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Anotações Supervisão do estágio acadêmico

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Unidade I – Supervisão do Estágio Acadêmico
Video 1
O exercício da profissão exige prévio registro no Conselho Regional de Serviço Social (CRESS) que tenha jurisdição sobre a área de atuação nos termos da lei. 
Na contemporaneidade, o/a assistente social deve primar pela efetivação e garantia dos direitos assegurados pela legislação vigente no Brasil.
Utiliza-se a expressão“contemporaneidade” para promover a reflexão, pois nem sempre o/a assistente social atuou nessa perspectiva.
Mudanças Pós-Reconceituação:
A perspectiva de atuação normativa, voltada aos preceitos de caridade e benesse difundidos pela Igreja Católica, pautou o serviço social até o final dos anos 1960, bem como os instrumentais utilizados (Europa e EUA).
Em 1965, surgiu, na América Latina, um movimento que marcou a profissão com reflexões, mudanças na constituição e nas formas de atuação do/a assistente social. Conhecido como Movimento de Reconceituação, contestou a formação e a atuação profissional tradicional do serviço social.
Competência: ações que o/a técnico/a tem condições de desenvolver (teóricas), mas não são exclusivas de uma determinada profissão.
Atribuição: ações a serem desenvolvidas por apenas uma categoria profissional são intervenções privativas.
Equívocos da identidade profissional que precisam ser desconstruídos são: assistência social (política pública) é o mesmo que assistente social (profissional) que, por sua vez, é igual a serviço social (curso), e que este é igual a assistencialismo (prática despolitizada). Embora alguns serviços prestados pelo serviço social sejam confundidos com caridade, favor, há de se desmistificar essa identidade atribuída. Ser compreensivo e atencioso é um atributo pessoal e inerente ao ser humano. A cultura científica é adquirida ao longo da formação acadêmica, por meio de disciplinas das mais diversas áreas de conhecimento. (Precisam ser desconstruídos)
CHA: C – Conhecimento H – Habilidade A - Atitude
Resposta: e) As opções “a” e “b” estão corretas
Video 2 
Identidade Profissional:
A identidade é concebida como um fenômeno social, um processo de mudanças que se constitui nas relações sociais e interpessoais, configurando-se e transformando-se.
A construção da identidade é dinâmica, incessante, um movimento permanente. “Identidade” remete àquilo que é idêntico, que é semelhante. É expressa singular ou coletivamente.
Com o aumento da produção e as mudanças nas relações de produção, acentuaram-se as diferenças sociais e, diante do aumento da pobreza, surgiram grupos de voluntários ligados a organizações religiosas para atender às mazelas decorrentes da industrialização. Nesse contexto, os conflitos nas fábricas por melhores condições de trabalho, entre outros, pediam a presença de um “mediador” que conciliasse as partes envolvidas.
É no espaço da formação profissional que a identidade começa a ser construída por meio da socialização de ideias, diferenças, divergências, concepções de si mesmo, papéis profissionais, normalização do certo e do errado, de direitos e deveres e atribuições profissionais. O ambiente profissional ou campo será o local em que ela se legitimará.
Possibilidade de trabalho:
Primeiro setor: dinheiro público para fins públicos; representado pelas instituições públicas nas esferas federal, estadual e municipal.
Segundo setor: dinheiro privado para fins privados (organizações empresariais privadas).
Terceiro setor: dinheiro privado para fins públicos, não impedindo que o Estado faça contrapartida (Organizações Não Governamentais — ONGs).
Estágio Supervisionado:
O estágio supervisionado curricular é parte integrante e obrigatória para a obtenção do título de bacharel em serviço social. Tem o objetivo de fazer com que você relacione os conhecimentos teóricos adquiridos na formação ao fazer profissional que é desenvolvido na prática de trabalho do assistente social. Para cursar o estágio supervisionado, você deve ter apreendido outros conhecimentos além dos fundamentos históricos de serviço social.
Resposta: a)Dinâmica.
Video 3
Campo de Estágio:
O campo de estágio é um lugar privilegiado em que o aluno deve se concentrar na reflexão do trabalho do profissional supervisor de campo para apreender a dimensão interventiva e operativa da profissão. O estágio supervisionado envolve o acompanhamento de campo e a supervisão acadêmica, que são traduzidos nas orientações e nos conteúdos ministrados pelos docentes. O estudante precisa ver o estágio como importante etapa da sua formação profissional, em que pode construir um perfil profissional de forma comprometida com as respostas às demandas sociais apresentadas, exercitando a reflexão crítica e apreendendo as alterações contemporâneas no mundo do trabalho.
Se, por um lado, o assistente social luta pela universalidade dos serviços sociais, por outro, na prática, em função dos procedimentos institucionais, é pressionado a selecionar os usuários devido à demanda ser maior do que os serviços sociais oferecidos pelo Estado.
Instituição e o espaço de participação:
As instituições possuem um processo controlador, e cabe aos assistentes sociais fazer frente a ele, pois tais órgãos os usam para o disciplinamento da população perante as exigências funcionais, com o intuito de manter a ordem social.
O estágio supervisionado precisa expor ao aluno esses aspectos próprios do trabalho institucional, para que a reflexão acerca dessa prática possa desenvolver uma criticidade e o combate à imparcialidade sobre os interesses reais do controle social desenvolvido nas instituições. O trabalho do assistente social nas instituições representa contradição e luta de forças, pois esses órgãos representam a gestão do capital e da classe hegemônica sobre a vida da população que apresenta as demandas a eles.
A atuação profissional do assistente social representa a luta pela efetivação do direito de forma universal e abrangente. A empreitada pela busca de efetivação para sanar os problemas como educação, habitação, saúde e serviços sociais causa impacto nas instituições e políticas e nos programas sociais que se desenvolvem nesses locais. – Conhecer a legislação e fazer um bom projeto e planejamento. 
Sujeitos no estágio:
Para a efetivação do estágio, é necessária a assinatura de convênios entre instituições (campo) que oferecem estágio e a universidade. Além disso, é preciso que exista a figura dos seguintes sujeitos: estagiário, supervisor acadêmico e supervisor de campo, além das pessoas atendidas pelas instituições (usuários das políticas sociais, funcionários, indivíduos atendidos).
O estágio deve ser compreendido, pelos envolvidos, com base na superação do desafio que ele acarreta para os participantes. Os alunos devem entender que o estágio não pode ser confundido com emprego; os/as assistentes sociais supervisores de campo devem entender que os estudantes não fazem parte do quadro funcional da instituição e que são pessoas em processo de formação profissional.
Resposta: d) As opções “a” e “c” estão corretas;
Video 4
Plano de Estágio:
Planejamento elaborado no campo de estágio pelo aluno e seu orientador. Esse documento ajuda a direcionar as atividades do estagiário, pois permite o acompanhamento de suas tarefas e possibilita, em tempo hábil, as correções necessárias para atingir os objetivos do aluno e as necessidades da organização que serve de campo de estágio.
Relatório:
Documento que contém a escrita dos acontecimentos e das atividades que ocorrem no estágio. Trata-se de um instrumento técnico-científico que exige um conhecimento metodológico; o resultado de sua organização deve expressar seu aprendizado no campo de estágio, partindo da formulação do seu plano de estágio e de sua análise institucional.
- Relatório Parcial de Estágio: Deve ser construído pelos alunos com a finalidade de explanar suas percepções sobre os três agentes envolvidos no campo de estágio: a instituição, o profissional e os usuários das políticas públicas ou sociais que são implementadas como respostas às demandascoletivas.
O serviço social é, de acordo com Iamamoto (2001), uma especialização do trabalho coletivo dentro da divisão social e técnica do trabalho. Portanto, é uma profissão que atua diretamente com a produção e a reprodução das relações sociais nas sociedades modernas capitalistas.
O planejamento, a prática profissional e o estágio supervisionado: 
A utilização do planejamento permite ao profissional lançar mão dos instrumentos técnico-operativos de forma correta e precisa para que possa construir seus instrumentais, organizar a documentação dos usuários do estudo social, os relatórios e planejar plantões sociais. Possibilita ao estagiário maior compreensão do exercício profissional e da utilização da teoria na prática.
Observação participante: 
Parte prática do estágio como formação profissional: após a elaboração do plano de estágio, o aluno deve preparar-se para o estudo e a observação participante. Essa é uma técnica das pesquisas em ciências sociais; é utilizada como instrumento de coleta de dados na prática profissional, no estudo, na pesquisa e no momento do estágio curricular. Tem o intuito de captar o sentido encoberto da ação humana e descortinar as ações desencadeadas por outros, o que, no caso do estágio supervisionado, se torna o foco das ações do/a assistente social. Essa ação pretende descobrir o porquê de elas serem implementadas de tal forma ou utilizadas por este ou aquele instrumental, bem como as estratégias de ação profissional a serem elaboradas.
Diário de campo: 
Caderno de anotações: espaço para associar as reflexões sobre o exercício profissional e o local de estágio onde está inserido como estagiário, assim como os conteúdos teóricos adquiridos na formação enquanto estudante. É importante anotar, pois o estagiário precisa dos dados para utilizá-los no momento certo, seja no relatório fundamentado, seja para elaborar as proposições que serão o objetivo do projeto de intervenção.
Elaboração do projeto: 
Para elaborar e executar um projeto de intervenção, o planejamento é imprescindível. Para planejar qualquer ação na instituição em que for estagiar, o acadêmico precisa primeiro saber “onde está” inserido e, para isso, precisa conhecer a instituição. Esse ato de conhecer não é simplesmente superficial, pois exige investigação e análise da organização. Por isso, a utilização do instrumento denominado “análise institucional” é obrigatória.
Monitoramento e Avaliação:
As avaliações representam um processo de questionamento, de indagação para saber como o desdobramento prático das ações propostas em um determinado projeto foi realizado e se estavam em consonância com a metodologia planejada, de acordo com os processos de avaliação do cronograma estabelecido e, ainda, se realmente atingiram o objetivo previsto de forma efetiva.
Resposta: c)Conhecer plenamente a instituição.
Unidade II – Supervisão do estágio acadêmico
Video 1
A questão social:
Netto (2005, p. 17), baseado em Cerqueira Filho (1982), sustenta que a questão social significa “[...] o conjunto de problemas políticos, sociais e econômicos que o surgimento da classe operária impôs no curso da constituição da sociedade capitalista. ” O autor, ancorado na perspectiva marxista de compreensão da realidade, entende que a questão social é inerente ao capitalismo, ou seja, é uma condição para que o capitalismo possa se sustentar como modo de produção. De acordo com Netto (2005), supõe-se que o termo “questão social” surgiu há mais ou menos 150 anos como explicação do fenômeno do pauperismo, relacionado ao primeiro ciclo de industrialização.
Antigamente, a pobreza estava relacionada à escassez de alimentos, causada por colheitas reduzidas em função de intempéries e guerras, mas, com o advento do capitalismo, não é isso que tem ocorrido. A produção da penúria está relacionada ao aumento da produção. (as pessoas estão pobres, não são pobres, não se deve ter essa característica taxativa). 
É com o empreendimento teórico de Karl Marx que houve um avanço nessa compreensão, especialmente com a publicação do primeiro volume de “O capital”, em 1867. Ao verificar como o capital se produz, Marx nos esclarece a dinâmica da questão social. (NETTO, 2005).
- Como objeto de trabalho do Serviço Social:
O serviço social, profissão inserida na divisão sócio-técnica do trabalho, desenvolve uma tarefa que tem como objeto específico as múltiplas expressões da questão social. É sobre esse foco que incide sua ação/intervenção, a qual implica a apropriação de meios e instrumentos de trabalho para efetivar sua ação profissional e tem como fim o produto desse trabalho.
1960 e 1970: A década de 1960 é de extrema importância para o serviço social, pois ocorreu o Movimento de Reconceituação, que questiona as influências externas na profissão. Seu objetivo consistia em construir um serviço social adequado à realidade latino-americana. O processo de renovação do serviço social deflagrado pela Reconceituação se faz em meio à autocracia burguesa, ou seja, o governo da burguesia brasileira representado pelos militares.
1980: No projeto de formação profissional de 1982, a direção social da profissão já está relacionada aos interesses da classe trabalhadora. Nesse contexto, houve a necessidade da elaboração de um novo Código de Ética, o de 1986. Nesse projeto, é dada uma centralidade à profissão nos seguintes termos: a profissão é analisada em sua historicidade e em sua relação com o capitalismo. Embora a profissão, em sua produção teórica, aproxime-se da questão social no início da década de 1980, é somente na década de 1990, com o projeto profissional de 1996, que o serviço social trouxe a questão social para o centro de suas discussões.
Resposta: d) Capital e trabalho
Video 2 
1990: A própria Constituição estabeleceu a criação de órgãos colegiados, e havia participações, no orçamento, que eram utilizadas como instrumentos de gestão em vários governos. No contexto histórico que estamos estudando, verificamos a chegada de novas formas de representação popular, embora as formas antigas não tenham desaparecido. Na análise de Gohn (1998), o Brasil teve um período curto de vivência da prática democrática, e esse período se inicia com a queda do regime militar. (mobilização da população).
Os anos de 1990 trazem mudanças na estrutura da produção (reestruturação produtiva), e elas causaram impacto na subjetividade da classe trabalhadora. O serviço social entra nessa década com grandes expectativas e tarefas. Após a promulgação da Constituição, faz-se necessária a regulamentação de direitos por meio de legislação específica. Esse contexto traz uma semiparalisação dos movimentos populares urbanos, pois a atuação dos movimentos se restringia à resistência contra as medidas que extinguem ou alteram as conquistas obtidas com a Constituição. De acordo com Gohn (idem), “eles [os trabalhadores] não tiveram tempo, fôlego e nitidez para se reestruturar e assumir o novo papel que lhes é cobrado, de serem agente propositivo.”
O serviço social encerra a década de 1990 e entra no século XXI com o seguinte desafio: construir estratégias de enfrentamento das novas expressões da questão social, desencadeadas pela reestruturação produtiva, que afetam a população e o assistente social como trabalhador assalariado.
Resposta: c) Lei Orgânica de Assistência Social (LOAS) – Lei 8.742
Video 3
Construção e desconstrução do objeto do serviço social: A construção do objeto significa a compreensão das mais variadas expressões cotidianas que os sujeitos vivenciam e que os assistentes sociais trabalham direta ou indiretamente. (Objeto: Situação problema)
Enfrentamento da questão social: Relacionando os agentes responsáveis pelo desencadeamento das ações de intervenção na questão social:
Estado - nas políticas públicas; (dinheiro público para fins públicos)
Empresariado - por meio de políticas sociais empresariais para a reprodução e gestão da força de trabalho; (dinheiro privado para fins privados)
Outros segmentos da sociedade civil - por meio de organizaçõesnão governamentais que têm atuado no campo das políticas sociais; (dinheiro privado para fins públicos)
Classes subalternas: são formas de organização e de sobrevivência acionadas por estas classes como meio de fazer frente às condições crescentes de exclusão social a que são submetidas.
Nossa intervenção pode ir além de um simples encaminhamento para serviços especializados. Sabemos que as condições de trabalho variam de local para local. Em determinada instituição, você poderá ter recursos materiais e humanos para planejar, desenvolver e avaliar ações interventivas. Em outros locais, você deverá buscar estratégias e meios alternativos para desenvolver ações interventivas, apesar das dificuldades institucionais.
Demanda profissional: (aumento da seletividade no âmbito das políticas sociais)
Diante das demandas existentes, é notória a procura por serviços sociais. Entretanto, é preciso ressaltar o aumento da seletividade no âmbito das políticas sociais, a diminuição de recursos, a redução dos salários e a imposição de critérios cada vez mais restritivos à população para ter acesso aos direitos sociais públicos.
Reordenamento dos serviços sociais:
A categoria profissional vem discutindo um reordenamento de sua prática, tanto na defesa de direitos como na prestação de serviços que antes eram executados predominantemente pelo Estado e que agora são transferidos, em etapas, por meio de parcerias, convênios etc. para outros setores da sociedade civil (principalmente para organizações não governamentais).
Os serviços têm caráter voluntário ou não. Caracterizam-se por ações fragmentadas, isoladas, paliativas e de cunho individualista.
Terceirização da gestão da questão social
O desrespeito à institucionalização da questão social ocorre quando o Estado deixa de oferecer serviços básicos e a garantia dos direitos fica à mercê de organizações não governamentais com critérios próprios; isso, muitas vezes, acaba reforçando exclusões.
Os critérios de acesso aos serviços são excludentes, uma vez que não são universais, e os sujeitos que os solicitam precisam se “enquadrar” em determinados perfis.
O Estado, ao terceirizar a gestão da questão social, promove a distribuição de verbas públicas para entidades privadas exercerem ações de caráter público. Esse orçamento efetiva-se por meio de convênios, contratos, parcerias, prestação de serviços, subvenções temporárias ou periódicas etc.
Matrizes do processo de trabalho do assistente social
O processo de trabalho do serviço social constitui-se no espaço em que os conhecimentos são processados e ele se reconstrói a partir da análise da questão social e do conhecimento produzido pelo serviço social.
Embora o assistente social esteja sujeito às alterações do mercado de trabalho, ele deve estabelecer um distanciamento crítico disso, no sentido de apreender a dinâmica da sociedade. Essa mediação é determinante para a sobrevivência do serviço social.
A globalização e o desenvolvimento tecnológico, a transferência de serviços do Estado para ONGs e instituições privadas, entre outras mudanças em curso, são movimentos contraditórios que geram conflitos, desigualdades, exclusões, lutas e resistências. Essas mudanças incidem nas instituições prestadoras de serviços sociais e no cotidiano da profissão, e sua dinâmica se configura a partir de enfrentamentos de questões como: contradições da realidade, conjuntura social, política, ideológica, econômica e cultural.
Resposta: e) As alternativas “a” e “d” estão corretas. – subalternidade: ausência de protagonismo, exploração e dominação
Video 4
Os desafios para a atuação profissional:
Atualmente, há um processo de minimização das funções sociais do Estado, mediante a privatização dos serviços públicos básicos, a desregulamentação e flexibilização das relações de trabalho, o aumento dos níveis de exploração e desemprego; isso gera instabilidade profissional. Por sua vez, os assistentes sociais também sofrem com essas transformações societárias, pois fazem parte do mercado de trabalho em sua divisão sócio-técnica. Se os campos tradicionais passam por transformações, os indivíduos (usuários) também mudam seu perfil. Os usuários tradicionais, como idosos, crianças, famílias, entre outros, passaram a constituir grupos e segmentos organizados bem específicos para defender seus interesses individuais (da sua categoria). – Todos são pessoas, não devem ser fragmentadas. 
Enquanto há uma retração por parte do Estado na prestação de serviços básicos devido ao enxugamento de suas responsabilidades por medidas neoliberais, por outro lado, há uma expansão do terceiro setor por meio de organizações não governamentais. Assim, acaba assumindo papéis do Estado, em oposição ou à margem dele, na prestação de serviços e na garantia de direitos.
Alguns dos mais nítidos empecilhos para o assistente social são: a falta de conhecimentos de informática, a carência de boa redação, além do óbvio, a falta de leituras para apreensão do real. Destaca-se, ainda, a habilidade relacional, um aspecto de suma importância em qualquer profissão.
O grande desafio do serviço social está em fazer que seus profissionais atinjam a consciência necessária ao exercício ético, crítico, propositivo e comprometido da profissão. Para tanto, é necessário que tal profissional seja intelectual ou operativo para romper com alguns vícios que perseguem a profissão há muito tempo, como a acomodação, o paternalismo, o desconhecimento do que é a própria profissão, entre tantos outros.
O objeto: O serviço social tem como objeto ou matéria-prima de trabalho as expressões da questão social, um conjunto de problemas políticos, sociais e econômicos decorrentes das desigualdades produzidas pelo sistema capitalista.
Os instrumentos e seus meios: 
O assistente social é capacitado do ponto de vista teórico-metodológico, ético-político e técnico-operativo, ou seja, possuidor de instrumentos/meios. Esses mecanismos do assistente social não se reduzem a um conjunto de técnicas; nele, há o conhecimento da realidade fundamentado na concepção teórica como um instrumento de trabalho. Sem essa fundamentação, o assistente social não consegue realizar sua atividade. O trabalho do assistente social não tem receitas, modelos, cartilhas. Ele é construído a partir do ponto de vista teórico-metodológico, ético-político e técnico-operativo.
Conhecimento e outras habilidades são necessários para que esse profissional possa intervir/atuar. O conhecimento é adquirido ao longo do processo formativo e do processo de trabalho como assistente social.
Resposta: d) Privatização.
Unidade III – Supervisão Estágio Acadêmico
 
Video 1
Princípios fundamentais do Código de Ética do assistente social
Os princípios fundamentais do Código de Ética demonstram os compromissos ético-políticos assumidos pelo assistente social com os usuários do Serviço Social.
- Princípios operacionais: Os princípios operacionais referem-se à competência teórica e metodológica que você, futuro assistente social, deve adquirir no decorrer da sua formação profissional para intervir de forma propositiva, investigativa e reflexiva junto aos problemas sociais. – Não estamos fazendo favores
O produto do Serviço Social: O produto se configura nas dimensões materiais e sociais.
Material: ocorre quando o AS viabiliza o acesso aos bens e aos serviços palpáveis, por meio de auxílios em passagem de ônibus, próteses, óculos, cestas básicas, entre outros.
Social: produção de serviços não palpáveis, que viabilizam o acesso não só a recursos materiais, mas, principalmente, incidem sobre as necessidades básicas de sobrevivência social.
O assistente social, para apresentar resultados/produto do seu trabalho, necessita de instituições empregadoras, seja na órbita do Estado, de organizações não governamentais ou de empresas privadas. Independente da instituição empregadora, sua atuação deve ser norteada pelos princípios fundamentais do Código de Ética Profissional.
Resposta: a)Materiais e sociais.
Video 2 
O estágio como processode aprendizagem para o trabalho: Faz parte da formação técnica ou superior, compondo a matriz curricular como disciplina não eletiva e não substituível do quadro de carga horária geral das escolas e dos cursos de graduação.
O voluntariado: Em um ambiente de mercado de crescente competitividade, o voluntariado é visto por alguns como sendo extremamente prejudicial à inserção profissional, pois limita a possibilidade de ingresso no mercado quando boa parte das necessidades das instituições é atendida por pessoas não remuneradas.
O Serviço Social e a prática institucionalizada:
Não podemos separar instituição de Estado, uma vez que há um consenso entre esses dois elementos. É justamente dentro dessas instituições que ocorre a prática institucionalizada do Serviço Social. As instituições são espaços de propagação de normas e disseminação de valores sociais e morais. Nesses órgãos se cumprem funções no sentido de responder aos problemas ou às demandas impostas pela sociedade.
O assistente social efetua sua função mediante uma autonomia relativa (ela é construída). Isso significa que tal profissional decide os meios como realizar a atividade, os instrumentos técnico-operativos e as estratégias a serem adotadas. O assistente social trabalha, muitas vezes, inserido em instituições estatais, órgãos burocratizados, cujos usuários de serviços ou políticas públicas oferecidas precisam se encaixar nos critérios e nas normas de atendimento das políticas implementadas e oferecidas por essas instituições.
Conforme Iamamoto (2001), o assistente social possui uma relativa autonomia: é contratado pela classe burguesa e atende aos interesses dos trabalhadores. Nesse contexto, o desempenho profissional deve, por um lado, garantir a reprodução de sua força de trabalho e, por outro, legitimar os interesses da classe trabalhadora.
Resposta: b) Obrigatório para a obtenção do título.
Video 3
O avanço profissional na utilização das estratégias e das técnicas profissionais:
Inicialmente, as estratégias e as técnicas utilizadas pelo assistente social favoreciam seu contratante, trazendo certo conformismo social e amenização de conflitos. Tal profissional era responsável por atividades que demandavam contato com a classe economicamente vulnerável, como a entrega de auxílios governamentais em meio a situações de extrema pobreza.
Foi somente a partir da década de 1980 que o Serviço Social adquiriu, como principal característica, a opção por um projeto profissional vinculado à defesa intransigente dos direitos humanos da classe trabalhadora. Esse direcionamento, com um projeto aliado à classe trabalhadora, fez com que as estratégias e as técnicas do profissional possuíssem a intenção de reforçar a luta por uma nova ordem societária sem a dominação e a exploração dessa classe.
Na contemporaneidade, a maior parte dos assistentes sociais opta por uma identidade profissional aliada à camada vulnerável da sociedade. No bojo dessa identidade, o processo de trabalho é administrado como resposta consciente aos conflitos de classe. O caráter assistencial e a visão clientelista são substituídos pela ampliação e pela consolidação da cidadania e dos direitos sociais. É papel do assistente social facilitar aos usuários o acesso a informações, políticas, planos, programas e projetos sociais. O desempenho profissional exige estratégias e técnicas capazes de empreender a mediação entre instituição empregadora e usuário/destinatário dos serviços profissionais. Nesse desempenho, o assistente social deve informar aos usuários os seus direitos e apontar os caminhos para melhoria da qualidade de vida.
Instrumentalidade com categoria para a atuação do Serviço Social
A instrumentalidade não é um conjunto de ferramentas técnico-operativas que o assistente social utiliza no cotidiano para desenvolver seu exercício profissional. Ela é a capacidade adquirida por esse profissional durante o processo de atuação de planejar e estabelecer objetivos com a finalidade de alcançar resultados, utilizando conhecimentos adquiridos, como: ético-políticos, teórico-metodológicos e técnico-operativos. A instrumentalidade possibilita ao assistente social a mediação necessária para analisar sua trajetória sócio-histórica de funcionalidade, vinculada à classe dominante e ao Estado e, ainda, modificar-se e dar sentido histórico a seu exercício profissional. Busca a criticidade para romper a concepção de instrumento de racionalização de conflitos.
A mediação permite ao assistente social compreender os contextos e as conjunturas sociais, visando à conscientização das massas e às transformações das relações sociais dos próprios homens. Contribui para desvendar as representações e as relações de capital-trabalho e romper o processo conservador do exercício profissional e atuação do Serviço Social tradicional.
Resposta: e) Todas as alternativas anteriores estão corretas. (Entrevista, visita domiciliar, escuta e materiais administrativos). – Instrumental do Serviço Social 
Video 4
Progênie de grupo: 
O ser humano tem natureza social, por isso necessita viver em contato com o outro, estabelecendo nessa relação homem-homem os fenômenos da “[...] comunicação, percepção, afeição, liderança, integração, normas e outros [...]” (COSTA, 2007, p. 18).
As relações ficaram mais complexas com o surgimento do trabalho para satisfazer as necessidades humanas, pois isso abriu caminho para o individualismo e a acumulação. As relações entre capital e trabalho implementadas para o alargamento da produção de bens materiais ou objetos rentáveis geram lucro e engendram tensões sociais.
Serviço Social e trabalho com grupos:
O ano de 1943, conforme Trück e outros (2003), marcou o início do trabalho com grupo desenvolvido pelo Serviço Social, em São Paulo, na área da infância e juventude. Nos anos seguintes, esse profissional passou a atuar com programas de ação e desenvolver atividades de base com grupos. O Serviço Social, no contexto do trabalho grupal, prima pela construção e pelo despertar da autonomia dos indivíduos, bem como o fortalecimento das comunidades e o resgate da cidadania. Além disso, objetiva socializar informações capazes de incentivar a mobilização e a organização dos movimentos sociais para a luta e as conquistas com vistas à efetivação dos direitos sociais e à ampliação das políticas públicas e isso causaria impacto na melhoria de vida das sociedades.
Abordagem grupal e atuação do assistente social em reuniões: A técnica de reunião constitui-se um dos importantes instrumentos de atuação do assistente social. A reunião entendida como momento de agrupamento de pessoas, agregação, requer, no mínimo, duas pessoas. Ela é polissêmica e tem vários propósitos, como: distribuir ou socializar informações, analisar problemas, desenvolver assunto específico etc.
Técnica de entrevista: 
Componente da instrumentalidade na prática cotidiana dos assistentes sociais: A operacionalização da práxis profissional do assistente social ocorre por meio da instrumentalidade, que, além de compor um conjunto de conhecimentos e habilidades adquiridos no processo formativo do assistente social e ao longo da vida profissional, também reúne um conjunto de dispositivos e técnicas. A técnica de entrevista, face à atitude investigativa e como mecanismo utilizado pelo assistente social em seu processo de trabalho, constitui-se meio de garantir a aproximação entre assistente social e usuário, possibilitando um processo de (re)construção da problemática vivenciada pelo indivíduo.
Entrevista domiciliar: técnica imprescindível no fazer profissional do assistente social
A entrevista domiciliar é uma técnica que também é utilizada por vários outros profissionais para melhor compreender a dinâmica do cotidiano familiar do usuário. Amaro (2003, p. 13) afirma ser ela “[...] uma prática profissional, investigativa ou de atendimento, realizada por um ou mais profissionais junto ao indivíduo em seu próprio meio social ou familiar”. A entrevista domiciliar se configura como momento de diálogo entreo entrevistador social e o entrevistado. O diálogo de uma entrevista domiciliar não pode ser despojado de cientificidade. Ele tem um fim maior e pressupõe preparo profissional para obter êxito.
Cotidiano e práxis profissional: Práxis, segundo Marx, pode ser entendida como prática articulada à teoria, prática desenvolvida com e pelas abstrações do pensamento, como busca de compreensão mais consistente e consequente da atividade prática, é prática eivada (contagiada) de teoria. Entre as formas de práxis, pode-se afirmar que uma pode vir vinculada à outra, até porque o homem é um ser que vive as relações que estabelece seja entre si, seja entre os objetos que criou. Pode-se afirmar que a práxis criadora é a práxis determinante.
Práxis profissional do assistente social e cotidiano:
As transformações sociais e a complexidade das sociedades, o processo de desumanização em face do avanço tecnológico e do aprofundamento das desigualdades sociais, resultantes do desenvolvimento capitalista, indicam a exigência de uma tomada de posição cada vez mais clara e definida por parte do assistente social. Diante dessa desumanização e aviltamento dos direitos civis, políticos e sociais, o assistente social não pode deixar de intervir e lutar por melhores condições de existência.
A práxis profissional do assistente social ocorre em um processo que elucida a questão da atitude interventiva e, nesse processo, apropria-se de uma determinada “[...] instrumentalidade qual seja a de conhecer, explicar, propor e implementar iniciativas voltadas ao enfrentamento das desigualdades sociais, que são inerentes à constituição da sociedade capitalista” (MOTA, 2003, p. 10).
O Serviço Social, por meio da práxis, faz a mediação entre instituição e usuários e viabiliza os bens e os serviços. O cotidiano profissional necessita ser elucidado continuamente, pois reflete nele as transformações societárias que são dinâmicas. Os profissionais precisam decodificar criticamente o contexto em que estão inseridos.
Fazendo uma reflexão sobre aspectos do cotidiano profissional do assistente social, devido às suas demandas imediatistas e demasiadas, esse cotidiano tende a alienar esse profissional e a reduzir seu poder de criticidade e reflexão, o que desencadeia a ineficiência das ações. É por isso que se fazem necessárias a sistematização e a reflexão sobre a prática para desenvolver, então, a práxis profissional, a qual contribui para melhor enfrentar os desafios do cotidiano.
Resposta: c) Origem.

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