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Trabalho de Ciência Política e Teoria Geral do Estado

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Aluna: Ana Carolina Novato
Semestre: 1º Noturno
Articular o preâmbulo da CRFB/1988 com um dos incisos do Art. 1º
PREÂMBULO
Nós, representantes do povo brasileiro, reunidos em Assembléia Nacional Constituinte para instituir um Estado Democrático, destinado a assegurar o exercício dos direitos sociais e individuais, a liberdade, a segurança, o bem-estar, o desenvolvimento, a igualdade e a justiça como valores supremos de uma sociedade fraterna, pluralista e sem preconceitos, fundada na harmonia social e comprometida, na ordem interna e internacional, com a solução pacífica das controvérsias, promulgamos, sob a proteção de Deus, a seguinte CONSTITUIÇÃO DA REPÚBLICA FEDERATIVA DO BRASIL.
TÍTULO I
Dos Princípios Fundamentais
Art. 1º A República Federativa do Brasil, formada pela união indissolúvel dos Estados e Municípios e do Distrito Federal, constitui-se em Estado Democrático de Direito e tem como fundamentos:
I - a soberania;
II - a cidadania
III - a dignidade da pessoa humana;
IV - os valores sociais do trabalho e da livre iniciativa;
V - o pluralismo político.
Parágrafo único. Todo o poder emana do povo, que o exerce por meio de representantes eleitos ou diretamente, nos termos desta Constituição.
Resposta:
	O Preâmbulo é o texto que precede os dispositivos constitucionais. Para Alexandre de Moraes (Direito Constitucional, São Paulo: Atlas, 2005, p. 15) o Preâmbulo é um documento de intenções do diploma, e consiste em uma “certidão de origem e legitimidade” do novo texto e uma proclamação de princípios, demonstrando a ruptura com o ordenamento constitucional anterior de um novo Estado constitucional. Segundo Alexandre, apesar de não fazer parte do texto constitucional propriamente dito e, consequentemente, não conter normas constitucionais de valor jurídico autônomo, o Preâmbulo não é juridicamente irrelevante, uma vez que deve ser observado como “elemento de interpretação e integração dos diversos artigos que lhe seguem”.
	O Supremo Tribunal Federal adotou entendimento quando no julgamento da ADI 2.076/AC restou consignado que o preâmbulo da Constituição de 1988 não poderia por si só servir como parâmetro de controle da constitucionalidade de uma norma, mas poderá auxiliar na interpretação do texto constitucional. (Grifo Nosso). Destaca-se do voto do Ministro Relator, Carlos Veloso o seguinte trecho:
“O preâmbulo, não se situa no âmbito do Direito, mas no domínio da política, refletindo posição ideológica do constituinte. É claro que uma constituição que consagra princípios democráticos, liberais, não poderia conter preâmbulo que proclamasse princípios diversos. Não contém o preâmbulo, portanto, relevância jurídica. O preâmbulo não constitui norma central da Constituição, de reprodução obrigatória na Constituição do Estado-membro. O que acontece é que o preâmbulo contém, de regra, proclamação ou exortação no sentido dos princípios inscritos na Carta: princípio do Estado Democrático de Direito, princípio republicano, 
princípio dos direitos e garantias, etc. Esses princípios, sim, inscritos na Constituição, constituem normas centrais de reprodução obrigatória, ou que não pode a Constituição do Estado-membro dispor de forma contrária, dado que reproduzidos ou não, na Constituição estadual, incidirão na ordem local. (ADI 2.076/AC. Relator Min. Carlos Veloso. 15/08/2002). (Grifo Nosso)
	O Preâmbulo Constitucional não cria direitos e deveres, não sendo, portanto, norma jurídica e tampouco integrando o texto constitucional. Trata-se de um documento de intenções, prévio ao texto da constituição, destinado a revelar a ideologia, os sentimentos, objetivos e princípios que motivaram a elaboração do texto constitucional destituído de regras que devem ser integramente cumpridas. Consequentemente, não há que se falar em inconstitucionalidade por ofensa ao preâmbulo e tampouco em obrigatoriedade de reprodução de seu conteúdo pelas constituições dos Estados-membro, sendo oportuno registrar que o Supremo Tribunal Federal já se posicional neste sentido.
Como se relaciona o artigo 1° com o preâmbulo?
A prescindir (a dispensar) do fato que se afirme, ou não, a força normativa do preâmbulo, o artigo 1° parece formar com o mesmo preâmbulo e com os dois artigos que se seguem, um todo indivisível. Todavia, seja com fins preceptivos ou interpretativos, jamais pode ser ignorada uma leitura conjunta. 
O princípio pluralístico se correlaciona igualmente à finalidade estabelecida no preâmbulo de considerar a liberdade, a segurança, o bem-estar, etc. “Valores Supremos de uma sociedade fraterna, pluralista e sem preconceitos”, unindo, deste modo, os valores da “sociedade” com os da República. 
A leitura completível do art. 1°, do preâmbulo e das outras disposições que exprimem princípios, objetivos, valores e fundamentos, consente em diluir as dúvidas que frequentemente se põem sob a índole prescritiva (que ordena, estabelece um modo 
de realizar) das normas de princípio. De fato, ainda que nem todos concordem sobre o fato de que princípios são normas e ainda que a doutrina tenha individualizado várias acepções da palavra “princípios”, a sua importância em sede interpretativa não pode ser posta em dúvida. No mais, quando se utilizam as interpretações lógica e teleológica e não apenas a literal, enfatiza-se seu pertencimento ao sistema normativo constitucional e, por consequência também sua imperatividade.
Por exemplo, no Preâmbulo se afirmar que o Estado Democrático de Direito deve assegurar o exercício dos direitos sociais e individuais, a liberdade, a segurança, o bem estar, etc. Entre os fundamentos do art. 1° encontramos o trabalho, a dignidade, República deve atuar o pluralismo, que representam o núcleo do Estado Democrático “social” de direito; Entre os objetivos do art. 3°, a Republica deve construir uma sociedade livre, justa e solidária; erradicar a pobreza e a marginalização, de promover o bem estar de todos, etc. 
Referências Bibliográficas:
ALVES JR, Luís Carlos Martins. O preâmbulo da Constituição brasileira de 1988. Revista Jus Navigandi, ISSN 1518-4862, Teresina, ano 13, n. 1649, 6 jan. 2008. Disponível em: <https://jus.com.br/artigos/10823>. Acesso em: 18 abr. 2018.
SOLLERO, Barbara Tuyama. Da natureza do preâmbulo constitucional. Conteúdo Jurídico, Brasília-DF: 22 nov. 2014. Disponível em: <http://www.conteudojuridico.com.br/?artigos&ver=2.50907&seo=1>. Acesso em: 18 abr. 2018.
PEGORARO, Lúcio. Comentário ao Artigo 1º da Constituição Brasileira. Disponível em: <http://www.agu.gov.br/page/download/index/id/521948>. Acesso em: 18 de abr. 2018.

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