 
benefícios de caráter previdenciário concedidos em forma de renda 
continuada ou pagamento único 
 
ENTIDADES FECHADAS DE PREVIDÊNCIA COMPLEMENTAR (FUNDOS) 
 Objetivo é acumular recursos, através de sistema de capitalização, que 
garanta pagamento de aposentadoria e benefícios para seus associados 
Sistema Financeiro Nacional 
Empresas de Capitalização e Previdência Privada 
 São associações privadas civis, sem finalidade lucrativa, com objetivo de 
manter ambiente adequado ao encontro de seus membros e à realização, 
entre eles, de transações de compra e venda de títulos e valores 
mobiliários, em mercado livre e aberto, especialmente organizado e 
fiscalizado por seus membros e pela CVM 
 
 Negociações: 
 Ações de companhias abertas 
 Opções sobre ações 
 Direitos e recibos de subscrição 
 Bônus de subscrição 
 Cotas de fundos de investimento fechados 
 Debêntures e notas promissórias 
 
SistemaFinanceiro Nacional 
Bolsa de Valores de São Paulo (BOVESPA) 
 São associações privadas civis, sem finalidade lucrativa, com objetivo de 
efetuar registro, a compensação e a liquidação, física e financeira, das 
operações realizadas em pregão ou em sistema eletrônico 
 
 O mercado deve ser livre e transparente que proporcione aos agentes 
econômicos a oportunidade de efetuarem operações de hedging (proteção) 
ante flutuações de preço de índices, taxa de juro, moedas, metais, 
commodities agropecuárias, bem como de todo e qualquer instrumento 
variável macroeconômica cuja incerteza de preço possa influencias 
negativamente suas atividades 
 
 São fiscalizadas pela CVM. 
 
 
 
 
 
 
Sistema Financeiro Nacional 
Bolsa de Mercadorias e Futuros (BM&F) 
 Sistema eletrônico que processa o registro, a custódia e a liquidação 
financeira das operações realizadas com títulos públicos federais 
 
 Garante segurança, agilidade e transparência nos negócios 
 
 O objetivo é controlar e liquidar financeiramente as operações de compra e 
venda de títulos públicos federais e manter custódia física e escritural 
 
 A SELIC é o depositário central do títulos emitidos pelo Tesouro Nacional, 
processa emissão, o resgate, o pagamento dos juros e a custódia. 
 
 
 
 
 
 
 
Sistema Financeiro Nacional 
Sistema Especial de Liquidação e Custódia (SELIC) 
 A CETIP é uma das maiores empresas de custódia e liquidação financeira 
da América Latina 
 
 Sem fins lucrativos, foi criada em conjunto com pelas instituições financeiras 
e o BACEN, em março de 1986, para garantir mais segurança e agilidade 
às operações do mercado financeiro brasileiro 
 
 A segurança da informação é determinante para garantir a confiabilidade 
dos serviços prestados e a integridade da própria CETIP, de seus 
participantes e dos mercados atendidos. 
 
Sistema Financeiro Nacional 
Câmara de Custódia e Liquidação (CETIP) 
 Coloca-se entre todos os compradores e vendedores, assumindo o risco 
das contrapartes entre o fechamento do negócio e sua liquidação 
 
 Englobam o cálculo, o controle e a mitigação dos riscos inerentes ao seu 
papel, que é garantir a liquidação de todos os negócios 
 
 A CBLC é conhecida por custodiar 100% das ações negociadas na 
BOVESPA 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Sistema Financeiro Nacional 
Companhia Brasileira de Liquidação e Custódia 
 O Sistema de Pagamentos é o conjunto de procedimentos, regras, 
instrumentos e sistemas operacionais integrados usados para transferir 
recursos do pagador para o recebedor e, com isso, encerrar uma obrigação 
 
 O SPB compreende entidades participantes do SFN (bancos, corretoras, 
câmaras de compensação, etc), os subsistemas, os procedimentos 
relacionados com a transferência de recursos e de outros ativos financeiros, 
bem como o processamento, a compensação e a liquidação de pagamentos 
em qualquer de suas formas, como cheques, DO, boletos, etc 
 
 A TED (Transferência eletrônica disponível) trouxe maior segurança e 
agilidade em relação a cheques e DOCs que atualmente ainda passam 
pelos sistemas de compensação 
Sistema Financeiro Nacional 
Sistema de Pagamentos Brasileiro (SPB) 
Sistema Financeiro Nacional 
Quadro resumo SELIC, CETIP e CBLC 
 
 
SELIC 
 
Administrada pelo BACEN, é um sistema informatizado 
que se destina à custódia e a liquidação de títulos 
escriturais de emissão do Tesouro Nacional 
São registradas todas as operações que 
envolvem títulos públicos: 
• LFT; 
• LTN; 
• NTN-B e C; 
• NTN-D e NTN-F e dentre outros 
 
 
 
 
 
 
CETIP 
 
 
Efetua custódia de títulos e valores mobiliários de emissão 
privada, derivativos, títulos emitidos por estados e 
municípios, ativos utilizados como moeda de privatização e 
outros títulos de emissão do Tesouro Nacional. 
Isso é uma garantia de que os ativos 
existem, estão registrados em nome do 
legítimo proprietário e podem ser 
controlados de forma segregada. 
Custodiados: 
• CDB/RDB; 
• LH; 
• CDI; 
• Debêntures: 
 
 
 
 
 
CBLC 
Prestação de serviços de compensação e liquidação física 
e financeira de operações realizadas nos mercados à vista 
e a prazo da BOVESPA e de outros mercados, bem como 
a operacionalização dos sistema de custódia de títulos e 
valores mobiliários em geral. 
Assegura a liquidação das operações entre os agentes de 
compensação. 
São registradas todas as operações da BOVESPA 
 
 
A CBLC é a contraparte central, ou seja, 
quem faz a liquidação física e financeira das 
AÇÕES. 
MERCADO MONETÁRIO 
 Pode ser definido como aquele onde são negociados ativos financeiros 
públicos e privados de prazo inferior a um ano e de elevado grau de liquidez 
 No Brasil o mercado formal para instrumentos financeiros privados de curto 
prazo ainda estão sendo criados, o mercado monetário pode ser definido 
como aquele onde ocorrem as negociações de curtíssimo prazo (overnight) 
lastreadas em títulos públicos 
 
MERCADO DE CÂMBIO 
 São realizadas operações de câmbio, ou seja, envolvem a troca de moeda 
nacional por moeda estrangeira, ou vice-versa 
 É composto por dois segmentos: mercado primário, que envolve 
operações entre bancos e seus clientes e o mercado secundário, no qual 
as operações de compra e venda de dividas são realizadas entre os bancos 
Mercados Financeiros 
MERCADO DE CAPITAIS 
 São negociados títulos de prazo superior a um ano. Inclui desde o mercado 
de ações, debêntures, notas promissórias, recebíveis, sendo que a não 
intermediação de captação de recursos e à posterior negociação desses 
títulos é uma característica do mercado 
 Mercado primário: o título é lançado pela primeira vez. Neste momento 
ocorre aporte de recursos para a empresa emissora 
 Mercado secundário: os títulos trocam de mãos sem que a empresa 
receba qualquer recurso, é de fundamental importância para dar liquidez ao 
sistema 
 Os títulos são negociados nas bolsas de valores e nos mercados de balcão 
(over the counter) no qual os negócios são fechados por telefone ou 
computador entre a instituição e entre elas e os seus clientes 
Mercados Financeiros 
MERCADO DE CRÉDITO 
 Corresponde às operações de empréstimos realizadas pelas instituições 
financeiras integrantes do SFN e supervisionadas pelo BACEN 
 Empréstimos podem ser de curto, médio e longo prazo, tanto para pessoas 
físicas e jurídicas 
 A função dos intermediários financeiros é prover recursos para as unidades 
econômicas deficitárias utilizando-se de recursos de terceiros, como 
depósitos à vista, etc 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Mercados Financeiros 
 Famílias, empresas e governo podem ser divididas em três categorias para 
explicarmos as formas de financiamento e o papel da intermediação financeira 
 
(i) Unidades Superavitárias (US): apresentam receitas correntes maiores que os 
gastos correntes. Não representa necessariamente lucro, podendo ser somente 
sobras de caixa momentâneas 
 
(ii) Unidades Deficitárias (UD): apresentam gastos correntes maiores que as 
receitas correntes. Não representa que operem com prejuízo 
 
(iii) Unidades com Orçamento Equilibrado (UOE): têm seus gastos correntes 
iguais as receitas correntes 
Intermediação e Desintermediação Financeira – 
Classificação 
 Uma UD pode financiar seus gastos das seguintes formas: 
 
 Auto-financiamento: uma UD pode vender ativos que possua, inclusive 
instrumentos financeiros. 
 Financiamento externo à unidade econômica: a UD pode obter recursosde 
terceiros: 
 Financiamento direto: emitir ações e outras formas de participação em 
negócios que não implicam em assumir dívida ou emitir títulos de dívida – 
notas promissórias – que podem ser adquiridos diretamente por outras 
unidades econômicas 
 Financiamento indireto: empréstimos tomados de instituições financeiras. 
 
Intermediação e Desintermediação Financeira – 
Formas de Financiamento 
Intermediação e Desintermediação Financeira – 
Formas de Financiamento 
UD IF US 
Título direto 
$$$ 
Título direto 
$$$ 
Ativo financeiro 
$$$ 
 O rendimento obtido pelas IF no seu papel de intermediadora de recursos é 
denominado spread, no qual é a diferença entre a taxa média de juros cobrada pelos 
empréstimos e a taxa média paga aos depositantes 
 A existência de spread significa a priori, que os financiamentos indiretos seriam mais 
caros do que os financiamentos diretos 
 Enquanto que o retorno para os depositantes seria menos atraente do que se 
investissem diretamente na compra de um título direto emitido por uma UD 
 
 A questão que se levanta é por quais razões as UD se endividam junto a uma IF, e 
quais razões que levam as US a depositarem seus recursos em uma IF? 
 
O Papel da Intermediação Financeira 
Custos de Transação, informação assimétrica e risco 
 Custos de transação: tanto as US quanto as UD incorrem em custos de transação 
que tendem a inviabilizar esta foram de financiamento. O financiamento direto 
exige que as condições de volume, prazos e taxas de juros sejam aceitas por ambas 
as partes, o que demanda tempo de ambas unidades; é necessário haver confiança 
que a UD honrará o compromisso com a US; despesas com cobrança, elaboração 
de contratos, etc 
 
 Informação assimétrica: em transações financeiras, uma das partes envolvidas possui 
mais informação que a outra. 
 Por exemplo: mercado de venda de automóveis usados; o fato de haver informações 
assimétricas a respeito de sua qualidade: o vendedor de um automóvel usado sabe 
muito mais a respeito do veículo do que seu potencial comprador 
 
 
O Papel da Intermediação Financeira 
Custos de Transação, informação assimétrica e risco 
George A. Arkelof, “The market for “lemons”: quality uncertainty and 
the market mechanism”, Quarterly Journal of Economics 
Agosto de 1970: 488-500 
 Seleção Adversa (Adverse selection): problema que surge antes do financiamento. 
Agentes econômicos mais propensos a assumir riscos e, portanto, obter resultados 
adversos, são os que mais demandam financiamentos e, por isso, são os que têm 
maior probabilidade de serem selecionados 
 
 Risco Moral (Moral Hazard): ocorre quando quem financia está sujeito ao risco de 
que o tomador do empréstimo tenha incentivos a se engajar em atividades 
indesejáveis. 
 Exemplo: seguradora x segurado 
 
 
O Papel da Intermediação Financeira 
Informação assimétrica aplicado aos financiamentos diretos 
 Os investidores em ações e títulos de dívida de empresas podem fazer uso de três 
mecanismos básicos de redução dos problemas advindos da informação assimétrica 
 O primeiro é a exigência de garantias e manutenção do patrimônio líquido da 
empresa 
 O segundo é monitorar as atitudes da empresa e de seus dirigentes, através da 
exigência de publicação de informações periódicas como demonstrativos contábeis, 
andamento dos projetos, etc 
 E por último, a imposição de cláusulas restritivas, obrigando o tomador de 
empréstimo a fazer seguro, restringir o uso dos recursos, cuidar dos bens dados 
como garantia, entre outros 
 
 
O Papel da Intermediação Financeira 
Mecanismos de redução da assimetria de informação 
 A intermediação financeira possibilita a redução dos custos de transação e dos 
problemas gerados pela informação assimétrica 
 Uma primeira vantagem são os ganhos em escala: são derivados da especialização na 
coleta e processamento de informações relevantes. 
 Diversificação dos riscos: ocorre tanto em operações ativas como em operações 
passivas, o que reduz sensivelmente a probabilidade esperada de perdas com 
inadimplência nos empréstimos e, por outro lado, os riscos de liquidez proveniente 
de saques de depositantes 
 Neste sentido os bancos cumpririam as seguintes funções: 
(i) oferecer acesso ao sistema de pagamentos, ao prover liquidez para os 
depositantes 
(ii) transformar ativos financeiros em termos de prazos, taxas de juros e 
volume 
(iii) administrar risco através da diversificação das suas carteiras 
(iv) processar informações 
 
 
O Papel da Intermediação Financeira 
Vantagens da Intermediação Financeira 
 Os bancos comerciais e de poupança gradativamente perderam espaço para os 
mercados de capitais no papel de intermediários financeiros, isto deve-se: 
(i) a dificuldade de contato e de obtenção de informações entre UD e US 
reduziram-se na medida em que avançaram os meios de comunicação, 
informatização e as agências de classificação de risco (rating) 
(ii) o crescimento espetacular os investidores institucionais nas últimas décadas 
criou um grande mercado de títulos com as mais variadas características de 
prazo, volume, taxas de juros etc 
(iii) novas técnicas de administração de carteiras – derivativos 
 Contribuição do processo de securitização (securities) 
 Formação de conglomerados financeiros, aumento das atividades de prestação de 
serviços remunerados através de tarifas e comissões, busca de novos mercados 
através da internacionalização de suas operações representam em parte uma 
resposta dos bancos a perda da posição relativa 
 
 
O Papel da Intermediação Financeira 
Desintermediação Financeira

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