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CONCEITO É uma encefalopatia crônica não progressiva da infância Caracteriza-se por alterações dos movimentos e da postura, de causa não genética, adquiridas antes, durante ou após o nascimento, até os 7 anos de idade. Em geral acompanha-se de déficits sensoriais e mental, bem como de crises convulsivas. EPIDEMIOLOGIA Ocorre numa proporção de 3 casos para 1000 habitantes (considerando todas as formas e faixas etárias) (Em 1970, Mac Intosh - Escócia: 1,2 para 1000 ,) (Em 1989, Ferrareto – Brasil: 6,0 para1000) Sua incidência vem aumentando como conseqüência de alguns fatores: 1. Diminuição da natimortalidade na proporção de 0.5 casos para cada 100 partos; 2. Diminuição da néomortalidade aumentando o número de sobreviventes; 3. Aumento da longevidade em até 80% nos últimos 20 anos, o que aumenta o tempo de sobrevida; ETIOIOLOGIA 1. Causas pré-natais: Doença cérebrovascular Agentes físicos e gentes químicos Infecções Fatores maternos 2. Causas péri-natais: Anóxia peri-natal Hemorragias intra-cranianas Alterações metabólicas Infecções Icterícia precoce 3. Causas Pós-natais: Traumatismos cranianos Infecções Tumores AVCs FISIOPATOGENIA As lesões cerebrais mais graves resultam de doença cerebrovascular seja isquêmica ou hemorrágica: Hipoperfusão cerebral Infarto de distribuição arterial Hemorragia IV e IP As demais causas (infecções, álcool, drogas, D. maternas, Disf.placentárias) também podem simular insultos hipóxico-isquêmicos. Dependendo da idade gestacional em que ocorra a agressão as seqüelas poderão ser: Malformativas Distúrbios da migração neuronal, Holoprosencefalia, Hidrocefalia, Lissencefalia, Dandy-Walker, S. Zellweger, Megalencefalia, Extrema microcefalia; Destrutivas: Porencefalia, Microgiria, Ulegiria, Estado marmóreo (kernícterus), Hidrocefalia, Hidranencefalia; FISIOPATOGENIA As lesões cerebrais mais graves resultam de doença cerebrovascular seja isquêmica ou hemorrágica: As demais causas também podem simular insultos hipóxico-isquêmicos. Dependendo da idade gestacional em que ocorra a agressão as seqüelas poderão ser: Malformativas Distúrbios da migração neuronal Lissencefalia FISIOPATOGENIA As lesões cerebrais mais graves resultam de doença cerebrovascular seja isquêmica ou hemorrágica: As demais causas também podem simular insultos hipóxico-isquêmicos. Dependendo da idade gestacional em que ocorra a agressão as seqüelas poderão ser: Malformativas S. Zellweger Megalencefalia FISIOPATOGENIA As lesões cerebrais mais graves resultam de doença cerebrovascular seja isquêmica ou hemorrágica: As demais causas também podem simular insultos hipóxico-isquêmicos. Dependendo da idade gestacional em que ocorra a agressão as seqüelas poderão ser: Destrutivas: Porencefalia Estado marmóreo (kernícterus) INTENSIDADE DOS SINTOMAS As alterações dos movimentos e da postura, os déficits sensoriais e mentais, bem como as convulsões, dependem de fatores agravantes e atenuantes, quais sejam: 1.Fatores agravantes: a. O agente causal e a duração de sua ação; b. A idade gestacional em que ocorreu a agressão; c. Más condições de atendimento durante o trabalho de parto; d. Maior maturidade fetal; e. Convulsões neonatais; 2.Fatores atenuantes: a. Fatores protetores placentários e maternos genéticos; b. Equipamentos hospitalares para monitorização do parto; c. Boa qualificação do pessoal envolvido no atendimento perinatal; d. Plano de saúde para cobertura do parto cirúrgico; e. Fisioterapia néo-natal; f. Estimulação precoce; CLASSIFICAÇÃO (Limongi, 2000) Na prática utiliza-se uma classificação sintomática subdividindo-as em: Espásticas (ou piramidais) 75% Coreoatetósicas (ou extrapiramidais ) 18% Atáxicas (ou cerebelares) 2% Mixtas 5% De acordo com o grau de comprometimento podem ser ainda classificadas em: Monoplégicas Diplégicas Hemiplégicas Quadriplégicas Triplégicas Espástico ou piramidal • Caracterizado por paralisia e aumento de tonicidade dos músculos resultante de lesões no córtex ou nas vias daí provenientes. Pode haver um lado do corpo afetado (hemiparesia), os quatro membros afectados (quadriparesia) ou os membros inferiores (diparesia). Espástico ou piramidal • Esse tipo de paralisia, em especial nos quadros de quadriplegia, geralmente vem acompanhada de limitações intelectuais (muitas vezes graves), convulsões e disfagia (dificuldade para engolir) Atetóide ou discinética • Caracterizada por movimentos involuntários e variações na tonacidade muscular resultantes de lesões dos núcleos situados no interior dos hemisférios cerebrais (Sistema Extra-Piramidal). Atáxico • Caracterizada por diminuição da tonicidade muscular, incoordenação dos movimentos e equilíbrio deficiente, devidos a lesão ou anomalia no cerebelo ou das vias cerebelosas. Misto • Algumas crianças podem ter sintomas de dois tipos de PC, sendo o mais comum a combinação entre paralisia espástica e atetóide. Em geral, essas crianças também apresentam limitações intelectuais graves. Sintomas • Variação no tônus muscular • Paresia generalizada • Dificuldade para respirar: • Disfunções e atrasos no desenvolvimento motor • Má coordenação motora • Utilizar mais um lado do corpo • Dificuldades para andar • Dificuldades para engolir • Dificuldade para sugar • Dificuldades de micção Sintomas • Linguagem • Ossos e articulações • Escoliose • Dores crônicas • Sono de má qualidade • Alimentação DIAGNÓSTICO 1. Uma história completa dos antecedentes gestacionais e perinatais já permite uma suspeita diagnóstica; 2. Deve-se sempre considerar a possíbilidade de o fator causal já ter acontecido em fases iniciais da gestação; 2. Muitas vezes as formas mais leves de paralisia cerebral passam despercebidas, somente se manifestando na fase de escolaridade por discretas incoordenações motoras. SINAIS DE ALERTA: Não confundir os sintomas da doença causal com os sintomas da paralisia cerebral ( ciladas ). Coma profundo Grito anormal Postura anormal ( opistótono) Hipertensão endocraniana Assimetrias Falta dos automatismos EXAMES COMPLEMENTARES 1. Excluir Encefalopatias progressiva: Erros inatos do metabolismo (EIM) com Teste do Pezinho PLUS; 2. Excluir Doenças genéticas ou cromossômicas: Cariótipo, Dosagens enzimáticas; 3. Ultrassonografia trans-fontanela, mais para identificação precoce das causas, visando a adoção de medidas terapêuticas e de eurorreabilita- ção (Estimulação precoce); 4. Tomografia computadorizada (CT) e/ou Ressonância magnética (MR) para confirmar malformações e/ou lesões sugestivas de seqüelas pré, péri e pós-natais, nem sempre possível. 5. Eletroencafalograma(EEG):pouca utilidade apenas quando associado a convulsões 6. Teste da Orelhinha – avaliãção audiométrica; 7. Teste do Olhinho – avaliação oftalmológica; CONDUTAS 1. Apoio perinatal e natal imediatos (UTI-néo ); 2. Estimulação precoce; 3. Cuidados alimentares; 4. Equipe multidisciplinar: >namorar ortopedista >noivar com neurologista >casar com fisioterapeuta, >desquitar e ficar com TO; Além de: Fonoaudiólogo Oftalmologista Otorrino Nutricionista Cirurgião pediátrico Odontólogo Psicopedagogo 5. Recentemente: Equoterapia Toxina botulínica 6. Cursos profissionalizantes adaptados CONDUTAS 1. Apoio perinatal e natal imediatos (UTI-néo ); 5. Equoterapia Tratamento • Como a PC não tem cura, o tratamento busca maximizar as capacidades motoras e cognitivas a fim de assegurar maior autonomia e qualidade de vida para o indivíduo O tratamento tem os seguintes enfoques: • Biomecânico: Foca em princípios do movimento humano para tentar melhorar as atividades da vida diária; • Neurofisiológico: Trata-seda porção que cuida do cérebro em si • Sensorial: É feito por meio de técnicas para melhorar as habilidades cognitivas relacionadas aos processos de sensação e percepção do mundo. Medicamentoso • Espasticidade • Diazepam (Valium); • Dantrolene; • Baclofeno. • Redução da salivação • Triexafenid; • Escopolamina; • Glicopirrolato. • Anticonvulsivantes • Carbamazepina; • Topiramato; • Fenobarbital (Gardenal); • Fenitoína; • Primidona; • Gabapentina.
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