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PONTO 3. PODER JUDICIÁRIO. ROTEIRO

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2014/2º PROF. HELDER AMORIM
DIREITO CONSTITUCIONAL III
Estes apontamentos não substituem o estudo da doutrina indicada para acompanhamento da matéria.
PONTO 3. PODER JUDICIÁRIO
3.1. Organização estrutural do Poder Judiciário: ramos do Poder Judiciário, Tribunais e demais órgãos jurisdicionais;
3.2. Garantias do Poder Judiciário. Estatuto da magistratura: ingresso e garantias dos membros do Poder Judiciário; 
3.3. Conselho Nacional de Justiça;
3.4. Escolha dos Membros nos Tribunais Superiores;
3.5. Distribuição de competências: 
a) Distribuição geral;
b) Supremo Tribunal Federal: recurso extraordinário e repercussão geral;
c) Justiça Comum Federal e Estadual. Superior Tribunal de Justiça;
d) Justiças Especializadas: 
- Justiça do Trabalho
- Justiça Eleitoral
- Justiça Militar
3.6. Regime geral de precatórios.
.........................
3.1. Organização estrutural do Poder Judiciário: ramos do Poder Judiciário, Tribunais e demais órgãos jurisdicionais.
FUNÇÕES DO PODER JUDICIÁRIO:
* Função típica: prestar a atividade jurisdicional – julgar, aplicando a lei ao caso concreto, com vistas à solução do conflito de interesses;
* Funções atípicas: 
- administrar sua estrutura material e de recursos humanos - CR, art. 96, I; 
- legislar, editando normas regimentais, com observância das normas processuais e garantias das partes no processo, dispondo sobre a competência e o funcionamento dos órgãos jurisdicionais e administrativos - CR, art. 96, I, a.
3.2. Garantias do Poder Judiciário. Estatuto da magistratura: ingresso e garantias dos membros do Poder Judiciário
Para que o Poder Judiciário possa exercer sua função constitucional de prestar jurisdição com independência em relação aos demais Poderes e com autonomia em relação aos interesses do poder econômico, efetivando os mandamentos da Constituição e das leis em promoção do Estado Democrático de Direito, a Constituição lhe assegura GARANTIAS:
1. GARANTIAS INSTITUCIONAIS (ao Poder Judiciário):
a) autonomias funcional (art. 2º), administrativa (art. 96) e financeira (art. 99);
b) escolha dos dirigentes (CR, art. 96, I, a).
2. GARANTIAS AOS MEMBROS (magistrados):
a) garantias de liberdade (CR, art. 95);
b) garantias de imparcialidade (CR, 95, parágrafo único).
1. Garantias institucionais (ao Poder Judiciário) destinam-se ao Poder Judiciário como um todo, para garantir sua independência em relação aos demais Poderes. É crime de responsabilidade do Presidente da República atentar contra o livre exercício do Poder Judiciário (CR, art. 85, II) e atentar contra o cumprimento das decisões judiciais (85, VII).
Lei 1.079/1950. Art. 6º. São crimes de responsabilidade do Presidente da República:
5 - opor-se diretamente e por fatos ao livre exercício do Poder Judiciário, ou obstar, por meios violentos, ao efeito dos seus atos, mandados ou sentenças;
6 - usar de violência ou ameaça, para constranger juiz, ou jurado, a proferir ou deixar de proferir despacho, sentença ou voto, ou a fazer ou deixar de fazer ato do seu ofício.
a) Autonomias:
a.1) autonomia funcional: no exercício da atividade jurisdicional os magistrados gozam de independência para decidir conforme seu livre convencimento jurídico, desde que fundamentadas todas as suas decisões (princípio da independência dos Poderes – CR, art. 2º). 
a.2) autonomia administrativa – CR, art. 96, I, b, c, e, f: com fundamento no princípio de autogoverno, os tribunais têm autonomia administrativa para gerir a sua estrutura material e de recursos humanos - organizar suas secretarias e serviços, prover os cargos dos seus juízes e servidores, administrar seus recursos humanos etc.
a.3) autonomia financeira – CR, art. 99: também para garantir o autogoverno dos órgãos do Poder Judiciário, os tribunais elaboram e encaminham sua proposta orçamentária ao Poder Executivo, devendo observar os limites de gastos e despesas previstos na lei de diretrizes orçamentárias.
b) Escolha dos dirigentes – CR, art. 96, I, a: ainda para garantir o autogoverno dos tribunais, a Constituição lhes garantes a eleição dos seus órgãos diretivos; essa eleição é uma função governativa, pois os dirigentes comandam um dos segmentos do Poder Público, razão pela qual deve ser realizada pelos membros do próprio Poder Judiciário, sem qualquer intervenção do Legislativo e do Executivo.
2. Garantias aos membros (magistrados):
a) GARANTIAS DE LIBERDADE (CR, art. 95): são instrumentos de independência em relação aos órgãos externos e também em relação à estrutura interna do próprio Poder Judiciário. São elas:
I - vitaliciedade: garantia de permanência vitalícia no cargo da magistratura, adquirida após o período de estágio probatório de 2 anos de exercício, somente podendo perdê-la por decisão judicial transitada em julgado, como sanção pelo cometimento de grave infração disciplinar. No caso dos Ministros do STF, a Constituição prevê a possibilidade da perda do cargo por força de condenação em crime de responsabilidade, julgado pelo Senado Federal (CR, art. 52, II); 
II - inamovibilidade: uma vez lotado, o juiz somente pode ser removido para outro local ou ser promovido, com a decorrente remoção, por vontade própria, jamais por determinação de qualquer autoridade. Somente uma exceção é prevista na Constituição: quando a remoção for considerada de interesse público, poderá ser determinada por voto da maioria dos membros do respectivo tribunal (CR, art. 93, VIII).
III - irredutibilidade de subsídios: a remuneração nominal do juiz, fixada em forma de subsídio (parcela única), não pode ser reduzida como forma de pressão;
b) GARANTIAS DE IMPARCIALIDADE (CR, 95, parágrafo único) - são vedações destinadas aos magistrados, voltadas a assegurar a imparcialidade do magistrado no exercício de suas funções, afastando-o de situações que possam criar embaraços no exercício da atividade jurisdicional:
I – exercer outro cargo ou função, salvo uma de magistério;
II – receber custas ou participação em processos;
III – dedicar-se à atividade político-partidária;
IV – receber auxílios ou contribuições de quaisquer pessoas físicas ou jurídicas;
V – exercer a advocacia perante o juízo ou tribunal do qual se afastou, antes de decorridos 3 anos da aposentadoria ou exoneração.
Regras constitucionais de organização e funcionamento do Poder Judiciário – CR, art. 93: A Lei Complementar n. 35/1979 dispõe sobre o ESTATUTO DA MAGISTRATURA. A Constituição estabelece várias diretrizes a serem observadas, dentre as quais, se destacam as seguintes:
I – ingresso na carreira: concurso público de provas e títulos, com a participação da OAB em todas as fases, exigindo-se do candidato 3 anos de atividade jurídica (os 3 anos de atividade jurídica devem ser provados até a data da inscrição definitiva, que se dá antes da 3ª etapa do concurso – Res. 75/2009, art. 59);
II – promoção de entrância para entrância por antiguidade e merecimento, alternadamente;
III – nomeação para os tribunais por antiguidade e merecimento, alternadamente;
IV – cursos de ingresso, aperfeiçoamento e promoção promovidos por escola nacional de formação e aperfeiçoamento de magistrados;
A ENFAM - Escola Nacional de Formação e Aperfeiçoamento da Magistratura, mantida pelo STJ (Superior Tribunal de Justiça), tem por função regulamentar, autorizar e fiscalizar os cursos oficiais para ingresso e promoção na carreira da magistratura, estabelecendo as diretrizes gerais a serem observadas por todas as escolas mantidas pelos diversos ramos e tribunais do Poder Judiciário. 
V – os magistrados são remunerados por subsídio (parcela única fixada por lei, observados os limites previstos no art. 37, XI), em valor escalonado conforme as categorias de cargos existentes em cada ramo do Poder Judiciário: Ministros do STF (teto – art. 37, XI) – Ministros do STJ, TST, TSM e TSE (95% do teto do STF) – demais magistrados (redução de 5 a 10% do subsídio dos Ministros dos Tribunais Superiores, porcategoria).
VII – o juiz titular do órgão jurisdicional residirá na comarca, salvo autorização do Tribunal;
IX – todos os julgamentos serão públicos (princípio da publicidade) e as decisões serão sempre fundamentadas (princípio da motivação dos atos jurisdicionais), sob pena de NULIDADE;
X – as decisões administrativas dos tribunais serão motivadas e em sessão pública; as decisões disciplinares serão tomadas por maioria absoluta dos membros do tribunal;
XII – a atividade jurisdicional é ininterrupta, vedadas férias coletivas para magistrados, devendo ser mantidos juízes em plantão permanente nos dias em que não houver expediente forense normal;
Res. 08/2005 do CNJ permite período de recesso forense nos Tribunais de Justiça Estaduais, no período de 20/12 a 06/01. Nesse período o órgão continua funcionando em regime de plantão.
XV – a distribuição de processos será imediata, em qualquer grau de jurisdição.
3.3. Conselho Nacional de Justiça – CNJ – CR, art. 103-B
A EC n. 45/2004 instituiu, como órgão de cúpula administrativa do Poder Judiciário, o Conselho Nacional de Justiça, com sede em Brasília, mas sem atribuição jurisdicional. 
A atribuição constitucional do CNJ (§ 4º) é 
(1) função de controle da atuação administrativa e financeira: controlar a legalidade administrativa e financeira dos órgãos do Poder Judiciário - o CNJ pode controlar a legalidade, impessoalidade, moralidade, publicidade e eficiência dos atos administrativos praticados pelos órgãos do Poder Judiciário, mas não pode interferir no mérito administrativo, salvo quando necessário para preservar a adequação do ato à sua finalidade e à sua motivação;
(2) função correicional e disciplinar: controlar o cumprimento dos deveres funcionais dos juízes previstos no Estatuto da Magistratura (LC 35/1979) – nesse caso o CNJ atua como órgão administrativo hierarquicamente superior aos demais órgãos do Poder Judiciário, pois pode analisar tanto o mérito quanto a legalidade das faltas funcionais.
Para exercer suas atribuições, deve o CNJ:
I – expedir regulamentos e recomendar providências para fazer cumprir o Estatuto da Magistratura;
II – controlar a legalidade dos atos administrativos praticados por membros e órgãos do Poder Judiciário, à luz do art. 37 da CR, podendo desconstituí-los ou revê-los;
III e V – receber e conhecer reclamações contra magistrados e órgãos auxiliares do Poder Judiciário, sem prejuízo do poder correicional e disciplinar de cada tribunal, podendo avocar processos disciplinares em curso nos tribunais e aplicar sanções administrativas, assim como, rever os processos disciplinares julgados a menos de um ano
VI e VII – elaborar relatórios estatísticos e relatório anual sobre a situação do Poder Judiciário, propondo providências;
IV – representar ao Ministério Público em caso de crime contra a administração pública ou de abuso de autoridade.
Composição: CNJ é composto por 15 membros com mandato de 2 anos, permitida uma recondução, sendo 9 membros integrantes do Poder Judiciário e 6 membros externos (2 advogados, 2 membros do MP – um do MPU e outro de MPE, 2 cidadãos – um escolhido pela Câmara dos Deputados e outro pelo Senado) – CR, art. 103-B, caput.
O CNJ é presidido pelo Presidente do STF e, em sua ausência, pelo Vice-presidente do STF (§ 1º). Todos os demais membros são indicados por seus respectivos órgãos (tribunais, OAB, Ministério Público) e são nomeados pelo Presidente da República, depois de aprovada a escolha por maioria absoluta do Senado (§ 2º).
O CNJ NÃO é órgão de controle externo do Poder Judiciário, porque integra a estrutura do próprio Poder Judiciário, e porque todos os seus atos podem ser impugnados perante o Supremo Tribunal Federal (CR, art. 102, I, r). Dessa forma, é o STF que detém competência jurisdicional para fixar o último posicionamento sobre a legalidade ou ilegalidade de todas as decisões tomadas pelo Conselho Nacional de Justiça.
Por sua vez, o STF não admite a criação de conselhos de controle administrativo do Poder Judiciário, no âmbito dos Estados, conforme Súmula 649: “É inconstitucional a criação, por Constituição estadual, de órgão de controle administrativo do Poder Judiciário do qual participem representantes de outros Poderes ou entidades”.
3.4. Composição e Escolha dos Membros dos Tribunais Superiores
a) SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL – CR, art. 101.
O STF é composto por 11 Ministros livremente escolhidos pelo Presidente da República, por ele nomeados após a aprovação pela maioria absoluta do Senado Federal. 
Requisitos constitucionais:
I – ser cidadão (gozo de direitos políticos ) e ser brasileiro nato (CR, art. 12, § 3º, IV;
II – idade: entre 35 e 65 anos;
III – notável saber jurídico: NÃO se exige que o escolhido seja bacharel em ciências jurídicas e nem que seja oriundo da magistratura, mas que tenha saber jurídico reconhecido;
O único caso em que o Senado Federal recusou a nomeação de um Ministro do STF indicado pelo Presidente da República foi o caso do Min. Barata Ribeiro, um médico clínico, que foi nomeado em 1893 pelo Presidente Floriano Peixoto, exerceu a função provisoriamente e foi recusado pelo Senado em 1894 por falta de notável conhecimento jurídico.
IV – reputação ilibada.
O STF atua:
- em composição Plenária, na qual os 11 Ministros decidem;
- em 2 turmas compostas por 5 Ministros cada uma, nas quais o Presidente do STF não atua.
b) SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA – CR, art. 104
É composto por, no mínimo, 33 Ministros, escolhidos e nomeados pelo Presidente da República, após aprovação pela maioria absoluta do Senado Federal.
Requisitos constitucionais:
I – ser brasileiro (a CR não exige que seja brasileiro nato, podendo ser 
II – idade: mais de 35 e menos de 65 anos;
III – notável saber jurídico: neste caso, o cargo recai sobre Juízes, Desembargadores, Advogados e membros do Ministério Público, cargos para os quais já se exige a formação em Direito;
IV – reputação ilibada.
Origem dos nomes a serem escolhidos para o cargo de Ministro do STJ:
2/3 originários da magistratura, sendo: 1/3 dentre juízes dos Tribunais Regionais Federais e 1/3 dentre desembargadores dos Tribunais de Justiça (Justiça Comum) – o STJ forma uma lista tríplice de nomes, para escolha do Presidente da República;
1/3 originários entre Advogados e membros do Ministério Público (Federal, Estadual e do DF), em partes iguais – a OAB e o MP formam lista sêxtupla de nomes e remete ao STJ, que escolhe 3 nomes (forma lista tríplice) para escolha do Presidente da República.
b.1) Tribunais de Justiça – CR, art. 125: os Estados organizarão sua justiça e sua competência é definida pela Constituição do Estado, observadas as regras da Constituição da República:
- Quinto constitucional: CR, art. 94.
b.2) Tribunais Regionais Federais – CR, art. 107: os TRF serão compostos por, no mínimo, 7 juízes, nomeados pelo Presidente da República, com mais de trinta e menos de sessenta e cinco anos, sendo:
I – um quinto dentre advogados e membros do MP Federal, na forma do art. 94 da CR;
II – os demais por promoção de juízes federais com mais de cinco anos de exercício, por antiguidade e merecimento.
c) Tribunal Superior do Trabalho – CR, art. 111-A
É composto por 27 Ministros nomeados pelo Presidente da República, após aprovação pela maioria absoluta do Senado Federal.
Requisitos constitucionais:
I – ser brasileiro (a CR não exige que seja brasileiro nato, podendo ser naturalizado);
II – idade: mais de 35 e menos de 65 anos.
Origem dos nomes a serem escolhidos para o cargo de Ministros do TST:
4/5 devem ser juízes dos Tribunais Regionais do Trabalho, oriundos da magistratura de carreira (não originários do quinto constitucional), INDICADOS PELO TST – neste caso não se forma lista tríplice para escolha do Presidente da República; aprovado o nome pelo Senado, deve ser nomeado pelo Presidente da República;
1/5 (quinto constitucional) escolhidos entre Advogados e membros do Ministério Público doTrabalho, em partes iguais – a OAB e o MPT foram lista sêxtupla de nomes e remete ao TST, que escolhe 3 nomes (forma lista tríplice) para escolha do Presidente da República.
c.1) Tribunais Regionais do Trabalho – CR, art. 115: os TRT serão compostos por, no mínimo, 7 juízes, nomeados pelo Presidente da República, com mais de trinta e menos de sessenta e cinco anos, sendo:
I – um quinto dentre advogados e membros do MP do Trabalho, na forma do art. 94 da CR;
II – os demais por promoção de juízes do trabalho, por antiguidade e merecimento.
d) Tribunal Superior Eleitoral – CR, art. 119
O TSE compõe-se de, no mínimo, 7 Ministros, assim escolhidos para uma atuação temporária, por 2 anos no mínimo e 4 anos no máximo:
I – por eleição, mediante voto secreto:
3 Ministros do STF: dentre os quais serão eleitos o Presidente e Vice-Presidente, eleitos pelo TSE;
2 Ministros do STJ: dentre os quais será eleito o Corregedor Eleitoral.
II – por escolha e nomeação do Presidente da República: 2 Advogados de notável saber jurídico e reputação ilibada, dentre seis nome indicados pelo STF – no TSE não há necessidade de aprovação pelo Senado Federal.
e) Superior Tribunal Militar – art. 123
O STM é composto por 15 Ministros vitalícios nomeados pelo Presidente da República, aprovada a escolha pelo Senado Federal, sendo:
I – 10 militares, todos da ativa e dos postos mais elevados da carreira:
3 oficiais-generais da Marinha;
4 oficiais-generais do Exército;
3 oficiais-generais da Aeronáutica.
II – 5 civis escolhidos pelo Presidente da República, com mais de 35 anos de idade, sendo:
3 advogados com mais de 10 anos de atividade profissional;
2 entre juízes auditores e membros do MP Militar, em partes iguais.
QUINTO CONSTITUCIONAL
De acordo com o artigo 94 da CR, um quinto das vagas dos Tribunais Regionais Federais (TRFs) e dos Tribunais de Justiça (TJs) será composto de membros do Ministério Público com mais de dez anos de carreira e de advogados com notório saber jurídico e reputação ilibada com mais de dez anos de atividade profissional. 
O quinto constitucional também é aplicado ao Tribunal Superior do Trabalho (art. 111-A, I) e aos Tribunais Regionais do Trabalho (art. 115, I, a), na forma do art. 94.
Há outras normas na Constituição que, embora não prevejam o quinto constitucional, na forma do art. 94, destinam vagas de tribunais a membros do Ministério Público e a advogados (ou só a estes) da seguinte forma:
a)         um terço das vagas do Superior Tribunal de Justiça (STJ) (artigo 104, parágrafo único, inciso II) a membros do Ministério Público e a advogados;
b)        duas das sete (menos de 1/3) vagas do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) (artigo 119, II, da Constituição) a advogados, escolhidos pelo presidente da República, com base em lista sêxtupla forma pelo Supremo Tribunal Federal (STF);
c)         duas das sete (menos de 1/3) vagas de cada Tribunal Regional Eleitoral (TRE) (artigo 120, parágrafo 1.º, inciso III, da Constituição) a advogados, escolhidos pelo presidente da República, com base em lista sêxtupla forma pelo Tribunal de Justiça do respectivo Estado;
d)        um quinto das vagas do Superior Tribunal Militar (STM) (artigo 123, parágrafo único, inciso I) a advogados e uma vaga a membro do Ministério Público Militar (artigo 123, parágrafo único, inciso II).
Como se viu na relação acima, não há, no caso do TSE e dos TREs, vaga destinada ao Ministério Público.
No Supremo Tribunal Federal (STF) não existe vaga destinada ao quinto constitucional.
3.5. Distribuição de competências. Distribuição geral
JUSTIÇA COMUM E JUSTIÇAS ESPECIALIZADAS
Na estrutura do Poder Judiciário brasileiro se identificam dois segmentos divididos conforme a natureza das atribuições: 
I – os ramos das JUSTIÇAS ESPECIALIZADAS, que julgam causas determinadas por matérias específicas:
Justiça do Trabalho – CR, art. 114: competência delimitada pelas matérias relacionadas no art. 114 da CR (competência material):
Há no país 24 Tribunais Regionais do Trabalho com a seguinte circunscrição:
	Região
	Localização (Cidade - Estado)
	Jurisdição
	1ª Região
	Rio de Janeiro - RJ
	Rio de Janeiro
	2ª Região
	São Paulo - SP
	Grande São Paulo (acrescida do município de Ibiúna) e parte da Baixada Santista (exclui-se os municípios de Mongaguá, Itanhaém e Peruíbe) 2
	3ª Região
	Belo Horizonte - MG
	Minas Gerais
	4ª Região
	Porto Alegre - RS
	Rio Grande do Sul
	5ª Região
	Salvador - BA
	Bahia
	6ª Região
	Recife - PE
	Pernambuco
	7ª Região
	Fortaleza - CE
	Ceará
	8ª Região
	Belém - PA
	Pará e Amapá
	9ª Região
	Curitiba - PR
	Paraná
	10ª Região
	Brasília - DF
	Distrito Federal e Tocantins
	11ª Região
	Manaus - AM
	Amazonas e Roraima
	12ª Região
	Florianópolis - SC
	Santa Catarina
	13ª Região
	João Pessoa - PB
	Paraíba
	14ª Região
	Porto Velho - RO
	Acre e Rondônia
	15ª Região
	Campinas - SP
	Municípios do estado de São Paulo não englobados pela 2ª Região 3
	16ª Região
	São Luís - MA
	Maranhão
	17ª Região
	Vitória - ES
	Espírito Santo
	18ª Região
	Goiânia - GO
	Goiás
	19ª Região
	Maceió - AL
	Alagoas
	20ª Região
	Aracaju - SE
	Sergipe
	21ª Região
	Natal - RN
	Rio Grande do Norte
	22ª Região
	Teresina - PI
	Piauí
	23ª Região
	Cuiabá - MT
	Mato Grosso
	24ª Região
	Campo Grande - MS
	
Justiça Eleitoral – CR, art. 121: competência estabelecida pela Lei Complementar. A competência da Justiça Eleitoral é atualmente definida pela Lei n. 4.737/1965 (Código Eleitoral), voltada à administração do processo eleitoral e à resolução dos conflitos decorrentes da aplicação da legislação eleitoral (competência material).
1 TRE em cada Estado e no DF – CR, art. 120)
Os Juízes Eleitorais são os Juízes de Direito designados (Justiça Estadual) (Código Eleitoral - Lei 3.737/65, art. 32)
Justiça Militar Federal (da União) – CR, art. 124: competência definida pela Lei n. 8.457/92 para processar e julgar os servidores militares da União (membros das Forças Armadas – Exército, Marinha e Aeronáutica – CR, art. 142, § 3º), assim como, os civis, por crimes militares, previstos no Código Penal Militar – Dec.-Lei 1.001/1969 (art. 9º). A Justiça Militar da União julga apenas CRIMES MILITARES praticados por militares e civis, não tendo competência para qualquer outro tipo de matéria (competência material).
São órgãos da Justiça Militar da União (Lei n. 8.457/92):
Superior Tribunal Militar (2ª instância)
NÃO EXISTE TRIBUNAL REGIONAL MILITAR DA UNIÃO
Juízes-Auditores (civis e concursados) e Conselhos de Justiça (1ª instância) – art. 27:
Conselho Especial de Justiça: processa e julga oficiais, exceto oficiais-generais, por crimes militares;
Conselho Permanente de Justiça: processa e julga acusados que não sejam oficiais, por crimes militares;
Juízes-Auditores e Juízes-Auditores Substitutos (1ª instância): integram os Conselhos e possuem competências específicas.
Justiça Militar dos Estados – CR, art. 125, § 4º: competência para julgar (1) os servidores militares dos Estados (Polícia Militar e Corpo de Bombeiros) nos crimes militares e (2) as ações contra atos disciplinares praticados contra milites dos Estados (competência material). Este ramo especializado estadual PODE ser criado por iniciativa do Tribunal de Justiça do Estado e do DF (CR, art. 125, § 3º); se não for criado, sua competência será exercida da mesma forma pela estrutura da Justiça Comum Estadual.
Se for criada a estrutura específica da Justiça Militar Estadual, será assim composta:
(Superior Tribunal de Justiça – competência recursal especial)
Tribunal de Justiça Estadual OU Tribunal de Justiça Militar (nos Estados com efetivo militar superior a 20 mil) – 2ª instância;
Apenas 3 Estados instituíram Tribunal de Justiça Militar: Minas gerais, São Paulo e Rio Grande do Sul.
Juízes de Direito e Conselhos de Justiça – 1ª instância (CR, art. 125,§ 5º):
Conselho de Justiça Permanente: julga as Praças (soldados, cabos, sargentos e subtenentes) nos crimes militares contra militares;
Conselhos de Justiça Especial: julga os Oficiais nos crimes militares contra militares;
Juízes de Direito - integram os Conselhos e julgam monocraticamente crimes militares contra civis e ações contra atos disciplinares militares.
IMPORTANTE: Duas diferenças essenciais de competência entre a Justiça Militar da União e dos Estados:
Enquanto a Justiça Militar da União julga crimes militares praticados por militares e civis (CPM, art. 9º), a Justiça Militar Estadual julga crimes militares praticados apenas por militares (CR, art. 125, § 4º);
Enquanto a Justiça Militar da União julga apenas CRIMES militares, a Justiça Militar Estadual julga crimes militares e ações ajuizadas contra os atos disciplinares aplicados aos militares (ações de natureza administrativa – juízo cível ou não penal).
II – os ramos da JUSTIÇA COMUM ou ORDINÁRIA – Justiça Federal, Justiça dos Estados e do Distrito Federal, que julgam as causas não inseridas no campo de competência das Justiças Especializadas:
JUSTIÇA FEDERAL (CR, arts. 108 e 109): competência definida pela CR, em razão da pessoa - competência ratione personae (art. 109, incisos I, II e VIII) e em razão da matéria – competência material (art. 109, incisos III, IV a XI).
Estrutura da Justiça Federal:
Superior Tribunal de Justiça CR, art. 105 – competência recursal especial ou extraordinária
Tribunais Regionais Federais – CR, art. 107 (2ª instância): atualmente há 5 TRF no país (1ª a 5ª Regiões); a EC 73/2013 alterou o art. 27 dos ADCT, criando mais 4 TRF (6ª a 9ª Regiões). Quando todos os TRF estiverem implantados, a estrutura da JF será a seguinte:
TRF 1ª Região: Distrito Federal, Amapá, Goiás, Maranhão, Mato Grosso, Pará, Piauí e Tocantins;
TRF 2ª Região: Rio de Janeiro e Espírito Santo;
TRF 3ª Região: São Paulo;
TRF 4ª Região: Rio Grande do Sul;
TRF 5ª Região: Pernambuco, Alagoas, Ceará, Paraíba e Rio Grande do Norte;
TRF 6ª Região: Paraná, Santa Catarina e Mato Grosso do Sul;
TRF 7ª Região: Minas Gerais;
TRF 8ª Região: Bahia e Sergipe;
TRF 9ª Região: Amazonas, Acre, Rondônia e Roraima.
Juízes Federais – CR, art. 109 (1ª instância).
b) JUSTIÇA ESTADUAL (CR, art. 125) E DO DF (este mantido pela União – CR, art. 21, XIII): competência definida por exclusão. À Justiça Estadual e do DF cabe julgar todas as causas que não estiverem no círculo de competência da Justiça Federal e das Justiças Especializadas. 
Estrutura da Justiça Estadual:
Superior Tribunal de Justiça CR, art. 105 – competência recursal especial ou extraordinária
Tribunal de Justiça do Estado e do DF (2ª instância): um Tribunal em cada Estado e no DF;
Juízes de Direito (1ª instância).
Organograma do Judiciário Brasileiro com Justiça Militar Estadual:
3.5. Distribuição de competências. Supremo Tribunal Federal: recurso extraordinário e repercussão geral. 
Competência do STF – CR, art. 102:
Competência originária – art. 102, I: são as causas que o STF julga em primeira e última instância, sem possibilidade de acréscimo de outras hipóteses por lei (princípio da reserva constitucional de competência originária). Dentre outras hipóteses, essa competência envolve:
- ações de controle de constitucionalidade concentrado (a competência mais importante do STF, de controlar a constitucionalidade das normas infraconstitucionais): ação direta de inconstitucionalidade, ação declaratória de constitucionalidade (102, I, a) e pedido de ação cautelar nessas ações (p);
- julgamento de crime comum e/ou de responsabilidade das mais altas autoridades da República (102, I, b, c);
- ações constitucionais (habeas corpus) em defesa dos direitos fundamentais das mais altas autoridades da República ou (habeas corpus, mandado de segurança e habeas data) em defesa dos direitos fundamentais dos cidadãos contra atos das mais altas autoridades da República (102, I, d, i, q);
- ações contra o Conselho Nacional de Justiça e o Conselho Nacional do Ministério Público (102, I, r) etc.
Competência recursal:
b.1) competência recursal ordinária – art. 102, II: o STF julga recurso ordinário, com possibilidade de revisão de toda a matéria de fato e de direito já julgada por outra instância inferior. São dois casos:
- as ações constitucionais (habeas corpus, mandado de segurança, habeas data e mandado de injunção) decididas em única instância (competência originária) pelos Tribunais Superiores (STJ, TST, TSE e STM), SE DENEGATÓRIA A DECISÃO;
- os crimes políticos, cujo julgamento em primeiro grau cabe ao JUIZ FEDERAL (CR, art. 109, IV). OBS: veja que, nesse caso, ao invés do recurso ordinário ser julgado pelo TRF, será julgado diretamente pelo Supremo, por determinação constitucional.
b.2) competência recursal extraordinária – art. 102, III: na qualidade de tribunal constitucional, competente ao STF dar a última e definitiva interpretação às normas constitucionais, em sua aplicação ao caso concreto, julgando o recurso extraordinário. 
Requisitos constitucionais do Recurso Extraordinário:
(1) a causa já estiver julgada em única ou última instância: enquanto couber algum outro recurso, não caberá recurso extraordinário (Súmula STF n. 281);
(2) estiver presente uma controvérsia sobre a interpretação de norma constitucional, com alegação de violação direta (não reflexa) da Constituição: o recurso extraordinário não serve para reapreciação de fatos (Súmula STF n. 279) e nem serve para resolver controvérsia sofre lei infraconstitucional (violação reflexa);
(3) a controvérsia se revestir de repercussão geral (CR, art. 102, § 3º): ainda que estejam presentes os pressupostos acima, o STF só julgará o recurso extraordinário se a questão tratada no recurso possuir repercussão geral, ou seja, repercussão sobre o interesse público e não apenas sobre os interesses particulares das partes envolvidas. O art. 543-A do CPC regulamenta a repercussão geral como uma questão de relevância econômica, política, social ou jurídica. Cabe apenas ao STF (competência exclusiva) decidir sobre a presença da repercussão geral, só podendo negá-la pelo voto de 2/3 dos seus membros (8 votos). O primeiro juízo sobre a repercussão é feito pela Turma do STF, que poderá reconhecer a presença da repercussão geral pelo voto de 4 membros; não atingidos os 4 votos favoráveis, a análise é remetida ao Plenário, que decidirá, podendo recusar a repercussão geral pelo voto de 8 membros. 
3.5. Distribuição de competências. Superior Tribunal de Justiça
	Competência do STJ – CR, art. 105
Competência originária – CR, art. 105, I: causas que o STJ julga em primeira e única instância;
b) Competência recursal 
b.1) Competência recursal ordinária – CR, art. 105, II: são as hipóteses em que o STJ aprecia recurso ordinário em causas de competência originária dos Tribunais Regionais Federais, Tribunais de Justiça dos Estados e do DF (105, II, a, b) e também em causa de competência originária de Juiz Federal (105, II, c).
b.2) Competência recursal extraordinária ou especial – CR, art. 105, III: assim como o STF exerce a guarda da Constituição, o STJ exerce a guarda da legislação federal, zelando pela uniformização de sua interpretação em todas as matérias que não sejam de competência das Justiças Especializadas (Justiça do Trabalho, Eleitoral e Militar da União). O recurso especial é o meio pelo qual o STJ preserva a unidade e autoridade da legislação federal. Por sua natureza extraordinária, o recurso especial não serve para reexame dos fatos (Súmula STJ n. 7), tratando apenas de matéria jurídica que envolva a interpretação de lei federal.
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Estudo da matéria:
- Constituição da República, arts. 92 a 126;
- Alexandre de Moraes, Direito Constitucional, Cap. 10.4.
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