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1 CLÍNICA E CONSERVAÇÃO ANIMAIS SILVESTRE Maria Carolina PITA 25/10/2017 MUSTELÍDEOS brasileiros PARTE 2 MUSTELÍDEOS • Temos mustelídeos brasileiros • Quase todos os mustelídeos são carnívoros, menos a IRARA (são Onívoros) • Em geral os mustelídeos tem todas as características de um carnívoro, então todos estão na ordem carnívora, mas nem todos tem habito alimentar carnívoro • Existem subfamília: o Lutrinae = que são Pteronura brasiliensis (Ariranha) e Lontra longicaudis (Lontra) o Melinae = são animais exóticos o Mustelinae = que são Gulo gulo (Wolverine) e Mustela putorius furo (Furão domestico) o Mustela vison = o Taxidea taxus = • Espécies 67 (Br-8 espécies) o Mustela putorius (furão doméstico-exótico) o Eira barbara (irara) o Galactis vitata e cuja (furões brasileiros) o Pteronura brasieliensis (ariranha) o Lontra longicaudis (lontra) o Mustela africana (doninha amazônica) 2 • Características: o Corpo longo e flexível o Patas curtas o São animais plantígrados = colocam as patinhas todas no chão o Tem dente carnassial = é o pré-molar em forma de ponta • Na clinica são semelhantes à felinos (palpação, temperatura, vias de coleta) o Eles pegam doenças de cães e de gatos = PARVOVIROSE, CINOMOSE, ANCYLOSTOMA, TOXOCARA o São animais que em cativeiro não são fáceis de lidar ARIRANHA = Pteunura brasiliensis • Semiaquático; até 34kg; carnívoros (peixes, pequenos mamíferos, aves, répteis e invertebrados); diurnos (mais agressivo que animais noturnos); solitários mas podem ser vistos com filhotes. • São animais que fazem toca (buracos no barro nas margens dos rios) • São animais agressivos, em cativeiro ficam em recintos de segurança máxima, onde o tratador não tem acesso. • Em cativeiro nadam de costas, mas na natureza não nadam de costas - se especula que eles se sentem mais seguros em cativeiro LONTRA = Lontra longicaudis • Semiaquático; são noturnas e crepusculares; Carnívoros • Em cativeiro nadam de costas, mas na natureza não nadam de costas - se especula que eles se sentem mais seguros em cativeiro • Podem ficar em grupos de 10/12 animais, mas o mais comum é se manter solitários. - Fazem tocas em barrancos, em geral são tocas compridas com um saguão ao fundo, mas normalmente passa um animal por vez no túnel de entrada. 3 IRARA = Eira barbara • Animal bem diferente por 2 motivos: o É arborícola e diurnos o É onívora apesar de estar na ordem de carnívora (esta nessa ordem por causa dos dentes) • Fazem tocas e descascam nas árvores • São onívoros - mel, frutas, invertebrados, pequenos e médios vertebrados, rouba ovo de ninho - estão na ordem carnívora por conta do dente carnassial. • Vocalizam semelhante aos sons de canídeos FURÃO brasileiro = Galactis cuja • São animais pequenos (1 a 1,5kg), se movimentam como um ferret exótico • São onívoros - pequenos mamíferos, aves, ovos, répteis, anfíbios, insetos e frutos • São solitários ou vivem em pequenos grupos • São diurnos e crepusculares FURÃO doméstico = Mustela putorius Foram domesticados há 2000 anos - é um animal doméstico, têm: • Comportamento de gostar de humanos. (É diferente de qualquer animal silvestre) • São amigáveis, brincalhões, e passam 75% do dia dormindo • Podem ter várias cores - na natureza só têm uma cor, as outras foram desenvolvidas em cativeiro. • Têm mudança de pelagem sazonal: o INVERNO = animais ficam mais peludinhos o VERÃO = animais ficam mais curtos • Vivem de 5/9 anos em torno de 5 anos para animais dos EUA e 8 a 9 anos para os europeus 4 • Pesam de 600g a 2kg, sendo que os machos são bem maiores (as fêmeas costumam pesar menos que a metade que o macho) o FR- 30mpm; FC- 200-400bpm (Parece com de gato) o Não têm glândulas sudoríparas o Glândulas anais (marcação de território e medo), muitos animais chegam para a venda sem a glândula porque são castrados o Dieta é carnívora o Os ferrets são vendidos castrados, e por isso não se reproduzem na nossa natureza, assim são considerados domésticos por não apresentarem risco à nossa natureza. o Os animais albinos são os que dão mais problemas de saúde por serem menos resistentes. ALIMENTAÇÃO • São carnívoros • Tem trato digestório curto • 5-7% do PV/dia (2x/dia no mínimo) • Precisam de dieta com muita energia, porque quando estão ativos o metabolismo é muito alto que do cão (as células dele gastam muito mais energia para sobreviver) • Precisam de alta energia, alta proteína, pobre em fibras, evitar alimentos humanos e doces porque eles têm muito tártaro, cálculo dentário e cárie. • Em cativeiro comem ração específica para ferret. CONTENÇÃO • A melhor contenção é a da imagem à direita, ele fica imóvel nessa posição, existem teorias que essa posição estimula o nervo vago fazendo com que ele entre no parassimpático, de tão calmo que o animal fica quando contido desta maneira. EXAME FÍSICO • Podem morder (porque parece com cão/gato), sempre conter fora da mesa e pela nuca • A temperatura normal de ferret: o T = 37,8ºC - 39,4ºC o FC = 180-250 bpm. • Palpação de linfonodos o Submaxilares, pré-escapulares, axilares, poplíteos 5 • Coleta de sangue - 1% do peso - pode ser pego pela unha, veia cefálica, veia safena, veia jugular, veia cava cranial, artéria da cauda ventral = (mesmo vasos dos mamíferos) • Desidratação: feita como em cães em gatos; o Alteração ocular – brilho de mucosa – turgor de pele o O requerimento diário de água é de 80ml/kg/dia = devido ao metabolismo alto • Único animal que NÃO é cão nem gato, mas toma vacina dentro da clinica: FERRET o Vacina de Cinomose o Vacina de Raiva • Pode ter cinomose letal - deve ser vacinado, mas há risco de apresentar cinomose pela vacina. • Primeira dose de 6-8 semanas de idade, subcutânea, repetição 3- 4 semanas em 3 doses. O ideal é dar a cinomose puppy (menos agressivo) porque os ferrets são mais sensíveis à cinomose. • Os ferrets têm 100% de letalidade com a cinomose, mas temos que lembrar que são animais que têm muito choque anafilático por vacinação, por isso que não vacinamos animais que vivem isolados em apartamento sem sair e sem contactantes. • Devem ser vacinados para raiva - primeiro aos 3 meses e depois anualmente • Não se deve vacinar os ferret sem ter medicações (fenergan, dexametasona) para caso o animal tenha choque anafilático, além de não vacinar o animal e dispensá-lo, sempre manter em observação por 25 a 30 minutos - animal começa a vomitar, hematoquesia, diarreia, dificuldade respiratória, aumento de FC. • Esses animais são muito suscetíveis à gripe humana, para eles a mortalidade chega próxima à 100%. A nossa vacina de gripe não pode ser dada, então devemos avisar para o tutor que caso ele esteja gripado ele pode matar o animal, por isso se deve isolar o contactante gripado do animal.
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